terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Seca em São Paulo provocou aumento de 16,59% no preço das verduras




As folhosas, por exemplo, respondem apenas por 8% do que é comercializado na Ceagesp, maior central de abastecimento da América Latina, situada em São Paulo. Outro aumento marcante que aconteceu em janeiro foram os legumes, 10,41%. As vendas dos legumes correspondem a 25% do que é comercializado lá. Mas, no geral,  o Índice CEAGESP registra alta de apenas 2,81% em janeiro. Técnicos do mercado fazem um alerta: problemas climáticos, escassez de água e fim das férias devem impulsionar ainda mais os preços nos próximos meses.

O Índice de preços da CEAGESP iniciou o ano em alta de 2,81% e, ao que tudo indica, os aumentos serão mais elevados e prolongados que em anos anteriores. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador subiu 8,99%.  

Além das tradicionais adversidades climáticas enfrentadas no período de verão, caracterizado pelas altas temperaturas e excesso de chuvas, o ano de 2015 se inicia com um novo ingrediente: A escassez de água. 

Toda a região sudeste e, principalmente, o estado de São Paulo começou a enfrentar problemas no abastecimento de água, que vem afetando diretamente os sistemas de irrigação, essencial na produção de hortifrutícolas. Desta forma, as diminuições no volume ofertado de diversas regiões do estado, como as localizadas no Alto Tietê, por exemplo, já percebidas em janeiro, deverão se intensificar nos próximos meses.

Com o esperado aumento do consumo, em razão do fim das férias e da busca por alimentos mais leves e saudáveis nesta época do ano, a tendência é de preços elevados nos próximos meses, principalmente legumes e verduras.

Em janeiro, o setor de frutas, único a registrar queda, recuou 1,33%.  As principais baixas foram do limão taití (-56,4%), figo (-30,1%), maracujá doce (-26,6%), mamão formosa (-23,6%), maracujá azedo (-23,1%) e pera estrangeira willians (-20,7%). As principais altas do foram da uva niagara (43,5%), coco verde (37,6%), caju (32,4%), manga tommy (27,4%) e melancia (13,9%).   

O setor de legumes registrou alta de 10,41%. As principais elevações ocorreram no chuchu (117,9%), pepino japonês (99,9%), jiló (36,3%) e berinjela (26,3%). As principais quedas foram da pimenta Cambuci (-18,5%), abóbora japonesa (-16%), berinjela japonesa ((-15,9%) e pimentão vermelho (-10,8%).    

O setor de verduras apresentou alta de 16,59%. As principais elevações foram do brócolis (44,8%), repolho (39,1%), couve (37,1%), alface (35%), agrião (29,95) e rúcula (29,2%). Não houve quedas significativas no setor.    

O setor de diversos subiu 5,10%.  As principais altas foram da batata lisa (31,8%), batata comum (13,4%) e canjica ((6,9%). As principais quedas foram do coco seco (-18%), alho (-5,8%) e ovos vermelhos (-2,1%).    

O setor de pescados subiu 7,78%. As principais altas foram do cascote (46,5%), corvina (33,7%), namorado (32,2%) e salmão (22,6%). As principais quedas foram do espada ((-13%), camarão ferro (-8,2%) e anchovas (-4,1%).   

Índice CEAGESP

Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.


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