quarta-feira, 27 de maio de 2015
Você sabe realmente fazer café?
Veja 9 dicas para fazer o café perfeito em casa, segundo à quarta edição do "Guia do Barista", publicação referência para interessados no universo do café.
De forma didática, o guia assinado por Edgard Bressani, especialista no assunto e presidente-executivo do Octávio Café, reúne dicas para o preparo do expresso, informações sobre países produtores do grão, regras de competições internacionais, além de mapas e fotos dos processos que levam à bebida.
"Não é um guia só para baristas, é para apreciadores e apaixonados por café. Da semente à xícara, para que todos possam conhecer o processo e entender o que há por trás do café", diz o autor.
O livro, que será lançado nesta terça (26), conta também com receitas de drinques clássicos e criativos com a bebida.
Confira abaixo dicas do autor Edgard Bressani para fazer um bom café em casa.
1. Escolha um pacote certificado
Busque nas prateleiras embalagens de grãos 100% arábica e indicações de que o café é especial, com origem, rastreabilidade e proteção ambiental. Atente para certificações como Utz Certified, Rainforest Aliance e da Associação Brasileira de Cafés Especiais. Bons blends de café costumam custar entre R$ 30 e R$ 60 o quilo.
2. Prefira o café daqui
Quanto mais recente a torra, melhor. O período entre a torra e o consumo faz com que ele perca sabor. O café importado pelo Brasil já vem torrado. Por isso, prefira o café nacional. Mesmo assim, preste atenção à data de validade –que identifica a idade do café.
3. Armazene em potes herméticos
Em casa, proteja o café guardando o pó (ou grãos) em potes herméticos. Se possível, invista em embalagens que permitem tirar o oxigênio de seu interior (ele oxida o café). Procure um lugar com pequena variação de temperatura e protegido da luz. Ele não deve ser mantido em geladeira por causa da umidade, uma inimiga do café.
4. Moer em casa é o ideal
O café moído na hora é mais rico em aromas. Hoje, o mercado tem muitas opções de moedores caseiros, manuais e elétricos. Um aparelho pode custar cerca de R$ 100. Se o café feito em casa for o coado, é preciso moer bastante o grão, até que fique fino.
5. Use água filtrada ou mineral
Ao aquecer a água, cuidado para que ela não ferva (fique borbulhando): isso diminui a quantidade de oxigênio e, consequentemente, a intensidade de aromas da bebida. Mantenha a água a aproximadamente 93 ºC.
6. Escalde o filtro de papel
Compre filtros do tamanho do porta-filtro. Antes de preparar o café, use a água quente para escaldar o filtro –isso tira o gosto de papel que pode ser passado para a bebida. Depois de usar filtros de pano, lave os filtros só com água, para evitar o gosto de produtos.
7. Não compacte o pó
Para fazer o café coado, coloque o pó no filtro de forma uniforme, sem compactá-lo, apertando-o. Molhe as beiradas primeiro e, a seguir, o centro do coador. Depois, direcione a água, em fio, bem no centro.
8. Bom café não precisa de açúcar
Café de boa qualidade deve mostrar o sabor que tem. Diferentemente do café especial, de torra mais clara, o industrial é muito torrado –uma tentativa de mascarar defeitos na bebida. Por isso, o açúcar se faz necessário: com ele é possível tomar qualquer coisa.
9 - Explore outros método
Hoje o mercado tem disponíveis utensílios para preparar café em casa de outras maneiras. Aeropress, chemex, prensa francesa e mocha são fáceis de usar e o mesmo pó preparado em variados métodos tem sabores diferentes. Vale a pena explorar.
O Guia do Barista, da Café Editora, está a venda no site cafeeditora.com.br por R$ 60
Saiba quais os produtos registraram alta e queda nos preços
A cebola foi um dos produtos que sofreu aumento nos preços no estado capixaba..
Alguns produtos hortifrutícolas, encontrados no mercado das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), apresentaram queda e alta nos preços comparados com a última semana. Os produtos que mais registraram baixa nos preços foram o coco verde e o mamão havaí.
O coco verde teve queda de 31,5% no preço, o produto que custava R$0,73 na semana passada, está sendo ofertado a R$0,50. O mamão Havaí teve redução de 17% nos preços, o produto que era ofertado a R$R$1,06 se encontra a R$0,88.
Outros produtos também foram destaque e estão com os preços mais acessíveis ao consumidor: o mamão formosa (-14%), a tangerina ponkan (-12%), o quiabo (-10%), a abobrinha italiana (-10%), o melão amarelo (-10%), a cenoura (-9,6%), e a batata doce (-8,5).
Alguns produtos registraram alta nos preços como o pepino (46,9%), o chuchu (28,6%), o pimentão verde (24,7%) e a vagem (23%). A cebola e o tomate prevaleceram durante todo o mês com os preços mais elevados.
Segundo o gerente técnico das Unidades Regionais, Marcos Antônio Magnago, neste período alguns fatores têm contribuído para os preços relativamente altos. “Um dos fatores que explicam o aumento do preço do tomate no Espírito Santo foi a estiagem nos primeiros meses do ano. Muitas lavouras foram prejudicadas pela falta de chuva e tiveram que diminuir a produção devido ao uso controlado de água”.
Ele também disse que no caso da cebola, ”nessa época do ano, quem abastece o mercado brasileiro é o Estado de Santa Catarina que sofreu com fortes chuvas, que agravaram a queda na produção. Outra grande parte da cebola comercializada na Ceasa/ES é importada da Holanda e da Argentina, e possui os preços mais altos. A expectativa é que em breve inicie-se a safra de em Petrolina (PE) e a oferta tende a normalizar”, explica o gerente.
Informações à Imprensa:
Pimentão é destaque na oferta no mercado da Ceasa/ES
No Brasil, há três variedades mais comuns de pimentão, o verde, o vermelho e o amarelo. O vermelho, por exemplo, é um grande aliado na prevenção do câncer.
O pimentão é um vegetal bastante consumido em todo o mundo, com um sabor forte e apimentado ele é usado na gastronomia de diversas formas como saladas, prato principal, e também como tempero de alimentos. Nos primeiros meses do ano, nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), circularam 2.416.240 quilos do produto gerando uma movimentação financeira de R$4.537.280,62.
O município que mais contribuiu com a oferta foi Santa Maria de Jetibá, responsável por 40%, seguido de Domingos Martins com 19%. Os dois municípios totalizaram 1.408.375 quilos. Outros municípios como Alfredo Chaves, Santa Leopoldina, Laranja da Terra, e Santa Teresa também contribuíram de forma positiva na comercialização.
Segundo dados do setor de estatística da Ceasa/ES, 20 municípios capixabas ofertam o produto no entreposto central, localizado em Cariacica. O Estado de São Paulo também contribuiu na comercialização, no período de janeiro a abril o Estado contribuiu com 73.395 quilos totalizando R$489.686,04. O vegetal querido pelos capixabas pode ser encontrado durante todo o ano e é um dos produtos mais procurados. Atualmente o quilo do pimentão verde está sendo cotado a R$2,10, o vermelho R$6,45 e o amarelo R$6,30 o quilo.
Saúde
No Brasil, há três variedades mais comuns de pimentão, o verde, o vermelho e o amarelo. Ao escolher, descarte os que apresentam machucados ou áreas escuras e fique com os que têm cor viva e pele lisa.
Segundo a nutricionista Matilde Alves o pimentão é uma excelente fonte de vitamina C, importante para o sistema imunológico e um poderoso antioxidante que ajuda a combater radicais livres, responsáveis por agredir células saudáveis. Quando está maduro é uma boa fonte de vitamina A que auxilia na saúde dos ossos, da pele e da visão.
O pimentão vermelho ainda contém licopeno, uma substância aparentemente relacionada à menor incidência de câncer de próstata, de colo de útero, de bexiga e do pâncreas.
Para saborear o pimentão, que tal uma receita bem fácil?
Pimentão recheado com carne moída e queijo
Ingredientes
570 g de carne moída
3 dentes de alho picados
1 cebola picada
430 g de tomate sem casca
1 xícara de queijo ralado
1 1/2 xícara de caldo de galinha
6 pimentões vermelhos pequenos
Modo de preparo
Aqueça uma frigideira e refogue a cebola, o alho e a carne moída. Adicione o queijo, misture e reserve esse caldo. Corte uma tampa na parte dos cabinhos dos pimentões e retire o miolo e as sementes. Coloque um pouco do caldo em cada um dos pimentões e coloque-os dentro de formas individuais ou refratário. Pré-aqueça o forno em temperatura média (180ºC) e gratine por 30 minutos.
Roubo ao consumidor no Rio das Olimpíadas: tilápia a R$ 35 o quilo
Os disparates dos preços chegam aos restaurantes que são capazes de cobrar uma sobremesa contendo duas fatias de abacaxi, por R$ 39.
A Cidade Maravilhosa, como conhecemos a capital fluminense, por conta da politicagem barata e rasteira que vem de anos está entregue a todo tipo de mazela, e no ano passado, por ocasião da vergonhosa Copa do Mundo para os brasileiros, turistas e nativos tiveram de conviver com a realidade dos preços altos dos produtos e imóveis. Apelidaram a situação de "Surreal", numa comparação jocosa ao nosso dinheiro, devido aos preços beirando o absurdo. E quando a gente pensa que a situação vai tomando outra forma, até mesmo por conta das dificuldades provocadas por uma política econômica pífia, eis que nos surpreendemos com posts no Facebook, num espaço de uma semana, falando sobre absurdos contemplados por duas consumidoras: uma em restaurante, dito de luxo, na Zona Sul do Rio, e outra, ao ir a uma feira ou supermercado que a pessoa não disse qual.
Ao ir a um restaurante, Elba Boechat, se deparou com o absurdo de ter de pagar pouco mais de R$ 39 por duas fatias de abacaxi verde e quase sem gosto (deve ser o tipo pérola campista que só serve para assar na brasa ou em suco). A mesma fruta, com peso de 2 kg, está sendo vendida na central de abastecimento de Irajá (Ceasa Grande Rio) ao preço de R$ 3,50 a unidade. Só que nos chamados "sacolões", feiras livres e supermercados, estes preços variam muito e podem chegar a R$ 7 uma fruta. Qual a justificativa dos restaurantes para um abacaxi com preço tão alto? Perda do produto, afirmam; preços altos de aluguéis dos imóveis na Zona Sul, tarifas absurdas da light, gás e taxas outras. Aí, jogam a bomba na mão do consumidor. E pague quem quiser pagar.
