quarta-feira, 9 de março de 2016

Jaca: conheça os benefícios dessa fruta do gosto popular


                

Esta semana, destacamos a jaca como produto da lista de Dicas de Compras da Semana. Ela é uma das maiores frutas não-rasteiras que temos no Brasil, ao lado da fruta-pão e do coco. De sabor doce e cheiro bem característico, pode ser encontrada praticamente em todo o litoral brasileiro. Originária da Ásia, tem a casca rugosa e espinhosa, e seu interior apresenta uma coloração amarelada, com polpa macia, doce, fibrosa e viscosa. Por conta dessa última qualidade, muitos acabam por torcer o nariz. Se soubessem quantos benefícios a jaca proporciona à saúde, com certeza isso não aconteceria.
 
A jaqueira pode produzir até 100 frutos por ano, que podem pesar de três até 37 quilos. Pode ser consumida crua ou como ingrediente de pratos doces e salgados. Atualmente, é facilmente encontrada como recheio de pratos vegetarianos, como coxinha e carne louca. É um alimento de baixa caloria, com apenas 100 calorias a cada 100 gramas. É rica em carboidratos e fornece fibras e proteínas, vitaminas A, B, C e E, além de minerais como o cálcio, magnésio, potássio e fósforo.


Para se comer a jaca, é preciso soltar a sua polpa das sementes, que são bem grandes. O que muita gente não sabe é que a semente – que possui 22% de amido e 3% de fibra alimentar -também pode ser consumida assada, torrada, cozida ou em forma de farinha (uma alternativa de proteína alimentar que pode ser utilizada em diversas receitas). Outra dica é retirar os gomos da fruta usando uma colher besuntada em óleo vegetal, para que o visgo natural dela não grude com tanta facilidade.


Uma curiosidade: no Brasil utilizamos a expressão “enfiar o pé na jaca” para representar uma situação em que alguém se excedeu no álcool ou na comilança. A origem da expressão, entretanto, nada tem a ver com a fruta. Na verdade, jacá era o nome do cesto usado nos lombos de mulas para o transporte de cargas no século XVII. Na época, era comum que tropeiros se embebedassem e, ao tentar montar nos animais, acabassem chutando as jacás, derrubando-as no chão.


Veja os benefícios que o consumo da jaca pode trazer ao nosso organismo:


  • Reduz a pressão arterial devido à presença do potássio, que auxilia no equilíbrio da quantidade de sódio no organismo.
  • Promove a digestão por ser rica em fibra dietética, que ajuda a proteger o revestimento da membrana mucosa, prevenindo o aparecimento de úlceras
  • Fortalece os ossos pela grande quantidade encontrada de magnésio e cálcio.
  • Fortalece a saúde dos olhos devido à vitamina A, que combate a cegueira noturna e degeneração macular, e antioxidantes, que combatem os radicais livres nocivos que podem causar a degeneração da retina.
  • Combate a anemia devido às altas concentrações de vitamina A, vitamina C (auxilia a absorção de ferro no organismo), Vitamina B6, vitamina E, vitamina K, niacina, ácido fólico, ácido pantotênico e minerais como o cobre, o manganês e magnésio.
  • Previne o envelhecimento, seja consumido ou aplicado diretamente na pele, devido à presença de antioxidantes.

Caqui, laranja, abóbora estão mais em conta esta semana

                    


Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Caqui rama forte, abacate, figo roxo, carambola, goiaba, laranja pera, laranja seleta, limão taiti, jaca, coco verde, pimentão verde, chuchu, mandioca, pepino comum, abóbora moranga, abóbora japonesa, berinjela, salsa, repolho verde, escarola, alface crespa, alface lisa e americana, milho verde, canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Banana nanica, morango comum, manga tommy, laranja lima, lima da pérsia, acerola, graviola, melancia, abóbora paulista, abobrinha brasileira, quiabo liso, pimenta cambuci, pimenta americana, nabo, rúcula, alho porró, cebolinha, beterraba com folha.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Caju, melão amarelo, mamão papaia, mamão formosa, maracujá azedo, uvas, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, pepino japonês, pepino caipira, batata doce rosada, tomates, beterraba, cenoura, ervilha torta, mandioquinha, pimentão vermelho, pimentão amarelo, vagem macarrão, erva doce, rúcula, couve manteiga, espinafre, couve-flor, agrião, brócolis, erva doce, rabanete, coentro, alho argentino, batata lavada, alho nacional e ovos.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Índice Ceagesp: Fevereiro tem elevação de 2,53%

                        
 
Condições climáticas adversas continuaram a prejudicar quantidade ofertada e qualidade; acumulado dos últimos 12 meses registra alta de 12,46%

O Índice de Preços CEAGESP encerrou fevereiro com alta de 2,53%. No primeiro bimestre, a alta acumulada é de 5,46%. Legumes e verduras registraram ligeira retração. Os demais setores apresentaram elevação dos valores praticados.

