Composta
de 95% de água, a alface é o primeiro alimento que muitas pessoas
pensam quando se vai fazer uma dieta. Pobre me calorias e rica em
fibras, essa hortaliça originária do Mediterrâneo já era consumida pelos
faraós egípcios, e desde essa época suas qualidades benéficas à saúde
já eram conhecidas.
Entre elas, sua capacidade de saciar a
fome, combater o diabetes, ajudar pele e cabelo a ficarem mais bonitos,
combater a doença de Alzheimer, condição degenerativa que prejudica a
memória e cognição, combater a osteoporose, fortalecer os ossos e
possuir antioxidantes que ajudam a limpar o organismo dos radicais
livres, apontados como responsáveis pelo envelhecimento precoce e a
predisposição pelo surgimento de células cancerígenas.
Dentre as
variedades de alface, a lisa é a de longe a mais consumida, por ter
sabor mais suave, levemente adocicado, e por suas folhas mais soltas e
macias. É um alimento rico em betacaroteno (provitamina A), vitaminas C,
E e do complexo B. Também apresenta boas quantidades dos minerais
cálcio, fósforo, potássio e ferro. De quebra, é um calmante natural e
por isso é indicada para pessoas que têm insônia ou as que são muito
tensas e agitadas.
Na hora de comprar alface, prefira as que
possuem folhas firme e sem manchas. Lave com bastante água e depois
coloque as folhas em uma solução feita com 1 litro de água com 10 gotas
de água sanitária para higienizar por cerca de 15 minutos. Depois, lave
bem, seque com papel toalha e guarde coberto com uma folha de papel
toalha umedecida em um recipiente com tampa na geladeira, coberto com
uma folha de papel toalha umedecida. Fazendo assim, as folhas ficam
preservadas por até uma semana.
Com produção mais forte
registrada durante os meses de agosto a maio, em 2018, o Entreposto
Terminal São Paulo (ETSP) recebeu cerca de 2.347 toneladas de alface
lisa, provenientes principalmente das cidades paulistas de Ibiúna, Mogi
das Cruzes, Itapecerica da Serra, Piedade, Santa Isabel e Embu Guaçu. No
dia 19/8, engradado com cerca de 25 pés estava sendo comercializado no
atacado do ETSP ao preço médio de R$ 11,37.
Para
vencer a barreira do clima e facilitar a produção de alface nas regiões
mais quentes do Brasil, pesquisadores da Embrapa Hortaliças (DF)
desenvolveram duas novas variedades de alface crespa de folhas verdes
que apresentam tolerância ao calor e ampla adaptação às condições
tropicais, independentemente do sistema de produção, seja campo aberto,
hidroponia ou cultivo protegido.
Em tempos de mudanças
climáticas, as elevações de temperatura nas regiões produtoras de
hortaliças têm tornado cada dia mais desafiador o cultivo de algumas
espécies que necessitam de clima mais ameno para alcançar seu pleno
desenvolvimento. A alface, hortaliça folhosa com origem na região do mar
Mediterrâneo, tem sua produção favorecida quando a faixa de temperatura
oscila entre 15ºC e 25ºC.
“Essa característica é importante
porque altas temperaturas antecipam o florescimento da alface e a
produção de látex nas folhas, o que deixa a planta com um sabor bem
amargo, indesejado pelos consumidores”, contextualiza o agrônomo Fábio
Akiyoshi Suinaga, coordenador do programa de melhoramento genético de
alface da Embrapa, que tem entre seus principais objetivos contribuir
para a sustentabilidade da cadeia produtiva dessa hortaliça no País.
Mais resistência às principais doenças
Além
de tolerantes ao calor, as novas cultivares apresentam resistência às
principais doenças da cultura como fusariose e nematoide-das-galhas,
característica relevante, tendo em vista que a principal dificuldade que
os produtores rurais enfrentam no cultivo de alface é o controle de
doenças. Em campo aberto, a alface está sujeita a doenças de solo e
doenças foliares e, na hidroponia, ocorrem podridões causadas por
parasitas que ficam na solução nutritiva.
