terça-feira, 7 de junho de 2016

Saiba as frutas sazonais de junho

O mês de junho chegou e com ele a nova colheita. Nada melhor do que comer uma fruta e ter a certeza que ela está sem seu melhor período de colheita, não é mesmo? 

Com isso a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) listou as frutas que se encontram em sua melhor fase. 

Produtos sazonais assim são chamados por estarem em seu melhor momento de colheita e com seu preço mais em conta. Com isso, o consumidor pode comprar as frutas tendo a certeza que fez a escolha certa.


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Legumes e verduras sazonais de junho

Para começar bem o mês de junho, nada melhor do que escolher os alimentos certo para estarem presentes à mesa. A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) apresenta os melhores legumes e as melhores verduras para o novo mês.
 
São os produtos conhecidos como sazonais, que estão em seu melhor momento de colheita e com o valor mais em conta, tornando assim os melhores alimentos para junho. 

Listamos os legumes e as verduras para ajudar o consumidor na hora de comprar.

Veja o que você pode encontrar este mês com boa oferta e preços baixos.

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Jovens do Paraná apostam nas marmitas saudáveis

Opções das refeições são postadas no Facebook e no Instagram. Curitiba já conta com algumas alternativas deste serviço, com delivery.


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Nem só de selfies vivem as redes sociais. Há quem aproveite o mundo virtual para fazer negócios. Um mercado que tem ganhado espaço nas redes sociais é o de venda de marmitas. Páginas oferecendo cardápios de alimentação saudável e com a entrega fazendo parte do pacote estão crescendo. Moradores de Curitiba já contam com algumas opções deste tipo de serviço.

Lloyd Schrappe, de 25 anos, resolveu há quase um ano apostar neste segmento, cujo custo inicial é praticamente inexistente, já que o uso das redes sociais é gratuito. Além disso, no caso dele, nem os gastos com a cozinha existiram, pois a mãe de Lloyd já tinha uma cozinha especial com os utensílios necessários para colocar o negócio em prática.

Em dois anos de estágio, percebi a dificuldade em comer algo saudável e com preço acessível"
Lloyd Schrappe, empreendedor virtual de marmitas saudáveis

Formada em gastronomia, com especialização em comida italiana, Laila Schrappe é quem cozinha as centenas de pedidos que chegam por Facebook, Instagram e também pelo Whatsapp.

Já Lloyd é o responsável pela venda, que abrange desde os posts nas redes sociais até o contato com os clientes e o delivery, e a compra dos ingredientes e dos materiais usados no preparo das refeições. Nos dias mais puxados, eles contam com a ajuda de outra pessoa.

Em funcionamento há dez meses, a La Fit Food já tem cerca de 160 clientes e uma média de 340 refeições vendidas por semana. "No começo, eram os amigos e os familiares. Foi indo no boca a boca, um falava para o outro e foi espalhando", conta o empreendedor.

A iniciativa, que hoje é a fonte de renda de Lloyd e da mãe, surgiu em um momento de crise da vida dele. "Minha ideia era morar fora do país. Consegui um emprego num restaurante aqui em tempo integral para juntar dinheiro para a viagem e larguei a faculdade. Na primeira folga, machuquei o joelho e me mandaram embora", relata.

Sem emprego e sem estudos, Lloyd – que quase concluiu o curso de educação física – decidiu investir nas marmitas. "Em dois anos de estágio, percebi a dificuldade em comer algo saudável e com preço acessível". As opções oferecidas por Lloyd custam entre R$ 9 e R$ 15. Há ainda as ofertas em que dez marmitas selecionadas saem por R$ 130 com a entrega gratuita em alguns bairros.

Lloyd e mãe também fazem refeições personalizadas: o cliente passa a dieta recomendada pelo nutricionista e eles preparam. Inclusive, os fregueses fixos deles são os que mantêm a dieta personalizada.

