terça-feira, 20 de outubro de 2015

Milho verde e pera estão mais em conta

                      

Semanalmente a CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços em baixa, estáveis ou em alta no atacado, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:
 

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA 
Manga tommy, morango comum, mamão papaya, banana prata sp, jabuticaba, laranja pera, carambola, melão amarelo, goiaba branca, abobrinha italiana, pepino japonês, gengibre, beterraba, pepino comum, cenoura, abóbora moranga, tomate rasteiro, batata doce rosada, cara, mandioca, milho verde, cebolinha, gengibre com folha, couve manteiga, espinafre, repolho roxo, repolho, escarola, alface crespa, alface lisa, alho porró, cebola nacional, cebola espanhola e batata lavada.


PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS 
Graviola, coco verde, mamão formosa, caju, atemóia, tangerina murcot, laranja lima, fruta do conde, laranja seleta, maçã gala, uva itália, acerola, abacaxi havai, banana terra, uva rubi, cara, pimentão vermelho, pimentão amarelo, tomate pizzad'oro, pepino caipira, batata doce amarela, jiló, abóbora seca, rúcula, nabo, mostarda, agrião, cenoura com folha, ovos branco e cebola espanhola.


PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA 
Abacate avocado, maçã estrangeira, figo, nêspera, limão taiti, abacate breda, maracujá azedo, maracujá doce, pera estrangeira, uva crinsson, banana maçã, manga hadem, abacaxi pérola, uva rosada, maçã importada, tomate carmem, berinjela, chuchu, abóbora japonesa, ervilha torta, mandioquinha, vagem macarrão, salsa, brócolos ninja, acelga, couve-flor, coentro, rabanete, brócolos comum, e alho nacional.

Pimentas: opção para dar novos sabores aos pratos

                              

 
Amarelas, verdes, vermelhas, laranjas... Chamativas, cheirosas e de todas as cores, as pimentas são, para muitas pessoas, parte essencial das refeições. Para ajudar os apreciadores dessa iguaria a conhecer mais sobre os diversos tipos de pimenta, a Seção do Centro de Qualidade Hortigranjeira (SECQH) da CEAGESP preparou um guia especial sobre o assunto.

Há mais de 15 variedades de pimentas no catálogo, classificadas de acordo com a época da safra e a Escala de Scoville. Criada em 1912, essa escala mede o grau de ardência de cada espécie através de um processo de diluição do sumo e vai de 0 a 5 milhões. 

Atravessando o Mercado Livre do Produtor (MLP) do Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), na altura da coluna 10, o cheiro das hortaliças ganha um toque a mais de refrescância. É lá que fica o Akira Pimentas (11 9 9633-3593), comércio que há mais de 10 anos oferece quase 30 variedades destas ardentes especiarias. 

Banca Akira Pimentas

Com preços que variam entre R$10 e R$80 a caixa (que contém de 1 a 1,5kg), a banca tem como carro-chefe pimentas como dedo-de-moça e malagueta, bastante conhecidas do público. Keila Kagohara, que trabalha há 6 anos no ramo, explica que o consumo de pimentas vem se tornando cada vez mais popular. "Hoje, as pimentas ardidas estão na moda, então o pessoal procura bastante estas variedades".

Para quem ainda não está acostumado com os sabores fortes, a dica é começar pelas clássicas como a dedo-de-moça, que é pimenta mais fraca entre as de maior ardência. Já quem busca uma experiência mais ousada pode optar pela Scorpion, considerada a mais forte pela vendedora.

Quem procura variedades mais suaves pode optar pela Bico Doce, recomendada para o preparo de saladas e canapés, ou pela Cheiro Doce, que vai bem com o sabor de carnes brancas. Estas pimentas tem apenas uma leve ardência, e por isso não são indicadas para o preparo de conservas.

O Guia de Pimentas do SECQH pode ser adquirido gratuitamente na sede do departamento, no ETSP. Já as especiarias podem ser encontradas na Akira Pimentas às segundas, quartas e quintas-feiras, das 8h às 16h, e às terças e sextas-feiras, das 11h às 16h.