Segundo Suinaga, ter
resistências incorporadas à genética da planta é um fator favorável à
redução do aporte de agrotóxicos nos cultivos de alface, o que soma
benefícios para o meio ambiente, mas também para o consumidor, já que a
principal forma de consumo são folhas frescas. “Quanto mais tecnologia
embutida na semente, menor será o custo de produção do horticultor e
melhor a lucratividade dos produtos”, resume.
As duas novas
cultivares de alface possuem mecanismos diferentes para burlar o calor e
garantir boa produtividade. No caso da cultivar BRS Leila, a tolerância
a altas temperaturas acontece porque o material tem, embutido em sua
genética, uma estratégia natural para atrasar o florescimento da planta.
Assim, quando comparada à cultivar de alface crespa mais plantada no
Brasil, a BRS Leila resiste, em média, dez dias mais ao calor antes de
iniciar o florescimento.
Alface fica menos tempo exposta ao calor
Já
a cultivar BRS Mediterrânea, que traz no nome a memória da origem da
espécie, possui uma tática diferente para atingir boa produtividade
mesmo diante de condições de temperaturas elevadas: vigor e precocidade.
Quando se traça um paralelo com outras cultivares do mercado, ela
atinge o ponto de colheita mais rápido, em média, sete dias antes da
variedade mais plantada. Assim, por ser mais precoce, com um ciclo
produtivo mais curto, ela fica menos tempo no campo exposta ao calor, um
fator de estresse para planta que causa o florescimento antecipado.
Ou
seja, mesmo em condições de temperatura superior à faixa de temperatura
ideal de cultivo, suas plantas atingem o ponto de colheita, com
qualidade e padrão comercial, em menor intervalo de tempo. Essa
característica também é interessante do ponto de vista do escalonamento
da produção, já que o mercado consumidor demanda o produto fresco
durante todo o ano.“Outra vantagem de cultivares precoces de alface é
que o produtor consegue efetuar mais colheitas durante o ano e utilizar
melhor sua área em um mesmo espaço de tempo. A alface é uma espécie de
colheita diária. Por isso, na hora de o agricultor fazer o planejamento
do seu plantio, ele precisa considerar a demanda do mercado, que deseja
produtos frescos. Para conseguir atender essa exigência, é preciso
utilizar cultivares precoces, de ciclo médio e de ciclo tardio para ter
diferentes tempos de colheita em sua lavoura”, comenta Suinaga
ressaltando a importância da produção escalonada.
Parceria com o setor produtivo no desenvolvimento e na validação
As
cultivares foram desenvolvidas no âmbito do programa de melhoramento
genético de alface da Embrapa Hortaliças, cujo objetivo principal é
contribuir com a sustentabilidade da cadeia produtiva de alface no
Brasil. A validação foi realizada em conjunto com a empresa Agrocinco,
que possui contrato de parceria em Pesquisa e Desenvolvimento baseada na
Lei de Inovação Tecnológica.
Na experiência do agrônomo Luís
Galhardo, diretor comercial da empresa, que está licenciada para
comercialização das sementes das novas cultivares da Embrapa, as alfaces
BRS têm ótima capacidade de suportar as frequentes temperaturas altas
brasileiras, pois não pendoam facilmente.
“Devido à precocidade e à
tolerância ao pendoamento (ou florescimento precoce), o agricultor pode
fazer mais plantios na mesma área ao longo do ano e obter melhor
eficiência, bem como pode ver ampliado o período de comercialização dos
pés, uma vez que as plantas não emitem pendão rapidamente”, comenta
Galhardo ao acrescentar que a alface BRS Mediterrânea ainda possui
excelente resistência à queima das bordas, conhecida como “tip burn”, um
fator associado ao calor que compromete o aspecto visual e a
comercialização do produto.
As novas cultivares de alface foram
disponibilizadas para o mercado e, segundo o empresário, elas já têm os
guias de adubação prontos, inclusive para os períodos de inverno e
verão. “No momento, estamos realizando trabalhos de introdução das
alfaces BRS nas regiões produtoras e as nossas projeções são de boas
taxas de crescimento para esse ano”, sinaliza.