Historicamente, janeiro e fevereiro contam com majorações de preços em razão, principalmente, do excesso de chuvas e altas temperaturas. Nesse início de ano, os problemas foram agravados pelas chuvas ocorridas no final de 2015. Tal cenário difícil, porém, está com os dias contados

Ao que tudo indica, os transtornos causados pelas condições climáticas deverão perder força a partir de agora. Alguns legumes e verduras já apontaram recuperação durante fevereiro. Assim, a tendência é de aumento da oferta e melhora na qualidade, principalmente da segunda quinzena de março em diante, quando a maioria dos valores deverá iniciar processo de retração.

MOVIMENTAÇÃO – Em fevereiro, o setor de frutas registrou aumento de 4,72%. As principais elevações foram do mamão formosa (50,1%), mamão papaia (41,2%), caju (30,1%), uva itália (28,5%), uva rubi (26,4%) e melão (25,5%). As principais quedas ocorreram com figo (-27,9%), maracujá azedo (-22,2%), maracujá doce (-18%), pera estrangeira williams (-13,4%) e ameixa estrangeira (-10%).

O segmento de legumes teve queda de 0,71%. As principais baixas ficaram por conta do pepino japonês (-44,1%), abobrinha italiana (-37,2%), vagem macarrão (-24,1%), tomate (-21,8%) e cará (-21,4%). As principais altas foram do chuchu (66,4%), pimentões verde (42,2%), amarelo (36,6%) e vermelho (34,1%), cenoura (36,3%) e pimenta cambuci (22%).

As verduras recuaram 4,07%. Coentro (-43,9%), almeirão (-21,5%), escarola (-16,3%), mostarda (-16,1%), brócolos (-15,7%) e repolho (-11,7%) apontaram as maiores retrações. Em contrapartida, as elevações mais significativas ficaram a cargo da erva-doce (74,2%), acelga (28%), salsa (27,9%), cebolinha (17,5%) e alho porró (7,3%).

O setor de diversos (alho, batata, cebola, coco seco e ovos) subiu 3,43%. Os principais aumentos foram do coco seco (19,3%), ovos brancos (16,7%), canjica (10,2%) e batata lisa (3,5%). Acusaram as principais quedas a batata comum (-5,4%) e a cebola nacional (-2,8%).

Os pescados tiveram alta de 1,36%. As maiores elevações ficaram por conta da betarra (14,5%), camarão ferro (13,5%), salmão (9,1%) e anchovas (9%). Lula (-22,2%), robalo (-21,3%), namorado (-17,1%) e abrótea (-4,3%) apresentaram as principais quedas.
- Tendência do Índice

O volume comercializado no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), que havia registrado redução de 11,94% em janeiro passado, ante o mesmo período de 2015, recuperou-se em fevereiro.

Com um dia a mais, esse volume, agora em fevereiro, foi de 273.880 toneladas — um aumento de 7,49% em relação a 2015, cuja movimentação no mesmo mês somou 254.787 toneladas.

No acumulado do bimestre, foram negociadas 531.209 toneladas em 2016 face 546.996 no ano passado. Mesmo com a recuperação, a retração nos primeiros dois meses do ano foi de 2,89%.

Lasanha de Salmão é destaque no Festival de Massas CEAGESP


                          


A terceira semana do Festival de Massas CEAGESP traz como destaques Lasagne de Salmão com Alho Poró, Rigatone com Ragu de Costela e Risoto de Pera com Gorgonzola. Esses pratos especiais compõem o cardápio com mais de 30 opções de receitas. Pelo preço fixo de R$ 45,90 por pessoa, é possível comer tudo isso à vontade. No valor estão incluídos entradas, couvert, risotos, molhos, saladas e carnes. Bebidas e sobremesas são cobradas à parte.
 

Semanalmente, os destaques são trocados por novas receitas à base de massas. Entre as atrações fixas do Festival está o Macarrão Caipira no Tacho, preparado com espaguete cozido no molho de frango caipira. O cardápio completo está em www.festivaisceagesp.com.br.


