segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Índice CEAGESP fecha 2014 com alta de 4,84%

   


Mesmo com condições climáticas adversas durante boa parte do ano, preços caem em dezembro. Indicador apresenta resultados anuais inferiores a inflação oficial.
            
São Paulo - O Índice de preços da CEAGESP registrou alta de 4,84% em 2014. A forte retração de 5,25% em dezembro contribuiu diretamente para que o índice se mantivesse em patamares satisfatórios, mesmo com os problemas climáticos enfrentados durante o ano. As reduções dos preços das frutas (-6,21%) e legumes (-11,93%) foram determinantes para a queda do indicador em dezembro.

Este resultado de 4,84% deverá manter os preços dos hortifrutícolas abaixo da inflação oficial do país, já que o IPC-A, ainda não divulgado oficialmente pelo IBGE, deverá fechar o ano com elevação próxima a 6,4%.

No acumulado do ano, porém, o índice CEAGESP registrou elevação em todos os setores. O setor de diversos, com 10,99%, assinalou a maior elevação, influenciado, principalmente pela alta da batata. Em seguida, os principais aumentos ocorreram no setor de verduras (5,22%), legumes (4,86%), frutas (4,59%) e pescados (3,89%).

 
Análises e tendências

Durante 2014, a estiagem e a escassez de água prejudicaram o abastecimento e a produção agrícola em praticamente toda a região sudeste desde o primeiro semestre. A partir de novembro, com o início do período de chuvas e altas temperaturas, fatores climáticos extremamente prejudiciais para a produção agrícola, a expectativa era de mais elevações, inclusive para o mês de dezembro. Porém, não foi o que aconteceu.

“O que se viu em dezembro foi um enorme volume ofertado de frutas e legumes. Em relação as frutas, a maior oferta de frutas tropicais e natalinas foi suficiente para atender o aumento da demanda e, no setor de legumes, os preços de culturas importantes como tomate, chuchu, pimentão, vagem, berinjela, entre outros, tiveram quedas acentuadas em razão da baixa procura e da excelente oferta”, destaca Flávio Godas, economista da CEAGESP. 

O primeiro trimestre do ano tem como principais características o calor excessivo e as chuvas quase que diárias. Este conjunto, típico do verão brasileiro, é extremamente prejudicial para a produção, principalmente de legumes e verduras.

Assim, com essa expectativa de redução no volume ofertado e demanda por alimentos mais leves e saudáveis aquecida, a tendência é de preços elevados, principalmente nos legumes mais sensíveis e verduras folhosas.

As chuvas também interferem na extração de produtos mais resistentes como a batata. Portanto, o setor de diversos também deve continuar com preços em alta, porém, sem elevações acentuadas.

O setor de pescados também apresenta neste período elevação do consumo e diminuição do volume de extração. Algumas espécies iniciam o período de defeso. Portanto, o setor também deve seguir com preços elevados.

Índice CEAGESP

Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.




Reservatórios do rio Paraíba do Sul caem para 2,5%, o nível de água

Especialistas esperavam 420mm de chuvas para agosto, setembro, outubro e novembro, mas só choveu 40mm. Aponta reportagem do Globo. A situação vai piorar para a capital do estado e demais municípios.

   



O volume médio de água nos quatro reservatórios ao longo do Rio Paraíba do Sul, que abastece cerca de 15 milhões de pessoas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio, caiu para 2,5%. Há um mês, o nível estava em 3%. Segundo o Centro de Previsão e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), baseado nos últimos 30 anos, eram esperados 420mm de chuvas para os meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2014. No entanto, choveu apenas 40mm. Para a vice-presidente do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap) e presidente do Comitê do Médio Paraíba do Sul, Vera Lúcia Teixeira, a situação é crítica.

— Vamos mostrar aos prefeitos de diversos municípios o nível em que se encontra o Rio Paraíba e também buscar medidas para começar a nos preparar para o colapso hídrico. Porque a tendência é piorar — disse.

Apesar da seca, o presidente da Cedae, Wagner Victer, garantiu, nesta quinta-feira, que não há possibilidade de racionamento de água na Região Metropolitana do Rio, onde vivem 8,4 milhões de pessoas.

