O comportamento dos preços está sendo considerado satisfatório pelos analistas financeiros das centrais de abastecimento do país. No caso da central paulista, a maior queda verificada foi no preço do amarrado de coentro (- 42,1%). Três vilões até bem pouco tempo para os consumidores, principalmente durante a greve dos caminhoneiros, em junho, dois tipos de tomates apresentaram queda considerável: maduro (-29,15) e o salada (-24,6%); o limão tahiti (-22,3). No comparado do ano, os preços dos alimentos subiram na Ceagesp.
O Índice de preços da CEAGESP encerrou o mês de junho com baixa de 1,39% em relação ao mês anterior. A quantidade de chuvas se manteve abaixo da média histórica para o período. Mesmo assim, o setor de verduras – que conta com alto índice de irrigação - apresentou forte baixa, amenizando as elevações de preços do mês de abril. Os setores que apresentaram altas foram o de diversos e pescados, com destaque para o alho nacional e o alho estrangeiro.
Em junho, o setor de frutas registrou baixa de 0,27%. As principais baixas ocorreram nos preços do limão taiti (-22,3%), do caju (-17,6%), do morango (-17,3%), da melancia (-15,9%), da uva Itália (-13,2%) e do maracujá azedo (-13,0%). As principais altas ocorreram com a jaca (26,3%), com a acerola (24,2%), com o melão amarelo (23,8%), com o abacate fortuna (17,4%), com o maracujá doce (12,8%) e com o mamão havaí (12,6%).
O setor de legumes registrou acentuada baixa de 6,05%. As principais baixas ocorreram com o tomate maduro (-29,1%), com os pimentões amarelo (-25,4%) e vermelho (-24,9%), com o tomate salada (-24,6%), com a beterraba (-19,0%) e com a ervilha torta (-14,2%). As principais altas ocorreram com os preços da abobrinha brasileira (50,5%), do pepino caipira (35,0%), do chuchu (32,3%), da vagem macarrão curta (25,9%) e do cará (21,0%).
O setor de verduras apresentou expressiva baixa de 11,83%. As principais baixas ocorreram com o coentro (-42,1%), com a rúcula hidropônica (-32,6%), com o agrião hidropônico (-30,3%), com as alfaces hidropônicas crespa, lisa e mimosa (-27,4%) e com as alfaces crespa, lisa e americana (-23,5%). As principais altas ocorreram com os preços do milho verde (11,7%), da couve (7,6%) e do salsão (5,6%).
O setor de diversos apresentou acentuada alta de 5,05%. As principais altas ficaram por conta do alho estrangeiro chinês (23,4%), do alho nacional (22,9%), do coco seco (17,4%), do alho estrangeiro argentino (15,1%) e dos ovos brancos (13,6%). As principais baixas ocorreram nos preços da cebola nacional (-14,5%), da batata beneficiada (-14,3%) e da batata comum (-9,7%).
O setor de pescados teve alta de 2,16%. As principais altas foram registradas nos preços da lula congelada (49,2%), da abrótea (22,5%), do cascote (17,3%), do peixe-espada (16,4%) e da pescada maria mole (16,2%). As baixas ocorreram com a tainha (-30,1%), com a sardinha congelada (-11,8%), com a tilápia (-7,9%) e também com o atum (-7,1%).
Tendência do Índice
O volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou, no primeiro semestre deste ano, 1.596.678 toneladas, ante 1.649.454 toneladas negociadas no mesmo período de 2017, decréscimo de 3,2%.
No acumulado do semestre, os setores de frutas, legumes e pescados foram os que mais reduziram o montante comercializado. O volume totalizado no mês foi de 273.580 toneladas, registrando aumento de 0,9% em comparação a junho de 2017, quando atingiu 271.174 toneladas.
