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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Conheça alimentos que fazem bem para o coração

Nessa sexta-feira, 29/9, foi comemorado o Dia do Coração e nada melhor que cuidar bem desse órgão a partir da alimentação, afinal a nutrição aliada a hábitos saudáveis pode combater diversas doenças. Abaixo, curta um receita de patê de salmão.

            Patê de salmão
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São várias as doenças ligadas ao coração: AVC (acidente vascular cerebral), pressão alta, infarto são só alguns exemplos e dos mais comuns. Algumas porções por semana dos alimentos abaixo ajudam a preveni-las:

1 - alho: seu consumo (quatro dentes por dia) está associado a redução da pressão arterial e o alimento ainda ajuda a controlar os níveis de colesterol.

2 - azeite extra virgem: contém antioxidantes que combatem células degenerativas e atua no aumento do colesterol bom.

3 - uva e vinho tinto: consumida com moderação, a bebida previne o colesterol ruim e o envelhecimento das células.

4 - FRUTAS - maracujá, morango, limão, laranja: as frutas são ricas em vitamina C, responsável por ajudar a reduzir a gordura nas artérias.

5 - peixes (atum, sardinha, salmão): são alimentos fontes de ômega 3, substância que atua sobre o sistema nervoso e ajuda a regular os níveis de colesterol.

Patê de salmão

Servido na torradinha integral, esse patê arrasa na mesa da festa. Mas ele também faz bonito no recheio do sanduíche natural (quer variar do patê de atum?).


Ingredientes

  • 1 xícara (chá) de salmão em aparas ou cortado em cubinhos
  • 1 colher (sopa) de azeite
  • 1 dente de alho
  • ⅓ de xícara (chá) de alho-poró picado
  • ⅔ de xícara (chá) de creme de leite fresco
  • 3 ramos de tomilho
  • ½ colher (sopa) de cebolinha francesa picada
  • sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de preparo

1. Aqueça uma panelinha em fogo médio, acrescente o azeite, doure o dente de alho inteiro, o alho-poró e o salmão. Abaixe o fogo e junte o creme de leite, o tomilho, o sal e a pimenta. Deixe cozinhar por 10 minutos com a panela tampada.

2. Quando esfriar, retire os ramos de tomilho e o dente de alho.

3. No liquidificador, bata o creme e leve à geladeira.

4. Misture a cebolinha francesa e sirva com torradinhas e pães.


Gaste menos

Algumas peixarias vendem as aparas do salmão (sobras do peixe limpo), que são muito mais baratas. Se não encontrar, corte o salmão em cubinhos.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Salmão puxa recorde de valor no comércio mundial de pescado

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O governo brasileiro, por exemplo, iniciou campanha sugerida pelos supermercados para aumentar o consumo de peixe no país. Notícia que publicamos no blog CeasaCompras.com.

DO "FINANCIAL TIMES"

O comércio mundial de pescado deve estabelecer novo recorde de valor este ano, ajudado pela recuperação econômica em países importadores da Europa e pelos preços recorde de peixes como o salmão, de acordo com a FAO (agência das Nações Unidas para alimentação).

O valor do comércio mundial de pescado deve crescer em mais de US$ 150 bilhões este ano, ou 7% sobre 2016, o que coloca 2017 a caminho de eclipsar o recorde de 2014 (US$ 149 bilhões), com a alta na demanda por salmão e camarão, segundo a FAO.

Esse comércio "vem se mantendo forte em diversos mercados importadores tradicionais como Estados Unidos, Japão, França e Espanha", disse Sigbjorn Tveteraas, professor de economia industrial na Universidade de Stavanger, Noruega.

Com o avanço na aquicultura, o pescado vem sendo a commodity alimentícia mais negociada do mundo. A alta na renda dos países em desenvolvimento conduziu a um maior consumo de peixes.

Diante de outros negócios agrícolas, como grãos, os produtores de pescado vêm apresentando retornos melhores.

Produtores de salmão, por exemplo, geraram retorno total para os acionistas de entre 45% e 60% de 2012 para cá, de acordo com cálculos do Boston Consulting Group.

A Marine Harvest, maior produtora mundial de salmão, gerou retorno médio da ordem de 47% ao ano, nos cinco anos anteriores a 2016.

Isso se compara ao retorno de 17% do setor de proteína e ao retorno de 7% para agricultura como um todo, aponta o Boston Consulting Group.

Retornos dessa ordem levaram empresas agrícolas a ingressar no mercado de pescado. A Cargill, maior trading agrícola dos EUA, negociando produtos que variam do trigo a aves, adquiriu dois anos atrás a Ewos, fabricante norueguesa de ração para peixes, e o conglomerado japonês Mitsubishi pagou US$ 1,4 bilhão pela produtora de salmão norueguesa Cermaq.

