|
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Pêssego e melão são dicas de consumo de janeiro
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Verão 2016
Alimentos que ajudam a "secar"
Como sempre, exagerou nas festas de Fim de Ano? Prepare-se porque o Verão não perdoa os quilos a mais. A nutricionista Fúlvia Hazarabedian, da Bio Ritmo Academia, lista 10 alimentos que aceleram o metabolismo, queimam calorias e fortalecem o sistema imunológico. “A recomendação é seguir uma dieta durante todo o ano, mas para quem ainda não conquistou o corpo desejado, sempre é tempo de optar por alimentos mais leves e saudáveis. É importante lembrar que, se o objetivo é emagrecer, aliar a boa alimentação a uma rotina de atividade física trará um resultado mais rápido”, diz
Tome nota:
1- Pimenta
As pimentas possuem uma substância chamada capsaicina, que, segundo estudos, traz vários benefícios como o estímulo do sistema nervoso simpático. Isso leva a uma diminuição do apetite
2- Aveia
Alimento rico em fibras solúveis e insolúveis, a aveia auxilia no controle da perda de peso, pois a fibra aumenta a sensação de saciedade, auxilia no controle glicêmico e ajuda a regular o intestino
3- Ameixa seca
Pouco calórica, a ameixa seca é uma boa opção para lanches intermediários ou como sobremesa, já que substitui o doce. Além disso, a ameixa é rica em fibras, o que ajuda a fazer o intestino funcionar
4- Pepino
Pouco calórico, o pepino é refrescante, ajuda na hidratação e é diurético. Pode ser consumido em saladas, como lanches intermediários ou como petisco
5- Quinoa
Com altíssimo valor nutricional e proteico, a quinoa possui fibras, sendo uma ótima alternativa para substituir o arroz em dias quentes. O alimento pode ser consumido como salada fria ou quente, acompanhando o prato principal, ou junto com vegetais e/ou proteínas leves
6- Semente de linhaça
A semente de linhaça contém substâncias bioativas que têm ação na modulação do processo inflamatório devido ao ômega 3. O alimento é antioxidante e rico em fibras
7- Gengibre
Alimento com baixo valor calórico e rico em vitaminas B3, B6 e C, o gengibre possui ação antioxidante e é termogênico natural, de modo que queima a gordura
8- Chá de hibisco
Antioxidante, o chá de hibisco tem efeito laxante leve, além de ser diurético e auxiliar no processo digestivo
9- Chá verde
O chá verde possui substâncias antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento das células, colaborando assim para a prevenção de doenças. A bebida auxilia na perda de peso devido à cafeína presente em sua composição, que influencia no funcionamento do metabolismo
10- Abacaxi
Fruta antioxidante, anti-inflamatória, rica em fibras e vitamina C, o abacaxi auxilia em processos digestivos. Você pode fazer suco de abacaxi, smoothie ou até mesmo comer assado ou fazer um sorvete caseiro
Nada diferente: Alimentos serão afetados em 2016
Serviços e alimentos pesarão no bolso do brasileiro no ano que vem; Para economistas, inflação de dois dígitos de 2015 vai impactar preços no ano que vem.
Depois de sofrer com a disparada das tarifas de energia em 2015, o brasileiro terá que conviver com outros vilões do orçamento doméstico em 2016. Segundo economistas, o ano que vem será marcado pela inflação de serviços, uma velha conhecida das famílias. Mesmo com a recessão, itens como educação, alimentação fora de casa e empregada doméstica devem resistir, influenciados pelo salário mínimo. Vem por aí, ainda, um ano de incertezas em relação aos preços dos alimentos, influenciados pela taxa de câmbio e pelo clima — quase imprevisíveis. Com isso, o alívio esperado para a inflação em 2016 será sustentado pela alta menor dos chamados preços administrados — grupo que inclui, além da conta de luz, transportes e combustíveis. Resultado: a inflação não baterá os dois dígitos, como neste ano, mas continuará salgada. Já há quem espere que ultrapasse os 7%.