Ontem, nos surpreendemos novamente com post de Mirthes Guimarães falando sobre os preços que encontrou, possívelmente na feira: o badejo, peixe considerado nobre, sendo vendido a R$ 30 o kg; a tilápia, que virou moda entre os naturebas, custando o absurdo de R$ 35, o kg. Sem contar o tomate a R$ 8 e a cebola a R$ 7.
No caso da tilápia, um peixe criado em cativeiro em muitos lugares da Região Serrana do estado, ótimo e usado até mesmo nas refeições de pacientes no pós-operatório, como acontece no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, Zona Sul carioca, o preço cobrado ao consumidor podemos classificá-lo de roubo. Isso mesmo: o consumidor está sendo assaltado a mão desarmada. Explicamos: se você for ao Ceasa de Irajá, no mercado de peixe que existe lá, vai encontrar o quilo do pescado tilápia a R$ 5,50, o kg. O único problema é depois filetar o peixe. Mas isso não é sangria desatada, já que na internet você encontra vídeos bacanas ensinando a filetar peixes variados. E o pior é quando você vai a um restaurante e paga por um filé grande de tilápia, acompanhado de arroz e salada, algo em torno de R$ 100. Os preços altos desse produto também podem ser encontrados nas redes de supermercados, junto com uma outra fraude, que podemos considerar: os pacotes com meio quilo também apresentam preços que chegam a R$ 16, R$ 18.
O CeasaCompras foi constatar também outros preços citados pela Mirthes: o badejo estava sendo vendido a R$ 20 o quilo; a caixa de 22 kg do tomate (R$ 100) e a saca com 20 kg da cebola (R$ 80, a de Santa Catarina; R$ 78, do Rio Grande do Sul; e R$ 70 a cebola roxa, que normalmente era mais cara).
Soluções em peixes
Já que falamos de peixes, vamos dar os preços de alguns deles, como a abrotea, considerado o bacalhau brasileiro e que tem carne muito parecida com a merluza, que está a R$ 6 kg, na Ceasa de Irajá. Outros peixes e frutos do mar, são: corvina (R$ 7); espada (R$ 2,50), galo (R$ 2). garoupa (R$ 20); linguado (R$ 20), lula (R$ 6); polvo (R$ 13); e sardinha verdadeira (R$ 2).
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Salmão do Chile: antibióticos para engordar rápido, vacinas contra bactérias
Alimento considerado saudável por muitos adeptos vem transformando o Meio Ambiente chileno, embora não digam abertamente, pode afetar a saúde de quem consome o produto com muita frequência. Quase todo o salmão consumido no Brasil vem do Chile.
Do Globo Rural
Há dez anos, o Brasil comprava do Chile dez mil toneladas de salmão. Hoje, são 80 mil toneladas. É praticamente todo o salmão consumido no nosso país. O Globo Rural visitou os centros de cultivos para entender como é feita a engorda do peixe e os reflexos da criação para o meio ambiente.
Os salmões ficam dentro de ‘balsas-jaulas’, enormes tanques-rede flutuantes, com 25 metros por 25 metros e 20 de profundidade. Em cada um ficam 28 mil peixes, que permanecem por 17 meses, até alcançarem 4,5 kg. Eles são monitorados 24 horas.
Jorge é mergulhador e entra todos os dias no tanque. Ele monitora a mortalidade, a atividade do peixe. Também checa se as redes estão perfeitas para que os salmões não escapem. Caso isso aconteça, os criadores têm prejuízo. Além disso, pode causar um dano para o meio ambiente, porque o salmão é uma espécie exótica.
A indústria diz que não há escape, mas o biólogo do IMar – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Recursos de Ambientes Costeiros, em Puerto Montt, Edwin Niklitschek, discorda e explica. “Estamos falando de vários milhões de salmões que escapam todo ano. Isso tem um impacto muito grande sobre os peixes nativos. Isso porque eles se alimentam deles e competem com eles.”
Remígio Gutierrez, pescador há 25 anos, dirige o sindicato da categoria e denuncia os efeitos da indústria salmoneira para o meio ambiente. “Havia muita vida antes deles chegarem, mas depois morreu tudo o que está ao redor. Isso se chama: a sombra da indústria salmoneira. Os sedimentos, as fezes do salmão que caem ao fundo do mar, matam toda a vida. Termina com tudo.”
O tratamento para doenças do salmão é outra polêmica. “O medicamento já vem na ração. Normalmente se usa antibiótico para combater a doença bacteriana”, explica o técnico do Centro de Cultivo Francisco Alvarez.
“Isso prejudica profundamente a vida do fundo marinho, que fica limitada às bactérias que estão aproveitando a matéria orgânica e alguns poucos sobreviventes. A matéria orgânica e os químicos que se diluem desde a sombra da balsa-jaula e chegam ao meio ambiente podem levar à proliferação de espécies indesejáveis, como maré vermelha, algas que bloqueiam o sistema respiratório dos animais, algas tóxicas”, diz o biólogo do IMar.
Ao fim de cada ciclo de cultivo, o centro passa por um período de três meses de descanso obrigatório por lei. É um vazio sanitário, criado depois de uma crise sofrida pela indústria salmoneira, entre 2007 e 2009. O vírus da anemia infecciosa, chamado vírus ISA, que não atinge o ser humano, matou a metade dos peixes. Indústria e governo tomaram uma série de medidas para controlar a crise.
“Na prática, se mudou desde a restrição à importação de ovas, até a criação de bairros de centros de cultivo, organizados, geograficamente e que, coordenadamente, têm épocas de cultivo. Descansam três meses e outros bairros vão produzir. Desta maneira se contém uma eventual disseminação de um vírus e se coordena os tratamentos no interior de um bairro”, explica Felipe Manterola, representante da SalmonChile.
No estuário de Reloncavi, as balsas de cultivo de salmão estão abandonadas. A denúncia é que estão desse jeito há anos. Em Santiago, capital do país, o diretor do Serviço Nacional de Pesca e Aquicultura José Miguel Burgos, confirma que o cultivo está mesmo fechado há mais de dois anos, em um processo em que o governo deve suspender a concessão, porque não foram respeitados os limites exigidos.
“São olhados vários parâmetros basicamente para garantir oxigênio suficiente no fundo marinho. Quando algum limite é superado, esse centro que superou o limite não pode operar até que recupere sua condição. Essa é uma regulação mais restrita que em muitos outros países”, diz o diretor.
Enquanto se discute se as regras são adequadas, a indústria do salmão continua empregando direta ou indiretamente 73 mil chilenos e produzindo alimento.
Quando atinge 4,5 kg, o salmão do Atlântico é transportado em navios rumo ao processamento. Em Quellón, na ilha de Chiloé, existe um centro de monitoramento. Lá, os peixes são sugados por uma tubulação e caem em tanques para o processamento. Dependendo da época do ano, os tanques recebem de 30 mil a 100 mil peixes por dia.
Já sem as vísceras, o salmão passa por uma checagem. Juan Fernandez, chefe de produção, explica o que deve ser observado. “É importante revisar a cavidade ventral e avaliar se há presença de algum corte ou ferida que possa gerar o não aproveitamento 100% do peixe. Deve estar limpa e sem restos de vísceras. Deve ter suas nadadeiras íntegras, pele de cor característica de um peixe juvenil, dorso escuro, verde. Seus olhos devem estar projetados para fora, nunca para dentro, porque para fora significa que é um peixe fresco.”
Receita
O chefe suíço, Frederick Emeric, explica as características do salmão. “O salmão é um peixe muito bom porque tem pouca gordura e é uma gordura saudável para o organismo”. Ele preparou um prato chileno: ceviche, peixe cru marinado no limão.
Ele corta o salmão em cubinhos e acrescenta cebola roxa, aipo, suco de limão, alho, azeite, sal e coentro. Depois gengibre e pimenta aji, muito usada na região. Mistura tudo e está pronto! Veja no vídeo toda a explicação.
Lavouras urbanas alimentam restaurantes em São Paulo
Empresas transformam terrenos em hortas na capital; restaurantes usam produtos em pratos. Shopping transformou cobertura em plantação, adubada com lixo orgânico produzido por eles.
A 10 minutos da Avenida Paulista, em pleno bairro da Vila Mariana, na zona sul da capital, existe um cafezal com 1,6 mil pés. Na última quinta-feira, começou a colheita da safra 2015 da tradicional (e simbólica) lavoura do Instituto Biológico. Mas não se trata da única plantação de alimentos dentro da área urbana de São Paulo. Atualmente, são muitas as empresas que apostam em hortas comunitárias.
É o caso do Shopping Eldorado, na Marginal do Pinheiros, na zona oeste. Em 2012, a administração do empreendimento decidiu transformar a cobertura do complexo em plantação. Contratou dois funcionários para cuidar exclusivamente da empreitada e envolveu todos os demais no processo de separação do lixo orgânico - quase 1 tonelada por dia, que vai para uma composteira e é transformada em adubo - e de colheita. Eles podem levar as hortaliças e temperos para casa. A 10 minutos da Avenida Paulista, em pleno bairro da Vila Mariana, existe um cafezal com 1,6 mil pés.
Na próxima quinta, começa a colheita da safra 2015 da tradicional (e simbólica) lavoura do Instituto Biológico. Mas não se trata da única plantação de alimentos dentro da área urbana de São Paulo.
Atualmente, são muitas as empresas que apostam em hortinhas comunitárias como forma de integrar suas equipes, afinar um discurso ecologicamente correto e, em alguns casos, fazer o bem.
O Shopping Eldorado contratou dois funcionários para cuidar exclusivamente da horta e envolveu todos os demais no processo de separação do lixo orgânico - quase 1 tonelada por dia, que vai para uma composteira e é transformada em adubo .Os funcionários também participam da colheita - quando eles podem levar as hortaliças e temperos para casa
A horta da casa de eventos EcoHouse, em Pinheiros, serve para abastecer os restaurantes da rede Tantra - que são do mesmo proprietário, o chef Eric Thomas O projeto foi desenvolvido há quatro anos na EcoHouse. No período, foram plantadas folhas verdes para saladas, de forma hidropônica; flores comestíveis, como orquídeas e mini-rosas; ervas para temperos; e até árvores frutíferas, como limoeiros, parreiras e jabuticabeiras
"Hoje, nossa plantação ocupa 3 mil metros quadrados", afirma Marcio Glasberg, gerente de operações do shopping.
