sexta-feira, 13 de março de 2015

Minas Gerais: preços de hortigranjeiros teve alta de 7,3% em fevereiro


O preço médio do grupo formado por frutas, hortaliças e ovos apresentou alta de 7,3% em fevereiro no comparativo com janeiro, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. No mês passado, a oferta caiu 12,2% em relação a janeiro, influenciada pelo número menor de dias de fevereiro e pelo Carnaval, quando diminui o movimento de compradores no entreposto.
   

Outros fatores que contribuíram para a alta do preço e queda na oferta foram a estiagem, o aumento da demanda por alimentos típicos de saladas por causa do calor e a entressafra já esperada para alguns produtos nesta época.

No subgrupo das hortaliças, que ficou 9,6% mais caro, os produtos que mais pressionaram os preços foram o chuchu (157,9%), cenoura (24,4%), couve-flor (21,6%) e cebola amarela (14,8%).

A batata, apesar de ter apresentado queda de 7,7% no preço no comparativo com janeiro deste ano, ficou 75,6% mais cara do que em fevereiro de 2014. De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, os baixos preços do 2º semestre de 2014 junto com o temor pela estiagem prolongada levaram muitos produtores a reduzirem a área plantada, ocasionando a redução da oferta.

Entre as quedas de preços das hortaliças, destacam-se o repolho (-29,3%), moranga (-24,8%), beterraba (-3,9%), mandioquinha ou batata baroa (-2%) e berinjela (-1%). Destes, apenas o repolho e a berinjela podem ser considerados dicas de consumo, uma vez que os demais estão com preços apenas regulares.

O preço do quiabo, embora tenha fechado o mês de fevereiro com aumento de 30,6% frente a janeiro, já cedeu e está entre as dicas de consumo das hortaliças, junto ainda com jiló e mandioca.

Frutas

Já o subgrupo das frutas ficou 3,4% mais caro na comparação com janeiro, mas apresentou queda de preço de 2,7%, em relação a fevereiro de 2014. Os produtos que mais contribuíram para a alta foram a banana prata (20,2%), manga (8,8%) e abacaxi (6,8%).

A maçã nacional, apesar de ter ficado 7,1% mais cara, deve apresentar queda de preço e aumento da oferta ao longo dos próximos 90 dias, quando de inicia o melhor período de colheita da fruta.

A melancia (6,2%) é outro produto que, embora tenha fechado fevereiro mais caro, ainda assim constitui uma boa dica para o consumidor. 

Entre as quedas de preços, estão os mamões formosa (-17,5%) e havaí
(-6,3%), goiaba (-18%), limão tahiti (-13,6%) e banana nanica (-6,3%). Além destas frutas, serve como dica de consumo a laranja.

Ovos

No balanço de fevereiro com janeiro deste ano, os ovos ficaram 43,7% mais caros, influenciados pelo início da Quaresma, quando o consumo tradicionalmente é maior. Mas quando se compara a primeira semana de março deste ano com a Quaresma de 2014 (primeira semana de abril), a alta está em 1,9%.

Dicas de consumo para o consumidor em março


HORTALIÇAS

- Repolho
- Berinjela
- Quiabo
- Jiló
- Mandioca


FRUTAS

- Melancia
- Banana nanica
- Goiaba
- Limão tahiti
- Mamão formosa
- Mamão havaí
- Laranja
- Maçã nacional (tendência de queda ao longo dos próximos 90 dias)


Fórmula é criada para avaliar qualidade de frutas na CeasaMinas



 Imagine se fosse possível utilizar um modelo matemático para analisar de forma rápida e barata a qualidade dos produtos comercializados na CeasaMinas. Esse cenário está próximo de se tornar realidade para os usuários, com o desenvolvimento de uma pesquisa pela Universidade Federal de Lavras. Segundo o professor do Departamento de Ciência dos Alimentos, Eduardo Valério Vilas Boas, após três anos de estudo foi concluído que a qualidade dos frutos encontrados na CeasaMinas oscila ao longo do ano.

