segunda-feira, 30 de outubro de 2017

kefir, um superiogurte, promete melhorar o sistema imunológico

Ele é azedo. Mas leva mais variedade e maior concentração de micro-organismos probióticos do que o iogurte comum. Ao mesmo tempo, também é fonte de cálcio, essencial para a integridade óssea e prevenção da osteoporose, sobretudo em crianças e idosos. Outros benefícios potenciais associados ao kefir são a facilitação da síntese de vitaminas do complexo B e o aumento da absorção de minerais como ferro, cálcio e zinco.

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O kefir está entre os alimentos que vêm se popularizando entre os amantes das comidas naturais. É uma bebida probiótica fermentada a partir da ação de micro-organismos em leite. Sua produção é caseira, simples e de baixo custo. O kefir já pode ser encontrado em supermercados. Além de ter diversas utilidades na culinária, pesquisadores afirmam que o kefir regula a flora intestinal, melhora o sistema imunológico, auxilia no tratamento da depressão e previne vários problemas que afetam o corpo humano, como alergias e doenças inflamatórias.

O kefir é um alimento fermentado. Parece um iogurte. Mas tem um sabor mais azedo. A diferença é que o kefir tem mais variedades de bactérias e levedura. Para fazer o kefir, o leite é fermentado com um mix de dez a 20 tipos diferentes de bactérias e levedura. Os iogurtes usam três ou quatro tipos de bactérias. Além disso, um bom kefir pode ter uma concentração de 40 bilhões de micro-organismos vivos por xícara. A maioria dos iogurtes tem 1 bilhão.

Para fazer o iogurte kefir caseiro são necessários apenas duas colheres de sopa de grãos das colônias de bactérias e 1 litro de leite e deixar fermentar por aproximadamente seis horas em temperatura ambiente. Além do iogurte, as pessoas podem produzir coalhada, cremes e misturar o kefir em sucos de fruta. Os grãos de colônias de bactérias e levedura costumam ser doados em sites específicos, universidades e comunidades nas redes sociais. As comunidades doam os grãos para começar a fermentação e explicam como fazer o processo sem custo.

Marcela Voris, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), explicou que o kefir faz uma limpeza no intestino, eliminando os organismos que prejudicam o funcionamento do metabolismo e recompondo a flora intestinal. Além de melhorar o sistema imunológico de quem consome, ela afirma que os alimentos probióticos vêm apresentando efeitos positivos no tratamento de alguns casos de depressão. “O kefir pode ter um efeito relaxante no organismo. Por conter triptofano, um aminoácido responsável pela produção de melatonina [hormônio do sono] e serotonina [hormônio do bem-estar], ele pode, sim, auxiliar no tratamento de pessoas depressivas.”

De acordo com pesquisas realizadas na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), os micro-organismos probióticos presentes no kefir, sobretudo lactobacilos, também exercem efeitos potencialmente benéficos no controle dos níveis de colesterol. Além disso, o kefir possui baixo teor de lactose, quando comparado ao leite de vaca, devido à degradação parcial da lactose pelos micro-organismos presentes nos grãos. Ao mesmo tempo, também é fonte de cálcio, essencial para a integridade óssea e prevenção da osteoporose, sobretudo em crianças e idosos. Outros benefícios potenciais associados ao kefir são a facilitação da síntese de vitaminas do complexo B e o aumento da absorção de minerais como ferro, cálcio e zinco.

Fonte Época

Norte do país produzindo mais cacau e chocolate

Aos poucos o estado do Pará se consolida como o maior produtor de cacau do país, com 120 mil toneladas produzidas. Quem ganha com isso é a floresta Amazônica, cada vez mais preservada, aponta reportagem da revista Época.

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Ademir Venturin, pequeno agricultor de Medicilândia, no interior do Pará, tem uma rotina dupla. Além de cuidar de seus cacaueiros, acumula o cargo de diretor de mercado da Cacauway, pequena fábrica de chocolate gerenciada pelos produtores locais. A meta é ampliar o mercado das barras e dos bombons da marca dentro e fora do Pará. “É uma iniciativa ainda nova e muito pequena, mas foi uma forma que encontramos de explorar o nosso produto para além da matéria-prima”, diz.