A horta da casa de eventos EcoHouse, em Pinheiros, na zona oeste, serve para abastecer os restaurantes da rede Tantra - que são do mesmo proprietário, o chef Eric Thomas. "Um dos objetivos do projeto é provar que um restaurante pode ser independente na produção de seus insumos no local, diminuindo, assim, o impacto ambiental", afirma.
O projeto foi desenvolvido há quatro anos. Já foram plantadas folhas verdes para saladas, de forma hidropônica; flores comestíveis, como orquídeas e minirrosas; ervas para temperos; e até árvores frutíferas, como limoeiros e jabuticabeiras.
Também do ramo de alimentação e com discurso "saudável", a rede de restaurantes Salad implementou, há seis meses, uma horta em seu escritório administrativo, no Pacaembu, zona oeste. Toda a produção é usada no preparo das refeições dos 22 funcionários que atuam na sede. A empresa ressalta que a ideia de criar a hortinha veio de uma tentativa de começar "um trabalho de dentro para fora, conscientizando os colaboradores sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada".
No bairro da Água Fria, na zona norte, a agência de comunicação E4 também criou hortinha dentro do escritório, há três anos. Ali, eles têm cebolinha, hortelã, manjerona e orégano, entre outras plantas - até um pé de acerola. "A produção fica para os testes que fazemos em nossa cozinha, já que somos uma agência especializada em nutrição e alimentação saudável. E, claro, para o consumo próprio do pessoal da agência", conta o diretor, Gustavo Negrini.
Há ainda escolas que usam hortas de forma pedagógica. É o caso do Colégio Santa Amália, na Saúde, zona sul. Ali, desde o ano passado, há uma plantação de 3 metros quadrados. "A cada dois meses, uma turma fica responsável pelo plantio, colheita e preparo de pratos com os produtos colhidos", explica Rafaela Yumi Montesinos, nutricionista do colégio.
Cafezal. No caso do cafezal da Vila Mariana - cuja produção anual de cerca de 500 kg é distribuída a entidades assistenciais cadastradas pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado -, a história começou na primeira metade do século 20. Atualmente, a lavoura urbana tem função didática, pedagógica e cultural: serve para que os paulistanos possam conhecer o cultivo daquele que já foi o motor da economia do Estado.
"Qualquer um pode visitar, conhecer esse tipo de lavoura que é tão importante para a nossa história", diz o diretor técnico do instituto, Antonio Batista Filho. Desde 2006, sempre em maio, o Instituto realiza o início simbólico da colheita do café.
Alerta vermelho na Agricultura: as abelhas estão sumindo
Casa Branca (EUA) faz do sumiço de abelhas uma questão de Estado. Mais de 40% das abelhas americanas desapareceram, segundo estudo. O problema ultrapassa preocupações conservacionistas, já que os insetos geram 15 bilhões de dólares por ano para a agricultura do país. Veja matéria desta semana publicada pela Veja.
As abelhas começaram a sumir nos Estados Unidos. E isso preocupou a Casa Branca. Um estudo divulgado pelo consórcio Bee Informed Partnership, financiado pelo governo e por universidades americanas, destacou que apenas no ano passado 42% das colônias americanas desse inseto desapareceram. Por que isso dá dor de cabeça até no presidente Barack Obama? As abelhas são as principais polinizadoras do hemisfério norte, associadas ao florescimento da flora e à maior parte do cultivo agrícola. Só nos Estados Unidos, um mercado de 15 bilhões de dólares depende diretamente desse trabalho de polinização. Com menos abelhas, menor é a produção. A gravidade do problema econômico fez a Casa Branca montar uma força-tarefa de cientistas para resolver o assunto. Na última terça-feira (19) começaram a aparecer os primeiros resultados.
Para poupar os insetos, as estratégias governamentais são aumentar o tamanho dos habitats polinizadores, encorajar o treinamento de cientistas especializados em abelhas e estabelecer bancos de sementes de plantas atrativas para o inseto. "Buscamos engajar todos os segmentos da nossa sociedade para que, trabalhando juntos, possamos dar passos significativos e importantes para reverter o declínio dos polinizadores", disse o Secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, em carta oficial.
O sumiço das abelhas começou a ser notado por apicultores americanos há dez anos. Como de costume, os insetos saíam das colônias à procura de pólen e, de tabela, polinizavam plantações de frutas, legumes e grãos. O problema é que elas começaram a não voltar mais, deixando para trás apenas a rainha com poucas operárias remanescentes. Fenômeno que ganhou o nome de colony colapse disorder (em inglês, síndrome do colapso da colônia, ou CCD). Pesquisadores então indicaram que essas abelhas morriam antes de conseguir retornar. É um enorme problema que ultrapassa as preocupações conservacionistas. Sem as abelhas, não há plantações. Sem essas, diminui a produção local de comida, e a economia sofre.
O novo levantamento confirma que a crise não só continua, como piora. A taxa de desaparecimento de 42% é maior que a de 2013 e 2012 somados, quando se registrou uma baixa de 34,2%. A taxa atual é quatro vezes acima do que a baixa considerada "normal" pelos apicultores. Nos estados de Oklahoma, Illinois, Iowa e Pensilvânia, o dano foi ainda maior: bateu os 60%.
Abelhas também teriam uma personalidade, indica estudo
O inseto, que muitas vezes é lembrado apenas pelas picadas dolorosas, é essencial para a agricultura. Dois terços de todos os alimentos ingeridos no planeta dependem das abelhas. Estima-se que elas rendam 15 bilhões de dólares por ano apenas à economia americana, graças a sua ajuda à agricultura. Como existem 2,5 milhões de colônias de abelhas em cativeiro no país (e são essas as que são usadas na agricultura), o valor estimado de cada uma delas, em uma conta simples, seria de 6 000 dólares. Para piorar, diferentemente do Brasil, que têm ao menos 3 000 espécies de abelhas selvagens, nos Estados Unidos há só a Apis melífera, inseto de origem europeia que está sendo afetado por essa crise. Como só tem um tipo, qualquer ameaça é urgente.
É preciso ressaltar que é natural que as abelhas se afastem por até três quilômetros de suas colônias em busca de alimentos, mas a baixa de insetos considerada "normal" é de 10%, quantidade muito menor do que a que vem sendo perdida e facilmente reposta pela reprodução dos animais. Aliás, o que chocou os pesquisadores não foi somente a quantidade de abelhas desaparecidas, mas sim o fato de que, pela primeira vez na história, a baixa foi maior durante o verão, época (em teoria) mais favorável a elas do que o inverno.
Em países de clima temperado, as colmeias ficam cobertas por neve durante a estação, e cerca de 20% das abelhas naturalmente não resiste ao frio. "Nós esperávamos que as colônias morressem durante o inverno, porque é uma estação estressante. É amedrontador notar as perdas no verão, que deveria ser como um paraíso para as abelhas", disse Dennis van Engelsdorp, professor da Universidade de Maryland e um dos autores do estudo. Ou seja, se no verão está ruim, imagina no inverno.
Para piorar, apesar de o fenômeno não ser novidade, pesquisadores ainda não conseguiram identificar qual é a causa do sumiço. Os autores do estudo indicaram que os motivos prováveis são uma combinação de ácaros, má alimentação e pesticidas, mas existem outras hipóteses, como o aumento de predadores e os efeitos negativos das mudanças climáticas. A teoria mais aceita é aquela que aponta para os pesticidas, já que muitos desses produtos contêm uma substância chamada neonicotinóide, que age diretamente no cérebro do inseto, fazendo com que ele esqueça de onde veio e, consequentemente, o caminho de volta para a colmeia. "Temos indícios de que essa é a principal causa, mas existem muitos interesses econômicos e conservacionistas nesse debate, por isso não se bate o martelo", disse o biólogo Lionel Segui Gonçalves, professor aposentado da USP e pesquisador da genética das abelhas com 50 anos de experiência.
Apesar de os Estados Unidos estarem na situação mais crítica, o fenômeno acomete quase toda a parte ocidental do hemisfério norte há um bom tempo. Estima-se que algumas regiões da Europa tenham perdido até 53% das colônias nos últimos anos. Os impactos foram sentidos no preço de produtos agrícolas. Na Espanha, o quilo de vegetais oleaginosos bateu os oito euros, valor mais alto desde 2005. As cerejas que eram cultivadas em território francês foram transferidas para a Austrália, onde ainda não se tem sinal de baixas de abelhas. Já nos Estados Unidos as amêndoas tiveram uma inflação de 43%.
Recentemente, países fora desse eixo começaram a também detectar indícios do fenômeno, como Japão, China e mesmo o Brasil. Por aqui, tanto as abelhas de ferrão, que produzem mel, quanto aquelas sem ferrão estão sendo prejudicadas. Para abordar o problema, a organização nacional Sem Abelha, Sem Alimento lançou há um ano o aplicativo Bee Alert, em que apicultores registram casos de desaparecimento. Até agora, foi registrada a perda de 12 000 colônias em 13 estados brasileiros, entre os quais São Paulo é o mais afetado. "É fácil de entender por que São Paulo lidera: no Estado, o uso de pesticidas é intenso", definiu o biólogo Lionel Segui Gonçalves.
Mas o que aconteceria se as abelhas sumissem da Terra? O genial físico Albert Einstein, que gostava de palpitar sobre diversas áreas do conhecimento, dizia que "se as abelhas desaparecessem, o homem só sobreviveria por quatro anos". A linha de raciocínio aqui é o fato de que sem abelhas não teríamos 70% dos alimentos que consumimos e também haveria uma redução na parcela verde do planeta, o que levaria a uma diminuição do oxigênio disponível. Não é preciso enxergar tão longe para saber que o extermínio acarretaria um desastre ambiental, com o colapso da agricultura e da flora global.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Feira de flores da CEAGESP: horário novo
O Departamento de Entreposto da Capital (DEPEC) da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) informa que estendeu o horário de comercialização da tradicional Feira de Flores, que ocorre no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP).
Desde o último dia 19/5, a Feira ocorre das 0h até às 8h30, todas as terças e sextas-feiras. Esta é a segunda readequação realizada pela Companhia desde o último dia 12/5, quando houve a mudança das 5h às 10h para 0h às 7h.
Segundo o DEPEC, a nova adequação do horário decorre do fato de que um dos objetivos propostos – a melhora na circulação interna de veículos – já foi plenamente atingido.
Em virtude disso, houve a decisão de estender o horário de comercialização de plantas e produtos relacionados, sem que isso traga prejuízos ao tráfego de carros e caminhões de outros setores dentro do ETSP.
