segunda-feira, 15 de junho de 2015
EXCLUSIVO/Pesquisa: Ceasa capixaba foi a que mais cresceu entre 2014 e 2015
Nem mesmo a poderosa Ceagesp, maior central de abastecimento da América Latina, teve a comercialização de alimentos satisfatória, aponta estudo do governo federal: registrou aumento pífio de apenas 1,24%, no total geral.
Fatores climáticos, produção quebrada, problemas com a política econômica, retração na demanda, falta de infraestrutura adequada. Se você apontar todos os problemas citados aqui, ainda vai ficar faltando algum se o assunto for movimentação de mercadorias nas principais centrais de abastecimento de alimentos do país: Ceagesp, Ceasa Vitória, Ceasa Minas Gerais e Ceasa do Rio de Janeiro. Apenas a Ceasa capixaba apresentou crescimento considerável em relação às outras: o volume de comercialização chegou a 5,05%, no ano passado, como aponta o Boletim de Hortifrutigranjeiros Abril 2015, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão regulador da produção ligado ao governo federal. O levantamento aponta a comercialização de hortigranjeiros entre 2014 e 2015.
No total geral, os valores registrados foram de R$ 28.044.069.838,34, representando aumento de 5,02% em relação à 2014, apesar de todos os revezes climáticos e financeiros ocorridos nas regiões produtoras. O programa Conab/Prohort levou em conta 117 variedades de produtos e 133 diferentes hortaliças comercializadas.
A CeasaMinas, outra gigante na comercialização brasileira, teve a sua principal central, na capital Belo Horizonte, apresentando crescimento de apenas 2,30%. Outra gigante em comercialização, a Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte do Rio, capital fluminense, o crescimento apresentado foi de 2,77%.
Valores reduzidos
Como nas empresas de ônibus, os lucros ou resultados financeiros são guardados numa espécie de "caixa preta" por empresários e comerciantes dessas centrais de abastecimento, que temem por sequestros ou outros crimes. O CeasaCompras teve acesso a esses valores, relativos à comercialização de produtos. Na Ceagesp, incluindo todas as unidades, em dinheiro, o crescimento apresentado foi de 14,88%. Saltou de R$ 6,111 bi para R$ 7,02 bi.
Já, na CeasaMinas, o crescimento foi menos de 1%, ou seja 0,16% ( de Rs 2,282 bi para apenas R$ 2,279 bi). Na Ceasa Grande Rio, o dinheiro circulante cresceu 3,033% em um ano ( de R$ 2,935 bi para R4 3,033 bi). E no Espírito Santo, a Ceasa Vitória registrou apenas 1,45% no valor de comercialização dos produtos: de R$ 904.299. 736,33 para R$ 917. 374. 559,46.
Veja a relação por unidades de abastecimento:
Ceagesp
São Paulo, capital: de R$ 3.318.938,565 para R$ 3.360.010,504 (+ 1,24%);
Araçatuba: de R$ 21.086, 892 para R$ 22.120,342 ( + 4,90%);
Araraquara: de R$ 35.953,222 para R$ 47.192,104 (+ 31,26%);
Bauru: de R$ 74.746,253 para R$ 81.844,063 (+ 9,50%);
Franca: de R$ 10.647,110 para R$ 12.881,002 (+ 20,98%);
Marília: de R$ 12.693,986 para R$ 14.429,835 (+ 13,67%);
Piracicaba: recuou de R$ 47.272,560 para R$ 47.268,328 (- 0,01%);
Presidente Prudente: de R$ 60.181,057 para R$ 61.004,470 (+ 1,37%);
Ribeirão Preto: de R$ 193.312,306 para R$ 238.748,698 (+ 23,5%);
São José do Rio Preto: de R$ 84.308,721 para R$ 96.687,410 (+ 14,68);
São José dos Campos: recuou de R$ 109.632,163 para R$ 107.480,126 (-1,96%);
Sorocaba: de R$ 105.346,634 para R$ 120.546,730 (+14,43%).
Ceasa ES
Vitória, capital: de R$ 511.883,723 para R$ 537.741,061 (+5,05%);
Cachoeiro do Itapemirim: de R$ 18.314,796 para R$ 22.718,208 (+ 24,04%);
Ceasa MG
Belo Horizonte, capital: de R$ 1.453.902,244 para R$ 1.487.284,566 (+ 2,30%);
Caratinga: de R$ 41.340,309 para R$ 44.271,585 (+7,05%);
Governador Valadares: recuou de R$ 44.535,778 para R$ 41.953,475 (-5,80%);
Juiz de Fora: recuou de R$ 66.639,705 para R$ 61.984,278 (-6,99%);
Uberlândia: de R$ 222.046,664 para R$ 231.487,590 (+4,25%);
Barbacena: de R$ 16.022,197 para R$ 17.612,355 (+ 9,92%).