O estudo foi feito com laranja, melão, uva, melancia e abacaxi vendidos no entreposto de Contagem da CeasaMinas. Para cada um deles, os pesquisadores estabeleceram um padrão mínimo de qualidade, com base em análises objetivas de coloração, pH, acidez, sólidos solúveis e firmeza. Essas informações foram incluídas em um modelo matemático que, então, gerou um valor – a nota de qualidade daquele produto.

Para Eduardo, o método pode ser facilmente incluído na rotina do mercado, já que o procedimento é rápido e tem baixo custo. Tanto produtores, como consumidores poderiam ser beneficiados. “Frutos com notas iguais ou maiores que o padrão mínimo poderiam ter seus preços valorados pela qualidade, tanto maior quanto maior a nota. Já o consumidor, de acordo com a nota, pode decidir se quer pagar mais por um produto de maior qualidade ou pagar menos por um de qualidade inferior”, explica o professor.

Variação de qualidade

Depois de analisar as frutas por três anos, concluiu-se que a qualidade desses produtos oscila ao longo do ano em função, principalmente, da diversidade da origem e, consequentemente, das condições do clima e do solo onde foi feito o cultivo. “As uvas niágara comercializadas em outubro foram, em geral, as mais doces e menos ácidas”, exemplifica Eduardo.

A percepção do consumidor relativa à qualidade também varia ao longo do ano. “Por exemplo, observamos que o consumidor de laranjas em dezembro, normalmente, é mais exigente que em fevereiro. Isso ocorre, provavelmente, devido à maior disponibilidade de frutos de qualidade em dezembro, que em fevereiro”, completa o professor. Está prevista a produção e distribuição de cartilhas em parceria com a CeasaMinas, pelas quais os produtores poderão ter acesso ao modelo matemático e aplicá-lo aos seus produtos

Proteção de nascentes reduz efeitos da estiagem na área rural fluminense

No programa de incentivos Rio Rural 1.192 nascentes já foram protegidas em microbacias hidrográficas atendidas pelo programa.
  


O Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, chega a marca de 1.192 nascentes protegidas, em propriedades rurais no estado. A iniciativa integra as ações do programa que promove o desenvolvimento rural sustentável em microbacias hidrográficas fluminenses, com incentivos financeiros não reembolsáveis e conscientização da população do campo. O número se aproxima da meta do Rio Rural, que é proteger 2.016 nascentes até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

A conservação de recursos hídricos ajuda a regularizar o ciclo da água. Sua maior disponibilidade, também diminui os efeitos da seca na pastagem e na lavoura, incrementando as produções agrícola e pecuária. O produtor de leite Genilson de Souza Pinto, morador da microbacia Rio Preto, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, é um exemplo. Na recuperação ambiental ele está tendo um aliado para enfrentar a estiagem no estado.

Genilson recebeu R$ 2.330 do Rio Rural para isolar, pela segunda vez, uma área de nascente em sua propriedade. Com o dinheiro, comprou cerca e arame para proteção da área. O trabalho permitiu que mesmo com a escassez das chuvas, não faltasse água para a sua família e para o gado.

- Se eu não tivesse protegido as nascentes, não teria sequer como viver aqui. Essas nascentes foram a minha salvação. - afirmou.

Além da proteção de nascentes, o produtor também recebeu do programa recursos para a aquisição de uma motopicadeira. O equipamento é utilizado para triturar a cana e o capim que alimentam o gado durante a estiagem.

- Estou acostumado a dar a ração aos animais durante dois meses por ano. Este ano, fiz isso por cinco meses. A picadeira ajudou bastante na hora da seca - contou ele.

De acordo com o programa já foram investidos cerca de R$ 2,152 milhões na proteção de nascentes.

Proibição da pesca de camarão vai até 31 de maio no Sul e Sudeste

Importante para a manutenção dos recursos pesqueiros, defeso abrange cinco espécies marinhas

   

Vai até o dia 31 de maio o defeso de cinco espécies de camarão marinho (sete barbas, branco, rosa, barba-ruça e santana ou vermelho), que começou no último dia 1º de março nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Neste período, estão proibidas as atividades de pesca de arrasto com tração motorizada para a captura de camarão, além de transporte e comercialização irregular do produto. Regulamentada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a medida visa promover a recuperação dos estoques e evitar a extinção da espécie.