Horticultores aprovam novas alfaces
No
Distrito Federal, o senhor Valdecir Grecco é um exemplo de produtor
rural que adotou as novas cultivares de alface. Há mais de 50 anos, ele
produz diferentes espécies de hortaliças, mas faz 11 anos que decidiu se
especializar na produção de mudas e montou um viveiro, cujo carro-chefe
são as mudas de alface. “Já completou um ano que estou vendendo mudas
das cultivares BRS e elas são excelentes: mais precoces e tolerantes”,
opina.
Ele conta que os horticultores da região que compraram
mudas das novas cultivares, voltaram para comprar mais. “Os produtores
estão gostando porque o retorno deles é frequente. Toda semana, eles
retornaram para comprar mais mudas e iniciar novos plantios”, conta
Grecco acrescentando que as cultivares BRS não exigem nenhum cuidado
especial comparadas aos materiais comumente plantados pelos produtores.
Câmara simula cenários climáticos
Sem
diminuir a importância dos testes de validação nas regiões produtoras,
nos últimos tempos, a principal ferramenta de avaliação das cultivares
pelos pesquisadores, especialmente do ponto de vista da tolerância ao
calor, tem sido um equipamento que funciona como um simulador.
“A
câmara de crescimento vegetal é um ambiente que simula cenários
climáticos futuros. Em um espaço reduzido, é possível testar o
comportamento das plantas, cultivadas em vasos, a partir da projeção de
diferentes fatores como temperatura, umidade, CO2, radiação, entre
outros”, explica o engenheiro-ambiental Carlos Eduardo Pacheco Lima,
pesquisador da Embrapa. Nesse ambiente simulado, as plantas são expostas
às condições extremas para que se observem quais são as mais
resistentes em relação a altas temperaturas e outros fatores como, por
exemplo, o déficit hídrico.
De acordo com Pacheco, durante
semanas as plantas de alface são testadas na faixa de 30ºC a 35ºC, dia e
noite, uma condição drástica que não acontece nas lavouras, já que no
ambiente natural as horas mais quentes acontecem durante o dia e as
temperaturas noturnas tendem a ser mais amenas. “Com os ensaios na
câmara de crescimento vegetal, podemos nos antecipar aos cenários
futuros de clima e, assim, termos tecnologia disponível quando as
projeções se confirmarem”, ressalta o pesquisador.
As previsões
mais otimistas do Quinto Relatório de Avaliação (AR5) do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão ligado à
Organização das Nações Unidas (ONU), apontam aumento de 1,8ºC na
temperatura global até o fim do século (2081 a 2100), sendo a referência
para comparação o período de 1986 a 2005. No cenário pessimista, o AR5
projeta que o aumento de temperatura global pode chegar a 4,8ºC.
“Em
relação ao Brasil, projeções apontam que pode haver um aumento da
temperatura média em todas as estações do ano e em todas as regiões,
variando de 3ºC a 4,5ºC”, quantifica Pacheco, ao mencionar que as
regiões produtoras de hortaliças das regiões Norte e Centro-Oeste, no
período do inverno e da primavera, seriam as mais afetadas se as
projeções se confirmarem.
“A estratégia mais eficiente para
manter a produção de hortaliças nessas regiões críticas, mesmo diante da
elevação da temperatura, é o melhoramento genético”, defende o
pesquisador, que acrescenta: “cultivares que toleram hoje situações
limítrofes associadas à temperatura ficarão ultrapassadas em um curto
intervalo de tempo, por isso, é imprescindível a pesquisa antecipar-se
às necessidades futuras”.
Presente e futuro da pesquisa com alface
Romper
a barreira do clima foi a principal conquista da pesquisa de
melhoramento genético de alface. “Houve um esforço para adaptar a
espécie às condições tropicais do nosso País, principalmente pelo efeito
ocasionado pelas altas temperaturas no florescimento antes da hora e no
amargor nas folhas”, explica Suinaga.