Fonte: Ceagesp  

Consumidor tem que ficar atento aos preços a partir de agora

                           


Os preços da batata lisa aumentaram 154,72% no período de um ano, entre 2014 e 2015, sofrendo um outro reajuste de 27,36% entre agosto e setembro passados. Enquanto isso, a cebola amarela nacional, cujos preços tinham sofrido um reajuste de 84,89% nos últimos doze meses, apresentou queda de - 22,35%,  entre agosto e setembro.  A constatação foi apresentada no boletim mensal elaborado pela diretoria técnica da Ceasa de Minas Gerais, que alerta para a tendência de alta verificada no quilo da batata. Veja o que diz a análise:

"Os preços da Batata Lisa voltaram  a aumentar na comparação com os excessivamente baixos de 2014 e relativamente a agosto passado. O ocorrido se deve especialmente em relação a oferta, bastante prejudicada pela ação das chuvas que dificultaram a colheita em importantes regiões produtoras de Minas Gerais. Os concessionários da CeasaMinas buscaram alternativas  intensificando suas aquisições em Goiás e São Paulo, sem, contudo, compensar a queda da oferta mineira. As cotações  médias da Cebola Amarela prosseguiram seu decréscimo, mantendo-se,  entretanto, em patamares elevados. A oferta (6.589 ton.) aumentou nas  duas comparações pressionando os preços, finco, inclusive, menos concentrada no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, com a redução da remessa da mesorregião mineira e o acréscimo de bulbos provenientes de Goiás, Bahia e Pernambuco.
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De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, da Universidade de São Paulo – USP, a restrição russa à cebola holandesa fez com que o país baixo buscasse ampliar sua presença em outros mercados. A baixa  oferta do produto nacional e os consequentes preços elevados provocaram um cenário ideal para a importação. Na CeasaMinas, o aumento da oferta de Cebolas Importadas também foi observado, o que, juntamente com a 
diversificação da origem, contribui para a redução dos preços na central de abastecimento".

Na tabela divulgada todos os dias pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortifrutigranjeiro - Prohort, ligado ao Ministério da Agricultura, o preço do quilo da batata na CeasaMinas está sendo negociado a R$ 1 - o mais barato entre todas as centrais de abastecimento do país. Na Ceasa Grande Rio, mercados do Irajá, bairro da Zona Norte carioca, e do Colubandê, na Região Metropolitana fluminense, o preço do quilo da batata estava 30% mais caro. Na Ceasa capixaba, o quilo sai por R$ 1,42. O mais caro verificado na Região Sudeste, foi o preço cobrado na Ceagesp : R$ 2,10.  Este preço alto pode ser um reflexo da seca verificada nas regiões produtoras de São Paulo e nas enchentes do Sul, como em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, que já estão afetando enormemente às principais lavouras.

Preços caindo

Enquanto a análise aponta para a alta de preços em relação à batata, no documento constatamos que, pelo menos em Minas Gerais,  a cebola amarela, o tomate, o alho brasileiro, beterraba, cenoura, pimentão, milho verde, pepino e berinjela apresentaram quedas acentuadas nos preços das mercadorias negociadas pela central mineira. Os hortigranjeiros corresponderam a 69,33% do volume negociado, enquanto que as frutas 31,91% de toda a movimentação.  Vejamos as quedas dos preços:

Tomate (-27,07%), pepino (- 10,20%), Berinjela ( - 39,16%), pimentão (- 32,17%), milho verde ( - 16,67%), cebola amarela ( - 22,59%), cenoura ( - 17,05%), beterraba ( - 26,60%), alho brasileiro ( - 5,65%), apresentaram queda entre agosto e setembro deste ano.

No caso das frutas, o limão taiti teve um aumento de preço de 52,50% nos últimos dois meses, mas em compensação a banana prata barateou 27,21%, a melancia (-24,21%) e o mamão havaí (-19,61%).

Governo fluminense inicia socorro aos produtores afetados pela seca

                            

Programa Rio Rural avança para a Região Serrana com ações emergenciais para enfrentar estiagem.Medidas já adotadas no Norte e Noroeste do estado serão implementadas em todos os municípios serranos.

As ações emergenciais do Rio Rural para enfrentamento dos efeitos da estiagem avançam para toda a Região Serrana fluminense. O programa da secretaria estadual de Agricultura, iniciado nas Regiões Norte e Noroeste e parte da Serrana (São Sebastião do Alto, Trajano de Morais e Cantagalo), já está beneficiando produtores rurais de Nova Friburgo e Sumidouro. A partir de novembro os municípios de Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, Duas Barras, Cordeiro, Macuco, Carmo e Santa Maria Madalena também serão foco de ações do programa.

