quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Conheça os peixes sazonais de setembro

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Todo mês a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com os peixes que estão na melhor época para o consumo. Conheça os peixes sazonais de setembro:

Berbigão
Como fica muito tempo parado pode ser confundido com uma pedra. Atinge até 10 centímetros.

Camarão 7 Barbas
Pode ser considerado o camarão de maior interesse econômico. Chega a ter 8 centímetros de comprimento e possui o rosto com a ponta curvada para cima.

Cascote
Peixe exclusivamente de água doce que tem o costume de formar pequenos cardumes. É mais comum ser visto com 1 kg, mas pode ser encontrado com até 6 kg.

Jundiá
Popularmente possui vários nomes como Nhurundia, Mandi-Guaru e Bagre-Sapo. É um peixe de fácil adaptação e bem aceito pelo consumidor.

Lambari
Seu tamanho varia entre 10 e 15 centímetros. É usado como isca para atrair peixes maiores.

Linguado
Na sua estrutura, o que mais chama atenção são seus olhos ambos do lado esquerdo. É recomendado para portadores de diabetes.

Mandi
Peixe de água doce popularmente conhecido como Mandi Chorão e Bagre Pintado, o Mandi alcança até 40 cm de comprimento e pesa até 3 Kg.

Merluza
Está entre os três pescados mais importados pelo Brasil. Tornou-se popular por ser um filé sem espinha e saboroso.

Namorado entrou para a lista dos peixes sazonais agora em setembro e permanece até novembro - Imagem: Arquivo/CEAGESP
Namorado
Característico de águas tropicais pode chegar até a um 1 metro de comprimento e ultrapassar os 3 kg.

Olhete
É considerado um peixe de passagem e alcança 80 centímetros de comprimento e pesa 8kg.

Pintado
Diferente da maioria dos peixes da lista o seu tamanho surpreende, podendo chegar a 180 centímetros e pesar 80 kg.

Sardinha Fresca
São peixes pequenos que medem até 25 centímetros. Rica em ácido graxo e ômega-3.

Serra
Tem esse nome graças ao imenso focinho em formato de serra e a maxila extremamente alongada com dentes nas bordas exteriores. Por esse motivo é confundido com o tubarão-serra.

Traíra
É um peixe carnívoro bem popular no Brasil. Chega até a 2 kg e 69 centímetros de comprimento.

Tucunaré
É um peixe carnívoro e agressivo. Pode ultrapassar a marca de 1 metro de comprimento.

Xixarro
Pode ser facilmente identificado pela linha que vai da cauda a cabeça.

Ceagesp com gastronomia popular

Não perca a "Semana do Peixe" que começou na CEAGESP da capital paulista, com um leque de opções para quem gosta de pescados e frutos do mar. O evento acontece até o dia 17 de setembro, na tradicional Praça do Pescado o Domingo Gastronômico, com deliciosos pratos a partir de R$ 15,00.

Confira algumas das opções: Cação com leite de coco e arroz branco; Paella; Filé de Traíra sem espinho com pirão. A Semana do Peixe acontece sempre de 5ª a Domingo, com uma grande variedade.

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Programação

Quando: de 31 de agosto a 17 de setembro sempre de 5ª a Domingo

Local: Pátio do Pescado do Entreposto da Capital da CEAGESP
            Entrada pelo Portão 15 da Rua Xavier Kraus, Vila Leopoldina, São Paulo
            Estacionamento no local (R$10 por veículo)

Atrativos e Horários:

5ª a Sábado – das 12h às 20h
(de 31/08 a 02/09, de 07 a 09/09 e de 14 a 16/09)


Praça de Alimentação especializada em Peixes e Frutos do Mar com pratos a partir de R$15

Domingo Gastronômico – das 12h às 18h
(03, 10 e 17/09)
Praça de Alimentação especializada em Peixes e Frutos do Mar com pratos a partir de R$15

Manga tommy e chicória estão mais em conta

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Semanalmente a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta comercializados no Entreposto Terminal São Paulo, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA

Manga tommy, morango, maçã fuji, banana prata, laranja pera, banana nanica, maracujá doce, maçã gala, goiaba branca, goiaba vermelha, abóbora paulista, pimentão verde, batata doce rosada, beterraba, abóbora moranga, repolho verde, coentro, rabanete, alfaces, beterraba com folha, cenoura com folha, couve-flor, couve manteiga, rúcula, acelga, salsa, alho poró, nabo, cebolinha, milho verde, chicória, alho chinês, batata lavada e canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS

Laranja baia, lima da pérsia, laranja lima, maracujá azedo, melancia, tangerina murcot, abacaxi pérola, abacaxi havaí, maçã importada, pera importada, melão amarelo, pinha, carambola, tomate carmem, chuchu, abobrinha italiana, tomate débora, pepino comum, batata doce amarela, cenoura, abóbora seca, mandioca, repolho roxo, espinafre e cebola nacional.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA

Abacate, mamão papaya e formosa, acerola, caju, limão taiti, tangerina poncam, manga hadem, caju, uva rosada, uva thompson, abóbora japonesa, pimentões vermelho/amarelo, abobrinha brasileira, berinjela, pimenta vermelha, pepino japonês, vagem macarrão, jiló redondo, quiabo, ervilha torta, mandioquinha, rúcula, brócolos comum, salsão, erva doce, cebola roxa e ovo branco.

Peixes nos supermercados estão com descontos de até 48%

Até o dia 15 deste mês acontece a 14ª edição da Semana do Peixe, evento que busca estimular o consumo de pescados, com apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e o Ministério da Agricultura. Durante a campanha, os varejistas adotam preços especiais e remarcam diversos artigos no setor da peixaria.

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No Walmart, os preços ficaram até 48% mais baixos. Caso da embalagem de 200g do camarão cozido Dellmare, remarcado de R$ 32,98 para R$ 16,98. O Extra e o Pão de Açúcar prometem valores, em média, 20% mais baixos. No Supermercados Mundial, os abatimentos podem chegar a 15%. O Carrefour também tem promoções (veja preços abaixo).

De acordo com a coordenadora da Semana do Peixe, Meg Felippe, a expectativa é aumentar as vendas em 30%:

— O Rio tem muita familiaridade com peixes de mar, mas passou a comer também o salmão por causa dos restaurantes japoneses. As espécies bem ofertadas são as pescadas, as sardinhas, as anchovas e as tainhas. Hoje já podemos falar também dos peixes nativos de cativeiro, como salmão, tilápia, camarão cinza e pescada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de pescado seja de 12 kg por pessoa ao ano, apesar disso, o consumo médio por brasileiro é inferior a 10 kg por ano. Segundo a organização do evento, a Semana do Peixe quer fortalecer um marco para a cadeia produtiva, com ações em todas as regiões, criando uma terceira época de grande consumo de pescado, após a Semana Santa e o Natal.

Confira ofertas:

Carrefour

Frescos - 

Salmão (1kg): R$ 38,99

Tilápia (1kg): R$ 9,90

Tambaqui (1kg): R$ 15,90

Corvina (1kg): R$ 9,90

Congelados - 

Camarão descascado (1kg): R$ 39,99

Filé de Polaca (800g):

R$ 10,98

Filé Merluza Buona Pesca (800g): R$ 22,90

Cação em Postas Buona Pesca (800g): R$ 15,90

Posta de bacalhau Saithe (1kg): R$ 19,98

Mundial

Sardinha Portuguesa congelada NIigel (1kg):

R$ 18,80

Filé de panga congelado Costa Sul Premium (800g): R$ 16,70

Mexilhão congelado Costa Sul Pacote (400g): R$12,50

Filé de linguado congelado Costa Sul (500g): R$21,90

Iscas de peixe com queijo empanadas e congeladas Costa Sul (500g): R$ 7,98

Filé congelado de merluza Argentina Costa Sul (500g): R$ 11,50

Filé de tilápia congelado Bomar (500g): R$ 17,98

Postas de cação congeladas Buona Pesca (800g): R$ 14,98

Sardinha congelada Buona Pesca (800g): R$13,98

Walmart

Posta de cação Buona Pesca congelada (800g): R$ 13,74

Filé de merluza Bom Peixe congelado (800g): R$ 18,74

Filé de salmão do Alaska congelado (1kg): R$ 49,98

Camarão cozido Dellmare descascado congelado (200g): R$ 16,98

Camarão cozido Great Value descascado (400g): R$ 34,98

Extra

Acará / Tilápia Inteiro fresco (1kg): R$ 7,98

Atum Inteiro fresco (1kg): R$ 10,98

Corvina inteira (1kg): R$ 7,98

Maria mole inteiro fresco (1kg): R$ 9,98

Filé de Panga congelado (1kg): R$ 15,27. Aqui, na compra de três pacotes desse produto pague R$ 12,98 cada uma.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