O Festival de Massas CEAGESP funciona de quarta a domingo no Espaço Gastronômico CEAGESP. Às quartas e quintas, o horário é das 18h à meia-noite; às sextas e sábados, vai até a 1h da manhã. Aos domingos, abre das 11h30 às 17h. O acesso é pelo portão 4 da CEAGESP (altura do 1.946 da av. Doutor Gastão Vidigal), com estacionamento no local a R$ 10.


Objetivo

O objetivo do evento é mostrar a estrutura de armazenamento oferecida pela CEAGESP a produtores rurais, empresas de agronegócios, órgãos do governo, importadores e exportadores. O Silo Jaguaré, na Vila Leopoldina, por exemplo, tem capacidade de estocagem de até 20 mil toneladas de trigo. O grão é matéria prima fundamental para a produção de massas.


Serviço:

FESTIVAL DE MASSAS CEAGESP

Quando: Até 08 de maio

Horário: Quartas e quintas, das 18h à meia-noite; sextas e sábados, até a 1h da manhã. Aos domingos, das 11h30 às 17h.

Onde: Espaço Gastronômico CEAGESP – Entrada pelo Portão 4 da CEAGESP (altura do 1.946 da av. dr. Gastão Vidigal, na Vila Leopoldina – Zona Oeste de São Paulo) – Estacionamento a R$ 10 (válido por todo o período em que o frequentador estiver no Festival, mediante carimbo do evento)

Preço: R$ 45,90 por pessoa (Bebidas em geral e sobremesas são cobradas à parte)

Gastronomia: O que falta para que o Brasil mostre a sua cara?

O Blog Paladar, do Estadão, ouviu especialistas, representantes de órgãos do governo e chefs para recolher sugestões de ações capazes de dar à cozinha brasileira o lugar de destaque merecido.
          
                    
 
A vitória da brasileira Giovanna Grossi na etapa latino-americana do Bocuse D’Or, a Copa gastronômica, em fevereiro no México, reaqueceu uma antiga discussão: a falta de apoio à gastronomia no País. Giovanna treinou por meses sem patrocínio e levou ingredientes na mala para sua apresentação. Repetiu o que muitos chefs profissionais enfrentam há anos. 

A gastronomia brasileira vive o conhecido drama de ser a promessa da vez, mas nunca chegar lá. O Paladar ouviu especialistas, representantes dos órgãos de governo que trabalham na promoção do Brasil, como Apex, Ministério do Turismo e a Embratur, além de chefs, para mapear os obstáculos e recolher sugestões de ações capazes de dar à cozinha brasileira o lugar merecido. 

Qualquer ação deve envolver os setores público e privado, além de planejamento e apostas fortes. Nisso todo mundo concorda. Com a grande dimensão e a variedade cultural do Brasil, os especialistas dizem que é preciso eleger um símbolo, uma marca, que sirva de porta de entrada. Foi isso o que fez o Peru com o ceviche.


Planejamento, investimento e envolvimento de organismos setoriais transformaram a gastronomia em grande atrativo turístico da Espanha. Os espanhóis souberam mostrar ao mundo desde seus produtos artesanais tradicionais aos mais ousados pratos da cozinha contemporânea molecular.

Por aqui, ainda não encontramos um meio eficaz de promover cozinheiros, técnicas, produtos tradicionais. Nem aqui dentro nem no exterior. “O Peru é muito conhecido, mas o Brasil é mais forte na gastronomia – é o único país latino-americano que tem edição do Guia Michelin, por exemplo, mas não tira proveito disso”, diz Alex Atala. “É incrível que as pessoas pelo mundo ainda achem que a tapioca, que está na base de nossa cozinha, é asiática...”, ressalta.

A valorização dos produtos nacionais deve começar pela revisão da legislação: muitos dos maiores patrimônios da cozinha não podem ser vendidos por falta de regulamentação, caso do mel de abelhas nativas e de queijos de leite cru. 
 
                O chef Alex Atala, do D.O.M.
                         O chef Alex Atala, do D.O.M

"O problema já começa quando o taxista recomenda ao turista um restaurante francês... Não existe turismo sem gastronomia nem gastronomia sem turismo" –Alex Atala

Nos países bem sucedidos na promoção da gastronomia, as iniciativas são coordenadas por órgãos governamentais ligados ao Ministério das Relações Exteriores. Mas contam também com ampla participação de iniciativa privada e de órgãos setoriais, como os de produtores de vinho de determinada região, de fabricantes de embutidos de outra etc.