Parte da culpa pela resistência da inflação de serviços prevista para 2016 é justamente o comportamento dos preços este ano. Isso ocorre porque o segmento é muito influenciado pelo comportamento das tarifas, como energia, e pelo custo da mão de obra. Por lei, o salário mínimo é reajustado com base em uma fórmula que considera o desempenho da economia e a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete a alta de preços sentida pelas famílias de renda mais baixa. O percentual de aumento do piso nacional no próximo ano deve ficar na faixa dos 11%.
EDUCAÇÃO PRESSIONA ORÇAMENTO
O efeito do reajuste do salário mínimo se espalha pelo setor de serviços. Entra nas contas de mensalidades escolares e gastos com empregados domésticos. As refeições fora de casa, que subiram 9,67% até novembro, também devem ficar mais caras, por causa do repasse do custo de funcionários.
No fim da linha, pesa sobre o orçamento de famílias como a de Tamyres Araújo, de 35 anos. Desempregada há dois meses, assim como seu marido, ela tem dois filhos em idade escolar — Mariah, de 11 anos, e Raphael, de 7. Economizar com os gastos com educação está na lista de prioridades do casal, conta Tamyres, que é estudante de História. As mensalidades somadas das crianças devem sair de R$ 750 para R$ 1.300. O salto é muito grande — de 73% — porque eles haviam conseguido desconto no ano passado.
Diante do ano difícil que têm pela frente — agravado pela falta de emprego — a saída será buscar opções mais baratas. Somado às despesas com escola, a família tem no aluguel, que subiu 30% entre 2014 e 2015, para R$ 850 por mês, a maior fonte de preocupação. A alimentação também ficou mais cara neste ano e, por mês, eles já deixam cerca de R$ 1 mil no supermercado.
— As crianças estão concorrendo a uma vaga no Colégio Universitário da UFF, para nós seria um alívio muito grande. De qualquer forma, já estamos procurando colégios mais baratos, buscando descontos e instituições mais próximas de casa para que eles não precisem usar no ano que vem transporte escolar, como usam hoje. Além disso, o gasto com material escolar é muito grande, todo ano eu comprava livros novos para os dois, mas, em 2016, o Raphael vai aproveitar os livros da irmã, e a Mariah, os da prima mais velha — planeja Tamyres.
A família Araújo faz bem em estudar alternativas. Segundo Luiz Roberto Cunha, professor de Economia da PUC-Rio, a inflação do grupo educação deve ter alta de 12% em 2016, mais que os 9,5% esperados para este ano. O segmento tem peso de 4% sobre o IPCA, índice oficial, que deve fechar o ano em 10,7%, segundo a pesquisa Focus, feita pelo Banco Central, com instituições financeiras.
— Na média, haverá uma pequena desaceleração na alta dos serviços no ano que vem, de 8,3% para 7,7%. É muito pequena para o grau de recessão que estamos esperando para 2016 — diz Cunha.
Essa espécie de “herança” deixada pela inflação do ano anterior ocorre por causa de uma característica marcante da economia brasileira: a indexação. Ou seja, a variação de preços do período é usada como referência para novos reajustes. Além do salário mínimo, esse fenômeno é observado em outras despesas importantes. O IPTU no Rio é reajustado com base no acumulado do ano do IPCA-15, a prévia da inflação oficial. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) chegou a ser chamado de “inflação do aluguel”, por ser usado no cálculo do reajuste de contratos de locação. Nos dois exemplos, os indicadores estão rodando próximos a 11%.
Outro motivo de preocupação de analistas é o câmbio. Em dezembro, o dólar alto já afetou a inflação de alimentos, pressionando o IPCA-15, que ficou em 1,18% no mês e fechou o ano em 10,7%.
— Com a instabilidade política, existe o risco de alta na nossa projeção para o próximo ano. Nossa previsão de final de período (dezembro de 2016) é de R$ 4,10 — afirma Rodolfo Margato, economista do Santander.
Luiz Roberto Cunha lembra que o comportamento do clima também é uma incógnita. O efeito do El Niño — fenômeno que provoca excesso de chuvas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil — chegou a ser destaque no relatório trimestral de inflação, divulgado pelo Banco Central na última quarta-feira. Mas o fenômeno climático pode colaborar para reduzir os custos da energia.
