terça-feira, 21 de julho de 2015

Comparado a Minas, preço das frutas no Rio beira o absurdo


                            


Na pesquisa de preços sobre as frutas brasileiras, feita pelo departamento técnico da CeasaMinas podemos notar uma discrepância em relação a alguns preços praticados por outras centrais de abastecimento da Região Sudeste, e também nos supermercados, "sacolões" e feiras livres da capital fluminense, por exemplo.  Um deles é em relação ao abacaxi, que está sendo vendido a R$ 1,29 o quilo - preço referência da central mineira de Belo Horizonte. Em maio passado, a fruta custava R$ 1,57, e em igual período de junho de 2014 (R$ 1,56). Enquanto isso, aqui no Rio, o produto tem o preço variando entre R$ 3,50 e R$ 5. Um verdadeiro absurdo.

O mesmo acontece com o preço da laranja pêra, que está custando R$ 1,98 em alguns "sacolões" cariocas, mas que em Minas Gerais, com todo os problemas econômicos, climáticos, o quilo da fruta está custando apenas R$ 0,83. Em igual período do ano passado o preço era de R$ 0,68. A tangerina ponkan, que está em safra, é outro exemplo gritante de preços, praticados entre Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.  Enquanto que na capital carioca o preço atinge pouco mais de R$ 2 o quilo; o preço da fruta na capital mineira sai por R$ 0,76, na central de abastecimento de lá.

Para o consumidor traçar uma comparação, preparamos o reajuste médio dos preços de sete frutas nacionais no período de um ano, e entre maio e junho passado. Veja:

Laranja pêra: 22,06% (20014-20015); - 10,75% (maio-junho 2015);
Banana prata: - 1,48% (2014-2015); 1,52% (maio-junho);
Maçã: -12,64% (2014-2015); 5,07% (maio-junho);
Tangerina Ponkan: -21,05% (2014-2015); - 15,49% (maio-junho);
Abacaxi: 20,93% (2014-2015); - 0,64% (maio-junho);
Limão Tahity: 16,13% (2014-2015); 6,93% (maio-junho);
Melão: 77,43% (2014-2015); - 0,74% (maio-junho).

Análise mineira

Seguindo o movimento tradicional, a cotação média  da Laranja Pêra recuou  no  entreposto,
embora mantendo-se  em  níveis  ligeiramente superiores à media  histórica.
.
A  oferta (8.474 ton.)  aumentou  6%  relativamente  a  junho  de 2014 e 5% na comparação com maio último. 
Com   exceção   de   Campinas,   as   principais mesorregiões produtoras paulistas verteram  mais frutas para a CeasaMinas. A  oferta  mineira recuou. De acordo  com a revista “Hortifruti” publicada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia     Aplicada – Cepea  da Universidade  de  São  Paulo – USP,  o  baixo estoque   de   suco ampliou   a   demanda   do produto para a indústria, com antecipação das aquisições. 

O  preço  da  Banana  Prata  aumentou  ligeiramente  no  entreposto  ante  maio.  A  oferta  (6.314 ton.)  foi 15% superior à de junho passado  e aumentou 3% relativamente a  maio  do  corrente ano.Também  segundo  o  Cepea,  havia  exatamente  a  previsão  de  que  os  preços  permanecessem elevados  face  ao  tardio  aumento  da  oferta  baiana.  Ainda  sim,  a  oferta  daquele  estado aumentou  no  entreposto, o  volume  do Norte de  Minas permaneceu  estável  e houve queda  na quantidade da fruta da mesorregião Metropolitana de BH. Durante   todo   o   ano,   o   preço   da   Banana Nanica   tem   se   mantido  abaixo   da   média histórica  e  do  registrado  em  2014,  tendo, contudo,   acompanhado   o   movimento.   O volume ofertado  (4.977  ton.)  aumentou  14% em relação    ao    mesmo    mês    de    2014, revelando  que  a  disponibilidade  do  produto 
segue  forte  no  entreposto  no  presente  ano. Ante  maio, houve  um  recuo  de  3%.  Esta redução  foi  tracionada  sobretudo  pela  queda  do produto da mesorregião Metropolitana de BH. Ainda segundo o Cepea, a Banana Nanica tem concorrido com outras frutas de época, reduzindo a demanda.

A oferta da Maçã (4.503 ton.) recuou 7% em relação  a  junho  anterior  e  12%  ante  maio  do presente ano. A menor remessa   gaúcha motivou  a  queda  total, mesmo  com  aumento da presença do produto catarinense e paranaense. O    preço  médio aumentou levemente, mas permaneceu abaixo da média, conforme a bianualidade tradicional. Desde  2001,  não  se  registrava  uma  oferta mensal  tão  robusta  de  Tangerina  Ponkan  na CeasaMinas (4.045 ton.), protagonizado sobretudo    pela    remessa    da    mesorregião Metropolitana  de  BH. Principalmente 
pressionado  pela  oferta.

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