O Índice CEAGESP fechou o mês de junho com baixa de 1,39%, apesar de algumas elevações de preços pontuais devido ao baixo índice pluviométrico que afeta culturas não irrigadas, à escassez de produtos de estados mais distantes como Rio Grande do Norte como o melão, ainda devido à greve dos caminhoneiros ou também motivado pela alta demanda como o milho verde. No acumulado do ano, temos alta de 2,56%. Para este mês de julho, prevemos uma estabilidade nos preços devido ao abrandamento do calor nas plantações e à recomposição da oferta de produtos.
Julho é mês de férias e aproveitando que crianças e adolescentes estão em casa, essa é a oportunidade de incluir mais frutas nas refeições. Além de saborosas, são nutritivas e dão um toque colorido em sucos e sobremesas.
Conheça algumas frutas que estão na melhor época pra consumo e delicie-se, nessa dica da Ceagesp.
Abacate Avocado
Pequeno como uma pêra, essa fruta é possui alto teor de fibras, o dobro do potássio presente na banana, além de muitas vitaminas B6, E, antioxidantes e gordura saudável. Vai muito bem quando amassado acompanhando saladas ou em pães.
Abiu
Fruto do abieiro, é originária da região amazônica e muito popular nos comércios do norte do Brasil. De casca lisa e amarela, tem a polpa comestível e adocicada. Pode ser consumida ao natural ou na forma de sucos e geleias.
Atemoia
Fruto do cruzamento entre a fruta-do-conde e a chirimoia, a atemoia é saborosa e rica em nutrientes. É uma forte fonte de energia, possui fibras e ajuda no controle da pressão. O ideal é que seja consumida in natura para que suas propriedades sejam preservadas.
Carambola
A fruta estrela, como é conhecida nos Estados Unidos, é uma importante aliada no combate a gripes e resfriados graças a quantidade de vitamina C que possui. Pode ser consumida em sucos e em saladas, porém, pesquisas recentes mostram que devido às suas toxinas, pessoas com funções renais comprometidas não devem consumir a fruta antes de consultar um médico.
Cidra
Ácida e azeda, possui casca espessa e rugosa. Muito utilizada no preparo de bebidas, chás e compotas, possui proteínas, sais minerais, ácido cítrico e vitaminas A, B1, B2, B5 e C.
Framboesa
Pequenina, não pode faltar na dieta porque é repleta de nutrientes, vitaminas e sais minerais. Auxilia no fortalecimento do sistema imunológico e na prevenção do envelhecimento precoce.
Graviola
De casca verde e com polpa branca e adocicada é muito utilizada em vitaminas e sobremesas. Destaca-se por ser fonte de cálcio, vitaminas, magnésio e importante aliada na redução de peso.
Laranja Baia e Laranja Lima
Ricas em vitamina C, o ideal é serem consumidas na forma de suco, pois assim, preserva todas as propriedades nutritivas
Mexerica
Rixa em vitamina C, fornece ao corpo pelo menos um terço da dose diária recomendada, sendo uma forte aliada para os cuidados da saúde, principalmente da pele.
Nectarina Espanhola
Possui antioxidantes, vitaminas e fibras que auxiliam para um melhor funcionamento celular, cardiovascular e digestivo.
Tangerina Poncam
Rica em vitaminas B1 e B2, que contribui para a saúde dos olhos, nervos e pele, e vitamina A, que aumenta a resistência às infecções. Pode ser consumida em sucos ou in natura, preferencialmente com o bagaço.
Esta é a grande vantagem que o consumidor tem de comprar alimentos de época, ter um produto altamente nutritivo, e pagar menos por isso. Veja a lista que preparamos:
Frutas
Carambola, Kiwi, Laranja-lima, Mexerica e Tangerina
Legumes
Abóbora, Batata-doce, Cenoura, Cará, Cogumelo, Ervilha, Inhame, Mandioca/Aipim, Mandioquinha, Milho-verde, Nabo, Palmito, Pepino, Rabanete.
Verduras
Agrião, Alho-poró, Chicória, Coentro, Couve, Erva-doce/Funcho, Espinafre, Mostarda, Salsão.