- O governo do estado tem atuado para apoiar as áreas rurais no enfrentamento da estiagem em quase metade do território fluminense. Passamos por um período de escassez hídrica prolongada que vem nos atingindo desde meados de 2014. Esse fenômeno, que começou mais sério no Norte e Noroeste do estado, a partir dos meses de inverno, também atingiu os municípios serranos. A análise de parâmetros de precipitação e armazenamento de água no solo indicou que a falta de chuvas afetou especialmente as nascentes - frisou o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo.

O Rio Rural Emergencial, que conta com recursos do Banco Mundial, vem trabalhando com ações de médio e curto prazo para minimizar os efeitos da estiagem. Somente em Nova Friburgo foram investidos R$3,5 milhões, com mais de 600 produtores atendidos. Recursos diretos, não reembolsáveis, foram repassados à produtores familiares para a recuperação de nascentes, replantios da Mata Atlântica e implantação de área de recarga, entre outras medidas, colaborando para a redução do impacto da falta d´água nas propriedades.

- No auge da estiagem, no início do ano, as medidas emergenciais, nos municípios serranos de São Sebastião do Alto, Trajano de Morais e Cantagalo, incluíram também, a limpeza e desassoreamento de 165 açudes coletivos e pequenos poços para dessedentação de animais e manutenção de lavouras. Mas a prioridade tem sido o abastecimento humano, nas áreas afetadas - destacou o secretário.

De acordo com dados da Emater-Rio - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, a escassez hídrica foi responsável por perda de 15% na safra 2014/2015, equivalente a R$ 375 milhões em todo o Estado.

Christino Áureo acrescentou que apesar do cenário atual, são inúmeros os casos de relatos de agricultores que, a partir do uso de técnicas de manejo sustentável preconizadas pelo Rio Rural, estão enfrentando melhor os efeitos da seca. Nas microbacias hidrográficas atendidas pelo programa os produtores recebem incentivos financeiros para adotar entre outras práticas, irrigação por gotejamento, cultivo protegido, uso de adubos verdes, recuperação de nascentes e matas ciliares, que comprovadamente reduzem os efeitos da falta de chuva na produção.

Em Vargem Alta, distrito de Nova Friburgo, o floricultor Eduardo Lage, é um deles. Para o produtor, a estiagem de inverno desse ano foi menos severa que a do anterior. Da nascente em área de mata preservada vem a água para abastecer as casas da família e dos parceiros. No córrego que corta a propriedade é captada a água para irrigação por gotejamento da produção de flores.

 

Um relatório da ONU - Organização das Nações Unidas, divulgado em março deste ano alertou para a necessidade de melhoria da gestão dos recursos hídricos no planeta e citou o programa Rio Rural, como referência mundial nesta área.

Regiões produtoras do Rio estão sem água

                      

Tem trabalhador rural que não vê água na torneira há 4 meses. Oito cidades terão motobomba para combater a crise hídrica. Equipamento fará captação mesmo com redução da vazão do rio Paraíba do Sul, informam jornais O Dia e Globo.


Oito cidades fluminenses afetadas pela estiagem receberão um conjunto de motobombas para captar água no Rio Paraíba do Sul. A instalação dos equipamentos foi estabelecida no início do ano para assegurar o abastecimento, mesmo com as reduções de vazão do rio, determinadas para preservar os níveis dos reservatórios da bacia.

As primeiras obras serão feitas na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Belmonte, em Volta Redonda. Também serão atendidos os municípios de Três Rios, Barra Mansa, Barra do Piraí, Vassouras, Sapucaia, São Fidélis e São João da Barra. O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, visita nesta segunda-feira o novo sistema de captação de Volta Redonda.
Após obras, barragem em Angra acumulará mais 4 milhões de litros.

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis passou o fim de semana fechado, sem previsão de abertura. “Era o local onde as pessoas se refrescavam. No sábado choveu fraco, após um mês sem chuvas”, diz Fátima Machado.

Os moradores de Paquetá, Katia Pinno, e de Niterói, Marco Mendonça, criticaram a falta de planejamento. “Os rios não secam de uma hora para a outra”, disse Marco.

Alerta

Jorge Antônio Moura Rezende, de 47 anos, presidente da Associação de Moradores de Vila do Peão, em Sapucaia, também na Região Serrana, faz o alerta: se as chuvas não vierem logo, pode haver graves consequência para centenas de pessoas que vivem em propriedades rurais:

— Muitos estão recorrendo a poços, cavados às pressas.

