Pesquisa aponta que, apesar da queda, alguns produtos, como o alho e a cebola nacionais, bem como os pescados,subiram mais que a inflação prevista para o ano todo. E aponta ainda que brasileiro está comendo menos.
Favorecidos pelo clima e à boa oferta de produtos em abril, os setores de Frutas, Legumes e Verduras apresentaram queda que colaborou decisivamente no recuo do índice neste mês, compensando as altas nos setores Diversos e Pescado. O volume comercializado caiu 13,2 %.
O Índice de Preços CEAGESP encerrou abril com recuo de 1,59%. No primeiro quadrimestre do ano, o indicador acumula queda de 0,61%. Comparado com mesmo período de 2016, quando o índice acumulava alta de 15,55%, temos um cenário para 2017, em relação aos níveis inflacionários, extremamente positivo para o consumidor. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador registra retração de 10,92% nos preços praticados.
Em abril, o setor de frutas recuou 3,80%. As principais quedas foram da melancia (-29,5%), da atemoia (-23,5%), das laranjas lima (-21,6%) e pera (-19,8%), da uva niágara (-17,7%) e dos mamões formosa e havaí (-14,7%). As principais altas foram da manga tommy atkins (24,8%), do morango (17,5%), do abacate quintal (15,9%) e da manga palmer (15,1%).
O setor de legumes registrou baixa de 3,39%. As principais quedas foram da ervilha torta (-36%), vagem macarrão curta (-25,4%), dos pepinos comum (-21,9%) e japonês (-20,3%), do chuchu (-20%) e do cará (-20%). As principais altas ocorreram com o pimentão verde (20,4%), com o tomate (16,1%), com o quiabo (15,6%) e com a berinjela japonesa (11,9%).
Os preços do setor de verduras também cairam, com índice de -2,06%. As principais baixas foram da couve flor (-27,4%), do brócolis ninja (-25,9%), do coentro (-23,2%), do brócolis ramoso (-17,6%) e do almeirão (-16,6%). As principais altas foram da couve (24,4%), do agrião hidropônico (23,5%), das alfaces hidropônicas crespa, lisa e mimosa (19,5% em média) e a rúcula hidropônica (18%).
Já o setor de diversos subiu 6,48%. Os principais aumentos foram da batata beneficiada lisa (38,2%), do coco seco (22,7%), da cebola nacional (19,1%), e do alho nacional (8,3%). As quedas foram registradas apenas nos preços da canjica (-4,5%) e do amendoim com casca (-4,1%).
O setor de pescados também registrou alta, com índice de 6,46%. As principais elevações foram da pescada tortinha (34,8%), do atum (31,4%), da pescada (30,4%), da betara (24,7%), da corvina (23%) e da abrótea (22,2%). Não houve queda de preços no setor no fechamento do mês de abril.
O volume comercializado no Entreposto Terminal São Paulo em abril registrou queda em relação ao mês anterior. Foram comercializadas 253.472 toneladas ante 273.860 negociadas em abril/16 e 292.087 em março/17. Decréscimo de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado e de 13,2% em relação ao mês imediatamente anterior.
No acumulado do quadrimestre houve crescimento de apenas 0,51%. O volume passou de 1.083.066 toneladas negociadas em 2016 para 1.088.638 toneladas em 2017.
No mês de abril, conforme previsto pela meteorologia, o clima favoreceu o desenvolvimento das culturas, o que propiciou melhores ofertas e minimizou perdas por chuvas fortes. O mercado, porém, sofreu com menor procura. Para os próximos meses, estima-se manutenção do nível de ofertas, com bons preços, desde que não ocorram temperaturas demasiadamente frias.
Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.
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