A produção de pescado deve continuar a crescer graças à piscicultura, aponta a FAO. O mercado mundial de aquicultura deve continuar crescendo entre 4% e 5% ao ano pelos próximos 10 anos, e a piscicultura deve se expandir em um terço até 2026.

"A produção da aquicultura deve exceder a marca dos 100 milhões de toneladas pela primeira vez em 2025 e chegar aos 102 milhões de toneladas em 2026", diz a FAO.

Mas o crescimento da aquicultura deve criar novos desafios para o setor, já afetado por problemas como doenças e pragas. No setor de salmão, um novo recorde de preços foi estabelecido em 2016, por conta de surtos de parasitas na Noruega e de algas no Chile, que dizimaram o suprimento mundial de salmões.

Os preços se mantiveram relativamente altos, e os especialistas advertem que novos investimentos devem elevar os custos do setor.

"Para permitir sustentabilidade em longo prazo, as empresas também precisam atender às crescentes preocupações quanto ao impacto ambiental da piscicultura", disseram os analistas do Boston Consulting Group.

segunda-feira, 27 de março de 2017

E o Salmão do Chile, o que dizem?

Por Jorge Lopes (jorgeseraphini@gmail.com)


Corantes e antibióticos? Os mitos e verdades sobre a qualidade do salmão de cativeiro. O Chile, por exemplo, há anos é acusado de dar antibióticos e hormônio do crescimento para sua produção de salmão em cativeiro, visando engorda mais rápida. O que afetaria na sua saúde humana. No ano passado, trabalhadores e pescadores fizeram protestos contra a criação indiscriminada do salmão. O Chile voltou atrás em relação ao boicote à carne brasileira. Quanto ao pescado, fiscais brasileiros afirmam que o produto que entra no Brasil é de qualidade. 

Mas há controvérsia: veja o apanhado que preparei para vocês e tirem suas conclusões sobre os "enganos" que nos vendem do Chile.

              

Em menos de duas décadas, o salmão se tornou num peixe popular no Brasil devido ao paladar que agrada muita gente, aos propalados benefícios à saúde e ao fato de ter tido o preço reduzido.

Isso só foi possível devido ao aumento da criação do peixe em cativeiro, tornando a oferta bem maior e o produto, mais barato.

De tempos em tempos, no entanto, textos se disseminam em alta velocidade nas redes sociais condenando o consumo do salmão de cativeiro – que seria repleto de corantes e antibióticos e, portanto, maléfico à saúde.

Para tirar isso a limpo, a BBC Brasil procurou alguns dos maiores especialistas do país em nutrição e também em criação de peixes em cativeiro. Em resumo, eles dizem que não há motivo para tanta preocupação.

De acordo com José Eurico Possebon Cyrino, especialista do setor de piscicultura da Escola Superior de Agricultura da USP, qualquer diferença de origem do pescado se reflete na sua composição.

"A composição corporal do salmão capturado no Alasca é diferente daquela do salmão capturado no Canadá, que é diferente daquele capturado na Europa", explica. "Em peixes, mais do que em qualquer outro animal, vale o aforismo: 'você é aquilo que você come'."

De acordo com os textos que circulam na internet, o problema seria justamente a alimentação do animal de cativeiro. Os animais criados em viveiros teriam menos ômega-3 que os selvagens e seriam coloridos artificialmente com substâncias supostamente causadora de câncer, problemas de visão e alergias. Os especialistas afirmam que isso não é verdade.

"As rações utilizadas na salmonicultura são muito boas, excelentes mesmo", diz Cyrino, que também é professor da USP. "Assim não fosse, as operações seriam economicamente inviáveis; os animais simplesmente morreriam (a má alimentação causa um colapso do sistema imunológico do animal)."

Supervisor da área de Pesca e Aquicultura da Embrapa em Palmas (TO), Giovanni Vitti Moro vai na mesma linha.

"A farinha utilizada como ração para peixes carnívoros é obtida a partir de resíduos do processamento de peixes ou de peixes inteiros capturados para este fim", explica Vitti Moro. "Esse ingrediente não traz nenhum risco para a saúde humana, nem para os peixes, desde que processado de maneira adequada."

Ainda de acordo com o especialista da Embrapa, o uso de corante tampouco representa problema.

"Eles geralmente são produzidos a partir de leveduras, de forma natural, sendo que os que são utilizados são compostos carotenoides (pigmentos naturais encontrados em alimentos como a cenoura)", acrescentou Moro.

O salmão criado em cativeiro não tem necessariamente a mesma composição corporal do animal selvagem, mas isso não significa que seja de qualidade inferior, sustenta Cyrino.