Por aqui, a situação ainda está longe disso. Um bom exemplo é o do chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó, que divulga a cozinha brasileira mundo afora, mas em grande parte das vezes viajou a convite de outros países. No ano passado, representou o País na Expo Milão – e foi patrocinado pela feira. 

“Há uns quatro anos, fui para o Chile convidado pelo governo chileno. De lá para cá, anualmente, me chamam para fazer jantares para chilenos aqui no Brasil”, diz Rodrigo. Os convites, nesse caso, vêm da ProChile, órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores encarregado da promoção de produtos e do turismo. 

"A raiz da inércia está na falta de conhecimento dos órgãos. Eles não têm ideia do motor econômico que é a gastronomia.  Estou num bairro pobre, servindo comida sertaneja e atendo 20 mil clientes por mês" –Rodrigo Oliveira

O Peru tem órgão similar: a PromPerú, que promove o turismo e a imagem do país. Entre as ações, convida jornalistas e formadores de opinião do mundo todo para visitar o Peru e comer nos restaurantes (o impacto direto está nas listas de melhores restaurantes do mundo, de que são jurados).

A Espanha foi pioneira nesse tipo de ação e graças a esse expediente a revolução gastronômica provocada por Ferran Adrià foi conhecida pelo mundo. A TourSpain, órgão vinculado ao Ministério de Turismo, lançou o Marca España, ampla campanha de valorização dos atrativos do país, começando pela comida.

No Brasil, não há um órgão correlato. A Embratur é uma autarquia do Ministério do Turismo para promover destinos. Já a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), associação civil sem fins lucrativos, atua na promoção comercial de produtos e serviços para a exportação. “Recentemente trouxemos jornalistas japoneses para uma experiência de life style no Brasil, com visitas a restaurantes”, diz Christiano Braga, gerente de exportação da Apex.

Aqui e ali, aparecem ações esporádicas, como para a Olimpíada, mas falta uma articulação ampla e conjunta como política pública. “O problema é fazer o Brasil enxergar que o setor movimenta dinheiro”, diz a empresária espanhola Joana Munné, há 17 anos no Brasil e que já fez trabalhos envolvendo Apex, Embratur e órgãos espanhóis, como quando chefs mineiros foram ao Madrid Fusión em 2013.

"Quando os peruanos se convenceram de que nossa comida era tão charmosa quanto a europeia, não teve volta" –Gastón Acurio

O EXEMPLO DA ESPANHA E DO PERU

O que países como Peru, Espanha, Coreia do Sul e Tailândia fazem na gastronomia é aquilo que o norte-americano Paul Rockower chama de gastrodiplomacia: o uso da comida para comunicar cultura e conquistar o mundo pelo estômago.

ESPANHA. Cerca de duas décadas atrás, quando Ferran Adrià era um nome estranho fora da Espanha, o governo não bola para sua gastronomia. Adrià cresceu, uniu cozinheiros, viajou bastante, convidou o mundo para dentro de sua cozinha e ajudou o Ministério de Turismo a reconhecer o setor. O governo, além de apoiar eventos como o Madrid Fusión, criou projetos como o Marca España e o Saborea España, exclusivamente sobre a cozinha espanhola. 

PERU. Ali, o setor se fortaleceu em torno da figura do premiado chef Gastón Acurio, que ajudou a organizar o setor privado e a obter apoio do governo, lutando pela inclusão social como meio de fortalecer a gastronomia. Uma das ações da PromPerú é a feira Mistura, que reúne produtores e cozinheiros.

Acurio diz, no entanto, que, apesar da boa imagem internacional do país, ainda falta fazer muito para que a cozinha atinja seu potencial de desenvolvimento econômico e social, como a criação de centros públicos de formação de cozinheiros, como existe em países da Europa.

 
SEIS AÇÕES PELA GASTRONOMIA BRASILEIRA

1. INTERESSE COMUM

Gastón Acurio, o chef que capitaneou a virada peruana, ensina: “Indústria, chefs e empresas precisam colocar interesses pessoais de lado para lutar por um objetivo comum”. 

2. MARCA PAÍS

É preciso eleger uma marca, como o ceviche peruano e o sushi japonês. Os chefs Alex Atala e Rodrigo Oliveira sugerem a mandioca, que está na origem da nossa culinária.

3. PEQUENO PRODUTOR

A defesa de pequenos produtores, em oposição à indústria, é central, pois agrega qualidade. Para Atala, o foco em commodities e itens de larga escala pasteuriza nosso receituário.