— De certa forma, a questão climática muito incerta desse ano deve continuar no ano que vem. Tende a afetar muito os alimentos in natura. O grupo deve avançar próximo de 9% em 2016, depois de bater 11% em 2015 — estima Cunha.
A persistência da inflação alta é ainda mais grave quando associada à crise do mercado de trabalho. Segundo levantamento do Salariômetro, elaborado pelo economista Hélio Zylberstajn, da USP, das 785 negociações salariais de novembro, só 314 tiveram aumento real, acima da inflação. Desde o início do ano, 222 acordos foram fechados com perdas salariais.
GASOLINA PODE SUBIR COM CIDE
A boa notícia é que os chamados preços administrados, como energia e combustíveis, devem subir menos em 2016. Pelas contas de Margato, o grupo deve subir 7,5% em 2016, após bater os 17% neste ano.
Em relatório divulgado a clientes, o Itaú Unibanco também prevê pressão menor dos administrados, inclusive dos combustíveis, mas considera que ainda pode haver surpresas, no caso de aumento de imposto. “(Para 2016), reduzimos nossa projeção para reajuste da gasolina na refinaria, de 10% para 5%, com impacto na bomba de 4%, ante previsão anterior de 8%. Por enquanto, não consideramos um aumento da Cide (imposto sobre combustíveis), mas esse tributo continua um fator de risco para a inflação”.
Raphael Ornellas, economista do Brasil Plural, aposta em uma alta do imposto sobre combustíveis, diante do quadro fiscal desequilibrado:
— O governo deve acabar optando por aumento de receitas que seriam inflacionárias, como a CPMF. No nosso cálculo, cada R$ 0,10 a mais de Cide afetaria o IPCA em 0,15 ponto percentual.
A expectativa do mercado financeiro é que a inflação recue para 6,87% no ano que vem. Mas já há quem espere alta acima de 7%. Assim, o IPCA deve romper, pelo segundo ano consecutivo, o teto da meta do governo, que é de 6,5%. A economista Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, espera que a inflação fique próximo de 7% em 2016. E prevê que o Banco Central subirá a taxa básica de juros, a Selic, que chegaria a 15,5% ao ano em abril e cairia para 14,75% no fim do ano:
— É o custo de ter brincado com inflação nesse país. Baixar é muito difícil e muito caro. Colaborou Cássia Almeida
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Ceia de Natal mais simples
Com crise econômica, família decide trocar ceia por 'happy hour natalino'.O importante é focar no orçamento e usar a criatividade, diz chef. Substituir importados por marcas nacionais auxilia no corte de gastos.
"Como a grana está curta, decidi fazer só petiscos em vez de uma refeição completa", conta a estudante Beatriz Guimarães de Campinas (SP). Com a crise econômica e a alta do dólar, a jovem, que é a cozinheira oficial da casa, explica que a família decidiu trocar a tradicional ceia com itens como peru e tender pelo que chama de "happy hour natalino".
Pretendo servir pãezinhos, patês caseiros e saladinha. A sobremesa será mais leve, como frutas. Bom que Natal é calor, o povo não come tanto", Beatriz Guimarães, estudante
A mudança no cardápio foi sugerida pela jovem e aceita pela família, que pretende diminuir os gastos com comida não só no Natal, mas também no ano novo.
"A minha família está acostumada com as minhas invenções, mas é a primeira vez que vou mudar a refeição do Natal, então vamos ver! Eu acho que vão gostar", conta.
Para a estudante, o que importa não é o prato que se serve no Natal, mas sim o prazer de estar em família. "É mais um momento para estarmos juntos", pontua.
Dicas do chef
O chef de cozinha Marcelo Bergwek confirma que é possível fazer um jantar de Natal de qualidade gastando menos. "O importante é manter o foco no orçamento, que deve ser previamente estabelecido e usar a criatividade", explica.
A forma mais fácil de economizar, segundo Bergwek, é trocar os produtos importados, que tiveram um aumento considerável no preço por conta da alta do dólar pelas marcas nacionais. O chef listou algumas substituições que ajudam o bolso, mas ainda assim agregam sabor à mesa. Confira as dicas abaixo:
Para reduzir gastos, opção é fazer receitas com menos bacalhau:
Bacalhau
Com o custo do pescado mais alto, Bergwek orienta que é preciso diminuir o uso do peixe na receita.