— A situação é absolutamente normal. O Rio está enfrentando essa crise de maneira muito eficaz, e os problemas agora estão concentrados na irrigação. A situação não é de emergência no Rio, mas o uso consciente da água é fundamental — disse.

Previsões desoladas

O diretor da Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap), André Marques, alertou que há municípios que podem ficar sem água. Por isso, é preciso traçar planos para amenizar o problema:

— Agora era para ser a época de chuvas, mas as previsões são desanimadoras.

A Agência Nacional de Águas informou que já estão em discussão medidas para reduzir os impactos da falta de chuva, como o uso do volume morto dos quatro reservatórios ao longo do Paraíba do Sul. Segundo a ANA, o nível do Paraibuna, o maior dos quatro e que fica em São Paulo, estava, nesta quinta-feira, em apenas 0,49%.

O setor agropecuário do estado já enfrenta um prejuízo de R$ 100 milhões nos últimos três meses. Segundo o secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, houve uma redução de 5% na produção de hortaliças e de 20% na de leite, devido à falta d’água para os pequenos produtores. A produção de cana de açúcar também registrou queda de 15% no último trimestre, e houve a perda de pelo menos duas mil cabeças de gado com a seca. Um levantamento feito pelo estado revela que 13 mil produtores rurais estão sendo afetados pela estiagem.

— Estamos com escassez de chuvas nas regiões de maior produção do estado, principalmente no eixo que vai de Nova Friburgo, na Região Serrana, em direção ao Noroeste Fluminense, passando por Itaperuna, Itaocara, até quase a divisa com o Espírito Santo. Campos e São Fidélis também sofrem com a seca — informou o secretário.

Seca: nós avisamos e ninguém ouviu!

Prefeitos desesperados com a seca que atinge o estado do Rio de Janeiro, aponta reportagem do Globo.

   



O nível de água dos quatro principais reservatórios que abastecem o Rio de Janeiro atingiu o menor patamar dos últimos 36 anos. Os reservatórios tiveram percentual de 2,5% do volume de água e, devido às previsões climáticas desanimadoras que apontam falta de chuva para os próximos dias, prefeitos de alguns municípios estão preocupados com o abastecimento de água em várias regiões. Para o secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, o problema atinge regiões consideradas de alta produção no estado. Segundo ele, a estiagem, de acordo com um levantamento consolidado na quinta-feira pelo governo, já causou um prejuízo de R$ 100 milhões nos últimos três meses.

— Estamos com escassez de chuvas nas regiões de maior produção do estado, principalmente no eixo que vai de Nova Friburgo, na Região Serrana, em direção ao Noroeste do estado, passando por Itaperuna, Itaocara e até quase a divisa do Espírito Santo. Campos e São Fidélis também sofrem com a seca.

Prefeitos, secretários municipais, representantes do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap), do Comitê do Médio Paraíba do Sul e da Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap) temem que a crise hídrica que pode afetar de forma mais drástica o estado do Rio. De acordo com a vice-presidente do Ceivap, Vera Lúcia Teixeira, a situação é crítica. Por isso é preciso falar claramente sobre a possibilidade da falta de água.

— Vamos mostrar aos prefeitos de diversos municípios o nível que se encontra o Rio Paraíba — disse.

Segundo o prefeito de Pinheiral, José Arimathéa, o momento é de preocupação.

— Estamos passando por um momento mais crítico do que imaginávamos. Está claro que este não é um problema que afeta apenas uma determinada região ou município, e sim todo o Rio. É preciso buscar uma solução para o quadro não se agravar — afirmou, considerando que a crise hídrica também é resultado de desmatamento e crescimento urbano desordenado.

O prefeito de Piraí, Luiz Antônio Neves, já tinha afirmado anteriormente que os municípios estão passando por uma crise financeira muito grande, e não há dinheiro para investir em ajuda técnica, por isso os comitês ambientais do estado do Rio são necessários:

— A falta d'água já é realidade em Piraí. Precisamos de ajuda. Não temos condições de contratar um corpo técnico em razão da crise financeira, por isso precisamos da ajuda dessas entidades para nos apoiar.