Em um cenário de mudanças
climáticas e elevações de temperatura nas regiões produtoras, é
primordial que a pesquisa desenvolva alfaces tolerantes ao calor e
também mais precoces para que elas atinjam o ponto de colheita, com
qualidade e padrão comercial, em um menor intervalo de tempo. “A
precocidade também está associada à menor demanda hídrica da cultivar, o
que contribui para a sustentabilidade no campo”, assinala o
pesquisador.
No Brasil, o plantio de alface está concentrado em
“cinturões verdes”, áreas com lavouras próximas aos centros consumidores
porque a alface é muito perecível e exige refrigeração, um gargalo do
sistema de logística brasileiro. Para o horizonte de médio prazo, a
pesquisa tem trabalhado para disponibilizar cultivares de alface com
folhas pouco mais espessas e com maior tempo de conservação após a
colheita. “Nós compramos alface pela aparência e ela não pode estragar
de um dia para o outro, ainda mais se quisermos atingir mercados mais
distantes”, avalia o pesquisador, ao antecipar que a próxima tecnologia
lançada deve ser uma nova cultivar de alface do tipo americana.
Impactos do florescimento precoce em função do calor
O
florescimento (ou pendoamento) precoce, é um grave problema na produção
de alface. Entre os prejuízos causados estão o alongamento do caule, a
redução do número de folhas e o estímulo à produção de látex, uma
substância que dá sabor amargo à alface. Todos esses fatores prejudicam o
padrão comercial e a qualidade da hortaliça.
Geralmente, o
florescimento é favorecido por condições de temperaturas médias acima de
25º Celsius. Ele acontece quando a planta é exposta a uma situação de
estresse climático, como excesso de calor e, com isso, antecipa sua fase
reprodutiva, emitindo o pendão antes da hora para garantir a produção
de sementes e a continuidade da espécie.
O uso de cultivares
tolerantes ao calor e o cultivo na época adequada para cada cultivar,
aliados ao manejo ambiental da propriedade rural para minimizar o efeito
das altas temperaturas, estão entre as principais maneiras de evitar o
pendoamento precoce da produção de alface.
Bom desempenho até em condições adversas
O
desenvolvimento das novas cultivares de alface envolveu etapas de
cruzamento de linhagens avançadas de populações de alface crespa e
testes de validação nos campos experimentais da Embrapa e em lavouras
comerciais de quatro regiões do País: Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e
Sul. Também foram realizados testes na região Norte que, historicamente
em função do clima, tem condições muito adversas para a produção de
alface. Segundo o engenheiro-agrônomo e diretor técnico da Agrocinco,
Flávio Pagnan, no caso do estado do Pará, os agricultores que estão
cultivando as variedades têm aprovado o desempenho.
Alface: a hortaliça folhosa preferida pelos consumidores
A
folha mais comum na salada nossa de todo dia percorreu um longo trajeto
até desembarcar no Brasil. A alface é uma hortaliça adaptada ao clima
ameno e estudos arqueológicos indicam que formas ancestrais dessa planta
têm sido cultivadas desde 4.500 a.C. na região mediterrânea, em
especial no Egito. Com a domesticação da espécie, a alface alcançou o
continente europeu e na época das grandes navegações e da colonização
das Américas chegou até nosso País.
Conhecida por conter poucas
calorias e grande quantidade de água – cerca de 95% do seu peso, a
alface é fonte importante de fibras, sais minerais e vitaminas, com
destaque para o cálcio e para a vitamina A. No mercado nacional, os
principais tipos de alface cultivados e consumidos, em ordem de
importância econômica, são: crespa, americana, lisa e romana. As
variedades de folhas crespas e coloração verde-clara correspondem ao
tipo varietal de alface preferido pelos consumidores brasileiros.
Só
que nem sempre foi assim. Nos anos 1960 e 1970, a alface lisa era líder
da preferência dos consumidores, mas o acúmulo de água no interior das
folhas – que abria a porta para as doenças – tornava difícil o plantio
no período quente e chuvoso e, com isso, a alface ficava sujeita à
sazonalidade e ao aumento de preços no verão.