APROVEITE - Banana prata e mais 34 alimentos em conta

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Semanalmente a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta comercializados no Entreposto Terminal São Paulo, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Banana prata, morango, melancia, maçã fuji, laranja pera, banana nanica, maracujá doce, maçã gala, goiaba branca, goiaba vermelha, tomate carmem, abóbora paulista, chuchu, batata doce rosada, beterraba, abóbora moranga, repolho verde, coentro, rabanete, alfaces, beterraba com folha, cenoura com folha, couve-flor, couve manteiga, rúcula, acelga, salsa, alho porró, nabo, cebolinha, milho verde, chicória, alho chinês, batata lavada e canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Mamão papaya, mamão formosa, maracujá azedo, laranja baia, manga tommy, lima da pérsia, laranja lima, tangerina murcot, abacaxi pérola, acerola, abacaxi havaí, maçã importada, pera importada, melão amarelo, pinha, carambola, pimentão verde, tomate pizza d’oro, tomate débora, pepino comum, batata doce amarela, cenoura, abóbora seca, mandioca, repolho roxo, brócolos comum, e cebola nacional.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Limão taiti, tangerina poncam, abacate, manga hadem, caju, uva rosada, uva thompson, abobrinha italiana, abóbora japonesa, pimentões vermelho/amarelo, abobrinha brasileira, berinjela, pimenta vermelha, pepino japonês, vagem macarrão, jiló redondo, quiabo, ervilha torta, mandioquinha, salsão, erva doce, cebola roxa e ovo branco.

FERIADÃO - Começa "festa das flores" em Holambra

Maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina segue até o dia 24 de setembro.

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Maior exposição de flores e plantas da América Latina, a Expoflora, em Holambra (SP), começa nesta sexta-feira (25) com a expectativa de atrair 300 mil visitantes até o dia 24 de setembro. A 36ª edição apresenta ao público flores e plantas ornamentais cultivadas por mais de 400 produtores.

Capital das flores, Holambra concentra 45% da comercialização de flores e de plantas ornamentais do Brasil, e a exposição movimenta R$ 24 milhões, aquecendo a economia regional. São gerados 1,8 mil empregos diretos e 5 mil vagas indiretas.

A Expoflora é conhecida por apresentar novidades e tendências para a floricultura nacional. Neste ano, uma espécie de cacto sem espinho e o kalanchoe da variedade Chloe, laranja e com fragância de mamão papaya, estão entre os destaques.

Entre as atrações do evento estão a "Exposiçao de Arranjos Florais", um conjunto de 12 ambientes diferentes com arranjos exóticos criados pelos decorados Jan Willem van der Boon e Jessica Drost.

Na "Mostra de Paisagismo", profissionais do setor apresentam sugestões de como as flores e as plantas podem ser usadas nas residências. São 19 ambientes que apresentam projetos paisagísticos e de decoração, trazendo as tendências da primavera/verão para inspirar o público.

Chuva de Pétalas

Os vistantes poderão participar da "Parada das Flores", um desfile de carros alegóricos enfeitados com flores e plantas produzidas na cidade, e fazer parte da tradicional "Chuva de Pétalas" que distribui pelo céu cerca de 150 quilos de pétalas de rosas, de 18 mil botões da planta que são despetados um a um.

As pétalas são lançadas sobre a multidão com ajuda de um equipamento especial por volta das 16h30, todos os dias. Quando há disponibilidade, um segundo round da chuva utiliza um helicóptero para a distribuição das pétalas por todo o local.

Turismo e Gastronomia

Espalhados por todo o recinto estão restaurantes e lanchonetes que oferecem comidas nacionais e pratos da gastronomia holandesa, como o stroopwafel, um biscoito típico holandês tipo waffle recheado com calda de caramelo e cobertura de chocolate.