É um desafio bem diferente do que Venturin encontrou em 1985, quando desembarcou na cidade à beira da Rodovia Transamazônica e hoje vizinha da Hidrelétrica de Belo Monte, vindo do Espírito Santo para criar gado. Ele faz parte das grandes levas de brasileiros que migraram para o Norte a partir dos anos 1970 em busca da promessa de terras baratas e cultivo livre. Foi quando a pecuária e monoculturas como milho e arroz se espraiaram pela Amazônia e começou o enorme rombo do desmatamento na floresta.

 “Não havia contexto ambiental nenhum. Ganhava-se uma premiação para desmatar mais”, conta o capixaba, que há dez anos abandonou a pecuária para se especializar no cacau. “Hoje estamos recuperando todas as áreas desmatadas de Medicilândia com o cacau.” Agora ele faz parte de um outro grupo que cresce: o das centenas de pequenos produtores que estão se beneficiando do boom da fruta do chocolate que tomou o Pará e trouxe uma alternativa de produção mais sustentável.

“A produção cresce a uma taxa de quase 10% ao ano”, diz Fernando Mendes, chefe de pesquisas da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), do Ministério da Agricultura. O estado, que produzia 90.000 toneladas de cacau ao ano em 2014, chega a 120.000 toneladas hoje, o que o coloca atualmente na posição de maior produtor do país – ultrapassou a Bahia no ano passado, onde uma seca severa ajudou a derrubar a produção do patamar de 180.000 toneladas anuais para a faixa das 110.000 toneladas. “São 172.000 hectares de área plantada no estado hoje”, diz Mendes. “Dessas, 140.000 são áreas de desmatamento recuperadas.”

Isso acontece porque, diferentemente da pecuária ou da monocultura, o cacau precisa de sombra para crescer – ou seja, precisa de floresta. Conforme os pastos antigos se tornam improdutivos e, por outro lado, crescem a fiscalização e o cerco legal ao desmatamento, o cacau, fruto nativo da Amazônia, acabou emergindo nos últimos anos como uma alternativa triplamente vantajosa para a região: não desmata, ajuda a reconstituir as áreas devastadas e ainda gera renda para os pequenos produtores.

“Uma propriedade rural típica aqui tem parte da floresta que já foi tirada para alguma atividade, como pecuária ou extração de madeira”, conta Adalberto Veríssimo, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O que se está fazendo com o cacau, explica, é pegar a área desmatada, em muitos casos já pouco produtiva, e criar nela o sistema chamado agroflorestal, que não chega a replicar a mata original, mas mescla o plantio de árvores altas com culturas que crescem em sua sombra. “Plantam-se muitas fruteiras, aumenta o número de pássaros e animais, cria-se uma temperatura agradável, mais água é retida e mais carbono fixado. É o meio caminho entre a floresta e a agricultura”, diz Veríssimo.

Bananeiras são um exemplo de pés que garantem sombra. Jatobá, ipê e andiroba, árvore usada por empresas como a Natura para extrair óleos para hidratantes e sabonetes, também são opções. Dividindo a sombra com o cacau, é possível colocar outras frutas parecidas, como açaí e cupuaçu. “Eram famílias que antes tinham gado, talvez uma plantação de milho ou sorgo”, diz o coordenador de floresta e clima da ONG ambiental The Nature Conservance (TNC), Rodrigo Freire. “Com a variedade, a renda delas acaba ficando de 30% a 50% maior.”