Pescados
Abrotea, Anchovas, Cará, Cascote, Cherne, Congro, Espada, Pargo, Sardinha, Trilha.
Abertura do futuro complexo viário facilitará a circulação de bens e serviços, abrindo um novo capítulo no programa de concessões rodoviárias paulista.
Macroanel Rodoviário Paulista consistirá na duplicação, interligação e modernização de rodovias já existentes que irão se tornar uma rota de interconexão entre os maiores centros regionais do Brasil e acesso aos principais terminais portuários e aeroportuários. Ao ser concluída, esta obra eliminará gargalos de infraestrutura viária, aumentando a competitividade da economia sem a necessidade de investimentos relativos tão pesados, representando uma nova fase do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo.
O programa, que completa 20 anos em 2018, sofisticou continuamente um modelo de desenvolvimento que hoje abrange 8,4 mil quilômetros de autoestradas operadas por 21 concessionárias fiscalizadas pela Artesp, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo. É uma história de ganhos na qualidade dos serviços aos usuários, avanços tecnológicos e economia para os cofres públicos. O modelo de concessão foi aprimorado mediante a criação de regras e prazos adequados à atração de diferentes perfis de participantes, como fundos de investimentos. O objetivo é ampliar o leque de interessados, tornando projetos de infraestrutura e logística, como o do Macroanel, competitivos na busca por financiamento.
Segundo a Confederação Nacional dos Transportes, das 20 melhores rodovias brasileiras, 18 estão sob concessão estadual em São Paulo. Nestas duas décadas foram investidos mais de R$ 100 bilhões em obras, operação e manutenção dos trechos. Diante disso, o Macroanel Paulista terá tudo para se tornar mais um projeto de sucesso em termos de segurança e desenvolvimento.
Benefícios diretos do projeto
1 - Criará uma rota entre os estados do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro para a região central de São Paulo sem utilizar o Rodoanel Mario Covas (SP-021).
2 - Abrirá uma alternativa de acesso ao Porto de Santos para as cargas vindas do Sul ao conectar a Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) com a duplicada Rodovia Padre Manuel da Nóbrega (SP-055), sem utilizar o Rodoanel (SP-021) e o Sistema Anchieta-Imigrantes (SP-160/ SP-150).
3 - Viabilizar uma nova rota através da Mogi-Bertioga para que os veículos de carga do Rio de Janeiro possam acessar o Porto de Santos sem passar pelo Rodoanel Mario Covas e o Sistema Anchieta/Imigrantes.
Logística de cargas será modernizada
Interconexão de cerca de 600 km de rodovias criará novos corredores e acessos das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste ao interior e ao litoral.
A abertura do Macroanel Rodoviário Paulista é uma obra que modificará a estratégia da logística de cargas brasileira, tornando-a mais eficiente. As autoestradas do Estado de São Paulo são passagens obrigatórias entre as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste rumo ao Porto de Santos, o principal do País. A construção do Macroanel criará dois novos acessos diretos ao litoral e permitirá atingir as áreas industriais de Campinas, Sorocaba e São José dos Campos sem utilizar o Rodoanel Mario Covas e o Sistema Anchieta-Imigrantes, o que desafogará o tráfego na Grande São Paulo.
Com cerca de 600 quilômetros de extensão, o Macroanel será 3,5 vezes mais longo que o Rodoanel e seu projeto apresenta a vantagem de utilizar o traçado de 340 quilômetros de rodovias já existentes, o que cortará custos e prazos. Outra grande vantagem é que boa parte dessas autoestradas já integra o Programa de Concessões do Estado de São Paulo. O restante da obra, cerca de 280 quilômetros, é composta de trechos a serem duplicados, ampliados ou melhorados (ver mapa).