Em Nova Friburgo, moradores da zona rural também estão improvisando e racionando água. Welington Nogueira Resende, de 30 anos, casado e pai de três filhos, está há três meses sem água na nascente. Ele mora com a família no bairro do Campo do Coelho:

— Tenho puxado a água barrenta de um rio aqui perto de casa para ter o que beber, tomar banho e cozinhar. É água suja, que preciso ferver antes de consumir.

Socorro imediato

O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, frisa que ações do programa Rio Rural para enfrentamento dos efeitos da estiagem devem chegar esta semana à Região Serrana. O projeto foi iniciado nas regiões Norte e Noroeste do estado. Ele reconhece a gravidade da situação:

— Claro que, diante da maior estiagem de que se tem registro, todo o esforço ainda é insuficiente para sanar os problemas. Mas estamos com as equipes totalmente mobilizadas.

Em nota, a Cedae diz que o racionamento não é generalizado em nenhuma das 64 cidades cobertas pela companhia. “Em alguns municípios, existem pontos específicos em que a estiagem atingiu o manancial daquele local e, nestes casos, buscamos alternativas emergenciais atendendo com pipa d’água, enquanto a companhia viabiliza solução”. Ainda de acordo com a empresa, a situação mais crítica é a de Maricá, Teresópolis, São Gonçalo, Itaboraí, Cordeiro e Duas Barras.

sábado, 17 de outubro de 2015

Sirha 2015 : Chef alagoana é a vencedora do Bocuse D'Or Rio

                        

Evento internacional, que pela primeira vez é realizado no Brasil, chamou a atenção de mais de 9 mil visitantes.

Em tempos de Rio olímpico, uma outra disputa chamou a atenção dos cariocas nos últimos dois dias. Os olhos da gastronomia estiveram voltados para a eliminatória do concurso Bocuse D'Or, a Copa do Mundo do setor, no Centro de Convenções Sulámerica, no Rio. A jovem chef Giovana Grossi, de 23 anos, venceu a etapa brasileira e garantiu uma vaga para a seletiva no México. Em segundo lugar, ficou Gabriel Daniel, de São Paulo, e em terceiro Bruno Rappel, do Distrito Federal. A premiação foi entregue na tarde desta sexta-feira (16), no Rio.

"Fiquei intimidada no início, afinal todos os chefs concorrentes são mais velhos. Mas estou muito feliz com a vitória", disse a chef que é de Maceió e estudou por quatro anos na Europa.

O treinador de Giovana, o chef Erik Nako disse que a aluna é aplicada. "Giovana se dedicou muito. Ela voltou da Europa só para participar do concurso e estava há meses treinando, com muita disciplina", disse Nako.

Os finalistas foram Willians Halles (RJ), Gustavo Maragna (DF), Filipe Rocha, Giovanna Mayer (AL), Alex Sotero (SP), Bruno Rappel (DF), Camilo Portugal (RJ) e Luiz Filipe de Azevedo (SP). Giovanna apresentou as receitas arroz cremoso de alcatra com ora pro nóbis e acerola e pescadinha com nhoque de chuchu, creme de milho, manjericão e queijo coalho. Miolo de alcatra com ora pro nóbis e pescadinha com chuchu eram os ingredientes obrigatórios pelo regulamento do concurso.

O júri, presidido por Alex Atala, era composto por Roberta Sudbrack, Emmanuel Bassoleil, Tsuyoshi Murakami, Pascal Jolly, Didier Labbé, Paolo Lavezzini, André Soares e Fred Frank.

"O Brasil precisa ficar atento e ver o quanto a gastronomia cresceu por aqui. São Paulo e Rio receberam os jurados do Guia Michelin. Agora, tivemos uma eliminatória do Bocuse no Rio. Somos nós e o México. O nível dos candidatos é altíssimo", disse Alex Atala.

Emocionado, Claude Troisgros chorou ao ver a emoção da plateia que torcia para os seus favoritos. "Cozinhei com o Bocuse, que criou o concurso. Estou muito emocionado", disse Claude.

Mais de 9 mil visitantes passaram pelo Sihra Rio, com cem expositores do ramo da gastronomia. Devido ao sucesso do lançamento, a companhia francesa GL events, responsável por trazer o evento para o Brasil, confirma uma segunda edição da feira para 2016, prevista para os dias 04, 05 e 06 de outubro.