Há destaque também para as sobremeses em formatos de flores que misturam sabores que vão de brigadeiro de hortelã passando pela torta com ganache de especiarias. Neste ano uma sorveteria resolveu inovar e apresenta os sabores 'beterraba' e 'bacon'.

Nos cinco palcos instalados próximos às praças de alimentação, a partir das 14h, são realizadas apresentações diárias do grupo de danças típicas holandesas, além de outras atrações.

Quem se interessa por pontos turísticos também pode conhecer a cidade, através de seus aspectos históricos e arquitetônicos, incluindo uma visita ao Moinho de Vento em tamanho natural e ao campo de flores.

Viagens extras

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) anunciou o aumento no número de viagens realizadas em duas linhas de sua frota, as que partem de Campinas (SP) e de Artur Nogueira (SP) para Holambra. Aos sábados e domingos, serão acrescentados horários extras nas linhas 693 e 736. Confira abaixo as alterações de horários:

Sábados

    Linha 693 – Artur Nogueira (CDHU)/ Campinas (Botafogo)
    Sentido Campinas: partidas adicionais às 7h, 16h25 e 18h30
    Sentido Artur Nogueira: partidas adicionais às 9h10 e 18h40
    Linha 736 Artur Nogueira (CDHU)/ Holambra (Centro)
    Sentido Holambra: partida adicional às 5h40
    Sentido Artur Nogueira: partida adicional às 17h20

Domingos

    Linha 693 Artur Nogueira (CDHU)/ Campinas (Botafogo)
    Sentido Campinas: partidas adicionais às 7h, 12h, 16h25 e 17h30
    Sentido Artur Nogueira: partidas adicionais às 6h50, 9h10, 14h40, 17h30 e 19h30
    Linha 736 (Volta) – Holambra (Centro)/ Artur Nogueira (CDHU)
    Sentido Artur Nogueira: partida adicional às 17h30

Serviço

    36ª Expoflora
    Quando: de 25 de agosto a 24 de setembro, de sexta a domingo, incluindo o feriado de 7 de setembro (quinta-feira), sempre das 9h às 19h.
    Local: Parque da Expoflora – Alameda Maurício de Nassau, 675, Holambra (SP).
    Ingresso: R$ 46, que pode ser comprado na bilheteria do Parque da Expoflora (nos dias do evento) ou pelo site Ingresso Rápido
    Mais informações: (19) 3802-1499 / 3802-1421

Brasileiro precisa voltar para a cozinha!

"Obsessão por dietas estraga alimentação perfeita do brasileiro", afirma chef Rita Lobo, que lidera programa de culinária no canal GNT.

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Apresentadora critica moda de 'substituir uma coisa pela outra' e defende valorização da 'comida de verdade' e do arroz e feijão contra epidemia de obesidade no Brasil: 'População foi ficando obesa à medida que se afastou da cozinha'.

Obsessão por dietas da moda, por contagem de calorias e por "substituir uma comida pela outra" são sintomas do nosso distanciamento da comida de verdade e da cozinha, diz a chef e apresentadora Rita Lobo, que defende a importância do arroz com feijão como o "alimento perfeito" para o brasileiro.

A ex-modelo envolveu-se com comida 20 anos atrás, quando estudou gastronomia em Nova York, e desde então popularizou-se com o site de receitas Panelinha (que deu origem a seis livros de culinária) e como apresentadora de televisão (seu programa no GNT, Cozinha Prática, estreou neste mês a nona temporada).

Um dos projetos de Rita, 42, chama justamente Comida de Verdade, com consultoria do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, órgão que criou o Guia Alimentar da População Brasileira - documento oficial do Ministério da Saúde.

O Comida de Verdade ensina, em vídeos disponíveis no YouTube, a diferenciar comidas naturais (ou "verdadeiras") das ultraprocessadas - que costumam ser ricas em conservantes, açúcares e sal, mas pobres em nutrientes. Uma nova etapa do projeto começará em novembro, voltada à introdução alimentar de bebês.

"Comida de verdade é o que tem origem na natureza, seja animal ou vegetal - todas as frutas, verduras, grãos, cereais, carnes - e derivados desses alimentos, mas sem nenhum tipo de aditivo químico. E, para quem mora no Brasil, não tem dieta melhor do que a brasileira", afirma Rita Lobo, que conversou com a BBC Brasil a respeito de alimentação, dietas e hábitos gastronômicos.