O discurso foi reforçado pela prefeita de Porto Real, Cida Maria Aparecida, e pelo vice-prefeito de Volta Redonda, Carlos Roberto Paiva.

— É uma preocupação de todos. Sinto que nós acordamos muito tarde. As pessoas não estão acreditando que a situação está crítica. Então é preciso união para solucionar esse problema — disse Cida.

— É preciso unir as comissões, trabalharmos todos juntos, todas as prefeituras, para que possamos solucionar esse problema — afirmou Paiva.

O presidente da Comissão Ambiental Sul, Délio Guerra, falou que não é de hoje que está na luta em prol do Rio Paraíba do Sul. Ele criticou o acordo feito entre os governadores de São Paulo, Rio e Minas Gerais sobre a transposição do Paraíba:

— Como a situação do Rio Paraíba do Sul é crítica no trecho que limita Rio de Janeiro e Minas Gerais, esse acordo feito pelo governo carioca é sinalizador de um caos ainda maior, especialmente, se persistirem anos de menor pluviosidade. Além disso, conforme ambientalistas, como não se vê nenhum esforço para diminuir as ameaças causadas por despejos de poluentes urbano industriais, a população fluminense pode ir se preparando, pois o que está ruim poderá piorar ainda mais.

Produtores sofrem

Os produtores rurais de Santa Rita de Cássia, distrito de Barra Mansa, estão enfrentando a pior fase de colheita em dez anos. A situação é reflexo do intenso calor que tem feito, aliado a falta de chuvas e da escassez de água que secaram os reservatórios nas propriedades rurais. Segundo a Associação de Produtores Rurais de Santa Rita, grande parte da produção foi perdida e funcionários estão tendo que ser dispensados. A entidade é a principal distribuidora de hortifrutigranjeiros do Sul Fluminense.

Segundo a secretária da Associação, Valdiana Mariana de Oliveira, de 23 anos, muitos produtores já perderam 90% das lavouras e alguns chegaram a dar férias coletivas e até dispensar funcionários. A produção local, devido ao problema de estiagem, caiu consideravelmente no ano passado em Santa Rita de Cássia, que possui pouco mais de 100 produtores cadastrados que garantem o sustento e renda de mais de mil famílias.

— Tem produtor que não está mais nem plantando, outros perderam tudo. Os que ainda estão cultivando tiveram diminuição de plantio considerável. Antes os produtores plantavam toda a semana, agora eles passam uma semana inteira sem plantar nada. Não tem água, as hortaliças estão secando, as que vingam não crescem direito, não mantém a mesma qualidade. Muitos trabalhadores estão de férias coletivas porque não tem trabalho, não tem o que fazer. Outros estão sendo dispensados. Tem produtores até pensando em parar de plantar — revelou Valdiana.

Apesar das perdas e dificuldades, Valdiana contou que as hortaliças estão sendo vendidas aos clientes pelo mesmo valor de épocas anteriores:

— O preço das hortaliças continua o mesmo, porém a quantidade caiu muito, o que gera um grande prejuízo ao produtor. Temos o compromisso da entrega dos produtos, mas sem quantidade suficiente também perdemos. Tem muita gente que já não consegue cumprir com os compromissos assumidos com os compradores. Como a qualidade da maioria dos produtos não é a mesma também, o número de vendas cai e os produtos que sobram são devolvidos.

Ainda de acordo com Valdiana, os agricultores já solicitaram caminhões-pipa para o Serviço Autônomo de Água e Esgoto.

— Estamos com muito medo dessa falta de chuva na região, e a tendência é só piorar. Tem produtor que não molha a horta há dias. Há mais de 10 anos que não é registrada uma seca deste porte. Um dos maiores lagos da região secou em 2014, e os peixes morreram. O córrego que passava dentro de uma propriedade também secou. A situação está muito crítica — desabafou.

O produtor Luiz Moisés Pires, de 51 anos, contou que a propriedade em que trabalha é responsável pelo sustento de quatro famílias. Segundo ele, a maior parte da produção já foi perdida.