Nas décadas de 1980 e
1990, a alface crespa ganhou o mercado nacional e também os produtores
rurais, por ser muito produtiva e, apesar de suscetível ao calor,
resistir melhor às doenças. Dos anos 1990 em diante, a crespa ainda
prevalece no gosto do brasileiro, mas acompanhada mais de perto pela
americana, muito utilizada nas redes de fast-food por causa de suas
folhas crocantes que demoram mais para murchar dentro dos sanduíches.
“A
alface está entre as hortaliças mais plantadas e consumidas em todo o
País. Calcula-se que a alface crespa responda por volta de 65% do
mercado nacional”, estima o pesquisador Fábio Suinaga, ao acrescentar
que os tipos varietais de alfaces crespa e americana, juntos, concentram
mais de 90% das vendas dessa hortaliça no País.
Fonte: www.embrapa.br/hortalicas
Este mês é farto de produtos de todos os tipos, como frutas, legumes, verduras e pescados que estão em sua época. Eles são mais nutritivos e podem sair mais em conta para sua economia. Veja a relação:
FRUTAS
Banana nanica, Caju, Carambola, Kiwi, Laranja-pêra, Laranja Lima, Maçã, Mamão, Mexerica, Morango e Tangerina.
LEGUMES
Abóbora, Abobrinha, Cará, Cenoura, Ervilha, Fava, Inhame, Mandioca/Aipim, Mandioquinha, Nabo, Pimentão, Rabanete.
VERDURAS
Agrião, Alho-Poró, Brócolis, Chicória, Coentro, Couve comum, Couve-flor, Erva-doce/Funcho, Escarola, Espinafre, Mostarda, Rúcula.
PESCADOS
Atum, Cação, Cara, Cherne, Chiova, Chora-chora, Conglio, Corvina, Dourada, Espada, Garoupa, Lambari, Mexilhão, Namorado, Ostra, Piranha, Porco, Sardinha, Tilápia, Traíra, Trilha e Tucunaré.
Rede que foi vendida para o grupo de investimentos Advent prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão no país nos próximos 18 meses para modernização e ampliação.
A rede de varejo Walmart Brasil decidiu mudar sua marca no país para Grupo Big, cerca de um ano após 80% de suas operações terem sido adquiridas pela empresa de investimentos Advent. Atualmente, são 57 unidades da marca Walmart no país.
A companhia prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão no Brasil nos próximos 18 meses para modernização e ampliação de suas lojas, que terão maior foco nos formatos de atacarejo, explorados por rivais como GPA e Carrefour Brasil, e clube de compras.
O agora Grupo Big opera atualmente com cerca de 550 lojas e 50 mil funcionários em 18 Estados brasileiros, além do Distrito Federal. A companhia afirma ser o terceiro maior conglomerado de varejo alimentar do Brasil.
"As lojas de hipermercado Walmart nas regiões Sul e Sudeste passarão a se chamar BIG, enquanto no Nordeste, todos os hipermercados serão Big Bompreço", afirmou a companhia em comunicado à imprensa. "Até junho de 2020, a expectativa é concluir a reforma de 100 hipermercados", afirmou a empresa.
A bandeira Sam’s Club terá, em um período de um ano, dez novas lojas, segundo a companhia. A primeira será inaugurada no início deste semestre e, até o final do ano, mais três unidades serão abertas, afirmou a empresa. "Esse movimento faz parte do projeto de conversão de hipermercados em Maxxi Atacado e Sam’s Club", informou o grupo.
Marca Walmart sai do mercado e novo grupo enxuga operação
Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:
PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Tangerina murcot, pinha, limão taiti, manga palmer, laranja pera, goiaba vermelha, goiaba branca, coco verde, pepino comum, beterraba, pimentão verde, batata doce rosada, abóbora moranga, abobrinha italiana, mandioca, salsa, repolho verde, cebolinha, couve manteiga, alface lisa, alface crespa, alface americana agrião, brócolis ninja, espinafre, coentro, rabanete, acelga, nabo, manjericão, coco seco, alho chinês e canjica.
PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Banana prata, laranja lima, banana nanica, maracujá azedo, melão amarelo, abacate margarida, manga tommy, melancia, tangerina poncam, mexerica rio, pera importada, maracujá doce, figo roxo, carambola, uva itália, abobrinha brasileira, berinjela, chuchu, abóbora seca, abóbora japonesa, cará, abóbora paulista, cenoura com folha, beterraba com folha e alho nacional.
PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Uva niágara, manga hadem, mamão papaya, mamão formosa, morango, abacate quintal, caju, maçã fuji, maçã importada, pimentão vermelho e amarelo, tomate, mandioquinha, pepino caipira, pepino japonês, cenoura, vagem macarrão, quiabo, repolho roxo, brócolis comum, salsão, alho argentino, batata asterix e cebola nacional.
O índice de preços da Ceagesp encerrou o mês de julho com queda de 0,96%. Indicador acumula alta de 1,17% no ano e 14,5% nos últimos 12 meses. O setor de verduras caiu acentuadamente em razão da demanda retraída e influenciou os resultados do indicador. Caso não ocorram geadas intensas nas regiões produtoras, os preços praticados deverão seguir em queda nos próximos meses.
Em julho, o setor de frutas subiu 3,16%. As principais altas foram nos preços do mamão papaya (92%), do mamão formosa (44,2%), do limão taiti (26,3%), do figo (22%) e da ameixa estrangeira (21,8%). As principais quedas ocorreram com o coco verde (-16,3%), o melão amarelo (-13%) a laranja pera (-9,3%), a melancia (-6,) e a banana prata SP (-6,3%).
O setor de legumes registrou queda de 3,70%. As principais reduções ocorreram com a cenoura (-14%), com o pimentão verde (-13,6%), com o tomate (-12,9%), com a berinjela japonesa (-10,8%) e com a beterraba (-9,6%). As principais altas foram registradas na abobrinha italiana (14,6%), no pimentão amarelo (12,9%), na vagem macarrão (10,8%), na abobrinha brasileira (10,3%) e no quiabo (9,1%).
O setor de verduras caiu 23,96%. As principais quedas foram do coentro (-64,5%), da couve (-42,4%), da couve-flor (-39,5%), da rúcula (-37,9%), do rabanete (-34%) e da alface crespa (-32,2%). Não houve elevações significativas no setor.
O setor de diversos subiu 0,76%. As principais altas ficaram por conta da cebola nacional (36,5%), amendoim (20%), coco seco (7%) e batata lavada (3,7%). As principais quedas foram da batata Asterix (-20,8%), do alho nacional (-8,3%), dos ovos brancos (-5,2%) e vermelhos (5%) e do alho chinês (-4%).
O setor de pescados caiu 0,37%. As principais quedas foram da anchova (-40,1%), da tainha (-22,3%), da abrótea (-13,9%), do curimbatá (-8,9%) e da cavalinha (-6,9%). As principais altas foram do atum (18,6%), da cavalinha (10%), da lula (9,3%) e do robalo (8,5%).
No período de janeiro a julho de 2019 foram comercializadas no entreposto de São Paulo cerca de 1.839.443 toneladas ante 1.794.420 negociadas no mesmo período de 2018. Elevação de 2,51% ou 45.023 toneladas.
Duas ocorrências em 2018 contribuíram com o crescimento em relação a 2019, quais sejam: Greve dos caminhoneiros e dos funcionários da CEAGESP, quando não houve recolhimento das Notas fiscais de entradas.
A tendência para os meses de agosto e setembro é de manutenção da quantidade ofertada nos mesmos patamares e redução dos preços praticados em razão da demanda retraída neste período.
Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.
O alerta foi dado pelo presidente da Brastece e da Acegri (Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio), Waldir de Lemos durante encontro dos dirigentes das ceasas realizado em Minas Gerais.
A CeasaMinas sediou nos dias 1 e 2 agosto mais uma edição do Encontro Nacional da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). Na abertura do evento, ocorrida na quinta-feira, o presidente da CeasaMinas, Guilherme Brant, declarou que o encontro representa uma oportunidade de diálogo e de aprendizado entre dirigentes de Ceasas, técnicos, produtores rurais, comerciantes e demais lideranças ligadas ao abastecimento. A reunião é realizada em parceria com a Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes e Entrepostos de Abastecimento (Brastece).