Em três pontos serão abertas interligações a fim de conectar diretamente os fluxos do Macroanel com o de outras rodovias.Uma das grandes vantagens do projeto será a facilidade para atingir o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, o principal terminal de cargas aéreas do Brasil. Além dos ganhos econômicos e da geração de empregos diretos e indiretos, os novos caminhos permitirão aos usuários fazer viagens mais seguras e rápidas.
Antes de iniciar qualquer grande obra pública, é dever da administração discutir com a sociedade civil e as prefeituras das áreas impactadas e seus respectivos entornos quais os prós e eventuais contras da iniciativa, assim como as alternativas possíveis.
Uma das principais ferramentas utilizadas para dar divulgação e transparência para este processo são as audiências públicas, que servem para apresentar o conceito da obra, seu traçado, principais estruturas, custos, benefícios e impactos sociais, econômicos e ambientais. Conforme o andamento do projeto, as audiências públicas serão realizadas para a apresentação do conceito do Macroanel. O projeto também prevê o uso de consulta pública.
Durante 60 dias, a sociedade poderá encaminhar suas contribuições. O site da Artesp terá uma página dedicada ao Macroanel para receber sugestões ao traçado, críticas e comentários (www.artesp.sp.gov.br).
Essas ferramentas já foram utilizadas em outras obras concedidas e contribuíram demasiadamente para o aprimoramento dos serviços prestados. Tais resultados podem ser conferidos em pesquisas técnicas e nas melhorias e modernizações em andamento.
O conceito de Rodovia Viva adotado para as autoestradas paulistas norteia as políticas do programa de concessões. O principal foco é a segurança, com redução dos números de acidentes e de mortes. Para tanto, os investimentos são voltados para duplicações, abertura de acessos, construção de passarelas, redução do tempo de atendimento e novas formas de comunicação entre usuários e operadores.
A tecnologia é um fator primordial na operação das concessões. As operações são fiscalizadas em tempo real no Centro de Controle de Informações (CCI) da Artesp, onde seus técnicos estão conectados a 1.226 câmeras das concessionárias, 8.099 call boxes, 387 sensores de tráfego, 352 painéis de mensagens, 151 radares fixos e 80 balanças. Os fiscais da agência também se valem de tablets para gerar relatórios com imagens em tempo real, o que reduz o tempo de resposta das demandas por serviços e manutenções. Como complemento, os serviços de rádio web e twitter da agência lançam boletins diários sobre as condições de trânsito para toda sociedade e também para os órgãos de imprensa.
Fonte Istoé
Primeira adversária do Brasil, a Suíça é famosa pelos queijos, chocolates e pelas receitas requintadas. Além dessas paixões – devidamente compartilhadas com os brasileiros –, há uma receita mais simples que invade as comandas dos garçons: a famosa "limonada suíça".
O nome se espalhou pelo país e, hoje, representa receitas variadas. Há quem coloque leite condensado na receita, e quem considere essa versão "uma heresia". Há quem bata o limão com a casca, e quem ache que a ideia é tão amarga quanto o suco feito nesse método. E a Suíça, entra onde nessa história?
Aparentemente, em lugar nenhum. Segundo o professor de gastronomia do Iesb Brasília Bruno Rappel, há pelo menos três histórias que tentam explicar a origem do suco. Apesar da polêmica, até agora, ninguém sabe qual é a versão oficial.
“Tem quem diga que um suíço, dono de um restaurante, teria inventado essa mistura e a batizado assim. Mas também li que a receita teria sido criada em uma escola de hotelaria na Suíça. E, por fim, há um site que aponta que ingleses adaptaram a propriedade da casca do limão e chegaram a esse preparo”, explicou Rappel.
Apesar das divergências a respeito da origem da limonada suíça, não há dúvidas de que ela impera nos restaurantes e nas casas dos brasileiros. Nos 18 anos em que comandou casas gastronômicas em Brasília, Bruno Rappel disse que sempre os clientes pediram pelo suco.