Sirha 2015 : Bocuse D'Or é o grande destaque do segundo dia da feira

                      
    
Por Paula Pizzi/ Especial CeasaCompras.com

O segundo dia do Sirha foi marcado pela emoção da Copa do Mundo dos grandes chefs: o Bocuse D’Or, considerado o mais prestigioso concurso culinário do mundo para profissionais da alta gastronomia. Presidido no Brasil por Laurent Suaudeau, contou com uma constelação de chefs nacionais e internacionais no júri. 

Presidido por Alex Atala, o corpo de jurados composto por Roberta Sudbrack, Emmanuel Bassoleil, Tsuyoshi Murakami, Pascal Jolly, Didier Labbé, Paolo Lavezzini, André Soares e Fred Frank ganhou a presença internacional do norueguês Geir Skeie, vencedor do Bocuse D’Or 2009, que vai eleger o melhor commis (assistente do chef) na final de amanhã. Ainda entre as estrelas internacionais, o presidente de honra do concurso, Jérôme Bocuse, discípulo e filho de Paul Bocuse, fundador da competição. “Sinto-me muito emocionado de ver o carinho e a emoção do público com o concurso que meu pai fundou há 28 anos e com todo o legado dele”, diz Jérôme ao ver a vibração das pessoas a cada etapa das 5h35min para a execução dos dois pratos do regulamento. 

Quatro dos oito chefs finalistas apresentaram seus pratos.

Foram eles:

1)  Willians Halles (RJ) – coach Rolland Villard,

2)  Gustavo Maragna (DF) – coach Filipe Rocha,

3)  Giovanna Mayer (AL) – coach Erik Nako,

4)  Alex Sotero (SP) – coach André Luiz Moreira,

As duas receitas tinham obrigatoriamente que conter os ingredientes miolo de alcatra e ora pro nóbis, no prato de carne; e pescadinha com chuchu, no prato de peixe. O prato de peixe foi apresentado numa louça especialmente desenvolvida pela Vista Alegre. Já a carne, teve bandejas de prata da St. James criadas para a apresentação. 

O chef Laurent Suaudeau pediu que as bandejas fossem feitas com elementos característicos brasileiros, preservando um design clean que não interferisse nas criações dos participantes. A bandeja é feita de freijó, uma madeira típica da Amazônia, com extração sustentável, ao redor de uma base lisa de prata, em formato que lembra a moldura de um quadro. “A ideia é que os pratos criados sejam apresentados em destaque, como uma verdadeira obra de arte, em uma superfície com reflexo, fazendo um paralelo entre gastronomia, arte e design”, explica Laurent. 

Os pratos rapidamente tornaram-se as maiores estrelas do dia, com a plateia composta por estudantes, chefs e empresários do setor vibrando a cada apresentação.

“Fiquei muito bem impressionado nesse primeiro dia. Todos os candidatos têm muita capacidade de vencer, exploraram muito bem a técnica e usaram os ingredientes brasileiros de forma maravilhosa”, avaliou o chef Alex Atala.

Tenências

Outro ponto alto do dia foi o World Cuisine Summit, conferência apresentada pelo mago das tendências, o francês Frédéric Loeb. Ao lado dos especialistas Pedro De Lamare, presidente do SindRio; Andrea D’Egmont, jornalista e pesquisadora de gastronomia; Ricardo Castilho, sócio-proprietário da revista Prazeres da Mesa; Janyck Daudet, CEO do Club Med Brasil; e Fernando Sá, CEO do Grupo Troisgros Brasil, apresentou e debateu sobre o futuro da gastronomia. “O futuro da gastronomia está aqui, na América Latina, no Brasil”, afirmou Loeb, que acredita que o país tem ingredientes, técnicas e profissionais qualificados para crescer ainda mais.

Já Andrea D’Egmont, aposta na ideia, compartilhada por Loeb, de que são os restaurantes que ditam o que será consumido na mesa do brasileiro, assim como as passarelas de alta costuram determinam a moda de cada estação. “Hoje vemos a pupunha sendo consumida em casa, e esse ingrediente antes só víamos em restaurantes. Eles lançam a ideia, apresentam o novo sabor, que se dissemina tanto domesticamente quanto para o exterior”.