Ceasa RJ
Rio, capital: de R$ 1.423.913,000 para R$ 1.463.398.000 (+ 2,77%);
Ponto Pergunta: de R$ 27.586.000 para R$ 29.754.000 (+ 7,85%);
Nova Friburgo: recuou de R$ 15.321.000 para R$ 13.238.000 (-13,60%):
Paty do Alferes: recuou de R$ 15.452.000 para R$ 13.297.000 (-13,95%);
São Gonçalo: recuou de R$ 19.279.000 para R$ 161.167.000 (- 18,72%).
Outras unidades de mercado independentes
Ceasa Campinas (SP): recuou de R$ 543.870,424 para R$ 538.865.907 (-0,92%);
Centro Integrado de Abastecimento de Itajubá (MG): recuou de R$ 12.300.000 para R$ 11.050.182 (-10,16%);
Patos de Minas (MG): recuou de R$ 28.700.000 para R$ 26.783.325 (-6,68%);
Ceasa Noroeste (ES): recuou de R$ 28.079.250 para R$ 19.710.848 (-29,80%).
Sem dinheiro, Classe C corta supérfluos cada vez mais
Os anos gordos ficaram para trás.Assustada com a crise, classe C abre mão de conquistas de consumo e recorre a bicos para equilibrar o orçamento, aponta essa reportagem do Estadão que estamos reproduzindo.
Seis e vinte da manhã no bairro Bonsucesso, em Guarulhos. Valmira Souza passa apressada pelas roupas que havia pendurado às 11 horas da noite anterior. Não pode perder a condução - o ônibus passa às 6h33. Em dias bons, às 9h está na casa da patroa, que mora em um bairro nobre da capital. Enquanto corria corredor afora, a diarista, de 39 anos, ainda não sabia que, naquela segunda-feira, a sorte não estaria a seu favor. Até o terminal Armênia, na região norte de São Paulo, seriam três horas e meia. E ainda teria de pagar o metrô e fazer duas baldeações.
Trabalhando para quatro patrões diferentes, Valmira tira R$ 1,8 mil por mês. Após 19 anos de casamento, decidiu se separar. O ex-marido, desempregado, exigiu ser ressarcido do dinheiro que gastara com o material da casa que construíram no terreno do irmão dela. O saldo entre o que Valmira tem de pagar e a pensão definida em juízo é negativo em R$ 195 ao mês. A diferença faz falta. A conta do mercado não para de subir, quatro filhos na escola, a máquina de lavar está com um barulho estranho. “Vou ter de resolver, dar um jeito. Sozinha.”
Valmira Souza, doméstica, sai todos os dias de casa às 6h30 e enfrenta uma viagem de 3 horas de onibus para chegar ao trabalho
Ao longo de 2015, o brasileiro sentiu o “susto” da crise, diz André Torretta, presidente da consultoria A Ponte Estratégia, especializada na classe C. Água, luz e supermercado agora abocanham uma parcela bem maior da renda. Por isso, a nova classe média vem cortando supérfluos - iogurte, bolacha recheada, hambúrguer na praça de alimentação e cinema aos fins de semana. O carro, conquistado em suaves prestações, não raramente fica na garagem por causa do combustível caro. A intenção de consumo das famílias está no menor nível em cinco anos.
O que o consumidor sente na pele está transparente nos indicadores econômicos. Enquanto a inflação só aumenta - os alimentos subiram 4,56% de janeiro a maio, segundo o IBGE -, a renda vai no sentido contrário. O rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 2.138 em abril, queda de 2,9% em 12 meses. A partir deste domingo, o Estado vai mostrar, em uma série de três reportagens, os efeitos da crise para famílias e empresas. Nesta edição, reuniu histórias sobre como o brasileiro está lidando com a redução da renda.
Apesar do cenário negativo, especialistas na classe média brasileira afirmam que essa população não é fatalista. “Essas pessoas sabem que atingiram um novo patamar nos últimos dez anos. E vão se virar para proteger o que conquistaram”, diz Torreta, da A Ponte Estratégia. Já Luciana Aguiar, fundadora da consultoria Plano CDE, diz que esse público conta com fortes laços de solidariedade que são um “porto seguro” em momentos de dificuldades.
Mais do que nada. Sete anos atrás, Ruth Mendonça, então com 21 anos, saiu à rua a pé com os quatro filhos, dois no colo e dois agarrados em suas roupas, em direção à casa da mãe. Na época, não sabia fazer nada - tinha engravidado aos 14 anos e sempre dependera do ex-marido. Ao pedir abrigo, precisava contribuir. Resolveu fazer as unhas das conhecidas. De mão em mão, acabou nas esmalterias dos Jardins. Agora, administra um salão a poucos passos de sua casa, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo. Esmaltes expostos nas paredes amarelas, uma cadeira de cabeleireira e futuros serviços de depilação na sobreloja. “Tudo é bem simples”, diz. “Mas, quando olho para trás, acho que estou rica.”
