quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Tomate, cebola amarela, batata: preços podem aumentar

   
 
Se depender do volume de mercadorias que está chegando na CeasaMinas, é bom ficar de olho em certos detalhes e começar a prestar atenção na queda de alguns hortigranjeiros que estão chegando à central de abastecimento para serem negociados. E, sinônimo de queda significa que haverá possível aumento de preços. E o tomate, a cebola e a batata, entre outros que iremos discutir aqui mais adiante, estão nesse patamar de alerta "amarelo".

Nós, do CeasaCompras.com, fizemos uma análise minuciosa do estudo elaborado pela diretoria técnica da Ceasa mineira, que tomou por base vários fatores que impactaram na movimentação de mercadorias, onde foi constatada uma queda geral de 7% no mês de agosto, se comparado à julho deste ano. No entanto, esse índice fica reduzido a 1% se comparado a agosto de 2014. A movimentação estimada em dinheiro é de R$ 366 milhões.

Com participação de 30,96% na movimentação de mercadorias na central, as frutas, ao contrário, vem tendo um aumento satisfatório, somando um total de 11,24% de crescimento entre julho e agosto passados, e de 8,22% no período de um ano. As frutas importadas, mesmo com a alta do dólar (elas são compradas com base na moeda americana), se recuperaram ao apresentar 23,07% de crescimento em mercadoria negociada. Mas mesmo assim está reduzido a 12,02%, entre agosto de 2015 e agosto de 2014.

Ovos

A produção de ovos que chega à CeasaMinas ainda continua apresentando queda: caiu 7,68% entre julho e agosto. Nos últimos doze meses o índice representa apenas 1,59%.

Dinheiro

O total geral representado em dinheiro circulando no mercado teve crescimento apenas de 1,36% no período de um ano: de R$ 186,4 milhões em agosto de 2014, para R$ 189 milhões em agosto deste ano.

Outras quedas e uma alta

O tomate apresentou queda de 10,14% de julho a agosto, apesar de ter aumentado 11,76% no volume de mercadoria negociada no mercado nos últimos doze meses. Temos também: quiabo (-22,10%), jiló (-30,53%) e milho verde (-26,15%). São as quedas maiores.

Em relação ao tomate, a culpa seria por conta do meio oeste mineiro - coisa considerada atípica para o período - que reduziu a oferta do produto. Mas, apesar desse recuo, os preços do tomate caíram devido a presença da produção negociada vinda da mesorregião metropolitana de Belo Horizonte, do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.

O chuchu, depois de cair 35,87% em um ano, voltou a subir em volume no mercado, alcançando 25,53%, de julho para agosto, fazendo cair os preços ao consumidor.

Batata

No setor de hortaliças, raiz, bulbo, tubérculos e rizoma, a batata lisa teve movimentação de carga na central mineira recuada em 21,19%, entre julho e agosto. Apesar de ter apresentado crescimento de 79,66% no período de um ano.

No caso da batata, em 2015 houve redução de oferta para a CeasaMinas vinda de regiões produtoras do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba,  o que não aconteceu no ano passado. Neste caso, a central de abastecimento está recebendo batatas do oeste mineiro, Goiás e São Paulo. O que garante oferta estável, de acordo com estimativas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Cepea.

Cebola e alho

Depois de crescer 172,13% em volume negociado, entre agosto de 2014 e agosto de 2015, a cebola amarela recuou 13,32%, no volume negociado entre agosto e julho passados. O alho brasileiro, que cresceu 49,69% em um ano, apresentou queda de 5,35% nos últimos dois meses. Outras quedas apresentadas foram: cenoura (-11,64%), mandioca (-11,29%), inhame (-14,79%), beterraba (-31,88%).

Frutas em queda

Em relação às frutas brasileiras, as quedas acentuadas foram as da banana prata (-29,41%), mamão formosa (- 29,34%), mamão Havaí (-37,30%) e o melão (-39,72%).

Alta no volume

No caso das altas no volume de frutas negociadas na central mineira, o destaque ficaram por conta da tangerina ponkam (+ 35,59%), banana nanica (+ 34,72%), melancia (+ 19,74%) e maracujá (+ 10,82%).

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