sexta-feira, 12 de junho de 2015

Preço da cebola: aumento de quase 200% em apenas 1 ano


                               


Estudo divulgado pela diretoria técnica da Ceasa de Minas Gerais diz que o total geral no volume de venda dos produtos em seus mercados foi de apenas 2%.

É como nas delegacias, em relação a algumas investigações: enquanto um marginal "banca" todas as encrencas na região, outro fica por aí azucrinando sem ser incomodado. É o caso da cebola em relação ao tomate, este último pagando todos os ônus e sendo considerado o "inimigo público", por conta dos aumentos de preços e acusado de ser o responsável pelo aumento da cesta básica de boa parte da população brasileira.  De acordo com um estudo de conjuntura econômica, divulgado pela CeasaMinas, para o mês de maio, o quilo da cebola amarela nacional no atacado saltou de R$ 1,40, em maio de 2014, para R$ 3,63, em maio deste ano. No caso da cebola importada, passou também de R$ 1,64 para R$ 3,80. 

Por incrível que pareça, o preço do tomate longa vida na Central de Abastecimento mineira teve um aumento muito pequeno no período de um ano: R$ 2,20, o quilo em 2014; e, agora, R$ 2,60. O crescimento da produção em abril/maio foi de 10,08%.

Voltando ao caso da cebola nacional, em abril e maio de 2014 houve um crescimento de volume comercializado na central da ordem de 159,29%. E agora, no mesmo período, registrou apenas a marca de 53,16%. A cebola importada apresentou queda em volume de vendas, de 131,71% para os atuais 52,61%. A tendência é que os preços continuem aumentando devido a queda de produção, conforme constatou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tomado como base pelo estudo da diretoria técnica da CeasaMinas.

Os preços baixos verificados na venda do produto, em 2014, inibiram os produtores de cebola amarela, que reduziram áreas de plantio para a colheita 2015, o que tem proporcionado as altas cotações atuais de preços. Ainda conforme dados recolhidos pelo LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), do IBGE, de maio deste ano constatou que a intenção de produção agrícola em Minas Gerais caiu 8% em área plantada. A queda na produção nacional também força os preços para cima.

Não tão vertiginosos como os preços da cebola nacional e importada, o alho importado registrou apenas 0,11% em volume comercializado em abril e maio de 2015, ao contrário do ano passado quando foi de 35,62%, em igual período.  A alta do dólar e desvalorização do Real devem ter contribuído muito para isso. O preço por quilo saltou de R$ 6,85 para R$ 9,29. O alho brasileiro, que manteve-se no mesmo patamar do importado em termo de crescimento, tem o preço por quilo alterado de R$ 6,85 para R$ 8,74. Em abril e maio do ano passado, o volume de vendas do alho nacional foi de 27,96% no mesmo período.

A cenoura apresentou crescimento tímido em abril/maio desse ano, que foi de 29,61%; quanto que, em igual período do ano passado fora de 80,73%.  Os preços apresentaram alta de quase 100%: de R$ 1,09, o quilo no atacado, para R$ 1,97. O estudo apresentado pela Ceasa de Minas Gerais diz que no caso da cenoura já previsto essa diferenciação, com base nos registros do Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (CEPEA) da Universidade de São Paulo (USP).

Batata, menos impacto

A batata lisa, cuja movimentação em abril/maio de 2014 foi negativa de menos 8,82%, em igual período de 2015 cresceu 4,20%. Esse crescimento pífio é devido a pouca oferta proveniente do Triângulo Mineiro e Alto Parnaíba. A situação só não ficou pior porque a produção de batata originária de São Paulo, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul proporcionaram um aumento de volume na CeasaMinas.

Crescimento menor no geral

Durante o mês de maio de 2015, foram colocadas quase 175 mil toneladas de produtos à disposição dos compradores da CeasaMinas, representando uma queda de 2% em relação ao registrado em igual mês de 2014 e acréscimo de praticamente igual percentual ante abril último. A oferta está estimada em mais de 368 milhões de reais.

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