A TNC mantém, desde 2009, projetos de educação e apoio ao produtor de cacau nas cidades de São Félix do Xingu e Tucumã, duas das campeãs de desmatamento do Pará. Feitos em parceria com a Ceplac e a Cargill, os pilotos apoiam hoje 125 produtores e mostram resultados bastante positivos. Mais de 500 hectares de pasto foram restaurados, e a renda das famílias participantes, que apenas com a pecuária girava em torno dos R$ 6 mil mensais, chega até a R$ 8 mil quando os cacaueiros começam a produzir, um ciclo que leva de quatro a cinco anos. “Elas passam a depender menos de uma única coisa, têm diferentes produtos para explorar ao longo dos anos, melhoram a renda e sua diversidade alimentar”, diz Freire. “E ainda ajudam a floresta.”

Esse tipo de história faz parte do Festival Origem, evento realizado pelas revistas ÉPOCA, Globo Rural e Casa e Jardim, dos dias 1º a 3 de dezembro em São Paulo, para unir produtores, chefs e consumidores interessados em alimentos bons para a saúde e para o planeta.

CUIDADO ! Feirantes são flagrados vendendo frangos coloridos artificialmente

Os frangos eram oferecidos como se fossem galinhas caipiras em Boa Vista (RO). Fiscalização fechou nove bancas de venda de frango nesta sexta-feira (27/10) na Feira do Produtor. O frango de granja custa R$ 18 e a galinha caipira é vendida a R$ 45. Apesar da distância, o CeasaCompras.com reproduz essa reportagem do G1 de lá, como uma espécie de alerta para todos os consumidores. O mesmo mais prático é passar o dedo no frango para identificar algum pigmento colorido. Prestem atenção também nas carnes junto aos ossos de frangos vendidos em mercadinhos, muitas apresentam sinais der doença.

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A Vigilância Sanitária pegou feirantes vendendo frangos de granja coloridos artificialmente como se fossem galinhas caipiras na Feira do Produtor Rural, em Boa Vista. O frango de granja custa R$ 18 e a galinha caipira é vendida a R$ 45.

Segundo Fernando Matos, diretor da Vigilância Sanitária de Boa Vista, os animais eram abatidos, depenados e pintados artificialmente. Tudo era feito sem as mínimas condições de higiene. Em uma das bancas, a vigilância achou um balde manchado de tinta sendo usado como recipiente para colorir os frangos artificialmente. Um cone de sinalização de trânsito também era usado como funil no abate dos animais.

A coloração dos frangos, segundo a Vigilância Sanitária, era feita para obter lucro maior, já que a galinha caipira custa mais caro e é a mais procurada pelos compradores.

“Eles [feirantes] estavam ludibriando os consumidores fazendo a coloração artificial do frango normal e vendendo como caipira. Estavam fazendo o uso inadequado de corantes e fraudando as pessoas", declarou Matos.

O diretor disse ainda que os flagrantes foram feitos na semana passada. Na ocasião, os comerciantes foram proibidos de continuar a abater os animais na feira e estavam cumprindo com a determinação. No entanto, as bancas funcionavam sem licença ambiental, o que motivou a interdição nesta sexta.

"Todas as galinhas caipiras que eram vendidas nesse local eram pintadas", frisou Matos. O diretor disse também que o caso será remetido ao Ministério Público de Roraima (MPRR) para que as devidas providências sejam tomadas.

"Eles já foram punidos com a interdição dos pontos. [...] Vamos enviar todo o material ao MP porque a vigilância toma as providências na área administrativa e o Ministério Público nas áreas civil ou criminal, como for necessário", finalizou.

As nove bancas de venda de frango permanecem interditadas por tempo indeterminado ou até que os feirantes se regularizem e obtenham licença para abater e vender as aves no local.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Está chegando o Festival de Bacalhau do CADEG de 2017!

O antigo mercado municipal do então Estado da Guanabara, situado em Benfica, na Zona Norte do Rio, se tornou um pólo gastronômico de grande referência, além do mercado. Seus restaurantes abrigam grandes chefs, bem como restaurantes populares e lojas para a venda do tradicional e verdadeiro bacalhau. Nessa sexta-feira já começa o evento que prossegue.

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Preparem-se pois teremos os espetaculares pratos de bacalhau criados exclusivamente para o festival e também muitas ofertas de bacalhau, azeites, vinhos e diversos segmentos para deixar as festas de final de ano um sucesso!