— Não temos nada na horta. Hoje conseguimos colher 20 molhos de salsinha e 12 de cebolinha. O resto foi tudo perdido. Conseguimos colher 10 caixas de quiabo, o que atualmente, em épocas normais, colheríamos 30 caixas. O calor está forte e não tem água, toda a produção está morrendo. Não tem nem como estimar o prejuízo. Estamos indo para casa porque não tem o que fazer — lamentou.

Ainda segundo Luiz Moisés, em épocas normais eram colhidas 150 caixas de alface, 1,5 mil molhos de salsinha e 500 pés de brócolis, mas agora, na última colheita, não foi possível colher nenhuma destas hortaliças.

Agricultura fluminense terá plano emergencial para enfrentar efeitos da seca


Ações vão beneficiar cerca de 13 mil pequenos produtores rurais prejudicados pela estiagem. Plano prevê até perfuração de poços artesianos. Prejuízos chegam a R$ 100 milhões na pecuária.

   

O governador Luiz Fernando Pezão e o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo anunciaram, nesta sexta-feira (9/1), a implantação de plano emergencial para enfrentamento dos efeitos da seca nas Regiões Norte, Noroeste e parte da Serrana do estado, no próximo dia 26.

Segundo o secretário, em Campos dos Goytacazes por exemplo, o déficit pluviométrico acumulado de agosto a novembro de 2014 foi de 380mm em relação a média dos últimos 30 anos. No período, choveu apenas 40mm, quando eram esperados 420mm. Como consequência, o setor agropecuário dessas regiões contabilizam perdas que chegam a de R$ 100 milhões.

Dados da secretaria apontam que aproximadamente 13 mil produtores rurais estão sendo afetados pela estiagem. A produção de hortaliças teve uma queda de 5% e a de leite sofreu perdas de 20% devido à falta d’água para os pequenos produtores. A produção de cana de açúcar também registrou queda de 15% no último trimestre, e houve a perda de pelo menos duas mil cabeças de gado com a seca.

O plano de contingência contará com recursos do Banco Mundial através do Programa Rio Rural, na ordem R$ 30 milhões. O investimento será aplicado em sistemas de nutrição para os rebanhos que sofrem com a falta de pasto e na perfuração de poços artesianos para uso coletivo.

- Serão reservatórios de água para matar a sede do gado e também irrigar lavouras. Somente o trabalho de perfuração dos poços vai utilizar R$ 12 milhões - explicou Christino Áureo.

Para execução do plano, foi nomeada força-tarefa formada por técnicos das empresas vinculadas à secretaria de Agricultura - Emater-Rio e Pesagro-Rio - e da Defesa Agropecuária.

As ações emergenciais serão executadas durante todo o ano de 2015. Para receber os benefícios os proprietários deverão adotar as práticas indicadas pelo programa Rio Rural, que promove a agricultura sustentável em 350 microbacias do estado.

Implantado em 2008, o programa Rio Rural vem incentivando, com recursos do Banco Mundial a preservação de nascentes, o replantio de matas ciliares e ações de manejo sustentável, entre outras ações, que visam especialmente preservação das águas no ambiente rural.

- Temos depoimentos de produtores de municípios do Norte e Noroeste fluminense que adotaram essas práticas e hoje estão sofrendo menos com a estiagem - finalizou.

Final de semana será chuvoso e nublado em quase todo país


Rio de Janeiro e Espírito Santo ficarão de fora desse panorama até segunda-feira. A estiagem continuará atacando os dois estados da região sudeste.

     



Sábado
 
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no Centro-Oeste, o final de semana deve começar nublado com possibilidade de pancadas de chuva e trovoadas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. No Distrito Federal, o tempo deve ficar entre claro e parcialmente nublado. A temperatura na região não deve passar dos 38ºC, enquanto a mínima esperada é de 17ºC.
 
Na região Norte, os estados do Amazonas, Acre e Pará devem permanecer encobertos com possibilidade de pancadas de chuva e trovoadas. Enquanto o Amapá e Roraima devem apresentar tempo nublado, em Rondônia pode haver pancadas de chuva e trovoadas. Em Tocantins, tempo nublado com pancadas de chuva e trovoadas. A temperatura deve permanecer alta na região, com máxima de 36°C e mínima de 20ºC.
 