"Em vez daquele bacalhau ao forno com batatas e ovos, é possível comprar menos bacalhau e fazê-lo gratinado ou escondidinho do pescado, por exemplo", explica.
Além disso, o chef alerta que pratos gratinados com legumes ou molho têm um rendimento maior e, portanto, a compra da proteína deve ser menor, o que diminui o gasto com o peixe, que geralmente é importado.
Castanhas
Outro item que está com o preço elevado é a castanha, segundo Bergwek. Ele destaca que as oleaginosas importadas como nozes, avelãs, amêndoas e pistaches devem ser evitadas devido ao alto custo. Por isso, a dica é substituir pelas nacionais. "Opte por castanha do Brasil, de caju e amendoins", recomenda.
Chef sugere troca de vinhos importados por rótulos brasileiros.
Vinhos
Outra orientação do chef é calcular a quantidade de vinho para cada convidado e cogitar os rótulos nacionais, que possuem preços mais acessíveis.
Ele afirma que se a pessoa souber escolher, eles não, necessariamente, perdem em qualidade para as opções importadas.
"Na compra dos vinhos, opte pelos nacionais da Serra Gaúcha. As pessoas não precisam beber muito, calcule 2 a 3 taças por pessoa que beberá vinho. Outra opção é sugerir que cada convidado leve o que for beber", destaca.
Sobremesa
Já em relação à sobremesa, de acordo com o chef, o ideal é pensar em opções mais leves e mais baratas como Tiramisú. "O tradicional tiramisú pode levar natas (creme de leite firme) no lugar de mascarpone. Não fica igual em sabor, mas é uma alternativa", explica.
Ele salienta também que não é preciso ter uma mesa repleta de doces. "Embora seja legal comprar ou fazer muitos doces e ter uma mesa farta, as pessoas já estarão bem satisfeitas e só comerão um docinho para finalizar com o café. Um pudim, um bolo confeitado ou um sorvete caprichado com uma calda de chocolate caseira ou frutas já fecham a comemoração natalina com chave de ouro", finaliza.
Brasileiro está comendo mais carne de porco
A crise econômica por qual está passando o país vem influenciando nos hábitos alimentares do consumidor, que está trocando a carne bovina, mais cara, pela suína ou de frango, bem mais em conta. Só para um exemplo: o abate de suínos é recorde no 3º trimestre de 2015, aponta IBGE. Foram 10,18 milhões de cabeças, alta de 5,1% em relação a 2º trimestre - o maior resultado desde o início da pesquisa, iniciada em 1997. A tendência é de aumento da procura por essas alternativas em 2016, o que deve refletir nos preços.
O país registrou abate recorde de frangos e suínos no terceiro trimestre deste ano, informou nesta terça (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O abate de suínos somou 10,18 milhões de cabeças, alta de 5,1% em relação ao segundo trimestre e aumento de 5,5% frente ao terceiro trimestre de 2014. Foi o maior resultado das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, iniciada em 1997.
O peso acumulado das carcaças de suínos alcançou 896,38 mil toneladas no terceiro trimestre. A região Sul respondeu por 66,6% do abate nacional de suínos no período, seguida pelas regiões Sudeste (18,2%), Centro-Oeste (14,0%), Nordeste (1,1%) e Norte (0,1%).
Frangos
Já o abate de frangos totalizou 1,50 bilhão de cabeças, elevação de 7,1% em relação ao segundo trimestre de 2015 e alta de 6,9% na comparação com o terceiro trimestre de 2014. O peso acumulado das carcaças foi de 3,38 milhões de toneladas. A região Sul respondeu por 60,2% do abate nacional de frangos no 3º trimestre de 2015, seguida pelas regiões Sudeste (19,2%), Centro-Oeste (15,0%), Nordeste (3,8%) e Norte (1,8%).
