segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Primavera: Floricultura tropical recupera áreas degradadas e nascentes no Noroeste fluminense

                            


Bom exemplo para ser citado. Sistema agroflorestal, compostagem e adubação verde melhoraram o solo e aumentaram oferta de água em sítio em Santo Antônio de Pádua.

No sítio Boa Sorte, em Santo Antônio de Pádua, no Noroeste fluminense, tudo são flores. Helicônias, bastões do imperador, alpinias e antúrios, entre outras espécies da floricultura tropical, além beleza e da geração de renda para a produtora Waninha Jardim, também são utilizadas para a recuperação de áreas degradadas da propriedade.

A adoção de sistema agroflorestal, que combina espécies arbóreas com cultivos agrícolas, utilização de compostagem e de adubação verde permitiram a descompactação do solo, devolvendo suas características físico-químicas em cerca de três hectares da propriedade. O plantio de árvores próximas a cinco nascentes está contribuindo para a recuperação e maior disponibilidade de recursos hídricos no sítio.

Com introdução de espécies consorciadas, que serviram como sombreamento para a produção de flores tropicais, Waninha utilizou plantas como o cacau, feijão guandu e grama amendoim, entre outras. Esse manejo vem gradativamente melhorando a fertilidade do solo e resultando no aumento da produtividade.

Servidora pública aposentada precocemente em decorrência de doença congênita que reduziu sua visão, Waninha Jardim buscou na floricultura uma alternativa de ganhos para o sítio, ao mesmo tempo em que descobria uma nova ocupação.

- Interagir com a natureza me permitiu relaxar, amenizando o foco do meu problema. Isso melhorou minha qualidade de vida e ainda estou gerando emprego para dois colaboradores que me auxiliam desde o plantio até a pós-colheita - afirmou.

Para a coordenadora do Programa Florescer, da secretaria estadual de Agricultura, Nazaré Dias, a prática sustentável adotada pela produtora está fazendo o diferencial da propriedade, em relação as áreas vizinhas, onde a forte estiagem tem afetado a atividade agropecuária.

Referência no Noroeste na produção de flores tropicais, a propriedade recebe alunos e excursões com produtores de outras regiões para conhecerem o sistema de cultivo adotado. As flores são vendidas para decoradores e igrejas nos municípios vizinhos da região.

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