No Nordeste o clima também continua quente e úmido, com máxima de 36ºC e mínima de 16°C. No Maranhão, tempo nublado com pancadas de chuva isoladas. Rio Grande do Norte e Sergipe terão tempo nublado a parcialmente nublado, enquanto no resto da região existe a possibilidade de pancadas de chuva isoladas. 
 
Para toda região Sul, a previsão é de tempo nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. A temperatura deve ficar entre 35°C e 16°C.
 
No Sudeste, a máxima prevista é de 39ºC e mínima de 12°C. Em Minas Gerais e São Paulo o tempo deve ser parcialmente nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. O Espírito Santo deve passar por períodos de céu claro e nublado enquanto no Rio de Janeiro, o céu deve permanecer claro durante todo o dia.
 
Domingo
 
No Centro-Oeste, a temperatura deve permanecer entre os 38°C e 17°C. Goiás deve apresentar céu nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Para o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a previsão é de tempo nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuva isoladas. No Distrito Federal o céu deve permanecer entre parcialmente nublado e nublado.
 
Na região Norte a temperatura deve continuar alta, com termômetros marcando entre 36°C e 20°C. No Amazonas, Acre e Pará, tempo nublado com pancadas de chuva e trovoadas. Em Rondônia, Roraima, Tocantins e Amapá o tempo deve permanecer nublado com possibilidade de pancadas de chuva. 
 
A região Nordeste também deve permanecer com temperaturas altas, com máxima de 36°C e mínima de 16°C. No Maranhão o tempo será nublado com pancadas de chuva. Nos demais estados, nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuva isoladas.
 
Na região Sul todos os estados devem apresentar céu parcialmente nublado a nublado, com pancadas de chuva isoladas. As temperaturas devem ficar entre 36°C e 16°C.
 
A região Sudeste deve registrar as maiores temperaturas do país. Com máxima prevista de 40°C e mínima de 12°C, São Paulo e Minas Gerais devem apresentar tempo nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Rio de Janeiro e Espírito Santo devem ter céu claro a parcialmente nublado. 
 
Segunda-feira
 
A semana deve começar com altas temperaturas na região Centro-Oeste, com máxima prevista de 39°C e mínima 18°C. Em Mato Grosso e Goiás o céu deve ficar nublado com pancadas de chuva isoladas. No Mato Grosso do Sul, além das chuvas isoladas, podem ocorrer também trovoadas isoladas. No Distrito Federal o tempo deve permanecer parcialmente nublado.
 
Na região Norte a temperatura deve ficar entre 35°C e 20°C. Os estados do Amazonas, Acre, Pará e Rondônia devem ter tempo nublado, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Em Tocantins, Amapá e Roraima, tempo parcialmente nublado com possibilidade de chuvas isoladas.
 
Na região Nordeste, o Rio Grande do Norte deve ter tempo nublado a parcialmente nublado. Nos outros estados da região, o tempo fica nublado com pancadas de chuva isoladas. As temperaturas devem ficar entre 36°C e 16°C. 
 
A região Sul deve apresentar temperaturas entre 36°C e 17°C.  Toda a região deve ter tempo nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. 
 
A região Sudeste deve se manter quente e úmida. Com máxima de 40°C e mínima de 13°C, São Paulo e Minas Gerais devem ter previsão de nublado com possibilidade de chuvas isoladas. Espírito Santo e Rio de Janeiro devem ter céu claro a parcialmente nublado.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Sites de delivery de comida buscam crescimento e consolidação


Marcas como iFood e HelloFood buscam novas aquisições, mas segmento ainda esbarra nos tradicionais pedidos por telefone
 

Moacir Drska mdrska@brasileconomico.com.br

Brasil Econômico





  
  


São Paulo - Após uma febre inicial, há três anos, o mercado brasileiro de sites de delivery de comida voltou a viver dias movimentados. Recentemente, os principais nomes do setor no país estiveram envolvidos em acordos cujo o destaque foi a fusão entre o iFood e o RestauranteWeb, no fim de setembro. No entanto, mais que uma precoce consolidação, o segmento como um todo ainda tem pela frente um rival em comum: o desconhecimento de grande parte dos usuários.