Novação & Gastronomia

No auditório do salão, Sebrae/RJ, patrocinador do evento, trouxe inovações e soluções de negócios para os profissionais do setor de alimentação com o I Congresso Sebrae de Inovação na Gastronomia. Hoje, os temas abordados foram: “Redução de Desperdício e Aproveitamento Total dos Alimentos”, com a professora Ana Maria Gonçalves, Coordenadora de Nutrição e Gastronomia do IBMR; “Hospitalidade: inovação no atendimento ao cliente”, com Jayme Drummond, sócio-diretor do Grupo Monteiro Drummond e proprietário do restaurante Laguiole (RJ); “Tendências nacionais e mundiais da Gastronomia”, com Rosa Moraes, Diretora de Hospitalidade e Gastronomia da Rede Laureate no Brasil; e “O que não deve faltar nos melhores cardápios dos restaurantes brasileiros?”, com a crítica de gastronomia do jornal O Globo, Luciana Froes.

No espaço Senai, Cesar Kayat Bedran, economista da instituição, comandou a conferência com o tema “Comportamento de consumo nas padarias brasileiras”.

Sobre o Sirha

O Sirha é hoje o evento de referência do setor de gastronomia e hotelaria na Europa e no mundo, reunindo a cada dois anos cerca de 189 mil profissionais do setor e 3045 expositores e marcas internacionais na cidade francesa de Lyon. Desde 1983, ano de sua criação em Lyon, o Sirha é dedicado a levar soluções e inspiração, e apresentar e discutir tendências com profissionais de mercado que estão concebendo o futuro dos serviços de alimentação.

Como parte de seu desenvolvimento internacional, após Sirha Genebra, Sirha Budapest, e Sirha Istambul e Sirha México é lançado o Sirha Rio, o primeiro evento do porte a ser realizado no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Acontece de 14 a 16 de outubro no Centro de Convenções SulAmérica, com 93 expositores e marcas brasileiros e internacionais, e mais de dez mil visitantes.

O grupo GL events, líder mundial no setor de eventos, é o responsável por trazer o Sirha ao Brasil através de seu braço local, a Fagga. Hoje, o faturamento da GL events é de cerca de um bilhão de dólares por ano, e a empresa conta com mais de quatro mil colaboradores em todo o mundo.

No Brasil, Claude Troisgros foi o nome escolhido como Presidente do Sirha Rio, enquanto Laurent Suaudeau está à frente do concurso Bocuse D’Or e Philippe Brye preside a Coupe du Monde de la Patisserie. Frédéric Loeb, especialista tendências gastronômicas, apresenta o Sirha World Cuisine Summit, painel com as principais previsões para o setor.

Em sua última edição em Lyon, em janeiro de 2015, o Sirha teve a presença de mais de 19 mil chefs, em 130 mil m² de pavilhão, com 3.045 expositores e marcas e mais de 189 mil visitantes profissionais vindos do mundo inteiro.

O Sirha no Rio trará uma oferta completa e inovadora para seduzir os dez mil visitantes profissionais que são esperados: 93 expositores e marcas de produtos e serviços, fornecedores de hotelaria e alimentação, desde produtos alimentícios e bebidas, equipamentos de cozinha, artes da mesa, decoração, produtos regionais brasileiros, e empresas estrangeiras presentes no Brasil pela primeira vez.

Patrocinadores

O Sirha é patrocinado pelo Sebrae, Senai, SindRio, a Arcofoods é a distribuidora oficial, a IBMR Laureate é o Centro Universitário Oficial, Othon Palace o hotel oficial e a Rubaiyat carne oficial. Entram com apoio institucional a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (SindRio), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Consulado Geral da França no Rio de Janeiro e o Guia do Profissional de Hotelaria e Restaurantes (GPHR). Como apoio, o evento conta a Revista Prazeres da Mesa, o Embarque na Viagem, a Vista Alegre e a Saint James. Como apoio de mídia, a Foodservice Consultants Society International (FCSI), a Hotel Management, a Les Toques Blanches du Monde.  

Para o Bocuse d’Or, marcas como Intellikit (Master), Pommery, (Gold), Staub, Nestlé Pro, São Lourenço, Chef Estrela (bronze) patrocinam do concurso. Vista Alegre e Saint James fornecerão a arte da mesa.

Para a Coupe du Monde de la Pâtisserie, Cacau Show, Intellikit (Master), Kenwood e União patrocinam.