Rita traça paralelos entre a combinação clássica do Brasil - o "pê-efe", com arroz, feijão e acompanhamentos - e famosas dietas internacionais, como a mediterrânea, a japonesa ou a francesa.

"São centenas de anos (durante os quais) essa nossa dieta tem sido testada. Não é à toa que o arroz é servido com o feijão. Falta um aminoácido no feijão que justamente o arroz tem, e juntos eles formam uma potência nutricional que quase não precisa de mais nada."

Mas e quanto às calorias dessa combinação de carboidratos?

"Essa ideia das calorias é muito americana", critica Rita. "Como eles (EUA) não têm um padrão nacional de alimentação, ficam tentando todo ano criar uma dieta nova - uma hora baseada em calorias, outra em tirar gordura. E não é sustentável, porque ninguém consegue manter esse tipo de alimentação."

A apresentadora argumenta que "essa (contagem de calorias) é uma ideia que, no fundo, só é boa para a indústria alimentícia, que vive dos modismos nutricionais e criam produtos para atender essa demanda com grande investimento de marketing".

Rita tampouco é adepta da ideia de "substituir isso por aquilo" - popularizada pela chef Bela Gil e pela ideia de trocar um alimento calórico por um menos calórico. Ficou famoso o tuíte de fevereiro de Rita que, ao ser instada por um leitor a ensinar a preparar "maionese de óleo de coco e iogurte", respondeu: "1) Isso não é maionese; 2) Trate seu distúrbio alimentar".

Compartilhado quase 2 mil vezes, o tuíte rendeu tanto elogios por levantar o debate sobre comida real quanto críticas por fazer menção ao sensível tema de distúrbios alimentares.

"É que as pessoas têm essa lógica de querer substituir, (por exemplo) o hotdog por salsicha de couve-flor, e não é isso", explica Rita à BBC Brasil, ao ser questionada pela reportagem sobre como ler rótulos dos alimentos para saber qual escolher.

"Substituição faz sentido quando a pessoa tem uma necessidade especial de alimentação, caso dos diabéticos ou celíacos ou alérgicos a lactose. No entanto, não é disso que as pessoas estão falando, mas sim de uma tentativa de driblar a alimentação, sem cozinhar, e substituir o ruim pelo menos pior. É um paliativo. O que funciona é não depender da comida ultraprocessada. (...) É repensar a alimentação e voltar à comida de verdade, e, para isso, aprender a cozinhar é uma ferramenta essencial para quem quer uma alimentação saudável de verdade."

Variação

"A orientação para alimentação saudável é clara: variação é fundamental, porque cada ingrediente tem uma composição nutricional única. O que é melhor, comer todos os dias salada com peixe ou num dia comer peixe, no outro carne, frango, porco, arroz com feijão, lentilha?", questiona.

"É sempre melhor variar. No caso da dieta brasileira, a variação fica por conta das carnes e dos legumes. Mas é excelente manter o arroz com feijão no prato para quem quer manter uma alimentação saudável de verdade."

Para Carlos Monteiro, que é professor titular do Nupens e que participa do Comida de Verdade, o padrão alimentar brasileiro "acerta no atacado" ao dar as diretrizes básicas de como deve ser nossa alimentação no dia a dia, com espaço para variações.

Deixar de lado os ultraprocessados é importante, diz ele, porque "quando escolhemos nossos alimentos, acabamos escolhendo um pacote".

"Por exemplo, ao usar o cubinho de caldo de carne, que tem muito sal e gordura não saudável, você deixa de comprar a cebola, o alho, o louro. E daí você deixará de ter todos esses alimentos frescos em casa. Você passa a adotar um outro padrão alimentar, e a indústria cria essa ideia de que ele é mais conveniente. Também não gosto de dizer 'pode com moderação, uma vez por semana', porque isso glamouriza (o alimento não saudável), como se ele fosse indispensável."

Na mesma linha, Rita Lobo argumenta que "fracassou" a ideia de que poderíamos comer bem mesmo sem saber cozinhar.

