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quarta-feira, 17 de julho de 2019

Camarão VG a R$ 50 no Ceasa do Rio

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Há praticamente um mês o consumidor carioca que procura o entreposto de pesca existente na Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte carioca, vem encontrando preço baixo em um dos produtos que antes era mais caro: o camarão tipo VG (também chamado de pistola), vendido a R$ 50 o quilo no atacado.  Em determinados dias da semana e no começo de pregão, por exemplo, o máximo que chega é a R$ 70, depois baixa.  Esse tipo de camarão já foi negociado a R$ 180.

O entreposto também vem recebendo grande quandidade de camarão de cativeiro, produzido no Nordeste do país. Quantidade que vem suplantando ao de camarão selvagem, pescado no mar. Mas, claro outras espécies de camarão tem o seu mercado negociado e atrativo. Na realidade, os preços desse crustáveo está bem apreciado pelo consumidor. Vamos ver:

Camarão 7 barbas, R$ 14
Camarão barba russa, R$ 10
Camarão branco, R$ 25
Camarão cinza, R$ 30
Camarão Pitú, R$ 10
Camarão lagostim, R$ 18
Camarão rosa, R$ 16
Camarão VG, entre R$ 50 e R$ 70.

Esta semana, em uma rede de supermercados do Rio, o pacote de 1 kg do camarão criado em cativeiro estava a R$ 29,90. Mas chegou a ficar em oferta, por R$ 23.  O único detalhe, e principal para quem gosta de culinária, é que esse tipo de camarão tem o sabor bem precário em relação ao camarão selvagem, de mar.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Batatas coloridas agradam cada vez mais

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Cada vez mais restaurantes do mundo estão preparando esse legume que é ricamente encontrado nas cozinhas de boa parte da América do Sul e México, e que estão encantando cada vez mais produtores rurais brasileiros. A produtividade vem sendo mantida. Vermelha, roxa e rajada, a batata colorida tem menos água que as comuns. Agricultor no interior de São Paulo é o exemplo dado pelo Globo Rural.

Pelo menos 10% da batata plantada no Brasil está localizada nos campos da região nordeste do estado de São Paulo. O município de Vargem Grande do Sul é um importante polo desse cultivo, onde os agricultores mais tecnificados só trabalham com materiais que saem de laboratórios.

O agrônomo e também agricultor, Pedro Hayashi, se especializou na produção da batata que vai servir de semente para as grandes lavouras. A chamada batata semente. “É o início de tudo. Toda batata, seja aqui no Brasil ou importada passa por esse processo de produção. Aqui é o berçário de batata”, explica.

Nessa primeira fase do cultivo, tudo tem que ser muito limpo, controlado e o manuseio é quase cirúrgico. “Meu trabalho é bem minucioso. Tem que tomar muito cuidado porque pode dar fungo, não pode contaminar a muda. Minha lavoura aqui é o pote. Daqui vai para o campo”, explica Tamires Aparecida Contini, auxiliar de laboratório.

Antes de chegar no campo, as plantinhas ainda passam um tempo nas estufas de crescimento. “É um período de adaptação delas”, explica Hayashi.

Essa adaptação é necessária porque toda batata plantada no Brasil foi melhorada na Europa, apesar de ter origem na América do Sul. Ao longo da cordilheira dos Andes, mais de quatro mil variedades são plantadas na faixa que se estende da Venezuela até o Chile. E o Peru se destaca nesse cenário.

Levada para Europa e adaptada às condições de países frios, a batata quando trazida de volta chega a produzir 40% menos em climas tropicais e subtropicais. Daí a importância desse trabalho com a semente no laboratório e na estufa antes dela ser levada a campo.

Produção expressiva

Por ano, a propriedade de Pedro Hayashi produz algo em torno de 2,5 milhões de batata semente. “A batata semente cabe na palma da mão, pesa por volta de trinta, quarenta gramas. No campo, em termos de taxa de multiplicação, de oito a dez vezes. Mas ela pode produzir quinhentas, seiscentas gramas por cada sementinha que é colocada”, explica.

Mergulhado nesse trabalho com batata semente, Pedro foi desvendando o universo das batatas coloridas que foram aparecendo nas suas estufas. “Dentro do melhoramento genético sempre surgem curiosidades. Algumas são coloridas só por fora e não por dentro. Outras não são coloridas por fora e são coloridas só por dentro. Então temos um mix para atender qualquer necessidade e desejo”, comenta.