Cozinha industrial

Aline Fernanda Gonçalves Hey, de 30 anos, é outra empreendedora virtual de marmitas. Em apenas quatro meses da Klein Refeições Saudáveis, ela precisou construir uma cozinha industrial – já com o lucro do novo trabalho – para dar conta da demanda que não é pouca. No último mês, ela produziu entre 450 e 500 marmitas por semana.

"Pessoas próximas a mim começaram a fazer [marmita para vender]. Eu comecei a pesquisar e já procurava uma atividade que pudesse fazer em casa". A vontade de trabalhar em casa era para conseguir conciliar os negócios e os cuidados com o filho de um ano e dois meses. Mas, em pouquíssimo tempo, os pedidos não cabiam mais na cozinha de Aline Fernanda. Ela teve que usar a cozinha do pai por um período até que a cozinha industrial construída no terreno dele ficasse pronta.

Aline Fernanda faz quase tudo sozinha. "Meu marido trabalha fora, no terceiro turno, então ele ajuda na entrega e quando está muito corrido ajuda com outras coisas. Minhas irmãs ajudam também. Dia que é muito corrido, eu amanheço trabalhando, nem durmo", conta. Ela ainda conta com os serviços de uma nutricionista que acompanha o trabalho e elabora o cardápio. 

Assim como Lloyd, Aline Fernanda dá preferências às marmitas baseadas em uma alimentação saudável. "Há algumas opções mais calóricas, mas não faço nenhum tipo de fritura e o tempero é natural, não tem nada industrializado", diz Aline Fernanda.

O perfil do público é bem variado, desde gente que leva a comida para o trabalho até quem faz dieta. Geralmente, como conta a jovem empreendedora, cada cliente compra pelo menos dez marmitas por vez, já que as refeições podem ser congeladas.

Aline Fernanda afirma que o lucro ainda não é muito alto, contudo, não pode aumentar muito os valores, porque as pessoas deixam de comprar. Um pacote promocional com dez marmitas sai por R$ 70. Para reduzir os custos, ela e o marido começaram a fazer pesquisa de preços – dos alimentos e das embalagens. "Agora com quatro meses do negócio estamos conseguindo contabilizar os gastos para economizar".

Custo benefício
"Em qualquer lugar que se vá, pode levar a marmita. É mais barato que restaurante, o custo benefício é bom e mantém a dieta. Já vem pesado, vem na medida necessária", afirma o universitário. Ele come duas porções de marmita por dia, no almoço e no jantar, tanto em casa como na faculdade.

A nutricionista Cleoci de Oliveira, de 29 anos, também é adepta da marmita saudável. "Levo para o trabalho para almoçar, e à noite janto em casa", conta Cleoci, que atende em um consultório e trabalha em uma loja de suplementos.

Em casa, o marido dela também consome a marmita no jantar. A nutricionista garante que o custo benefício vale a pena. Além disso, outros fatores influenciam o hábito: "Tem a questão do tempo e da praticidade, e claro por ser saudável". Ela está tão satisfeita com as marmitas que prefere comprá-las a cozinhar. "Gosto bastante, é muito bem feito e organizado", diz Cleoci.

O estudante de administração Kassim Andraus, de 25 anos, consome marmitas saudáveis compradas pelas redes sociais há quase um ano. Para ele, é a maneira ideal de seguir a dieta no dia a dia.

Café da manhã reforçado ajudando no emagrecimento




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Emagrecer ou “perder dois quilinhos” está sempre prometido para a virada do ano, para o próximo verão ou para aquela segunda-feira, que nunca vem. Um dos erros, mais frequentes, que as pessoas cometem ao começar uma dieta é cortar refeições ou ficar em jejum por longos períodos. Um estudo da Universidade de Connecticut, divulgado no “Daily Mail”, afirma que comer duas refeições no café da manhã é bom para a saúde e ajuda no emagrecimento.