A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) alerta sobre a importância do defeso para a manutenção dos recursos pesqueiros, destacando a necessidade da colaboração do consumidor para que o período seja respeitado e eficiente.

- O defeso é uma grande conquista, pois proporciona a recuperação dos estoques e a manutenção da rentabilidade da pesca para gerações futuras. O ideal é dar preferência ao pescado que pode ser capturado no período. Mas para quem não abre mão do camarão, a dica é só consumir o produto em estabelecimentos (frigoríficos, peixarias e restaurantes, entre outros) com declaração de estoque ou, ainda, o camarão cultivado - ensina o biólogo marinho Augusto Pereira, diretor de Pesquisa e Produção da Fiperj.

Seguro-defeso 

Durante o defeso, pescadores profissionais - devidamente cadastrados no Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) pelo menos um ano antes do início do período e inscritos no INSS como segurado especial – têm direito ao seguro-defeso no valor de um salário-mínimo por mês, liberado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Fiscalização

Todas as ações de fiscalização são definidas e coordenadas pelo Ibama, sendo realizadas na ponta por destacamentos ambientais de órgãos municipais (como a Guarda) e estaduais (como a Polícia Militar), e federais (como a Marinha). Quem for flagrado desrespeitando a proibição está sujeito a multas e até detenção, além de apreensão dos petrechos de pesca, no caso dos pescadores. As penalidades e sanções são previstas pela Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (de Crimes Ambientais), e no Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008.

No Rio: “De Olho no Peixe” tem oficina de alimentação saudável

Funcionários da Andef criam receitas para evento que comemora sua 4ª edição passando de seis para oito municípios
 


As atividades práticas do “De Olho no Peixe 2015”, ação realizada tradicionalmente na Semana Santa, começaram mais cedo este ano. Funcionários da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef) elaboram receitas à base de peixes, a serem disponibilizadas nas filipetas da quarta edição do projeto lançado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap) como forma de reforçar os benefícios do pescado na alimentação e o que deve ser observado na hora da compra do produto. O evento desse ano acontece de 1º a 4 de abril, saltando de seis para oito municípios: Niterói, Rio de Janeiro, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Búzios, Angra dos Reis e agora Maricá e Paraty.

A novidade é resultado da oficina Alimentação Saudável, promovida no último dia 3 no Telecentro da Pesca Maré, implantado há quase dois anos no Centro de Niterói, na sede da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), uma das vinculadas da Sedrap. Os 23 participantes conheceram as dez espécies de pescado mais importantes economicamente para o estado do Rio: sardinha, linguado, dourado, xerelete, corvina, tainha, camarão, tilápia, anchova e atum. Como retorno à capacitação, o grupo foi dividido em dez e recebeu a missão de elaborar, até a próxima quarta-feira, dia 11, receitas de fácil preparo e com preços acessíveis, tendo como prato principal um desses tipos de pescado. Marylin Machado, de 45 anos, prepara uma receita de linguado.

 - Fiquei muito feliz em participar e achei a oficina muito criativa. Foi a primeira vez que tive acesso a esse tipo de informação e aprendi muito. Descobrimos, por exemplo, a maneira mais proveitosa e saudável de produzirmos pratos com peixes e frutos do mar - comemora Marylin que, como os outros 22 integrantes do grupo, faz parte do quadro de profissionais da Andef que cuidam dos setores de Serviços Gerais e Manutenção da Secretaria e da Fundação.

 Com o foco na alimentação balanceada e na importância do pescado no cardápio, a oficina foi organizada e conduzida pela médica-veterinária Flávia Calixto (pesquisadora em Tecnologia do Pescado da Fiperj) e pela educadora ambiental Úrsula Hallais (coordenadora do Telecentro); e acompanhada pelo presidente da Fiperj, Essiomar Gomes. Alberto Felix, coordenador dos funcionários da Andef que atuam na Sedrap e na Fiperj, foi outro a elogiar a iniciativa.

