Os preços das principais hortaliças e frutas comercializadas nas centrais de abastecimento (Ceasas) do país caíram em junho, quando comparados com o mês de maio. No geral, apenas alface e mamão ficaram mais caros. É o que revela o 7° Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas, divulgado nesta terça-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A boa oferta de banana prata, maçã fuji e laranja influenciou o recuo nos preços dessas frutas. No caso da laranja, além da boa produção da safra 2017/18, que entrou no mercado em meados do primeiro semestre e regularizou o abastecimento do produto, houve demanda um pouco mais baixa no varejo. Também ficaram mais baratos morango (29%), maracujá (21%), caju e tangerina (12%), conforme cotação da Ceagesp.
Já a melancia teve a oferta reduzida nos entrepostos atacadistas devido à tradicional queda de consumo no inverno, aliada ao intervalo das safras dos estados de Rio Grande do Sul, Bahia,São Paulo e Tocantins - sendo o país abastecido pela produção de Goiás. O cenário provocou aumento de preço de até 33,58% (na Grande São Paulo).
A quantidade ofertada de mamão também foi mais restrita, resultando em alta praticamente em todo o país. As cotações mais elevadas proporcionaram alívio aos produtores, minimizando um pouco as perdas registradas nos meses anteriores.
Hortaliças
Com exceção da alface, que subiu de preço na maioria das Ceasas devido às condições climáticas, as demais hortaliças ficaram mais baratas em junho. A batata registrou queda em todas as Ceasas por conta da entrada da safra de inverno. A cebola também teve maior oferta em boa parte dos mercados analisados, resultando em preços mais baixos - apenas as centrais do Nordeste registraram alta. Outras hortaliças que também tiveram queda nos preços, conforme média apurada na Ceagesp, foram: mandioca (15%), couve-flor (14%), repolho (13%) e alho (11%).
O levantamento é feito mensalmente pela Conab, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), com base em informações enviadas pelos principais mercados atacadistas do país. Em junho, a análise considerou entrepostos localizados nos estados de SP, MG, RJ, ES, PR, GO, DF, PE e CE.
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