"A gente passou por um período em que acreditou que fosse possível viver de comida comprada pronta, de macarrão instantâneo, e tudo bem. Só que o resultado disso, passadas cinco décadas desse movimento começado nos EUA, é que as populações foram ficando obesas à medida que foram se afastando da cozinha."

No Brasil, os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que um terço das crianças de cinco a nove anos e um terço dos adolescentes de 12 a 17 anos têm excesso de peso. O sobrepeso também atinge mais da metade da população adulta brasileira.

Monteiro explica que outro impacto dos ultraprocessados sobre o peso é que os corantes e saborizantes usados nos alimentos prontos acabam modificando nosso paladar e eliminando nosso autocontrole -- nossa capacidade de entender quando estamos satisfeitos.

'Assunto da casa'

Só que como conciliar a alimentação saudável com a falta de tempo? E como evitar que esse resgate da comida de verdade signifique também uma volta ao passado, em que as mulheres eram as únicas responsáveis por pilotar a cozinha?

Esse é o desafio, diz Monteiro. "A questão atual é como não voltar para trás, conservando nosso padrão alimentar com uma nova roupagem: a divisão de tarefas em casa, com a ida ao restaurante ao quilo ao lado do trabalho."

Rita defende que a prática, ao longo do tempo, torna as pessoas mais rápidas na cozinha. E que a alimentação da família requer, necessariamente, uma "divisão estruturada de tarefas".

"Não é possível hoje que a alimentação seja assunto da dona da casa - é assunto da casa. Cozinhar envolve muitas etapas: planejamento, compra, preparação, limpeza, porcionar, congelar. Não dá para ser feito por uma pessoa só."

Daí o fato de boa parte de suas receitas focarem no básico - no refogado, no preparo do feijão, no corte da cebola.

"Quando lancei o Panelinha, 17 anos atrás, achava que as pessoas queriam variar os pratos do dia a dia e estreamos o site com 200 receitas variadas. E quase imediatamente depois, as pessoas começaram a me escrever: 'nossa, muito bacana, mas qual é o segredo do arroz soltinho? Como faço para o feijão ficar igual ao da minha avó?'. Naquele momento eu entendi que as pessoas não sabiam mais cozinhar mesmo, então a gente tinha que ensinar o básico."

O outro ensinamento principal, diz ela, é aprender a classificar as comidas pelo "grau de processamento".

"Entendendo isso, a pessoa vê que não existe alimento bom ou ruim - existe comida de verdade e imitação de comida."

Quatro categorias

Segundo o Nupens, da USP, essa divisão se dá em quatro categorias:

1) Os alimentos in natura e minimamente processados: legumes, verduras, carnes e frutas, mas também o arroz e o café, que foram refinados e embalados mas não receberam aditivos químicos para chegar ao supermercado.

"É diferente, por exemplo, daquele capuccino em pó, que tem aromatizante, ou do achocolatado, que tem uma série de aditivos e açúcares, para imitar o sabor do chocolate", diz Rita. "Quando você pega uma barrinha de cereal industrializada e acha que está fazendo uma escolha supersaudável, pega o rótulo e vê que tem açúcar sob várias denominações, aromatizantes e sal."

2) Os ingredientes culinários, como óleos, azeites, sal e açúcar, que são as substâncias extraídas dos alimentos e servem para o preparo dos pratos.

3) Os alimentos processados que estão na nossa alimentação há centenas de anos, como pão e queijo - que complementam a refeição. "São uma combinação dos grupos 1 e 2, e os alimentos que antes fazíamos em casa", explica Monteiro.

4) Os ultraprocessados, ou seja, tudo o que tem aditivo químico na sua composição - e que, segundo o Nupens, deve perder espaço na nossa alimentação justamente porque "contêm ingredientes que não encontramos na nossa cozinha. É uma fórmula (química)", diz Monteiro.

"Geralmente é a comida comprada pronta, que exclui preparos culinários, ou bebidas adoçadas, os cereais matinais. Isso é que tem que ser excluído da mesa. Todo o resto você pode comer, de forma variada", argumenta Rita, recomendando, a quem quer voltar à comida de verdade: "Aprenda a fazer arroz e feijão, sabendo que o feijão dá para porcionar e congelar, e daí metade do prato está pronta. É só dar um pulinho na feira e ir variando ao longo da semana."