“Gostaria de pedir licença ao presidente da República e à ministra da Agricultura para declarar Contagem a cidade nacional do abastecimento nesses dois dias”, destacou o presidente.
Em seu discurso, o vice-presidente da Abracen, Johnni Hunter Nogueira, lembrou que as Ceasas enfrentam muitos problemas similares, o que torna o encontro um meio para se buscar soluções conjuntas para os mercados.
De olho
Já o presidente da Brastece, Waldir Lemos, pontuou que a relação entre os dirigentes das Ceasas e os comerciantes tem sido aprimorada ao longo dos anos. “Hoje em dia, os presidentes das Ceasas não nos veem mais como inimigos, mas como parceiros”, disse. Ele considerou ainda a necessidade de o país estar atento a seu potencial no abastecimento agroalimentar. “Os chineses e os franceses estão de olho nesse potencial”, ressaltou.
A secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa/MG), Ana Maria Soares Valentini, elogiou a parceria que o governo mineiro tem mantido com a CeasaMinas. “Costumamos dizer que produzir é facil e vender é que difícil”, afirmou a secretária, ao destacar o papel da central de abastecimento como canal de comercialização dos produtores. Os Mercados Livres do Produtor (MLPs) são unidades gerenciadas pela CeasaMinas em Minas Gerais, a partir de um convênio com o governo estadual.
O deputado federal Newton Cardoso Júnior (MDB/MG) anunciou, durante o evento, o trabalho que vem sendo feito no Legislativo para manter os benefícios da Lei Kandir (Lei Complementar nº 87/1996) para a agricultura. A Lei Kandir prevê a isenção do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações de produtos primários, como itens agrícolas, semielaborados ou serviços. Segundo ele, a retirada desse benefícios poderia reduzir a participação da agricultura no Produto Interno Bruto (PIB).
Transformação que gera resultados
Tarsia Gonzalez, psicóloga e presidente do Conselho de Administração da Transpes, foi a primeira palestrante da manhã, no dia 1. Em sua apresentação, intitulada “Transformação que gera resultados”, ela explicou os requisitos necessários ao bom líder. “Para ser líder, deve-se acreditar em si mesmo, ser dono de suas emoções e autor de sua própria história”.
Segundo Tarsia, é necessário compartilhar os ensinamentos sem medo e criar sucessores que sejam parceiros, entendendo que a liderança não é um caminho solitário.
A advogada e coach Andreia Oliveira citou o filósofo Sócrates para lembrar que todos precisam fazer uma avaliação da sua própria vida de modo a enxergar situações óbvias mas que ainda não percebemos. Como, por exemplo o fim próximo de um casamento ou o definhamento da empresa em que trabalham.
O CEO do grupo Super Nosso, Euler Fuad, também foi um dos palestrantes. Ele destacou o papel fundamental que a CeasaMinas teve em seu crescimento profissional. Após a morte do pai, Euler, sua mãe e seu irmão viraram sócios na empresa da família. Percebendo que a empresa iria falir, Euler abriu uma loja na CeasaMinas nos anos 90.
De fato, a empresa que ele tinha com a mãe e com irmão faliu ao mesmo tempo em que a loja na CeasaMinas crescia. Euler comprou a empresa quebrada e pagou as dívidas. “A pujança da Ceasa ajudou a me movimentar, criar um fluxo de caixa para honrar os compromissos feitos pelo meu irmão”, destacou Euler expressando sua gratidão pela CeasaMinas. Hoje, o grupo Super Nosso conta com 51 lojas, sendo 34 supermercados e 17 atacarejos.
Automatização nas ceasas
“Inserção Digital na Ceasa com Y-Bot” foi o título da apresentação de Marcelo Gomes, sócio-proprietário Yes Tecnologies, que aconteceu no segundo dia do encontro. Ele apresentou um modelo de automatização de atendimento possível de ser implantado em centrais de abastecimento. Por meio desse sistema, um robô auxilia o usuário na busca por diferentes tipos de informação relacionadas à empresa.