“Nosso principal concorrente ainda é o telefone. Hoje, o setor tem apenas 5% do mercado de delivery no Brasil”, diz Felipe Fioravante, executivo-chefe do iFood. “O desafio é ter escala. Gasta-se muito para atrair um usuário e ele só começa a se pagar em um ou dois anos no serviço”, afirma. Dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes apontam que o setor de delivery movimentou mais de R$ 8 bilhões no país em 2012.

Com a expectativa de alcançar 1 milhão de pedidos neste mês, a partir da fusão com o RestauranteWeb, o iFood — que prevalece na operação, por meio de sua controladora Movile — tem como prioridade os investimentos em mídia, com destaque para as primeiras iniciativas em meios offline, como a veiculação regional em TV. O site também está testando outros formatos, como a divulgação em metrôs, além dos meios digitais.

Os projetos para facilitar a experiência dos usuários também estão no foco da operação. Hoje, 65% dos acessos já são realizados via dispositivos móveis. Uma das iniciativas é permitir que os usuários possam realizar os pedidos e efetuar os pagamentos pelo próprio site, ampliando assim a conveniência. O sistema próprio de pagamento do iFood já é usado por 400 restaurantes de sua base de cerca de 5 mil estabelecimentos. “A ideia é estender essa solução para toda a nossa base”, diz Fioravante. Outra ponta de atenção é a oferta de benefícios e descontos exclusivos, com o objetivo de fidelizar os clientes.

Segundo Fioravante, as duas equipes já estão trabalhando em conjunto. A integração das plataformas, porém, deve ser concluída até o fim do ano. A marca RestauranteWeb será mantida nesse intervalo. Passado esse período, a operação será unificada na marca iFood. A expectativa é alcançar R$ 1 bilhão em vendas brutas já em 2015.

O executivo destaca que o conhecimento de mercado da equipe do RestauranteWeb — controlado até então pelo Just Eat, principal grupo global do setor e ainda presente na operação com participação minoritária — é um dos grandes benefícios do acordo. As sinergias em termos de presença no país também são ressaltadas. “Em São Paulo, por exemplo, o iFood está mais concentrado na zona Sul, enquanto eles estão mais nas regiões periféricas. Temos uma presença forte no Nordeste e eles em mercados como Minas Gerais”, afirma.

Com foco em cidades acima de 300 mil habitantes - hoje o serviço está em 600 municípios -, a expansão para a periferia e a região metropolitana de São Paulo, e para o interior do estado, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro está no radar, com espaço para aquisições. Após a fusão, o iFood anunciou as compras dos sites Papa Rango e Alakarte.

Principal concorrente do iFood no segmento, o Hellofood também aposta na expansão do serviço para outras praças como uma de suas estratégias. Com cerca de 2,5 mil restaurantes em sua plataforma e presença em capitais como São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Porto Alegre, o foco do serviço é ampliar a oferta nessas e outras capitais nas quais já está presente, além do entorno desses grandes centros. A região Nordeste — onde já atua em Salvador, Fortaleza e Recife — é outra prioridade. As aquisições também integram esse pacote. Recentemente, o Hellofood adquiriu o site Entrega Delivery, com forte presença nos mercados de Campinas (SP) e Belo Horizonte.

Os investimentos em marketing e a extensão das ações nesse campo para os meios offline e de comunicação de massa também estão incluídos nessa receita. Após lançar uma campanha que envolve TV aberta, Rádio e ações de trade marketing, o Hellofood estuda prolongar a ação e estender a veiculação para meios como a TV por assinatura. “Nossa ideia é combinar as ações online e offline. A mídia de massa nos dá muito mais poder de fogo para alcançar um público que ainda não conhece esse tipo de serviço”, diz Marcelo Ferreira, coexecutivo-chefe do Hellofood.

Os esforços abrangem ainda as ações de relacionamento com restaurantes e de comunicação segmentada para os usuários. Todo esse pacote de estratégias terá como base uma nova rodada de investimentos recebida pela Foodpanda, que controla o Hellofood, no valor de US$ 60 milhões. O montante será dividido entre as operações globais do grupo. Hoje, diz Ferreira, o Brasil está entre os três principais mercados, ao lado de Rússia e Índia. “Estamos num ponto em que a concorrência ainda é saudável. No fundo, todos ainda estamos educando o mercado”, diz Ferreira.