Ao longo de quase doze anos, selecionando, cruzando, testando as batatas coloridas, Pedro chegou a pelo menos cem tipos diferentes. Como ele ainda não encontrou um mercado para elas, a produção ainda é pequena, cerca de uma tonelada por ano, que dá apenas para o consumo da família ou para presentear os amigos.

“O nosso mercado é feito em cima de um padrão, que é uma batata de pele amarela, brilhante, de formato oval e polpa amarela. Tudo aquilo que é diferente disso, parece que há uma certa rejeição”, comenta.

Muito boas

Rejeição que pode ser superada se um dia houver interesse de bares e restaurantes. Por enquanto, Pedro vai colhendo suas batatas coloridas sempre assim, de pouquinho em pouquinho, duas vezes ao ano...uma na safra de inverno, outra na safra das águas.

Na cozinha, o sucesso das batatas coloridas vai além da beleza das suas tonalidades. É que no geral, elas têm menos água do que a batata comum, que a gente está acostumado a comprar nas feiras e supermercados.

O teor de matéria seca entre uma e outra pode variar em até 4%. Parece pouco, mas isso faz toda diferença na hora de ir para a panela.

“A matéria seca é que dá a crocância na batata, quando ela é frita. E quando é para a indústria, isso que determina o rendimento industrial. É, quanto maior o teor de matéria seca, menos matéria prima tem que entrar na fábrica”, explica Hayashi.

Além da crocância, ela tem um sabor mais acentuado. “É gosto de batata. Coisa que essas batatas que estão no mercado, aqui no Brasil, não têm”, comenta.

As batatas coloridas de Pedro Hayashi têm uma produtividade média equivalente a das batatas comuns: cerca de 35 toneladas por hectare.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Cozinha brasileira fica cada vez mais apimentada

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Em abril começam a surgir nas feiras livres e supermercados do País, os mais coloridos, pungentes e suculentos exemplares de pimentas dedo-de-moça. O saco de 1 kg está custando R$ 30 na Ceasa do Rio de Janeiro.

Conhecida também como chifre de veado ou pimenta vermelha, a pimenta dedo-de-moça (Capsicum baccatum var. pendulum) é nativa da América do Sul e pertence à família das Capsicum – parente do pimentão e de outras 700 espécies de pimentas, como a cumari e a cambuci.

Graças a versatilidade da dedo-de-moça se destaca na culinária nacional e marca presença em diversas receitas tipicamente brasileiras. “A dedo-de-moça é muito boa para elaborar molhos que eu chamo de sociáveis, que até os iniciantes do mundo da pimenta podem apreciar”, afirma o especialista em pimentas Nelo Linguanotto, da Bombay Herbs & Spices.

A dedo-de-moça pode ser considerada “amigável”, comparada ao ardor do que uma habanero, por exemplo. Segundo a escala Scoville (medida criada por um farmacêutico de mesmo nome, em 1912, com o objetivo de medir a força das pimentas), a dedo-de-moça varia de cinco a 15 mil unidades. Já a mexicana habanero atinge 300 mil unidades.

Um dos cozinheiros que exploram os benefícios da dedo-de-moça é Henrique Benedetti. “Costumo utilizá-la em alguns pratos tailandeses, pois, como as pimentas de lá são muito fortes para o paladar do brasileiro, costumamos substituí-las pela dedo-de-moça”. O chef conta que prefere utilizar as pimentas cruas, mas sem as sementes. Só as mantém para preparar o molho de pimenta do chef, que serve como guarnição de receitas como feijoada, do picadinho e do pastel de camarão.

Na hora de escolher, Linguanotto dá algumas dicas. “Sempre prefira as quem tenham o talo ainda verde, que indica que ainda está fresca. A pimenta também não pode ter manchas, adquiridas durante o plantio, pois já estragam no dia seguinte”. O tamanho da pimenta, nesse caso, é documento. “Compre uma dedo-de-moça com, no máximo, sete centímetros. Pimentas maiores costumam ter pouco sabor”, justifica.

A umidade também não é uma aliada na conservação do condimento. Henrique Benedetti indica guardá-lo, depois de lavados e secos, envolvidos num recipiente forrado com papel na geladeira. E se sobrar, transforme-o numa conserva. “É só cortar a pimenta em pedaços, colocar num pote, cobrir com uma mistura de vinagre de álcool e sal e deixar curtir”, avisa Linguanotto. “Em temperatura ambiente, pode durar por muitos anos, mas não deixe murchar. O bom é ficar bem tenra.”

Fonte Istoé