Bovinos
Em compensação, houve queda no abate de bovinos, que ficou em 7,56 milhões de cabeças, um recuo de 0,9% em relação ao segundo trimestre de 2015 e redução de 10,8% frente ao terceiro trimestre de 2014. O peso acumulado de carcaças foi de 1,87 milhões de toneladas.
A queda no abate de bovinos foi provocada por reduções em 22 das 27 unidades da federação. As principais quedas ocorreram em: São Paulo (-191,21 mil cabeças), Mato Grosso (-160,58 mil cabeças), Minas Gerais (-131,11 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-116,65 mil cabeças), Paraná (-76,84 mil cabeças), Bahia (-66,52 mil cabeças), Goiás (-60,49 mil cabeças) e Rondônia (-48,98 mil cabeças). Mato Grosso continua a liderar o abate de bovinos, seguido por Mato Grosso do Sul e Goiás.
Preço do arroz pode aumentar mais
IBGE prevê safra de grãos 1,9% menor na 1ª previsão para 2016.Queda deve-se a menor estimativa para regiões Norte, Sul e Centro-Oeste. Algodão, milho e arroz devem sofrer redução na produção de até 4,1%.
A safra brasileira de grãos deve chegar a 206,5 milhões de toneladas na primeira previsão para 2016. O valor é 1,9% menor ao esperado para 2015, informou nesta terça-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta redução deve-se às menores produções previstas para as regiões Norte (-11,5%), Sul (-1,2%) e Centro-Oeste (-4,5%).
Entre os seis produtos de maior importância, três registraram avanço na estimativa de produção: amendoim em casca (5,3%), feijão 1ª safra (23,3%) e soja (3,5%). Na contramão, a previsão recuou para algodão herbáceo (-4,1%), arroz (em casca) (-2,6%) e milho em grão 1ª safra (-2,4%).
Quem é quem
Para termos uma idéia da produção brasileira de cereais, leguminosas e oleoginosas, os estados que comõem o Centro- Oeste são responsáveis por 42,6%, ficando em primeiro lugar; em segundo no rancking estão os estados so sul, com 36,5%; o sudeste, onde está concentrada a economia brasileira, responde apenas por 9,2%; e o nordeste 8%. O estados do Norte do país respondem por pouco mais de 1%.
Sobre o algodão herbáceo, o gerente ressaltou que “as chuvas de verão ainda não se firmaram, o que derruba as perspectivas do rendimento médio, uma vez que pode reduzir a janela de plantio da cultura”. De acordo com a pesquisa, a Bahia, que possui todo o algodão plantado em primeira safra, “já demonstra reduções negativas da área plantada, -0,4%, e do rendimento médio, -5,1%.
A respeito do arroz, o gerente destacou que os dados são influenciados principalmente pelo Rio Grande do Sul, maior produtor do país, que aguarda uma redução de 3,4% na área plantada, “com a produção caindo no mesmo percentual”. “Em 2015, a produção de arroz foi beneficiada pelos elevados níveis de reservatórios de irrigação e pelo clima favorável durante a colheita, que inclusive contribuiu para melhorar a qualidade do produto colhido”, afirmou Mauro Andre Andreazzi, gerente de agropecuária do IBGE.
“Nos últimos anos, a área plantada com o milho verão vem declinado, em decorrência da opção do plantio da soja nesta época, uma vez que a leguminosa tem proporcionado melhores resultados financeiros para os produtores”, analisou.
Quanto à área prevista, as variações positivas ficaram com algodão herbáceo (0,7%), arroz (3%), feijão 1ª safra (10,6%) e soja (0,5%), e as negativas com amendoim 1ª safra (5,3%) e milho 1ª safra (1,7%).
“A excelente safra de soja observada em 2015 e os bons preços para 2016 tendem a estimular os sojicultores a continuar o plantio da cultura em larga escala”, completou. "Nesse primeiro prognóstico, já se está se superando uma nova safra recorde da soja", concluiu. De acordo com a estimativa, a produção deve ser 3,5% maior do que no ano anterior.
No entanto, de acordo com o gerente, como há previsão de aumento da área da soja e queda da área do milho, em termos de volume, a produção é menor, explicou Mauro Andreazzi, sobre o prognóstico que prevê uma safra 1,9% menor.