Frescor do Azeite 100% brasileiro
Fonte: Blog Paladar (Estadão)
A produção de azeite brasileiro cresceu e melhorou. Pela primeira vez, é possível montar um painel de degustação de azeites feitos no País. Prensados e engarrafados em diferentes regiões.
Em comum, todos têm a cor viva e o aroma generoso que revelam de cara: o azeite é fresco. O curto intervalo de tempo entre o campo e o prato é o maior trunfo do azeite produzido no Brasil – os importados enfrentam uma longa jornada até chegar ao consumidor. E azeite, quanto mais novo, melhor.
A colheita nacional terminou entre março e abril e os azeites recém-extraídos já estão na prateleira. No caso dos importados à venda aqui, na melhor hipótese, foram prensados em novembro. E mais: os brasileiros, engarrafados pelo próprio produtor, escapam das fraudes e adulterações corriqueiras no mundo do azeite denunciadas no livro Extravirgindade, do jornalista americano Tom Mueller.
A produção de azeite brasileiro atingiu neste ano um nível de qualidade inédito. Pela primeira vez, o País participou do Salão Internacional do Azeite Extravirgem, em Jaén, na Espanha, no início do mês. O Brasil levou uma seleção feita por Marcelo Scofano, professor de gastronomia no Rio de Janeiro.
“Há predominância de azeite de fruta madura, com características suaves e delicadas, mas marcantes, uma vez que a grande parte dos produtores usa arbequina”, diz o especialista. Ele ressalta que a produção deste ano tem azeites de frutado verde com muita personalidade, produzidos em Caçapava do Sul (RS), na Bocaina e na Mantiqueira. Para Scofano, o azeite brasileiro promete boa evolução. “A personalidade sensorial do terroir brasileiro está em formação, mas tem características muito próprias.”
Crescimento. As duas maiores regiões produtoras de azeite no País – Serra da Mantiqueira e sul do Rio Grande do Sul – já somam cerca de 20 plantas de refino, ou lagares. “Antes, o desafio era saber se a oliveira seria capaz de produzir em escala comercial em condições climáticas e solo brasileiro”, diz Paulo Freitas, degustador profissional de azeites. A confirmação já veio, agora o momento é de buscar a afirmação. “Temos pelo menos cinco marcas consolidadas no mercado. No ano passado, eram só três”.
Várias marcas nacionais de azeite ainda são vendidas apenas localmente ou nas próprias fazendas. E algumas poderão demorar para chegar às lojas.
Outra novidade é a certificação de marcas de azeite orgânico no País. “Havia um grande questionamento se seria possível produzir azeite orgânico no Brasil devido ao clima úmido. Mas neste ano, dois produtores já conseguiram certificação”, comemora Freitas.
“Cada safra é uma degustação nova, estamos descobrindo os sabores”, conta Carlos Diniz, presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), que tem 45 associados entre Minas Gerais e São Paulo.
Em busca do azeite brasileiro
Para montar esta seleção de azeites nacionais, dois especialistas visitaram produtores nas três regiões produtoras do País e escolheram os melhores. Paulo Freitas é degustador e Arnaldo Comin, dono do empório Rua do Alecrim, primeira loja da cidade especializada em azeites brasileiros. O repórter Daniel Telles e a repórter Paula Moura também participaram da avaliação. Veja a seguir os azeites extravirgens brasileiros que vale conhecer.
BORRIELLO
Carla Retuci largou o mercado financeiro para fazer azeite com o marido, Mario Borriello, em Andradas (MG). Neste ano, compraram a prensa e estão prensando arbequina e grappolo na fazenda, aberta a visitação.
Degustação
Blend grappolo e arbequina: frutado e amargor médios, leve picância. Equilibrado.
Informações:
Tel.: 98282-0872
R$ 36,90 (250 ml, no Empório Rua do Alecrim); R$ 68 (500 ml, n’A Queijaria)
OLIQ
Três apaixonados por São Bento do Sapucaí (SP), Vera Masagão, Antônio Batista e Cristina Vicentin resolveram produzir azeite de arbequina numa propriedade na região. Plantam também koroneiki, grappolo e Maria da Fé. Fazenda é aberta a visitação.
Degustação
Grappolo: frutado médio a alto, amargor e picância leves. Notas de castanhas.
Informações:
R$ 33,90 (250 ml, no Empório do Alecrim); R$ 49 (250 ml, n’A Queijaria)
OLIVAIS DA BOCAINA
Aníbal Cury e Dominique Pierre Faga são donos da Olivais da Bocaina, em Silveiras (SP). Produzem azeites de arbequina e grappolo e esperam a frutificação de koroneiki. Há visitas guiadas e degustação.
Degustação
Grappolo: frutado e amargor médios e picância de leve a média. Tem boa complexidade.
Informações:
R$ 35 (250 ml, direto com o produtor); R$ 38,90 (250 ml, no Empório Rua do Alecrim)
OURO DE SANT’ANA
Depois de 40 anos em uma multinacional, o agrônomo peruano Fernando Rotondo se instalou em Santana do Livramento (RS), plantou koroneiki, arbosana, coratina, arbequina, picual e frantoio. Neste ano, engarrafou azeites de arbequina e coratina, mais picante.
Degustação
Arbequina: frutado médio, amargor e picância leves.
Informações:
R$ 24,90 (250 ml, no Empório Rua do Alecrim) e R$ 35,30 (500 ml, no Empório Santa Luzia)
PROSPERATO
A primeira safra comercial da família Marchetti foi em 2013. Além das três variedades disponíveis no mercado – arbequina, arbosana e koroneiki –, já têm olivais de picual, frantoio, manzanilla, coratina e galega. Recebem visitas no lagar em Caçapava do Sul (RS).
Degustação
Koroneiki: frutado, amargor e picância médios. Boa persistência de sabor. Blend arbequina e arbosana: frutado, amargo e picância médios.
Informações:
Preços ainda não definidos. A safra 2015 chega em julho no Empório Rua do Alecrim
FAZENDA MARIA DA FÉ
Reflorestadores, os Bonifácios se depararam com uma fazenda de olivais abandonados em Maria da Fé (MG). Apostaram no negócio e produzem azeite de arbequina, grappolo, koroneiki e coratina. Agora, buscam certificação orgânica. Aberta à visitação.
Degustação
Coratina: Frutado médio, amargor de médio a intenso, picância de média a intensa. Muito intenso. Para alguns, amargo demais.
Informações
11 99991-7608
R$ 35 (250 ml, com o produtor)
VERDE OLIVA
O casal Newton Litwinski e Fátima Garcia produz azeite orgânico numa fazenda em Delfim Moreira (MG). Aceitam encomendas por correio e fazem visitas agendadas.
Degustação
Arbequina: frutado leve, amargor leve a médio, picância leve.
Informações
tel.: 35 3624-1334
R$ 50 (250 ml, direto com o produtor)
PAIOL VELHO
Na propriedade da família de Luiz Menezes, em Cristina (MG), são plantadas azeitonas de quatro variedades. Sua primeira produção comercial, neste ano, é pequena (100 litros), mas deve crescer em dois anos.
Degustação
Blend de grappolo e koroneiki: frutado de leve a médio, amargor médio e picância leve. Bem equilibrado.
Informações
tel.: 12 99719-2083
R$ 70 (500 ml, direto com o produtor)
EPAMIG
A empresa produz azeites de seus olivais experimentais e também processa azeitonas de produtores da região.
Degustação
Maria da Fé: frutado médio, amargor leve e picância de leve a média. Notas verdes de azeitona, folhas verdes e maçã verde.
Informações:
tel.: 35 3662-1227
R$ 35 (250 ml, direto do o produtor)
COMO DEGUSTAR AZEITE
Tripé
As principais características sensoriais do azeite são notas frutadas, amargor e picância. E são esses elementos que se deve buscar ao provar um azeite. Quanto mais fácil surgirem os atributos, mais novo o azeite.
Frutado
Pode ser sentido no aroma e no sabor e está diretamente ligado ao frescor. Pode ser mais ou menos intenso, remeter a fruta verde ou madura, pode lembrar campo, tomate, amêndoas ou até chocolate. A presença de frutado é indicador de qualidade, azeite sem fruta não é bom. Mas tanto faz o tipo de fruta.
Amargor
É sentido sobre a língua e pode ser mais ou menos intenso. Um bom azeite deve apresentar equilíbrio entre o amargor e a picância.
Picância
É sentida quase na garganta. A intensidade depende da variedade da azeitona. Amargor e picância intensos vão bem com pratos mais condimentados.
Cor
Tom esverdeado indica que o azeite foi recém-espremido. Com o tempo, que pode variar de seis meses a um ano, o óleo vai ficando mais dourado.
E a acidez?
Não é perceptível ao paladar. Trata-se de um parâmetro químico que determina a quantidade de gordura do azeite. Se for menor que 0,8%, o azeite é extravirgem. Quanto menor a acidez, melhor o azeite, mas não se trata de critério absoluto. O degustador Paulo Freitas ressalta: “um azeite com 0,2% de acidez pode ser menos agradável e até ter defeitos comparado ao que tenha 0,5%”.
Especial - Deu a louca nos preços dos hortigranjeiros
No Rio, os preços praticados dentro da central de abastecimento, no período de um mês, subiram até 30%, como constatamos em alguns produtos analisados. Mas, em um mercado italiano de São Paulo, inaugurado nesta semana, eles chegavam ao absurdo: o quilo da vagem era vendida por R$ 22,39. Como constatou um blogueiro do jornal Estadão.
Há algumas semanas a gente vinha chamando a atenção sobre aumento dos preços dos produtos negociados pelas centrais de abastecimento, principalmente na Região Sudeste do país. Em algumas, a dança dos preços, como em Minas Gerais e no Espírito Santo, chegava a destoar das centrais de São Paulo (Ceagesp) e do Rio de Janeiro (Irajá e Colubandê), com o tomate puxando a alta junto com outros produtos, como a batata e a cebola, por exemplo. Na dianteira, o tomate chamou mais a atenção e chegou a virar tema de reportagem de dois importantes jornais cariocas: O Globo e Extra. O CeasaCompras, se você for no portal (www.ceasacompras.com.br) e no Blog verá que a gente tinha denunciado e tentado explicar o que vinha ocorrendo com os preços do tomate, que tinha no município de Paty do Alferes, na Região Serrana Sil, o seu maior produtor. A gente apelidou o tomate de "caviar" carioca.