Fiquem atentos a programação:

- 29/10 às 12h - "Yin/Yang na Gastronomia: equilíbrio entre opostos" - Com o Chef Marcelo Barcellos

- 5/11 às 12h - "Desmistificando o bacalhau: aprenda de forma fácil como preparar e impressionar - Com o "Chef Marcos Carvalho

- 12/11 às 12h - " Vinhos premium do Uruguai"- Embaixadora Ana Paula Oliveira da Bodega Garzón

- 19/11- "Sunday Harley Sunday" - Exposição das cobiçadas motos Harley-Davidson com o encontro com o grupo de motociclistas chamados de "Malvadões". Nesse domingo às 15 horas também teremos um Show da banda Jackstone -Rolling Stones na veia!

- Animação infantil aos sábados no Térreo e aos domingos na Avenida Central.

A família CADEG está à espera da sua família, venha participar!

Feira em São Paulo: maçã gala e beterraba estão mais em conta

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Semanalmente a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta comercializados no Entreposto Terminal São Paulo, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos!

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Coco verde, acerola, mamão formosa, mamão papaya, manga tommy, lima da pérsia, morango, banana prata, laranja pera, banana nanica, maçã gala, goiaba branca, tomates, abobrinha italiana, pepinos, mandioca, abóbora paulista, batata doce rosada, beterraba, abóbora moranga, coentro, salsa, alface crespa, rúcula, espinafre, repolho verde, rabanete, alfaces, beterraba com folha, cenoura com folha, couve manteiga, rúcula, acelga, alho porró, nabo, cebolinha, chicória, batata asterix, alho chinês, cebola nacional e canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Melancia, caju, manga palmer, nêspera, maracujá doce, maçã fuji, laranja baia, laranja lima, tangerina murcot, maçã importada, pera importada, pimentão verde, berinjela, abóbora japonesa, batata, doce amarela, abóbora seca, erva doce, agrião, milho verde, salsão, repolho roxo, erva doce e batata lavada.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Abacaxis, carambola, figo roxo, melão amarelo, maracujá azedo, goiaba vermelha, pinha, atemoia, abacate, limão taiti, manga hadem, uva rosada, uva thompson, cenoura, pimentão vermelho, pimentão amarelo, pimenta vermelha, vagem macarrão, jiló redondo, quiabo, ervilha torta, mandioquinha, brócolis comum, salsão, erva doce, cebola roxa, couve-flor, coco seco e ovos.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Sabe o que é ovo caipira, de granja, orgânico e “de galinhas livres”?

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O ovo é um alimento comum na dieta do brasileiro. Só no ano passado, foram consumidos em média 196 ovos por pessoa, segundo os dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Cada unidade contém aproximadamente 70 calorias e é uma fonte de vários nutrientes necessários para o corpo humano, como proteína, minerais, vitaminas, aminoácidos, antioxidantes e gorduras saudáveis. 

Com um custo acessível nos supermercados para quase todos os públicos, atualmente o consumidor já pode escolher entre pelo menos quatro tipos de ovos, são eles: de granja, caipiras, orgânicos e de galinhas livres de gaiolas. Cada uma dessas variedades apresenta particularidades nas formas de produção, criação e alimentação das aves. Conheça os tipos de ovos:

Ovo caipira 

De maneira geral, o imaginário popular mantém uma ideia de que o ovo caipira, ou colonial, é menor, com a casca escura e a gema mais amarelada. Mas, de acordo com a pesquisadora Helenice Mazzuco, do Núcleo Temático de Produção de Aves, da Embrapa Suínos e Aves, isso é um engano. Não é a coloração e o tamanho que determinam se o ovo pode ser considerado caipira. “Os critérios de produção das aves, como alimentação, manejo e higiene, é que definem a designação do tipo de ovo”, disse. Conforme a regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a criação das galinhas poedeiras de ovo caipira pode ser feita da mesma forma que as que botam os ovos convencionais. A normativa diz que elas podem ser confinadas em gaiolas, mas exige pelo menos 3 metros quadrados de pasto para cada ave. Além disso, para ser considerado ovo caipira, as galinhas devem ser alimentadas com dietas exclusivamente de origem vegetal, sem pigmentos artificiais na ração.

