Alta temperatura reduz produção e pode provocar morte de aves. Avicultores investem em climatizadores para reduzir calor nos barracões.
O preço da caixa do ovo branco subiu 24% e 45% o ovo vermelho. Tudo isso em apenas um mês.
Temperaturas acima dos 30 graus e produtividade baixa. Em Bastos, no centro oeste paulista, os avicultores estão com dificuldades para lidar com o calor.
Uma granja da região tinha mais de um milhão de galinhas no começo do ano, mas em apenas duas semanas mais de 30 mil aves morreram de calor.
Segundo o produtor Sérgio Kakimoto, mesmo as aves que sobrevivem ao clima quente, comem menos e botam uma quantidade menor de ovos. “A galinha deixa de consumir a ração. Com isso, ela tem menos nutrientes para formar um ovo. Então, durante este período de calor, a queda de produção gira em torno de 15%”, explica o avicultor.
Para diminuir os efeitos do calor sobre as aves, outra granja da região investiu em barracões com climatizadores. A temperatura é pelo menos 10 graus mais baixa do que no ambiente externo.
Foram 14 exaustores colocados no galpão, investimento de mais de um milhão de reais para garantir a produtividade. Com os investimentos em tecnologia, os produtores esperam ter uma melhora nos preços.
A caixa do ovo branco tipo extra está sendo negociada a R$ 57. A caixa do tipo extra do ovo vermelho está por R$ 74.
O presidente do sindicato rural de Bastos espera que com o fim das férias escolares, o consumo de ovo aumente. “Em dezembro, janeiro, muita gente está de férias, as escolas estão fechadas, então eu acho que o consumo cai bastante”, comenta Kastu Katsuhide Maki, presidente do Sindicato Rural de Bastos.
O preço da caixa do ovo branco subiu 24% em um mês e o ovo vermelho registrou alta de 45%.
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