A pesquisa foi feita com 600 pessoas durante dois anos. A recomendação dos pesquisadores é uma porção pequena para “acordar” o metabolismo (Veja no quadro abaixo alguns exemplos do que pode ser ingerido). A segunda etapa do café da manhã deve ser rica em proteína, de acordo com o estudo. A nutricionista Camila Monteiro Ferraiuolo reforça que comer duas refeições logo no café da manhã pode ajudar a acelerar a queima de gordura do organismo. Para ela, o jejum prolongado funciona como um “sabotador” no emagrecimento.

— Os dois cafés da manhã podem, sim, ajudar no emagrecimento. Afinal, nosso organismo, mesmo quando estamos dormindo, continua trabalhando. Quando acordamos, o metabolismo está lento. A primeira refeição vai acelerar o metabolismo e a segunda vai manter o ritmo e garantir a saciedade. Controlando quantidade e qualidade dos alimentos é possível emagrecer.

Fernanda Faustino Ribeiro é nutricionista lembra também que “pular” o café da manhã nunca deve ser uma opção. A atitude pode ser prejudicial à saúde.

— Os jejuns prolongados podem causar sonolência, hipoglicemia e, claro, aumento da fome. Daí o perigo de engordar. O metabolismo fica mais lento, promovendo um acúmulo de gordura, além de perda de massa magra (músculo). Mas, não recomendo dois cafés da manhã porque pode haver ganho de peso.

Festival de orgânicos em restaurantes do Rio e de SP

Restaurantes vão oferecer cardápios orgânicos neste mês de junho. Imperível.

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Prepare o paladar para saborear inúmeros produtos orgânicos durante o mês de junho. Dois importantes eventos voltados exclusivamente ao setor vão começar na semana que vem. O primeiro é a BioBrazil Fair/Biofach América Latina, a mais importante feira de negócios ligada ao universo dos alimentos e artigos orgânicos e certificados do País. A Biofach, uma feira que tem entrada gratuita e permite ao público em geral provar e conhecer deliciosos alimentos cultivados sem o uso de agrotóxicos, adubos sintéticos e transgênicos, começa dia 8 e prossegue até o dia 11, no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP).

Já o segundo evento vai durar o mês inteiro e é absoluta novidade: Organic Food Fest, ou “Off”. Nos moldes do “Restaurant Week”, o Off reuniu cerca de 70 restaurantes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas (SP) que vão oferecer, entre os dias 8 e 26 de junho, um cardápio exclusivamente feito de produtos orgânicos e sustentáveis. A regra, para o estabelecimento que quiser participar, é: oferecer um menu com, pelo menos, um quarto de produtos orgânicos e certificados – os três quartos restantes devem ser de ingredientes de procedência agroecológica, de agricultores familiares e de produção sustentável.

O idealizador do Off, o alemão erradicado no Brasil Matthias Borner, explica em entrevista exclusiva ao blog que os ingredientes de “procedência agroecológica e sustentável” referem-se a sistemas produtivos que já adotam todos os preceitos da produção orgânica, mas ainda não obtiveram certificação de acordo com a legislação do setor.

Além disso, o cardápio Off deverá ter um menu completo, com três entradas a valores fixos de R$ 49 para o almoço e R$ 59 para o jantar.

Borner reconhece que, em tempos de crise econômica, não foi tarefa fácil reunir um número significativo de restaurantes interessados. “Todos os que contatamos elogiaram a iniciativa, mas vários declinaram, principalmente pela falta de experiência em trabalhar com produtos orgânicos”, diz Borner, referindo-se, por exemplo, à possibilidade de aproveitamento integral de frutas e legumes, com casca e tudo, que se não for feito da maneira correta, pode resultar em grande desperdício e alto custo.

Outro fator restritivo para o segmento de gastronomia trabalhar com este tipo de alimento é a falta de conhecimento de fornecedores de orgânicos com regularidade. “Para isso, enviamos aos participantes uma lista com mais de cem fornecedores de frutas, legumes, hortaliças, carnes e processados”, diz ele, acrescentando, porém, que vários estabelecimentos já têm tradição com alimentos sustentáveis.