"Cai em termos de volume, não de valor, porque a soja está pagando mais do que o milho. É mais um ano que o produtor prefere plantar soja a milho", afirmou.
Estimativa para 2015
O IBGE também divulgou sua 10ª estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, que somou 210,6 milhões de toneladas, 8,2% superior à obtida em 2014 e 0,2% menor que a avaliação de setembro.
A estimativa da área a ser colhida subiu 1,9% em relação à área colhida de 2014, para 57,8 milhões de hectares. Arroz, milho e soja, somados, representaram 92,7% da estimativa da produção e responderam por 86,3% da área a ser colhida.
Frente ao ano passado, o aumento é de 5,9% na área da soja, de 1,3% na área do milho e queda de 6,1% na área de arroz. Quanto à produção, houve altas de 3% para o arroz, 11,7% para a soja e de 7,4% para o milho.
Perspectiva para 2016
Produção de ovos é recorde no 3º trimestre
Segundo IBGE,foram produzidas 749,96 milhões de dúzias no período.Alta de 3,9% frente à registrada no trimestre anterior. A grande notícia neste final de ano é a de que o produto poderá ter o seu preço reduzido nas centrais de abastecimento do país, logo nos primeiros dias de 2016. Brasileiro também voltou a consumir leite e derivados, apesar da inflação.
O país teve produção recorde de ovos no terceiro trimestre deste ano, com 749,96 milhões de dúzias, de acordo com os dados das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgados nesta terça-feira (15/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção de ovos foi 3,9% maior do que a registrada no trimestre imediatamente anterior. Em relação ao terceiro trimestre de 2014, a alta foi de 4,1%.
Todas as grandes regiões apresentaram aumento em relação ao ano passado com destaque para o Sul, onde a elevação de 9,3% na produção de ovos foi puxado por incrementos no Paraná (11,1%), no Rio Grande do Sul (8,9%) e também em Santa Catarina (6,3%). Apenas Minas Gerais registrou redução (-2,5%) entre os principais estados produtores.
Leite
De acordo com o IBGE, o país registrou aquisição de 5,98 bilhões de litros de leite pelas indústrias processadoras no terceiro trimestre deste ano. O montante representa um aumento de 6,0% sobre o registrado no segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve queda de 3,9%.
Todas as grandes regiões registraram redução na aquisição de leite em relação ao mesmo período de 2014. No Sul, o recuo de 4,2% foi provocado pelas perdas no Paraná (-6,7%), em Santa Catarina (-5,0%) e Rio Grande do Sul (-1,7%). No Centro-Oeste, a queda de 9,1% teve influência de Goiás (-9,3%) e Mato Grosso (-13,3%). No Norte, a redução de 13,9% foi puxada por Pará (-24,0%) e Rondônia (-9,7%). No Nordeste, a aquisição de leite foi 2,5% menor.
Couro
O levantamento do IBGE revelou também que o Brasil registrou aquisição de 8,09 milhões de peças de couro bovino no terceiro trimestre deste ano. O resultado foi 0,3% maior do que o registrado no segundo trimestre do ano, mas houve uma redução de 12,2% na comparação com o terceiro trimestre de 2014. A maior parte do couro adquirido era originária de matadouros e frigoríficos.
A redução de 1,12 milhão de peças inteiras de couro adquiridas no País em relação a 2014 foi provocada por recuos em 17 das 20 unidades da federação. As principais quedas absolutas foram registradas em: Paraná (-282,57 mil peças), Mato Grosso (-218,96 mil peças), Rio Grande do Sul (-194,81 mil peças), Minas Gerais (-164,34 mil peças), Pará (-105,71 mil peças), Bahia (-83,37 mil peças), São Paulo (-68,62 mil peças) e Goiás (-64,86 mil peças).
Houve elevação relevante na aquisição de peças de couro em Rondônia (+129,49 mil peças), Tocantins (+120,32 mil peças) e Roraima (+10,01 mil peças).
Mato Grosso se mantém na liderança do recebimento de couro pelos curtumes, seguido por São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Assinar:
Postagens (Atom)