sexta-feira, 22 de maio de 2015

Especial - Deu a louca nos preços dos hortigranjeiros


   
                  

No Rio, os preços praticados dentro da central de abastecimento, no período de um mês, subiram até 30%, como constatamos em alguns produtos analisados. Mas, em um mercado italiano de São Paulo, inaugurado nesta semana, eles chegavam ao absurdo: o quilo da vagem era vendida por R$ 22,39. Como constatou um blogueiro do jornal Estadão.


Há algumas semanas a gente vinha chamando a atenção sobre aumento dos preços dos produtos negociados pelas centrais de abastecimento, principalmente na Região Sudeste do país. Em algumas, a dança dos preços, como em Minas Gerais e no Espírito Santo, chegava a destoar das centrais de São Paulo (Ceagesp) e do Rio de Janeiro (Irajá e Colubandê), com o tomate puxando a alta junto com outros produtos, como a batata e  a cebola, por exemplo. Na dianteira, o tomate chamou mais a atenção e chegou a virar tema de reportagem de dois importantes jornais cariocas: O Globo e Extra.  O CeasaCompras, se você for no portal (www.ceasacompras.com.br) e no Blog verá que a gente tinha denunciado e tentado explicar o que vinha ocorrendo com os preços do tomate, que tinha no município de Paty do Alferes, na Região Serrana Sil, o seu maior produtor. A gente apelidou o tomate de "caviar" carioca.

E agora, acompanhando o desenrolar dos preços, notamos que a situação é bem drástica no Rio e chega ao absurdo em São Paulo, onde um mercadão italiano inaugurado nessa semana (como noticiamos no Blog Qsacada - www.qsacada.blogspot.com.br) que chegou a cúmulo de vender o quilo da vagem manteiga a R$ 22,39; o do tomate, a R$ 16,70; dos melões, com preços variados (R$ 26,90, R$ 14,90, R$ 16,99); a melancia a R$ 21,39; a cereja, R$ 99,90 o quilo; e a maçã, dependendo da procedência (R$ 15,39, R$ 13,39 e R$ 11,90, respectivamente). A alegação é que os produtos são fresquinhos e, em alguns casos, importados.

Com nós estamos falando de São Paulo, fomos pesquisar os preços divulgados pela diretoria técnica da Ceagesp, a maior da América Latina e que é administrada pelo Governo Federal. Lá, o preço do quilo da vagem era de R$ 4,36, mesmo assim, ainda alto quando chega para o consumidor final.  O tomate era vendido a R$ 5,10; a cenoura comum, R$ 2,72; o alho nacional (R$ 13,15), argentino (12,99) e o chinês (R$ 11); a batata tinha o preço variando entre R$ 0,87 e R$ 1,70; a cebola roxa, R$ 4,44;  a cebola de Santa Catarina (R$ 5,18), argentina (R$ 5,29) e a holandesa (R$ 4,02).

Os preços dos ovos brancos e vermelhos, caixa com 20 dúzias, eram de R$ 73,44 e R$ 85, respectivamente. O abacaxi, unidade com dois quilos, custava R$ 4,66 (enquanto que na Ceasa capixaba, as mesma fruta sai por R$ 1,50); e a banana prata de Minas Gerais (R$ 2,70) e de São Paulo (R$ 2,18), o quilo.

Preços 30%, em média, mais caros no Rio

Nossa equipe do CeasaCompras também pesquisou os preços praticados pelas centrais de abastecimento do Irajá, na Zona Norte do Rio, a maior do estado, e do Colubandê, no município de São Gonçalo, Região Metropolitana, durante um mês, entre os dias 20 de abril e 20 de maio, onde detectamos um aumento de 30% em boa parte dos preços.  Então, como existe a grita geral sobre o tomate que está sendo cobrado entre R$ 9 e R$ 10 o quilo, verificamos comora era vendida, há um mês, a caixa de 22 quilos do produto: antes, custava R$ 70 ( e mesmo assim os preços ainda eram altos nos chamados "sacolões" e nas feiras livres); mas agora, a caixa estava sendo vendida a R$ 100, com tendência de mais alta até o meio da semana que vem.

A cebola, que antes custava R$ 55, a saca de 20 quilos, passou a ser vendida a R$ 80 ( de Santa Catarina) e R$ 82 (Rio Grande do Sul),e a cebola roxa (R$ 85).  Outro absurdo de preços: o alho importado, caixa com 10 quilos, que antes era vendido entre R$ 100 e R$ 130, hoje passou para R$ 120, o chinês, e R$ 140, o argentino.  A vagem, que antes custava R$ 45, a caixa com 15 quilos, hoje baixou R$ 5 em relação ao preço anterior.

Para satisfação geral, constatamos quedas de preços, como a caixa com 30 dúzias de ovos vermelhos, que antes era vendida por R$ 100,e agora estava saindo por R$ 90.  No caso dos ovos brancos houve um aumento de apenas R$ 3, de um mês para cá: custa R$ 78.

Na fruta, o abacaxi pérola sofreu majoração de R$ 1 em relação ao preço anterior: está sendo vendido a R$ 4, a unidade com dois quilos.

Em relação ao feijão e o arroz, constatamos queda de R$ 12 na saca com 30 kg do produto, que está sendo vendida agora por R$ 100; enquanto que o mesmo pacote com 30 kg do arroz fino branco, que antes era vendido por R$ 59,70;  hoje sai por R$ 62,40.

Nossa análise baseou-se nos preços anunciados pela diretoria técnica da Ceasa Grande Rio.

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