Entre os fornecedores, estão, por exemplo, o Instituto Chão – que reúne, na Vila Madalena, em São Paulo, a produção de agricultores orgânicos certificados inclusive dos extremos da zona sul – e também a Terra Frutas Orgânicas, um box na Ceagesp, na zona oeste da capital, que dispõe de uma boa variedade de frutas e legumes orgânicos e certificados, vindos de todo o País e até do exterior.

Já na lista dos restaurantes estão por enquanto, conforme Borner, 365, All Seasons, Badaró, Dibaco, Bananeira, Bossa, Botica, Comedoro, Comedoro Cafe, Brado, Café Journal, Chez Vous, Clos, Daya&Ture, Karu, La Piadina, Cosi, Casa Tavares, Namga, Pasta Nostra, Quintana, OM Table, Goa, CaVa, Sassá Sushi, Veríssimo, Espirito Santa, Fazenda Culinaria-feira. O blog publicará o link assim que estiver disponível.

, Mensateria e Arab. “Lista que pode crescer ao longo do mês, conforme o Off for acontecendo”, diz Borner, acrescentando que a lista completa estará disponível a partir de segunda

O idealizador do Off avisa, ainda, que os participantes vão expor um banner nos estabelecimentos, avisando que participam do Off. 

Mercado orgânico deve faturar mais de 2 bi em 2016

Diretor do Conselho Brasileiro de Produção Orgânica Sustentável avalia que o consumo de produtos do segmento no Brasil tende a se assemelhar ao de cervejas artesanais a partir da busca pela exclusividade.

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A produção de orgânicos no Brasil, ainda visto como objeto de desejo para classes A e B, tem passado por uma curva ascendente. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estima que entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015, houve um aumento de 51,7% no número de produtores, concentrados em sua maioria na região Nordeste do País. Esse mercado deve movimentar, conforme perspectiva do Conselho Brasileiro de Produção Orgânica Sustentável (Organis), um aumento entre 20% e 30% no faturamento até o fim deste ano.

O diretor-executivo da Organis Ming Chao Liu avalia, porém, que a quantificação deste mercado ainda é incipiente, consequência da regulamentação recente.  A cultura e comercialização dos produtos orgânicos no Brasil foram aprovadas pela Lei 10.831, de 23 de dezembro de 2003, porém, a regulamentação de fato aconteceu em 2007, com a publicação do Decreto Nº 6.323. Liu conversou com Estadão PME sobre as perspectivas da produção orgânica no País, encabeçada essencialmente por micro e pequenos produtores.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estima que o mercado de produtos orgânicos deve faturar R$ 2,5 bilhões em 2016. Para a Organis, qual é o tamanho real deste segmento no Brasil?

Quando comecamos nossos trabalhos, em 2006, nossa pergunta era qual é o tamanho desse mercado. E não temos ainda uma resposta segura. Os únicos dados que o MAPA tem são das unidades produtivas, há uma falta de fontes dos dados secundários muito grande. A gente vem usando alguns instrumentos para estimar esse faturamento, mas sabemos que é um número muito conservador.

Conseguimos notar um crescimento desde o processo de regulamentação, em 2011, quando o MAPA teve condições de realizar um rastramento mais oficial dos números. Em países onde historicamente houve a regulamentação, como EUA, Canadá e Japão, foi possível notar um forte crescimento de investimento de empreendedores e de multinacionais entrando nesse segmento. Por aqui, esse movimento ainda não aconteceu.

Qual é a percepção do consumidor brasileiro em relação aos produtos orgânicos? 

A tendência do consumidor hoje é cada vez mais procurar produtos saudáveis, menos processados, mais funcionais, com garantia de origem. Nesse processo, o segmento de orgânicos tem um peso muito forte em função de como é certificado e como esses produtos são vistos. O mercado de saúde, que é um mercado muito maior, acaba puxando toda a demanda pelos produtos orgânicos em razão da garantia que eles oferecem de que não têm agrotóxicos, pesticidas. Isso tem feito com que a demanda por orgânicos tenha um forte crescimento.