"Muito pelo contrário: mesmo que ligeiramente diferente na composição, é um alimento da melhor qualidade nutricional."

Não há criação de salmão no Brasil. Mas o consumo se popularizou ao longo dos últimos anos devido ao aumento da criação no Chile. Há dez anos, o Brasil importava 10 mil toneladas do peixe do país vizinho. Hoje, já são 80 mil.

"Se a salmonicultura não tivesse sido desenvolvida no mundo inteiro, e no Chile em particular, os estoques naturais de salmão estariam em perigo de extinção", argumenta Cyrino.

"A geração de empregos diretos e indiretos pela aquicultura é um benefício socioeconômico palpável. Preço ainda é uma questão delicada (embora o salmão de cativeiro seja mais barato que o selvagem, ainda é um produto caro), mas, certamente, se não fosse o desenvolvimento da salmonicultura, não haveria salmão inteiro, em postas ou em filés disponíveis nas gôndolas frias dos supermercados brasileiros."

A especialista Marília Oetterer, do Laboratório de Tecnologia do Pescado da Escola Superior de Agricultura da USP, lembra ainda que a importação de salmão de cativeiro propiciou um aumento significativo do consumo de peixe no país, o que é positivo.

"O pescado em geral apresenta todos os aminoácidos essenciais, sendo rico particularmente em lisina, que, no peixe, encontra-se em maior quantidade do que nas outras carnes, no ovo e no leite", afirmou a especialista. "Cerca de 250 gramas por dia de pescado representa adequação de todos os aminoácidos essenciais."

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                Fazendas de salmão no Chile

Antibióticos

Os especialistas explicam que antibióticos são eventualmente usados misturados à ração dada aos peixes para prevenir parasitoses nos animais. Esses remédios, segundo eles, não fazem mal ao homem. E sua administração segue uma rígida legislação.

"Qualquer medicamento utilizado na produção animal no Brasil e no mundo deve respeitar um período de carência antes do processamento e da venda do produto", explica Vitti Moro, da Embrapa. "A legislação que controla a comercialização dos produtos de origem animal para consumo humano define os tempos (de carência) para cada tipo de medicamento, não sendo permitida a comercialização caso esse tempo não seja respeitado."

Sobre possíveis fraudes, a especialista lembra ainda: "Hoje, há inspeções regulares da Anvisa. As amostras são submetidas a análises instrumentais e é feito ainda o sequenciamento genético; uma forma eficiente de detectar, pelo DNA da amostra, qualquer provável fraude."

O especialista da Embrapa acrescenta: "Todo produto de origem animal que entra no país passa por um rigoroso controle e fiscalização. Não é permitido entrar em território nacional nenhum produto importado que traga algum risco à saúde humana."

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                  Protestos em Santiago do Chile em 2016

Por que o salmão está sendo apontado como um vilão no Chile?

Pescadores culpam o cultivo artificial do peixe pela ‘maré vermelha’ que infestou o sul do país, quebrando a economia da região e levando a uma onda de protestos contra a presidente Michelle Bachelet.

A proliferação descontrolada de um tipo de alga marinha - responsável por um fenômeno chamado “maré vermelha” - levou o governo chileno a proibir a coleta e o consumo de mariscos e de alguns tipos de peixe na Região dos Lagos, no Sul do país, onde a pesca é uma das principais atividades econômicas. A infestação já é considerada a mais grave na história do Chile e acabou colocando as criações de salmão como possíveis vilãs da história.
 
Alguns biólogos marinhos começaram a associar a proliferação das algas à criação massiva do peixe em milhares de gaiolas mantidas por grandes empresas internacionais ao longo da costa dessa ilha da Patagônia.

                              Imagem relacionada

                      Salmão falso e os corantes

A maior parte do que se come sob o rótulo de salmão no Brasil é, na verdade, truta. Já tinha ouvido falar sobre isso, mas fui tentar entender melhor a questão. Pelo que entendi, existe tanto o salmão de cativeiro quanto a truta salmonada, que é um híbrido resultante da mistura entre o salmão e a truta, ambos da família Salmonidae. Tanto o salmão quanto a truta salmonada que chegam ao Brasil são criados em cativeiro no Chile. À dieta de ambos os peixes, é adicionado um corante para que a carne fique rosada. Em outras palavras, ao comprar salmão no Brasil, em vez de comprar o peixe selvagem, compra-se salmão de cativeiro ou truta salmonada, também de cativeiro. Flávio, se você vier aqui novamente, por favor, corrija-me caso esteja falando algo incorreto
.
(Blog Abrindo a Despensa, de 2012)

Fontes BBC Brasil/Nexo 2016