Piramutaba, sardinha, panga, tilápia, salmão. Essas são algumas das mais de 70 espécies de pescados encontrados na CeasaMinas. Embora seja principalmente conhecida pelo comércio de frutas, legumes e verduras, quem vem ao entreposto de Contagem também pode aproveitar para levar peixes, o que tem acontecido com mais frequência atualmente do que há alguns anos.
"Antes, só vendíamos peixe na quaresma. Hoje, vendemos o ano inteiro", compara Eustáquio Soares Maia, presidente da loja DHF Produtos Alimentícios, localizada nos pavilhões G e 4. Segundo o empresário, essa mudança aconteceu em função da divulgação dos benefícios do peixe pela mídia, especialmente na televisão. "Hoje as pessoas sabem que a proteína animal mais saudável que existe é a do peixe", afirma.
Aristeu Guedes, o Fubá, gerente do Frigorífico Serradão, localizado no pavilhão SG, confirma o aumento de venda dos pescados. "Esse número aumentou nos últimos anos porque as pessoas têm buscado mais qualidade de vida. Peixe é saúde e por isso está sendo mais aceito e procurado", diz. Fubá também justifica esse crescimento com o aumento do preço da carne vermelha.
Origem
É possível encontrar tanto peixes de água doce, como de água salgada, nos formatos inteiro, em postas ou filé. A origem do produto é variada. Na DHF, por exemplo, a tilápia, o lambari e o mandi vêm do próprio estado de Minas Gerais. No entanto, os maiores fornecedores são os estados do Amazonas e Pará. Além disso, há os importados, como a panga, que vem do Vietnã e é processado na China.
Como o produto é vendido tanto no atacado, como no varejo, o público comprador é diversificado. "Desde a dona de casa que compra um quilo até frigoríficos que compram 100 quilos", fala Fubá. Segundo ele, os restaurantes estão se tornando grandes clientes, já que os pratos que utilizam peixe estão sendo bastante solicitados.
Qualidade
Na DHF, o pescado representa 40% das vendas, chegando a 55% na quaresma. Esse aumento vem acompanhado da preocupação do lojista com a qualidade do produto. "Um problema que enfrentamos é com relação à quantidade de água. O peixe tem que ter água, que é importante para a sua armazenagem. Mas não podemos cobrar pela água. Então se eu digo que no pacote tem 1 Kg de peixe, ele tem que ter 1 Kg de peixe", conta Eustáquio.
"Outro problema que enfrentamos são empresas que vendem um peixe mais barato como se fosse um peixe mais caro. Isso gera desconfiança dos consumidores e atrapalha o mercado de peixes nobres", lamenta Eustáquio. Para contornar esse problema, a DHF, no caso de peixes mais caros, mantém um pedaço da pele na carne, o que facilita a identificação da espécie. É o chamado "filé com etiqueta".
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