Hoje, conseguimos detectar uma diversidade de produtos orgânicos nas gôndolas, que antes eram habitadas apenas por frutas e vegetais. Começam a aparecer, cada vez mais, produtos de maior valor agregado como barra de cereais, sucos, geleias. Porém, em outros segmentos, a coisa ainda não andou. Carnes, lácteos ainda não se desenvolveram rumo aos orgânicos. É um segmento que tem um alto valor agregado e há um espaço grande.

Os orgânicos ainda estão amadurecendo, criando um volume para um processo de agregação de valor, mas não ainda é um volume suficiente para uma indústria como Coca-cola, Pespi ou Danone incorporar e lançar produtos como elas fazem em outros mercados globais.

Qual é o papel do pequeno produtor na escala de orgânicos no Brasil?

Estamos em um estágio inicial em que o pequeno e médio empreendedor vem com a ideia, com a inovação para lançar algo diferente, e consegue lançar. Em uma segunda etapa, multinacionais ou maiores começam a entrar no segmento, por fusões e aquisisões dessas empresas menores. Agora, existe algumas centenas de empresas menores que, ao longo do tempo, vão ser compradas ou incorporadas. Porém, esse processo ainda não aconteceu.

A produção orgânica parte, essencialmente, dos micro e pequenos. Quando eu falo em médio empresário, me refiro a um faturamento acima de R$ 20 milhões. A grande maioria fatura menos de R$ 10 milhões por ano. Essa maioria, hoje, ainda está muito pulverizada. Não chegamos ainda na segunda etapa, de ter um número significativo de produtos. Está acontecendo. Algumas marcas já pensam em exportação, pois a demanda no exterior é muito alta. Até nos Estados Unidos e Europa, a demanda é muito maior do que a produção interna.

Isso cria oportunidade para os micro e pequenos quando eles têm um produto inovador, com algum ingrediente que só tenha no Brasil e que lá fora o importador possa contar uma história. É o que acontece, por exemplo, com o açaí, que é da Amazônia, tirado de forma artesanal por comunidades extrativistas, passa por uma pequena cooperativa.

O pequeno produtor de orgânicos no Brasil tem acesso fácil a linhas de crédito e programas de incentivo?

Com a regulamentação, em 2007, esperávamos que fossem criadas mais linhas de apoio, seja de abatimento fiscal, seja de financiamento. Hoje, as linhas que fazem esse financiamento são a nível do produtor e criadas antes da regulamentação. São raras são as linhas de maquinário, por exemplo. E é difícil para o micro e pequeno acessar essas linhas diante da burocracia.

Alguns Estados criaram linhas de apoio, ainda tudo voltado para o setor primário. No setor de processamento de indústria, só os médios conseguem algo. Ainda é muito pouco diante dos quase cinco anos de regulamentação. Não estamos nem no início, porque não foi criada uma única linha ainda. A diretriz não foi colocada em prática. Está se discutindo qual é o plano nacional da agricultura orgânica.

Os produtos orgânicos são tradicionalmente mais caros em relação aos convencionais. Quais são os parâmetros para a precificação?

Em termos globais, o orgânico sempre teve essse estígma de ser um produto caro e elitizado para uma classe A ou B. Para isso, há uma série de justificativas. Além passar por um processo diferenciado, a escala dele é menor. Pela lei de oferta e demanda do mercado, isso já se justifica.

Alguns países, no caso o Brasil também, têm feito com que o acesso do consumidor para os produtos seja feito com menos intermediários. Cidades como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre têm promovido feiras onde o consumidor vai direto ao consumidor, o que diminui os intermediários. Quanto mais você encurtar a cadeia de quem produz com o consumidor final, essa diferença minimiza.