E agora, acompanhando o desenrolar dos preços, notamos que a situação é bem drástica no Rio e chega ao absurdo em São Paulo, onde um mercadão italiano inaugurado nessa semana (como noticiamos no Blog Qsacada - www.qsacada.blogspot.com.br) que chegou a cúmulo de vender o quilo da vagem manteiga a R$ 22,39; o do tomate, a R$ 16,70; dos melões, com preços variados (R$ 26,90, R$ 14,90, R$ 16,99); a melancia a R$ 21,39; a cereja, R$ 99,90 o quilo; e a maçã, dependendo da procedência (R$ 15,39, R$ 13,39 e R$ 11,90, respectivamente). A alegação é que os produtos são fresquinhos e, em alguns casos, importados.
Com nós estamos falando de São Paulo, fomos pesquisar os preços divulgados pela diretoria técnica da Ceagesp, a maior da América Latina e que é administrada pelo Governo Federal. Lá, o preço do quilo da vagem era de R$ 4,36, mesmo assim, ainda alto quando chega para o consumidor final. O tomate era vendido a R$ 5,10; a cenoura comum, R$ 2,72; o alho nacional (R$ 13,15), argentino (12,99) e o chinês (R$ 11); a batata tinha o preço variando entre R$ 0,87 e R$ 1,70; a cebola roxa, R$ 4,44; a cebola de Santa Catarina (R$ 5,18), argentina (R$ 5,29) e a holandesa (R$ 4,02).
Os preços dos ovos brancos e vermelhos, caixa com 20 dúzias, eram de R$ 73,44 e R$ 85, respectivamente. O abacaxi, unidade com dois quilos, custava R$ 4,66 (enquanto que na Ceasa capixaba, as mesma fruta sai por R$ 1,50); e a banana prata de Minas Gerais (R$ 2,70) e de São Paulo (R$ 2,18), o quilo.
Preços 30%, em média, mais caros no Rio
Nossa equipe do CeasaCompras também pesquisou os preços praticados pelas centrais de abastecimento do Irajá, na Zona Norte do Rio, a maior do estado, e do Colubandê, no município de São Gonçalo, Região Metropolitana, durante um mês, entre os dias 20 de abril e 20 de maio, onde detectamos um aumento de 30% em boa parte dos preços. Então, como existe a grita geral sobre o tomate que está sendo cobrado entre R$ 9 e R$ 10 o quilo, verificamos comora era vendida, há um mês, a caixa de 22 quilos do produto: antes, custava R$ 70 ( e mesmo assim os preços ainda eram altos nos chamados "sacolões" e nas feiras livres); mas agora, a caixa estava sendo vendida a R$ 100, com tendência de mais alta até o meio da semana que vem.
A cebola, que antes custava R$ 55, a saca de 20 quilos, passou a ser vendida a R$ 80 ( de Santa Catarina) e R$ 82 (Rio Grande do Sul),e a cebola roxa (R$ 85). Outro absurdo de preços: o alho importado, caixa com 10 quilos, que antes era vendido entre R$ 100 e R$ 130, hoje passou para R$ 120, o chinês, e R$ 140, o argentino. A vagem, que antes custava R$ 45, a caixa com 15 quilos, hoje baixou R$ 5 em relação ao preço anterior.
Para satisfação geral, constatamos quedas de preços, como a caixa com 30 dúzias de ovos vermelhos, que antes era vendida por R$ 100,e agora estava saindo por R$ 90. No caso dos ovos brancos houve um aumento de apenas R$ 3, de um mês para cá: custa R$ 78.
Na fruta, o abacaxi pérola sofreu majoração de R$ 1 em relação ao preço anterior: está sendo vendido a R$ 4, a unidade com dois quilos.
Em relação ao feijão e o arroz, constatamos queda de R$ 12 na saca com 30 kg do produto, que está sendo vendida agora por R$ 100; enquanto que o mesmo pacote com 30 kg do arroz fino branco, que antes era vendido por R$ 59,70; hoje sai por R$ 62,40.
Nossa análise baseou-se nos preços anunciados pela diretoria técnica da Ceasa Grande Rio.
Alta faz tomate desaparecer de restaurantes do Rio
Há alguns dias o CeasaCompras vem analisando a alta de preços do produto. Uma majoração sem qualquer justificativa plausível em nosso estado, já que temos uma região produtora importante que fica em Paty do Alferes, na Região Serrana Sul. Agora, jornais do Rio, como O Globo, correm atrás para mostrar os problemas causados no comércio e para o consumidor. Veja matéria.
O tomate voltou a vestir a máscara de vilão dos preços altos, e os comerciantes fazem malabarismos para substituir o produto que — de tão caro — já é tratado como iguaria de luxo nos pratos dos cariocas. No atacado, os gerentes de restaurantes que, até a última sexta-feira (dia 15), compravam uma caixa de 22 quilos do tipo Carmem por R$ 75, encontraram o mesmo alimento ontem, na Central de Abastecimento do Estado (Ceasa), em Irajá, por cem reais — alta de 33%.
Para não comprometer a qualidade dos pratos, cozinheiros estão usando artifícios como a troca de ingredientes.
— Estamos cozinhando com mais extrato de tomate, porque é mais barato e não faz tanta diferença nos pratos quentes. Também reduzimos o tomate no molho à campanha e disfarçamos a falta com mais cebola e pimentão — afirmou o subgerente Cleyson Martins, de 35 anos.
A secretária Rosane do Nascimento, de 60 anos, almoça todos os dias fora de casa e já percebeu que o produto tem se tornado um item cada vez mais raro nos restaurantes do Centro do Rio.
— Adoro tomate, mas à uma hora da tarde não tem mais a opção no bufê de saladas. Tenho notado que está faltando (no cardápio). Está difícil até comprar o alimento até para comer em casa — disse.
Nos balcões dos restaurantes a quilo, a alternativa é oferecer uma menor quantidade. O comerciante Adilson Ferreira, de 43 anos, decidiu expor os pratos com tomate no início do horário de almoço, mas, depois que acabam, não há substituição.
— O preço do tomate está quase o mesmo da carne. Se comprar via atravessador, sai a R$ 9 o quilo — afirmou ele.
O alimento está no período de entressafra, o que reduz a oferta no mercado e contribui para a escala de preço, segundo a Ceasa. De acordo com a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o custo do tomate subiu 17,9% apenas em abril e acumula uma alta de 48,65% desde janeiro deste ano.
— Para 2015, esperamos uma queda de 17% na safra. Eu recomendo que o consumidor substitua o fruto pelo molho de tomate, que teve uma alta menor, de 0,49% em abril — explicou Irene Machado, técnica do IBGE.
Custo continuará alto até junho
A expectativa da Ceasa é que o tomate comece a apresentar uma queda de custo a partir da segunda quinzena de junho, quando terão início as colheitas nas plantações do Noroeste do estado. De julho a setembro, normalmente, a retração no preço já costuma ser mais acentuada, pois a oferta de municípios do interior é somada às das cidades da região do Médio Paraíba. Para especialistas, pesquisar e comparar as ofertas nos supermercados, nas feiras e nos hortifrutis são as melhores estratégias para economizar.
— A busca ajudará o consumidor a encontrar um produto com melhor qualidade e menor preço. Vale usar a internet, os encartes promocionais dos jornais e até a indicação de amigos — sugeriu André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Não é apenas o tomate que está mais raro nos pratos dos cariocas. Alguns tipos de feijão também registraram aumento de preços e estão sendo substituídos pelos estabelecimentos. O mototaxista Alan da Silva, de 33 anos, já reparou que o feijão branco da receita original de dobradinha some em tempos de inflação em alta.
— Os restaurantes estão priorizando o feijão fradinho, mais barato do que o branco. Eles (os donos) acham que não percebemos, mas eu notei. Mas não tem problema. Fica gostoso também — disse.
Pimentão é destaque na oferta no mercado da Ceasa/ES
No Brasil, há três variedades mais comuns de pimentão, o verde, o vermelho e o amarelo.
O pimentão é um vegetal bastante consumido em todo o mundo, com um sabor forte e apimentado ele é usado na gastronomia de diversas formas como saladas, prato principal, e também como tempero de alimentos. Nos primeiros meses do ano, nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), circularam 2.416.240 quilos do produto gerando uma movimentação financeira de R$4.537.280,62.
O município que mais contribuiu com a oferta foi Santa Maria de Jetibá, responsável por 40%, seguido de Domingos Martins com 19%. Os dois municípios totalizaram 1.408.375 quilos. Outros municípios como Alfredo Chaves, Santa Leopoldina, Laranja da Terra, e Santa Teresa também contribuíram de forma positiva na comercialização.
Segundo dados do setor de estatística da Ceasa/ES, 20 municípios capixabas ofertam o produto no entreposto central, localizado em Cariacica. O Estado de São Paulo também contribuiu na comercialização, no período de janeiro a abril o Estado contribuiu com 73.395 quilos totalizando R$489.686,04. O vegetal querido pelos capixabas pode ser encontrado durante todo o ano e é um dos produtos mais procurados. Atualmente o quilo do pimentão verde está sendo cotado a R$2,10, o vermelho R$6,45 e o amarelo R$6,30 o quilo.
Saúde
No Brasil, há três variedades mais comuns de pimentão, o verde, o vermelho e o amarelo. Ao escolher, descarte os que apresentam machucados ou áreas escuras e fique com os que têm cor viva e pele lisa.
Segundo a nutricionista Matilde Alves o pimentão é uma excelente fonte de vitamina C, importante para o sistema imunológico e um poderoso antioxidante que ajuda a combater radicais livres, responsáveis por agredir células saudáveis. Quando está maduro é uma boa fonte de vitamina A que auxilia na saúde dos ossos, da pele e da visão.
O pimentão vermelho ainda contém licopeno, uma substância aparentemente relacionada à menor incidência de câncer de próstata, de colo de útero, de bexiga e do pâncreas.
Para saborear o pimentão, que tal uma receita bem fácil?
Pimentão recheado com carne moída e queijo
Ingredientes
570 g de carne moída
3 dentes de alho picados
1 cebola picada
430 g de tomate sem casca
1 xícara de queijo ralado
1 1/2 xícara de caldo de galinha
6 pimentões vermelhos pequenos
Modo de preparo
Aqueça uma frigideira e refogue a cebola, o alho e a carne moída. Adicione o queijo, misture e reserve esse caldo. Corte uma tampa na parte dos cabinhos dos pimentões e retire o miolo e as sementes. Coloque um pouco do caldo em cada um dos pimentões e coloque-os dentro de formas individuais ou refratário. Pré-aqueça o forno em temperatura média (180ºC) e gratine por 30 minutos.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Alimentação Saudável nas escolas vai premiar municípios do Rio de Janeiro
Prêmio será lançado durante a Green Rio 2015 para estimular compras para a merenda escolar de produtos da agricultura local.