Redes de supermercado investem mais no serviço de entregas



Varejo supermercadista registra crescimento no delivery e, para ampliar o atendimento, grupos aumentam a capacidade de centros de armazenagem. Mercadinhos de bairro não assustam.

Brasil Econômico


  
    





O avanço dos supermercados de vizinhança não inibiu ou mesmo reduziu as operações de delivery no setor supermercadista. Pelo contrário, as operações de entrega domiciliar cresceram, segundo as próprias empresas. O conceito multicanal reforça a presença do delivery e terá desdobramentos, afirma Hamilton Caio Gouvea, sócio da GS&Foodservice, braço da consultoria GS&MD - Gouvea de Souza.

“O delivery não perdeu espaço e nem perderá. O caminho é de ampliação do serviço diante de uma vida cada vez mais atribulada. A entrega é um complemento da compra física e tende a se tornar parte da rotina de compra e não algo eventual. E vem se tornando uma necessidade urbana”, acrescenta.

Para ele, a tendência do setor de supermercados é ampliar a oferta de produtos com entrega em casa, no trabalho ou em qualquer lugar onde o cliente possa estar.

“Vamos ver muitas redes supermercadistas investindo no serviço de entrega de pratos prontos, com diferentes opções. Mais do que vender a matéria-prima para o preparo dos pratos, as empresas do setor sabem que é parte da rotina do consumidor a alimentação fora do lar. Por isso, esse será um caminho que o setor irá trilhar”, aposta Gouvea.

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) registrou crescimento de 14% mas vendas pelo sistema de entrega, que funciona nas bandeiras Pão de Açúcar e Extra. As entregas estão batendo o teto da capacidade diária que a rede dispõe hoje. O que está levando o GPA a investir, este ano, em um centro de distribuição voltado exclusivamente para as operações de delivery, com inauguração prevista para maio, em São Paulo, em uma área na rodovia Anhanguera — onde também será construído um CD para o formato de mini mercado.

“Estamos com o delivery no Pão de Açúcar desde 1995 e no Extra, desde o final de 2012. Não observamos retração em nenhum momento. Vivemos uma das maiores taxas de crescimento do negócio de alimentação. Trabalhamos com uma frota própria para agilizar os processo e a expectativa é de crescimento forte nos próximos anos. Com o centro de distribuição, vamos aumentar em cinco vezes nossa capacidade de entrega. Hoje, por exemplo, em um bairro de São Paulo podemos fazer 20 entregas”, diz Eduardo Adrião, diretor de Operações Delivery do Pão de Açúcar e do Extra. A rede oferece o serviço em São Paulo, Rio e Brasília no momento.

Adrião diz que o perfil do consumidor de delivery que compra na rede é de mulheres na faixa dos 30 a 50 anos, das classes A e B. Mas que a classe C vem aumentando a presença neste canal. Além disso, diz ele, a empresa está investindo em um formato já encontrado nas lojas do Grupo Casino, na Europa, com a operação ‘clique e retire’.

“O serviço já está em novas unidades em São Paulo e é uma forma de o cliente fazer as suas compras e retirar na loja que for mais conveniente”, completa.

A rede Super Prix, com atuação nas zonas Norte e Sul do Rio de Janeiro, tem no delivery 7% do seu faturamento. Quer chegar a 20% em dois anos e, para isso, também aposta no formato multicanal.

“Essa é uma maneira de fortalecer as lojas físicas. A boa experiência de compra na internet é um investimento importante. Para isso, montamos uma equipe com 60 profissionais que se dedicam a fazer até 100 entregas por dia, em três turnos. Também temos uma frota própria e em uma de nossas filias na zona Norte da cidade, temos a estrutura de armazenagem e distribuição dos produtos que são destinados à entrega”, explica Viviane Areal, diretora da Super Prix. A empresa vai ampliar este ano o serviço de entrega também para a zona Oeste carioca.