O consumidor está condicionado a, quando há um produto diferenciado, pagar mais caro. Mas ele precisa saber porque ele é caro, não adianta só colocar o produto lá. Se mostrar para ele que não existe transgênico, que não existem sementes resistentes a pragas, não há uso de inseticida, pesticida, ele dá valor.

Existe uma associação direta entre o produto orgânico e o chamado 'gourmet'?

Não temos como negar que as redes de varejo buscam criar um diferencial para fidelizar o cliente. Redes que têm um perfil de consumidor A e B e que obviamente estão construindo um conceito, e isso tem um custo.

O orgânico, por si só, já é um produto diferenciado, que vai remeter muito mais ao artesanal local. O consumidor vai identificar aquilo não apenas como um produto, mas com quem o faz. É semelhante ao setor de microcervejarias. O que chama atenção do consumidor por uma cervejaria caseira? É o rótulo, os ingredientes, o método, a forma como ele está fermentando, a origem. Na essência, a cerveja é o malte o lúpulo, a cevada. Mas o consumidor entende que só ele está experimentando aquilo.

Da perspectiva do produtor, esse apelo faz com que o pequeno busque essa diferenciação e entre para o setor.

Como a crise econômica afeta esse segmento?

Naturalmente, o pequeno produtor consegue ter flexibilidade em relação ao produto. É diferente de uma grande empresa que, se decide mudar radicalmente, não tem nem condições de achar fornecedores para girar o volume que ele tem e nem tempo e escala para brincar com isso. Os micro conseguem e isso faz com que o mercado de orgânicos seja visto com produtos inovadores e diferenciados.  

Por a escala deles ser menor, o impacto da crise no fluxo de caixa é menor também. Mesmo em tempos de crise, o que está motivando o consumidor é comprar produtos que estejam trazendo benefícios para ele. Se ele consegue enxergar que o produto não é apenas uma marca, não é apenas uma propaganda, ele vai consumir. Hoje o consumidor é um médico pesquisador individual. Se ele ouviu falar que o produto faz bem, ele vai procurar aquele produto na internet e vai consumir. 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cooperação ampliará a produção de frutas no Estado do Rio

 Proposta é investir em boas práticas no cultivo de frutas, ampliando a capacidade da fruticultora fluminense.


                

 A Secretaria de Agricultura e a Ambev assinaram termo de cooperação para ampliar a produção de frutas no estado. O intuito é que parte dos sucos Do Bem, empresa que passou a fazer parte do portfólio de não alcoólicos da Ambev, possa ser produzida com frutas cultivadas por pequenos produtores da região fluminense.

Neste primeiro momento, a parceria vai avaliar a vocação produtiva desses locais e indicar as melhores frutas para cada um deles. Após esse estudo de viabilidade, a proposta é investir em boas práticas no cultivo de frutas, ampliando a capacidade fruticultora em diversas regiões do Estado do Rio de Janeiro.

Um próximo passo da Ambev é a utilização das frutas cultivadas localmente na fabricação dos Sucos do Bem, na fábrica de Cachoeira de Macacu, caso a compra da unidade seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

– Estamos contentes em poder fomentar as boas práticas na produção de frutas no estado, afinal unimos duas partes importantes de nossa história: as frutas e o Rio. Este anúncio só reforça o que já dissemos no momento da parceria: nossa meta de levar as bebidas para mais consumidores se tornou real, por isso precisamos de mais frutas – disse Marcos Leta, fundador da marca.

sustentabilidade

O secretário de Agricultura, Christino Áureo, destacou que o trabalho desenvolvido pela pasta segue os preceitos de sustentabilidade.

– Estimulamos as cadeias produtivas ao invés de focar nos produtos isoladamente. Essas iniciativas têm como base o programa Rio Rural, que através de recursos do Banco Mundial, promove a agricultura sustentável. Atualmente, trabalhamos em 350 microbacias hidrográficas, atendendo a 48 mil famílias. Com esta assinatura, vamos fomentar a produção de frutas para abastecer essa iniciativa – afirmou Áureo.