Produtores rurais fluminenses terão mais uma oportunidade para aumentar sua renda com a comercialização de seus produtos. Durante o Green Rio 2015, que acontece nos dia 20 e 21, das 10h às 18h, no Espaço Tom Jobim, Jardim Botânico, no Rio, será lançado o prêmio Alimentação Escolar Saudável. O evento, uma iniciativa da ONG Planeta Orgânico, conta com o apoio da secretaria estadual de Agricultura.
Em reunião, nesta quinta-feira (14/5), com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, a diretora da ONG, Maria Beatriz Martins Costa, apresentou o projeto, realizado em parceira com o Sebrae RJ. Segundo ela, a premiação visa estimular as prefeituras a utilizarem produtos locais mais saudáveis na merenda escolar da rede municipal.
As prefeituras interessadas poderão se inscrever em estande montado na Green Rio ou nas unidades do Sebrae RJ, em seu município. Indicadores como o aumento do uso de frutas e legumes, diminuição da utilização de produtos industrializados e, principalmente, aumento da compra de alimentos oriundos de estabelecimentos locais serão quesitos utilizados na avaliação da premiação.
- Para abordar o tema, convidamos o pesquisador dinamarquês, Bent Milkkensen, da Universidade Aalborg, que falará no evento sobre como as compras locais desafiam as cadeias globais de alimento - adiantou a diretora.
Na avaliação do secretário Christino Áureo, a iniciativa é mais uma forma de estimular administrações municipais para a valorização da produção agropecuária local.
- Já contamos com o Programa Nacional de Alimentação Escolar, uma parceria entre o ministério do Desenvolvimento Agrário e as secretarias estaduais de Agricultura e de Educação, que visa garantir que 30% do total dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) sejam utilizados na aquisição de alimentos da agricultura familiar. Em conjunto, essas ações promoverão uma prática importante tanto para a saúde da população, quanto para o aquecimento da economia dos municípios - afirmou.
As prefeituras de Três Rios, Trajano de Morais, Itaperuna e Paraíba do Sul já garantiram a participação no projeto.
Outros temas para a promoção de práticas sustentáveis também serão tratados durante a Green Rio 2015, cuja a principal abordagem será Bioeconomia e Biodiversidade. Para Maria Beatriz, o estado do Rio já se destaca na implantação de políticas públicas sustentáveis. O Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, segundo ela, já está praticando a bioeconomia.
- É um caso concreto de programa com preocupação real com a agricultura sustentável - finalizou.
As inscrições para as palestras do Green Rio 2015 são gratuitas e podem ser feitas através do site: www.greenrio.com.br.
Vigor anuncia investimento de R$ 70 milhões em Barra do Piraí
Planta industrial deverá entrar em operação no segundo semestre deste ano neste município do Sul Fluminense..
Os incentivos para a indústria leiteira, implementados pela secretaria estadual de Agricultura, através do programa Rio Leite, continuam atraindo investimentos para o estado do Rio. A Vigor Alimentos divulgou, nesta quarta-feira (13), que deverá investir R$ 70 milhões na conclusão da planta industrial, que está sendo construída em Barra do Piraí, no Sul fluminense. A informação foi passada pelo CEO do grupo, Gilberto Xandó, por ocasião da divulgação ao mercado do balanço do primeiro trimestre de 2015 da empresa.
Para o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, o iniciativa é fundamental para o desenvolvimento da cadeia leiteira naquela região.
- Estamos confiantes nessa operação da Vigor no Rio de Janeiro. Serão centenas de empregos na fábrica e milhares no campo. É a comprovação do acerto do nosso Programa Rio Leite, que, apoiado pelo governador Luiz Fernando Pezão, permitiu atrair empresas e estimular o produtor, elo mais importante de toda essa cadeia - afirmou.
A expectativa da empresa é que a fábrica entre em operação no segundo semestre, para atender os mercados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Segundo previsão da Vigor, o empreendimento deverá gerar 500 empregos diretor e 1.500 indiretos. Para a produção de iogurtes, requeijões, fermentados, leite UHT e achocolatados, serão captados 6 milhões de litros de leite por mês, adquiridos com produtores do Rio de Janeiro e estados vizinhos.
A planta de Barra do Piraí foi cedida em comodato à Vigor pelo Município, em junho de 2014.
Angra dos Reis (RJ) terá entreposto de pesca
Projeto, apresentado em Brasília, nesta semana, custará R$ 4,5 milhões. Em trabalho conjunto, governos federal e estadual preparam Estatística Pesqueira. Rio de Janeiro apresenta projeto "De Olho no Peixe" , na reunião da Fiperj com o Ministério da Pesca
Com o intuito de formalizar parcerias em prol do setor pesqueiro e aquícola fluminense, o presidente da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Essiomar Gomes, se reuniu nesta terça-feira, 12, com o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, em Brasília. No encontro, foram apresentados ao ministro alguns projetos da instituição, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap), sinalizando duas importantes conquistas para o estado: a possibilidade de celebração de novo convênio para a realização da Estatística Pesqueira e a nacionalização da campanha “De Olho no Peixe”.
O projeto de um Entreposto Pesqueiro para Angra dos Reis também esteve na pauta da reunião, que contou ainda com os subsecretários da Sedrap Sebastião Rodrigues (de Estado) e Renato Bravo (de Pesca), além do deputado federal Julio Lopes e do diretor de Pesquisa e Produção da Fiperj, Augusto Pereira.
Estatística Pesqueira - Resultado de convênio firmado com o próprio Ministério (entre agosto de 2010 e novembro de 2012), o Monitoramento da Pesca no Estado do Rio de Janeiro, mais conhecido como Estatística Pesqueira, é mantido desde então com recursos próprios da Fundação, passando de cinco municípios (Angra, Niterói, São Gonçalo, Cabo Frio e São João da Barra) para 16 assistidos. Foram incluídos: Búzios, Paraty, Rio de Janeiro, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo, Macaé, Campos dos Goytacazes e São Francisco de Itabapoana. Para Augusto Pereira, esta é sem dúvida uma grande vitória para a instituição.
- Com o fim do primeiro convênio, passamos a trabalhar apenas com estagiários. Essa nova parceria vai permitir contratarmos funcionários com carga horária maior, intensificando o esforço de coleta de dados - explica Augusto.
O objetivo da Estatística Pesqueira é estimar a produção desembarcada no estado e suas oscilações sazonais, além de caracterizar a frota quanto aos tipos de petrechos e embarcações utilizadas. O ministro Helder Barbalho classificou a geração de estatística como fundamental e prioritária, pois não só dará notoriedade à pasta, ratificando sua importância, como vai nortear a elaboração de políticas públicas em benefício do setor.
De Olho no Peixe - Durante a reunião, o presidente da Fiperj, Essiomar Gomes, soube vender bem seu peixe. A campanha de conscientização “De Olho no Peixe”, que foi levada a nove municípios no período da Semana Santa para reforçar o consumo do pescado, caiu nas graças do ministro e vai virar pauta nacional em vésperas de grandes feriados. “É muito satisfatório para a gente ver um programa que nasceu no estado do Rio ganhar forma nacional”, diz Essiomar.
Entreposto em Angra - O presidente da Fiperj falou ainda sobre o projeto de construção, em Angra, de um Entreposto Pesqueiro - estabelecimento dotado de dependências e instalações adequadas ao recebimento, manipulação, frigorificação, distribuição e comércio do pescado.
- Nossa estatística aponta que Angra é o principal município produtor de pescado do estado, à frente até de Niterói e São Gonçalo. A Fiperj já está fazendo um estudo técnico e um projeto para que a cidade tenha enfim um entreposto pesqueiro, que é uma reivindicação antiga dos moradores - informou Essiomar.
Quando estiver pronto, o projeto será apresentando à Prefeitura e depois ao Ministério. Essiomar Gomes adianta que entendendo a importância do entreposto não só para o município como para todo o estado os deputados federais Julio Lopes, Fernando Jordão e Luiz Sérgio apresentarão uma emenda cada de R$ 1,5 milhão para construção do entreposto, totalizando R$ 4,5 milhões para a construção do estabelecimento.
Cadeg quer virar ponto turístico para as Olimpíadas 2016
Primeira central de abastecimento no antigo estado da Guanabara prepara expansão dos serviços para se tornar roteiro obrigatório
durante os jogos na capital carioca. Veja reportagem de O Dia.
A Central de Abastecimento do Estado da Guanabara (Cadeg), vai virar ponto turístico. O Mercado Municipal do Rio, nome atual do comércio localizado em Benfica, prepara a expansão dos serviços e o fomento do turismo para se tornar roteiro obrigatório na cidade.
A inserção do comércio em aplicativo de serviços e a capacitação de funcionários estão entre as novidades para aproveitar as oportunidades geradas pelas Olimpíadas de 2016 na cidade, ressaltou o presidente do Cadeg Marcello Penna.
“Quem vem ao Cadeg para almoçar acaba comprando mais algum produto. Acredito que os jogos darão um incremento nas vendas”, disse Penna. “Vamos mudar, porém mantendo a tradição portuguesa e a referência no atacado. Queremos ser o maior mercado municipal do mundo”, almeja.
O anúncio chega com o levantamento inédito do Sebrae sobre o perfil do comerciante e ações para promover os negócios locais. Coordenador regional do Sebrae-RJ, David Abrantes diz que a popularidade do Cadeg fez tornar necessário a ampliação dos serviços oferecidos.
“Pensando em melhorias, os comerciantes saíram na frente e vão chegar na frente. Estamos buscando soluções para confirmar que além de um ponto comercial do atacado e varejo, também pode ser ponto turístico”, afirma Abrantes.
O estudo mostra que mais empreendimentos foram abertos nos últimos anos. Mais de 36% dos negócios funcionam há menos de 5 anos e 15% das atividade em menos de 2 anos.
Marcelo da Veiga será um dos novos comerciantes. Ele vai abrir no próximo mês um café junto com a esposa. “Estamos visando o público existente, que é grande, e o que vai vir com a expansão do Cadeg. Estamos esperançosos”, anima-se.
Olimpíadas terão comida orgânica e carnes especiais
Preparem-se, o comitê organizador dos jogos preparou critérios ecológicos e sociais para gastar R$3 bilhões e comprar 30 milhões de itens, de bola de tênis a madeira para o pódio, afirma a revista Época desta semana.