“É um preparo que você encontra em praticamente todo o Brasil. E, claro, que tem as variantes. Por exemplo, tem gente que pede para bater o suco com soda limonada.”
RECEITA: Limonada suíça
Ingredientes
Um limão taiti cortado em quatro
500 mililitros de água
Açúcar
Gelo
Preparo
Bata tudo no liquidificador por até 15 segundos – quanto mais tempo a mistura for batida, mas amarga ela ficará. Coa e sirva.
Mas ainda vivemos uma triste realidade da obesidade no país que aos poucos está sendo combatida pela população.
Um em cada cinco moradores das capitais brasileiras é obeso, aponta pesquisa do Ministério da Saúde. Levantamento diz que aumentou o consumo de frutas e hortaliças, a prática de atividades físicas e caiu o consumo de refrigerantes. Pesquisa que ouviu 53.034 pessoas.
Um em cada cinco (18,9%) brasileiros são obesos e mais da metade da população das capitais brasileiras (54,0%) está com excesso de peso, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, do Ministério da Saúde.
De acordo com nota do ministério, o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 4,8% (de 2008 a 2017), a prática de atividade física no tempo livre aumentou 24,1% (de 2009 a 2017) e o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 52,8% (de 2007 a 2017).
Em dez anos, houve o crescimento de 110% no número de pessoas de 18 a 24 anos que sofrem com obesidade, quase o dobro do aumento em todas as faixas etárias (60%). Nas faixas de 25 a 34 anos houve alta de 69,0%; de 35 a 44 anos (23,0%); 45 a 54 anos (14,0%); de 55 a 64 anos (16,0%); e nos idosos acima de 65 anos houve crescimento de 2,0%.
Quando a comparação é sobre o excesso de peso, o crescimento foi de 56%. Assim como a obesidade, o excesso de peso também cresceu entre as faixas etárias da população brasileira. De 25 a 34 anos houve alta de 33,0%; de 35 a 44 anos (25,0%); 45 a 54 anos (12,0%); de 55 a 64 anos (8,0%) e nos idosos acima de 65 anos houve crescimento de 14,0%. O dado geral mostra que 54% da população brasileira sofre com excesso de peso.
Para avaliar a obesidade e o excesso de peso, a pesquisa leva em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC).
"Mesmo com esta tendência a estabilidade e com o crescimento de pessoas que praticam atividade física e que estão consumindo alimentos mais saudáveis, não podemos deixar de continuar vigilantes”, - Fátima Marinho, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS), do Ministério da Saúde
Consumo de refrigerantes
A pesquisa diz que o consumo de refrigerantes e sucos artificiais também vem caindo ao longo dos últimos 11 anos. A queda foi de 52,8%, saindo de 30,9%, em 2007, para 14,6% no ano passado. Por faixa etária, a queda é maior (54%) entre os adultos com idades entre 25 e 34 anos e idosos com 65 anos e mais. As outras faixas etárias apresentaram queda em torno de 50%.
Frutas e hortaliças
A ingestão regular (em 5 ou mais dias na semana) de frutas e hortaliças aumentou em ambos os sexos, mas o crescimento geral ainda foi menor que 5,0% no período de 2008 a 2017. Quando observado o consumo recomendado, 5 ou mais porções por dia em cinco ou mais dias da semana, houve aumento de mais de 20% entre os adultos de 18 a 24 anos e 35 a 44 anos.
Apesar de sua versatilidade na culinária, podendo servir de base até para vitaminas e iogurtes, ele ainda é muito associado ao preparo de pratos quentes. De origem africana, o inhame está em plena safra na CeasaMinas, onde o preço médio do produto em maio foi o mais baixo para esse mês desde 2013. O valor do quilo ficou em R$ 1,24 no atacado do entreposto de Contagem, igualando-se ao preço médio de maio de 2015. O período de maio a setembro corresponde ao pico da safra, quando o inhame, além de mais barato, também apresenta melhor qualidade.