 - No momento que a gente está vivendo, em que todos prezam muito pela qualidade de vida, esse projeto é fundamental, pois reforça que podemos ter uma alimentação saudável, fácil de preparar e o melhor: com preços para todos os gostos e bolsos - ensina Felix.

 O projeto - Lançado em 2012 pela Sedrap, o projeto conta com a distribuição de folders contendo - além de receitas - dicas para escolher certo o pescado (como olhos e escamas brilhantes) e atividades lúdicas de muita interação com consumidores que nessa época do ano lotam os mercados. 

Ceagesp se prepara para a Semana Santa


Central promove a 10ª edição da Santa Feira do Peixe. Tradicional evento ocorre entre 30 de março e 2 de abril,
das 13h às 21h, no Pátio do Pescado
 
Está quase tudo acertado para a 10ª Santa Feira do Peixe. A CEAGESP, a Associação dos Comerciantes Atacadistas de Pescados do Estado de São Paulo (ACAPESP), os permissionários do Frigorífico de São Paulo (FRISP) e a Sampa Foods finalizam os últimos detalhes do evento, realizado tradicionalmente às vésperas da Semana Santa. A iniciativa ocorrerá entre os dias 30 de março e 2 de abril. As pessoas poderão conferir e comprar pescados de qualidade, além de acompanhamentos, das 13h às 21h, no Pátio do Pescado. A entrada será pelo Portão 15, reaberto recentemente, que fica na Rua Xavier Kraus (esquina com a Avenida Nações Unidas). Haverá estacionamento no local para os visitantes.

Desde fevereiro, um grupo operacional se reúne semanalmente para discutir e definir a infraestrutura e as demais questões relacionadas à Santa Feira. Por se tratar da 10ª edição, os organizadores do evento irão apresentar, em breve, as novidades especiais que servirão para celebrar a marca alcançada.

SERVIÇO

10ª Santa Feira do Peixe

De 30 de março a 2 de abril

Das 13h às 21h

Pátio do Pescado

CEAGESP – Portão 15 (Rua Xavier Kraus esquina com a Avenida Nações Unidas)

Mirian Leitão na CBN : Com renda pressionada, consumidor deve ser mais seletivo em 2015

  
 Um dos efeitos da inflação no ambiente recessivo é a perda da renda. Estamos passando por um momento assim. Nesse cenário, os rendimentos do trabalhador brasileiro podem amargar uma queda em 2015. Nem tudo vai caber no orçamento das famílias, que devem ficar mais seletivas no consumo.

A inflação é uma destruidora de renda real. É difícil acompanhá-la e superá-la quando ela está subindo assim. Especialistas projetam que o IPCA deve fechar o ano entre 7,5% e 8%. Em 12 meses, a inflação está em 7,7%. Como o país não cresceu ano passado e dificilmente crescerá esse ano, o trabalhador corre risco de perder renda.

Outro fenômeno é o aumento no número de pessoas procurando emprego. Normalmente, isso reduz renda e salário.

O aumento no preço da energia e de outros insumos, especialmente os importados, eleva os gastos das empresas e as coloca em dificuldades para manter e criar novas vagas de trabalho. Uma matéria do GLOBO fala sobre a estimativa de perda de renda, que pode chegar a 5% no ano. Ainda é cedo para saber.

A reportagem lembra que, nos últimos 10 anos, houve crescimento real da renda do trabalho. O consumo cresceu mais, pela expansão do crédito após a estabilização. O momento pior para a renda não quer dizer, contudo, que o consumo vá sofrer uma queda generalizada.

O consumidor deve se tornar mais seletivo, escolhendo pagar suas dívidas. Os juros sobem, o custo do crédito aumenta e os bancos estão mais seletivos. Nem tudo vai caber no orçamento das famílias, que irão escolher o que consumir. É o que deve acontecer em 2015.