4. MARCAR PRESENÇA

Ampliar a participação em congressos de gastronomia – da mesma forma como o País entra pesado em feiras de turismo, como a Abav Expo Internacional de Turismo.

5. ORGULHO PRÓPRIO

A divulgação deve começar no próprio país. Para Gastón Acurio, o ceviche não teria decolado se os próprios peruanos não tivessem antes aprendido a dar valor à receita.

6. DIPLOMACIA A FAVOR

Entendimento entre embaixadas e órgãos de turismo facilitam o trânsito de ingredientes para participação em eventos e evitam o estresse de levar ingredientes na mala.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Camarão: começa o defeso no Sul e Sudeste do país

Proibição abrange pesca, transporte e comercialização de cinco espécies marinhas. Fique atento por que os preços do camarão de mar ficará mais caro a partir deste mês, principalmente nas feiras, que é fresco, e os congelados mais sofisticados vendidos em supermercados. Nos restaurantes e botecos, então, nem se fala.

                     
Começou neste dia 1º, o período de defeso de cinco espécies de camarões marinhos (sete-barbas, branco, rosa, barba-ruça e santana ou vermelho) nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Até o dia 31 de maio estão proibidas as atividades de pesca de arrasto com tração motorizada para a captura de camarão, além de transporte e comercialização irregular do produto. Regulamentada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio da Instrução Normativa nº 189/08, a medida visa promover a recuperação dos estoques, evitando assim a extinção das espécies e promovendo a pesca sustentável.
A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) lembra a importância do período, destacando a necessidade da colaboração do consumidor para que o defeso seja respeitado e eficiente.
- O defeso proporciona que as espécies se reproduzam, recuperando os estoques e garantindo a pesca para gerações futuras. O ideal é dar preferência ao pescado que pode ser capturado no período. Mas para quem não abre mão do camarão, a dica é só consumir o produto em estabelecimentos (frigoríficos, peixarias e restaurantes, entre outros) com declaração de estoque ou, ainda, o camarão cultivado - explica o biólogo marinho Augusto Pereira, diretor de Pesquisa e Produção da Fiperj.
Fiscalização - Todas as ações de fiscalização são definidas e coordenadas pelo Ibama, sendo realizadas na ponta por destacamentos ambientais de órgãos municipais (como a Guarda) e estaduais (como a Polícia Militar), e federais (como a Marinha). Quem for flagrado desrespeitando a proibição está sujeito a multas e até detenção, além de apreensão dos petrechos de pesca, no caso dos pescadores. As penalidades e sanções são previstas pela Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (de Crimes Ambientais), e no Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008.

Conheça os benefícios do caqui

           


 O caqui rama forte está na lista de Dicas de Compras da Semana, entre outras frutas, legumes e verduras. Muito apreciado pelos brasileiros, esta fruta tem origem no Japão e China, onde é símbolo de riqueza e prosperidade, por sua cor que lembra o ouro.

Cultivado praticamente em todo o Brasil, o caqui se adaptou bem ao nosso clima tropical e subtropical. A época de colheita vai do final de janeiro até agosto, com o pico da safra entre março e maio.

O caqui rama forte é mais vermelho que os outros e possui consistência molinha. Ele possui fibras solúveis, que correspondem a 26% do total recomendado por dia pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e que retardam o esvaziamento gástrico, reduzem o colesterol e melhoram o controle glicêmico, prevenindo o diabetes. 

Além disso, possui bastante vitamina C, o equivalente a 66% da recomendação de ingestão diária em um único fruto. A vitamina C ajuda na produção de colágeno, prevenindo o envelhecimento precoce, melhora a imunidade e auxilia na absorção de ferro no organismo. Possui ainda vitaminas E, A, B1 e B2. 

É uma fruta rica em proteínas, cálcio, ferro e licopeno. Em média, cada 100 gramas de caqui tem 75 calorias. É rico também em betacaroteno, que atua como antioxidante e combate a formação de radicais livres. Devido à alta concentração de açúcar e frutose, razão pela qual deve ser consumida moderadamente, em especial por diabéticos. 

Na hora da compra, escolha os frutos que estejam livre de rachaduras, firme e com a coloração uniforme. A recomendação é consumi-lo in natura, ou seja, cru. Na geladeira, o caqui dura no máximo cinco dias. Quanto mais cedo o seu consumo, melhor.

Na hora de saborear o caqui, é importante lavá-lo com delicadeza, esfregando com as mãos, e colocar a fruta lavada em uma solução de hipoclorito de sódio (à venda em supermercados) por aproximadamente 20 minutos.