Existe uma turma no Rio de Janeiro que se prepara para ir às compras. Não é uma galera qualquer. Eles estão organizando uma grande festa. Têm um orçamento de R$ 3 bilhões para as compras do evento. Em compensação, sua lista é complexa e extensa. São cerca de 30 milhões de produtos a adquirir. Tem de quase tudo, desde mesas e cadeiras a equipamento esportivo como bola de tênis e rede de vôlei, passando por cronômetros e painéis sofisticados. E, é claro, bandeiras de 70 países e medalhas de ouro, prata e bronze. Esses organizadores estão preparando os Jogos Olímpicos do Rio. Dizem que as Olimpíadas são a maior operação de logística em tempos de paz. Por isso, o plano do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 é usar esse poder de compra para garantir que os itens usados nos jogos sejam ecologicamente e socialmente corretos. E que esse esforço de compras ajude diversos fabricantes no país a atender critérios de sustentabilidade mais elevados. “Queremos ter um impacto transformador na cadeia de fornecedores do Brasil”, diz Tania Braga, gerente de sustentabilidade do comitê.
O comitê preparou um manual de compras com critérios de sustentabilidade. E vem trabalhando para desenvolver os fornecedores em algumas áreas.
Um dos desafios é na área de alimentação. Serão 14 milhões de refeições servidas nos refeitórios da Vila Olímpica e outras áreas da competição. O plano é oferecer vários menus com opção de orgânico, vegetariano, vegano, kosher e outros. “Precisamos dar conforto a quem vem de diferentes países e segue diferentes tradições ou religiões”, diz Tania. Além da diversidade, o comitê quer garantir alguns princípios. A carne de boi precisa vir de fornecedor que garanta não comprar de pecuarista em área de desmatamento ilegal. O comitê está trabalhando com as ONGs WWF e Conservação Internacional para selecionar o critérios de rastreabilidade para a carne. O peixe também deve ser certificado. O comitê fez uma parceria com o Marine Stewardship Council, organização internacional responsável pela principal certificação marinha. Além de comprar de produtores internacionais já certificados, o comitê quer incentivar pescadores do Brasil. “Queremos incentivar um sistema de certificação que nos permita servir pirarucu de pesca sistentável na Amazônia ou de uma reserva extrativista marinha no litoral do Brasil”, diz Tania. Se conseguirem isso, podem ajudar a dar valor para a produção dos pescadores da Amazônia e quebrar as barreiras que dificultam a entrada dos maravilhosos pescados da região Norte no mercado do Sudeste.
>>Por que a certificação garante a preservação das florestas e dos rios
Para escolher os produtos não perecíveis, o comitê encomendou um estudo de ciclo de vida dos materiais. Ele considerou os impactos de toda a vida do produto, desde a origem até o descarte final. Com isso, o comitê montou um sistema baseado em cores. Os tipos de produto em vermelho não devem ser comprados. Para os laranjas, é bom procurar opção. Os itens em azul estão livres.
Com base nesse sistema de cores, o comitê começou a decidir os materiais para os cenários da competição. Boa parte das toneladas encomendadas para os jogos servem para o que eles chamam de “look dos jogos”. São os painéis com a logomarca das Olimpíadas e as cores que ficam no fundo das quadras e nos ambientes da competição. É o que as pessoas mais veem pela TV. Essas estruturas consomem muita lona, PVC, madeira e tecidos. A partir da análise de ciclo de vida, o comitê decidiu substituir os painéis de lona, que incluiem produtos químicos pesados na produção, por outros de tecido. O desafio atual é encontrar um substituto economicamente viável para o PVC, que também envolve química pesada e é de difícil descarte ou reciclagem.
Nem sempre essa política implica em preço mais alto. Foi o que o comitê descobriu na hora de comprar lâmpadas para a sede, localizada na Cidade Nova, perto da prefeitura do Rio. A sede do comitê é um prédio modular, armado com contêiners. Ele vai crescendo aos poucos, recebendo mais metro quadrado e mais andares na medida em que os jogos se aproximam. “Quando fomos encomendar os primeiro lote de lâmpadas pensamos em usar LED no lugar das fluorescentes tradicionais em escritórios”, diz Tania. Cada lâmpada de LED custava o triplo do preço na ocasição. “Mas fizemos a conta completa”, diz. Primeiro, um arquiteto avaliou que, para iluminar a mesma sala, bastam 4 lâmpadas LED em vez de 6 fluorescentes. Depois, consideraram que a LED dura muitos anos. “Quando os jogos acabarem, devolveremos as lâmpadas com a estrutura da empresa que constriuiu o prédio. Levando em conta tudo isso, e mais a economia na conta de energia, o preço da LED passou a valer a pena”, diz Tania.
Madeira é um assunto sério para quem organiza dos jogos. A começar pelo mobiliário. São 80 mil camas, 40 mil armários além de 485 pódios para os medalhistas. Nos esportes coletivos, como vôlei, o time todo sobe no pódio, e é necessário mais de um módulo de pódio. O comitê está trabalhando com o Forest Stewardship Council (FSC) que certifica produtos de origem florestal. “Conseguimos certificar 8 indústrias moveleiras pequenas e médias do Brasil e estamos com 13 no processo”, diz Tania.
Os atletas e profissionais hospedados na Vila Olímpica descansarão em 22 mil almofadas. “Queríamos que elas fossem feitas por artesão das favelas do Rio”, diz Tania. O comitê buscou ONGs que trabalhassem com cooperativas de artesanato nas comunidades. Fizeram uma concorrência simplificada, para as ONGs comunitárias participarem. “Funcionou. Elas têm até junho de 2016 para entregar as almofadas”, afirma Tania. A maior parte do material é entregue mais próximo da data dos Jogos, para facilitar o transporte e o armazenamento.
Os fornecedores nacionais de todos os materiais e serviços dos Jogos precisaram apresentar uma meta de oferecimento de primeiro emprego ou para contratação de moradores das favelas do Rio. “Cada empresa oferecia sua meta e nós avaliávamos junto com os outros critérios”, diz Tania. O comitê também foi verificar as condições de trabalho dos fornecedores. Inclusive fora do Brasil. Um grupo de compradores do comitê organizador passou um ano vistoriando 5 fábricas de materiais têxteis na China. “Fizemos uma lista de exigências para que eles melhorassem as condições de trabalho e fomos conferir se cumpriram”, afirma.
A ideia de mudar os critérios de compra chegou até às medalhas. O comitê desafiou a Casa da Moeda do Brasil, responsável pela fabricação dos biscoitos de ouro, prata e bronze, a usar a maior quantidade possível de metal reciclado. Serão 5400 medalhas cunhadas para os Jogos. Os três metais são encontrados em aparelhos eletrônicos descartados. Também é possível recuperar ouro de aparelhos antigos de radiografia. O Comitê Organizador e a Casa da Moeda irão anunciar o percentual de reciclagem das medalhas quando o design delas for oficialmente apresentado no segundo semestre deste ano.
Abacaxi a R$ 1,50 na Ceasa de Vitória (ES)
Enquanto que em outras centrais de abastecimento o produto sai a quase R$ 5, sendo vendido a mais de R$ 7 ao consumidor, em "sacolões" do Rio de Janeiro e nas feiras, o abacaxi capixaba, muito mais doce do que os outros, como o pérola campista que costuma a ser vendido ainda verde em supermercados, tem um dos menores preços do país.
Vendido à unidade, o abacaxi apresentou no último mês o preço médio de R$ 1,50 no mercado da Ceasa. Até agora, em 2015 foram comercializados 3.236.865 quilos na unidade de Cariacica, gerando uma movimentação financeira de R$ 4.909.260,34.
Marataízes lidera o ranking de municípios que mais ofertaram a fruta em 2015. Foram 2.811.530 quilos, o que representa 86,86%. Outros municípios do Estado que integram a lista são: Presidente Kennedy, Santa Maria de Jetibá. De outros estados, Pará e o Tocantins também ofertam abacaxi na Ceasa.
O abacaxi
Encontrado com fartura no Brasil, o abacaxi é geralmente mais doce quando está maduro. Para saber se a fruta está no ponto, deve-se tentar retirar uma das folhas da coroa. “Se sair com facilidade, é sinal de que está madura.
Quando madura, a fruta deve ser consumida em um ou dois dias, se conservada fora da geladeira. Depois de picado, os pedaços de abacaxi devem ser refrigerados em vasilha fechada. Outra dica, antes de cortar a fruta, lave bem a casca com uma escovinha, não precisa utilizar detergente ou sabão”, explica a nutricionista Matilde Alves.
O abacaxi é também uma ótima fonte de vitamina C e Magnésio. A Vitamina C é importante para o bom funcionamento do sistema imunológico e um antioxidante natural. Já o Magnésio contribui na regulação da atividade muscular do coração.
A bromelina é uma substância presente no abacaxi, responsável por facilitar na digestão. Um estudo da Queensland Institute of Medical Research da Austrália mostrou que duas moléculas da bromelina têm propriedades antitumorais.
A fruta também contém boa quantidade de celulose, que ajuda na formação do bolo fecal e estimula o funcionamento do intestino para isso, deve-se consumir a fruta in natura ou tomar suco sem coar.
O abacaxi pode ser utilizado em pratos doces e salgados, tais como: bolos, pudins e tortas, mas também como acompanhamento em assados (nesse caso o abacaxi faz com que a carne s e torne mais macia e saborosa), farofas e saladas.
quarta-feira, 13 de maio de 2015
Brasil busca melhoria da qualidade e competitividade do leite
Pilares serão assistência técnica, sanidade animal e linhas de crédito específicas para a modernização do setor
Após cerca de dois meses de discussões entre representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), da Secretaria de Defesa Animal (SDA), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora) e da Associação Viva Lácteos, o Projeto de Melhoria da Competitividade do Setor Lácteo Brasileiro foi apresentado para a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, nesta terça-feira (12/5).
O projeto visa a alinhar as políticas públicas do Ministério da Agricultura para o setor, a fim de qualificar ainda mais a produção nacional, fazendo com que a competitividade aumente em relação ao mercado internacional. “Pretendemos trabalhar concomitantemente a ampliação do consumo interno e a abertura de novos mercados, atuando como parceiros do setor produtivo e induzindo o desenvolvimento da competitividade nacional e internacional”, afirmou a ministra Kátia Abreu.
Os principais pilares do projeto serão a assistência técnica, a abertura de linhas específicas para a modernização e otimização de custos no setor, a sanidade animal, a qualidade e a promoção do consumo de leite. Os estados prioritários serão o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás, maiores produtores de leite do país. No entanto, o projeto poderá ser ampliado para outros estados.