Segundo dados do Departamento Técnico da CeasaMinas, o preço mensal registrado em maio também foi o menor até o momento desde o início do ano. Para se ter uma ideia, em janeiro passado, o quilo do tubérculo, em entressafra, chegou a custar R$ 1,71 no atacado, valor quase 40% maior.
Já no período de 1 a 13 de junho, o mercado atacadista registrou pequena elevação do preço do inhame em relação a maio, ficando em R$ 1,28/kg. Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, é possível que haja novas quedas de preços durante a safra, o que pode não ser tão positivo para o consumidor a longo prazo. “Sempre que o preço de um produto cai muito, a exemplo de agora, é comum produtores ficarem desestimulados e reduzirem áreas plantadas para a próxima safra. Isso naturalmente reduz a oferta e tende a elevar bastante os preços mais à frente”, explica.
Custos X Preço
Se encontrar uma mercadoria mais barata é desejo de todo consumidor, para muitos produtores é motivo de preocupações. Eles alegam que as quedas de preços em geral não são acompanhadas por um alívio nos custos. “Em relação ao ano passado, a situação de preço para o produtor está de igual para pior. Por outro lado, só de combustível nesse período meu custo ficou 40% maior; já com adubo, estou pagando 20% a mais”, ressalta o produtor rural Paulo Fernandes da Cunha, do município de Crucilândia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Cunha afirma que aumentou a área plantada para esta safra, de 15 para 25 hectares, o que tem permitido a ele trazer de 700 a mil sacos de 20 quilos cada, por semana, ao Mercado Livre do Produtor (MLP) da CeasaMinas. Para tentar compensar os baixos preços de agora, ele colhe durante o ano, apostando no período de entressafra para garantir mais rentabilidade, quando o inhame estará mais caro.
“O problema é que quando a mercadoria fica muito barata, as vendas também caem aqui no MLP, porque em todo lugar tem mercadoria disponível”, ressalta outro produtor rural, José Aguinaldo Marques Parreiras, de Lagoa Dourada, na região mineira do Campo das Vertentes.
Lidando com o inhame desde 1963, ele também apostou nesta safra, conseguindo aumentar em até 30% a produção em relação ao mesmo período do passado, dentro da mesma área. Segundo Parreiras, chuva e sol na dose certa contribuíram para o bom resultado.
Inhame com certificado de origem
Um produto com qualidades únicas, em razão de condições naturais, como solo, vegetação e clima, próprias de uma região. É o que garantem os produtores do Inhame de São Bento de Urânia, nome da Indicação Geográfica (IG) conferida ao produto cultivado na região do Espírito Santo que engloba seis municípios: Alfredo Chaves, Domingos Martins, Marechal Floriano, Vargem Alta, Venda Nova e Castelo. Concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o selo da IG visa diferenciar determinados produtos por suas qualidades, agregando valor às mercadorias.
Procedência
No entreposto de Contagem, o Espiríto Santo é um importante fornecedor de inhame, sendo responsável em 2017 por ofertar 25% das cerca de 20 mil toneladas do tubérculo. Os demais 75% são trazidos por municípios mineiros.
Vale destacar ainda que apenas dois municípios, um capixaba e outro mineiro, respondem por cerca de 30% de todo o inhame ofertado na CeasaMinas. São Rio Manso (MG), responsável por 17,1% do volume total, e Laranja da Terra (ES), com 12,7%.
Nutricionalmente, o inhame é altamente energético, contribui para a formação dos ossos, dentes e sangue, além de auxiliar o crescimento e o desenvolvimento. É bom para a pele, evita problemas digestivos e do sistema nervoso. O inhame é superior à batata em teores de amido, proteína e vitaminas do complexo B, além de exigir menos tempo de digestão do que a batata.
Outras informações sobre produtos em safra, Boletim Diário de Preços, dentre outros tópicos relacionados à comercialização de produtos podem ser acessados no link Informações de Mercado, no site da CeasaMinas.