Ovos orgânicos 

As normas estabelecidas pelo Mapa sugerem que ovos orgânicos devem ser produzidos em um sistema de manejo equilibrado, que respeite a sustentabilidade do solo e de todos os recursos naturais envolvidos. As galinhas devem se alimentar somente de ingredientes cultivados sem agrotóxicos, fertilizantes e transgênicos. Além disso, as aves devem ter espaço para se movimentar livremente. Para receber a certificação de produção orgânica, a galinha também não pode ser medicada com antibióticos ou remédios que estimulem o crescimento do animal.

Ovos de galinhas livres 

Segundo a Embrapa, a produção de ovos oriundos de galinhas livres ainda não é normatizada do Brasil. Mas, de acordo com o Instituto Akatu, que mobiliza a sociedade pelo consciente, esse tipo de ovo é vendido normalmente por varejistas. Eles dizem oferecer às galinhas um ambiente de produtividade mais próximo ao natural. Sendo assim, as aves podem botar ovos no local que escolherem, ciscar e empoleirar-se onde quiserem. A ideia é que elas tenham um comportamento mais instintivo possível.

Ovo de granja 

A criação de galinhas em granjas ou gaiolas é a mais difundida no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse tipo de sistema abriga mais de 152 milhões de aves poedeiras no país. Para que as galinhas tenham maior produtividade, técnicas específicas de controle de ambiente, dieta e iluminação artificial são aplicadas na criação. A alimentação é feita basicamente com ração balanceada. Em alguns casos, o bico dos animais é cortado, para que não machuquem outras aves.

A cor da casca e da gema faz alguma diferença?

A diferença na coloração da casca do ovo é determinada unicamente pela raça da galinha. Esse fator não determina se o ovo é caipira, de granja ou sustentável. A cor das gemas varia de acordo com a quantidade de pigmentos ingeridos pelas aves. Algumas dessas substâncias estão presentes no milho e na soja, por exemplo, principais ingredientes da ração fornecida às galinhas. Entretanto, algumas produtoras de ovos adicionam corantes artificiais para realçar o amarelado da gema.

Brasil tem embalagem que amadurece com a fruta

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Nanotecnologia avança no agronegócio brasileiro, fabricando snacks nutritivos e hidrogel que melhora aplicação de fertilizantes.

Tradicional inovador no agronegócio e respeitado globalmente na área de pesquisas de materiais, o Brasil está começando a colher os primeiros resultados concretos no desenvolvimento de produtos criados pelo cruzamento desses dois campos do conhecimento, usando sobretudo a nanotecnologia.

Seis empresas assinaram contratos e pelo menos duas delas pretendem lançar até o meio do ano que vem novidades desenvolvidas pela Rede AgroNano (Rede de Nanotecnologia para o Agronegócio). Entre elas, estão embalagens que “amadurecem” com as frutas, snacks altamente nutritivos feitos de alimentos desprezados e um hidrogel que otimiza o uso de água e fertilizantes na agricultura. “Trabalhamos com materiais que têm sensores e propriedades que mudam de acordo com os estímulos que recebem do meio ambiente”, diz Caue Ribeiro, pesquisador da Embrapa Experimentação e coordenador da Rede AgroNano. “É a fronteira futura dos materiais, aplicada ao agronegócio.”

É exatamente isso o que fazem os nanosensores colocados em tinta de imprimir e aplicados em etiquetas coladas em frutas: mudam de cor ao medir a concentração de gás etileno, emitido em maior ou menor intensidade por caquis, peras e bananas, dependendo de sua maturação. Assim, enquanto o adesivo colado numa fruta estiver roxo, ele estará indicando que ela ainda não está madura. Conforme for mudando para um tom mais acinzentado está boa para o consumo e, totalmente cinza, apodrecida. 