A proposta de assistência técnica tem como objetivo a ascensão dos produtores de leite das classes D e E, para a classe C, por meio da transferência de conhecimento técnico e gerencial. A meta será atender um grupo de aproximadamente 80 mil produtores em um período de quatro anos.
Outra meta apresentada no projeto é fazer com que o leite chegue às plataformas das indústrias com melhoria no padrão de qualidade. Para tanto, serão realizadas ações de atualização para produtores e funcionários das fazendas e para técnicos das indústrias e de cooperativas, além de educação continuada para os transportadores.
Qualidade do leite
Para melhorar a qualidade do leite produzido nos estados beneficiados, foram estipuladas algumas metas. Entre elas, a reestruturação do Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), que tem coordenação do ministério e participação do setor privado e da comunidade científica; a criação do Sistema Nacional de Monitoramento Espacial e Temoral para Melhoria da Qualidade e Competitividade do Leite (SIMQL), que conterá dados analisados pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade do Leite (RBQL); o aprimoramento do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF) e da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) e o fortalecimento da Rede de Laboratórios.
Linha de crédito
Com relação às linhas de crédito específicas para a melhoria da produção, a intenção é otimizar os custos da produção e promover o investimento em tecnologias para a modernização da atividade. “Isso irá contribuir para a melhoria da qualidade do leite, que consequentemente aumentará a competitividade das indústrias, em função do maior rendimento dos produtos”, disse Kátia Abreu.
Sanidade animal
O projeto vai contribuir para a revisão do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), sendo que a principal proposta de alteração é a categorização dos estados em classes e níveis de controle. As classes serão determinadas pelas prevalências, estimadas por estudos padronizados e realizados pelos serviços veterinários oficiais.
Para estabelecer os níveis, será avaliada a execução das ações de defesa sanitá ria animal, apresentada pelo serviço veterinário estadual e aprovada pelo Mapa. Para os próximos dois anos, a previsão é de que no mínimo 80% das bezerras sejam vacinadas contra brucelose.
Tomate, esse caviar carioca
Por Jorge Luiz Lopes
Alçado por diversas vezes a categoria de vilão dos preços, o produto parece que gostou da classificação e promete permanecer nesse patamar por muito tempo, de acordo com dados técnicos produzidos pelo governo federal e por duas centrais da região Sudeste brasileira: Ceagesp (SP) e CeasaMinas. Porquê? É isso que tentaremos responder para dar sentido ao título dessa reportagem especial do CeasaCompras.com.br. O preço da caixa de 22 quilos foi vendida, nesta terça-feira (12/5) a R$ 130, o tomate longa vida AA, na Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte do Rio. O quilo do produto nos chamados "sacolões" atingiu R$ 10, em muitos deles, e a R$ 8,58, em uma pequena parcela. Para isso, utilizaram a técnica da mistura, entre grandes e pequenos, para aumentar o lucro.
Antes, bem lá longe no tempo, ele foi praticamente a redenção de uma população migratória que vinha de longe e desembarcou por aqui: os japoneses. A partir daquele momento produziram um legume de qualidade que chegou a ser rotulado como o melhor, o chamado "Tomate Santa Cruz", indicando a origem da produção, um município carioca, de terra preta excelente para o cultivo, e que hoje verifica problemas de expansão e a destruição das lavouras pelo projeto "Minha Casa,Minha Vida", do governo federal. Enquanto havia a queda de um lado, a produção se sobressaía de outro, fortalecendo o município de Paty do Alferes, na Região Serrana fluminense. Daí a tradicional Festa do Tomate tão conhecida, realizada sempre em junho no distrito de Avelar.
Quem frequenta as centrais de abastecimento do Estado lembra muito bem das queixas dos produtores rurais: a tirania de um tipo de tomate, o bonito "salada", que não tem proteína quase nenhuma mas que agrada bastante ao consumidor que se deixou levar pela propaganda enganosa dos supermercados. Isso mesmo, a produção do tomate está sendo vítima da máfia dos supermercados que só compram os tomates desse tipo, ignorando os mais pequenos que são jogados fora todos os anos. Toneladas perdidas. Ou o produtor vende o que pedem, ou vão ficar com a produção encalhada. Diante disso, que não é assumido publicamente, as áreas de produção foram se reduzindo, se transformando em pasto. A instabilidade da produção e o preço levaram o agricultor a destruir o cultivo.
Tentando uma solução engenhosa, que permite produzir durante oito meses, produtores rurais de Paty do Alferes investiram em novas técnicas de plantio: o cultivo protegido. O tomate agora é produzido em estufas, em vasos suspensos, desde 2010, com a produção conseguindo um alto valor agregado. Se você não sabe, o tomate é suscetível a diversas pragas que exigem grande quantidade de agrotóxico, e dessa maneira, as perdas, se houver, são bem menores e o lucro garantido. O que significa preço alto para o consumidor. Ou seja, melhor qualidade, maior preço. O seu bolso vai aguentar?
Segundo produtor
De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos), o Rio de Janeiro é o segundo maior produtor de tomate do país (27,6%), com base em dados de 2010. O primeiro estado produtor é o Paraná (71,5%); Goiás, em terceiro (20,7%); São Paulo (19,9%), Minas Gerais (12%). Juntando os estados do Sudeste, estes respondem por 49,5% da produção nacional.
O IBGE diz ainda que a produção de hortaliças cresceu 30% no Rio de Janeiro, em dez anos, e que a área cultivada abrange 785 mil hectares, produzindo 17.000 mil toneladas e gerando uma receita de R$ 11 bilhões. Desse total produzido, 64% vem do grupo do tomate (liderando ainda), batata, melancia, cebola, cenoura e batata-doce.
Numa escala mundial, o Brasil é apenas o oitavo produtor de tomate (3,1%), sendo os líderes: Índia (37,5%), China (28,5%); Irã e República da Islândia (21,7%), Turquia (16,2%).
Tomate nas centrais
Fizemos uma pesquisa de preços nas centrais de abastecimento do Região Sudeste e do Rio Grande do Sul, para termos um comparativo para passar para os consumidores. Na Ceasa do Rio de Janeiro, como dissemos no início da matéria, a caixa do produto foi vendida a R$ 130, o tipo salada AA; e a R$ 90, o menor. Para saber o preço por quilo é só dividir e você vai se assustar com o que estão fazendo.
Na Ceasa de Minas Gerais, mais especificamente na de Belo Horizonte (capital) e de Governador Valadares, encontramos os seguintes preços para a caixa com 20 kg: R$ 75 e R$ 35, respectivamente.
A Ceasa da Grande Vitória (ES), os preços por quilo eram os seguintes, dependendo do tamanho: R$ 4,17 e R$ 2,83, respectivamente.
Já na Ceagesp, maior central de abastecimento da América Latina, situada em São Paulo, os preços eram os seguintes: R$ 6,48 e R$ 5,48.
Na Ceasa gaúcha, os preços eram os seguintes: R$ 5 e R$ 4.
Acordo das sacolinhas em São Paulo não tem adesão total
Folha
No primeiro dia em vigor, o acordo entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e o Procon que estabelece algumas normas temporárias para a distribuição de sacolinhas plásticas nos comércios paulistanos foi parcialmente cumprido.
Seu principal ponto, a gratuidade nas duas primeiras sacolas plásticas independente do valor gasto pelo cliente, foi seguido. Entretanto, outros aspectos, como o desconto de R$ 0,03 a cada cinco produtos ou R$ 30 adquiridos para quem levar sua própria sacola e o desconto na venda das sacolas retornáveis, não foram totalmente cumpridos.
Nos supermercados visitados pela reportagem (redes Carrefour, Extra, Pão de Açúcar e Walmart), também não havia qualquer aviso ou placa que informasse aos clientes sobre as mudanças, uma das exigências do acordo.
A profissional de marketing Patrícia Rocha França, 34 anos, gastou R$ 152,03 em 31 produtos no Walmart de Santo Amaro e, apesar de ter levado sua própria sacola, não obteve qualquer desconto na compra. "Não questionei porque esqueci. Eles também não me disseram nada [sobre o desconto]", disse. Ela tinha direito a R$ 0,15 de bônus.
Procurada, a Apas informou que seus associados estão se adaptando para cumprir o acordo plenamente.
O Procon, por sua vez, informou que vai fiscalizar o estabelecimentos e, se encontrar irregularidades, notificá-los. Eles estarão então sujeitos a multas.
O Carrefour informou que dá desconto de 50% nas sacolas reutilizáveis e que cumpre o acordo. Extra e Pão de Açúcar afirmaram que pode haver atrasos no cumprimento do prazo por causa do tamanho da operação. A assessoria do Walmart não atendeu às ligações da reportagem.
No primeiro dia em vigor, o acordo entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e o Procon que estabelece algumas normas temporárias para a distribuição de sacolinhas plásticas nos comércios paulistanos foi parcialmente cumprido.
Seu principal ponto, a gratuidade nas duas primeiras sacolas plásticas independente do valor gasto pelo cliente, foi seguido. Entretanto, outros aspectos, como o desconto de R$ 0,03 a cada cinco produtos ou R$ 30 adquiridos para quem levar sua própria sacola e o desconto na venda das sacolas retornáveis, não foram totalmente cumpridos.
Nos supermercados visitados pela reportagem (redes Carrefour, Extra, Pão de Açúcar e Walmart), também não havia qualquer aviso ou placa que informasse aos clientes sobre as mudanças, uma das exigências do acordo.
A profissional de marketing Patrícia Rocha França, 34 anos, gastou R$ 152,03 em 31 produtos no Walmart de Santo Amaro e, apesar de ter levado sua própria sacola, não obteve qualquer desconto na compra. "Não questionei porque esqueci. Eles também não me disseram nada [sobre o desconto]", disse. Ela tinha direito a R$ 0,15 de bônus.
Procurada, a Apas informou que seus associados estão se adaptando para cumprir o acordo plenamente.
O Procon, por sua vez, informou que vai fiscalizar o estabelecimentos e, se encontrar irregularidades, notificá-los. Eles estarão então sujeitos a multas.
O Carrefour informou que dá desconto de 50% nas sacolas reutilizáveis e que cumpre o acordo. Extra e Pão de Açúcar afirmaram que pode haver atrasos no cumprimento do prazo por causa do tamanho da operação. A assessoria do Walmart não atendeu às ligações da reportagem.
Assinar:
Postagens (Atom)