“Estamos trabalhando neste momento na escala de cores”, diz Ana Elisa Siena, sócia da Siena Idea, consultoria que faz a ponte entre centros de pesquisa e empresas. “E também num aplicativo que lerá essa escala com precisão e indicará os melhores usos para uma fruta mais ou menos madura.”

Com o protótipo em mãos, o próximo passo será testá-lo numa parceria com um grande produtor, de preferência de caquis, por causa do custo. Apesar de a etiqueta custar centavos, ela pode não valer à pena no caso de uma fruta muito barata, como bananas. Depois de calibrado o produto, Ana Elisa pretende desenvolver uma variação para outras frutas que não sejam as chamadas climatéricas, emissoras de etileno na maturação. 

“Inicialmente pensamos em desenvolver essas etiquetas para os produtores de fruta, mas percebemos que ela deverá interessar também ao varejo e aos exportadores”, afirma.

Filmes 

No ano que vem também deverá chegar ao mercado o primeiro produto que usará os filmes biodegradáveis feitos de alimentos, desenvolvidos pela Embrapa. São nanobiosnacks de frutas, muitas vezes desprezadas pelo varejo ou pela indústria por terem imperfeições e com valor nutricional potencializado com nanonutrientes. Ainda sem nome comercial, será uma espécie de chip de batata frita (sem a fritura, claro) e está sendo feito em parceria com a Funcional Mikron, especializada em nanotecnologia para alimentos, fármacos e cosméticos. 

A empresa pertence ao mesmo grupo da Alibra Ingredientes, fornecedora da indústria alimentícia e Ultrapan, fabricante do suco Tampico e do energético Power Bull. “A originalidade do snack é ir ao encontro do que muitos jovens gostam e comem”, diz Eduardo Carità, diretor de tecnologia e inovação da Funcional Mikron.

Com grande potencial de múltiplos usos, os filmes biodegradáveis ainda estão no começo de sua exploração. Originalmente, a Embrapa acreditava que eles poderiam interessar à indústria de embalagens, por serem totalmente consumíveis e 100% biodegradáveis. “Nosso maior desafio, depois que a pesquisa é feita, é encontrar empresas interessadas em continuar a desenvolver soluções comerciais para a matéria-prima resultante das pesquisas”, afirma Ribeiro.

Potencial 

Um deles é um nanocomposto à base de hidrogel, a mesma substância que absorve líquidos em fraldas e absorventes. Seu uso na agricultura tem grande potencial, uma vez que os nanogrãos podem armazenar água e controlar a saída de nutrientes. Assim, poderá evitar casos de quebra de safra por estiagem ou reduzir custos pela diminuição do uso de mão de obra. No momento, uma indústria química paulista negocia com a Embrapa um acordo para sua produção. “Testamos em culturas de tomate e pimentão e os resultados foram animadores”, diz. “Como a absorção é muito grande, usamos volumes pequenos de nanocompósitos, de cerca de 1% em relação aos nutrientes, o que aumenta a viabilidade do sistema.”

Summit do Agronegócio reúne especialistas em SP

O desenvolvimento de novos produtos e de mercados, baseados sobretudo na sustentabilidade, serão os principais temas dos debates do Summit Agronegócio 2017, evento que o Estado realiza em 27 de novembro, das 8 às 18 horas, no Sheraton WTC, em São Paulo. 

Entre os palestrantes, os ex-ministros da Agricultura Roberto Rodrigues e Reinhold Stephanes e o vice-presidente de agronegócios do Banco do Brasil, Tarcísio Hubner falarão sobre tendências e perspectivas para o setor. Também estão confirmados Fabio Mota, da Raízen, e Marcos da Rosa, presidente da Aprosoja Brasil, entre outros.

O patrocínio é da Associação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp). O evento é voltado para interessados no setor, com desconto para assinantes do ‘Estado’ e para quem fizer a inscrição até 10 de novembro. Os ingressos estão à venda no site http://summitagronegocio.com.br/.