Depois de anos em que cada dia parecia ser um degrau acima rumo a uma vida melhor, Ruth agora sente o baque da crise. Como administradora, não paga aluguel, mas dá uma comissão ao dono do imóvel. A cabeleireira tira a própria parte ao fim do dia de trabalho. Ruth fica com o que sobra: chegava a ter R$ 2 mil para ajudar no sustento da casa que divide com a mãe, o irmão e os filhos - uma “escadinha” de 12, 10, 9 e 7 anos. Mas este ano o movimento não para de cair. Agora, no fim do mês, ela tem, quando muito, R$ 1,3 mil. Embora esteja sendo obrigada a cortar gastos, não permite que a situação vire motivo para drama. “Tem gente que só quer o lado fácil da vida. Se eu não puder ter toda a fartura, pelo menos vou ter um saco de arroz para pôr na mesa.”
Mas Ruth não vai ficar de braços cruzados. A clientela sumida, ao ser abordada na rua, assume que está difícil colocar comida na mesa e cuidar ao mesmo tempo da beleza. “Vou panfletar, mostrar nossas promoções”, diz ela. Corte de cabelo com depilação sai mais barato, tintura com pedicure também. “Não posso pensar que estou nos Jardins. Aqui, R$ 5 menos pode fazer a minha cliente voltar.”
Enquanto Ruth tenta revitalizar seu negócio, do ouro lado da cidade, no Peri Alto, zona norte, a dona de casa Silvia Fernandes faz e refaz as contas. Com R$ 1,8 mil por mês para administrar, decretou no início deste ano o fim das prestações de eletrodomésticos e das compras de roupas e calçados. “Tênis novo só quando o atual furar.” Para abrigar a família, os cômodos foram construídos morro abaixo. Sala e cozinha ficam no piso mais alto, enquanto os dois quartos e o puxadinho que o filho e a nora construíram ficam no “andar” de baixo. São nove moradores: além de Silvia, há os cinco filhos (todos homens e com nomes iniciados com a letra M), o marido, a sogra e a nora. Isso sem contar dois cães e seis pássaros. Na casa, só o marido, o filho e a sogra trabalham - a nora, operadora de caixa, foi demitida no início do ano. A explicação foi padrão: corte de custos.
Surpresa no portão. Já era noite quando Valmira virou a esquina da rua de sua casa, em Guarulhos. No portão, uma silhueta conhecida: o ex-marido, escorado na antiga moto do casal. Ela já havia depositado o pagamento do material da construção, mas ele não havia pago a pensão dos filhos. Estava cansada demais para convidá-lo para um café, preferia manter a conversa rápida. Na calçada, fizeram um acordo, sem juiz ou assinatura. Ela ficaria livre dos depósitos mensais de R$ 595 e ele não pagaria a pensão de R$ 400 por um ano. Começou ali mesmo a fazer planos para o dinheiro extra: “Vou guardar para dar entrada num barraco.”
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Portal CeasaCompras.com, sucesso no Brasil e exterior
Durante dez meses de experiência, desde agosto de 2014, quando começamos a lançar matérias e análises econômicas sobre movimentação de produtos e preços praticados nas principais centrais de abastecimento do país, situadas na Região Sudeste, e também no Rio grande do Sul, o Portal CeasaCompras.com vem chamando a atenção de um público altamente variado e qualificado, entre brasileiros e estrangeiros. Sem qualquer tipo de propaganda ou divulgação agressiva, de acordo com um relatório de acessos elaborado pelo nosso setor de Tecnologia da Informação (TI), chegamos a um total de 155.968 visualizações. No mês de maio passado foram 25 mil acessos. O tempo médio de leitura das notícias é de 12' e 36" (doze minutos e trinta e seis segundos), o que é muito se considerarmos a gama de outras informações que circula na Internet e mídias sociais, do qual também estamos participando: Facebook e o Blog CeasaCompras (www.ceasacompras.com.br), com mais de 2 mil visualizações e curtidas. No caso do Face, ele é acompanhado por autoridades de países como Emirados Árabes, Catar, Kwuait, Jordânia e Egito, já divulgados por nós anteriormente.
Conforme destaca o relatório, estados como o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais lideram o total de acessos, que também é acompanhado por outras capitais e cidades brasileiras: Salvador, Porto Alegre, Fortaleza, Brasília, Vila Velha, Goiânia, Cuiabá, Curitiba.
Em Portugal, pelo menos moradores de quatro importantes cidades lêem e acompanham o Portal CeasaCompras: Lisboa, Porto, Beja e Viana do Castelo. Na Itália, os acessos estão vindo de Roma, Milão, Turim e Veneza, Sem contar também a cidade do Kwuait, no país do mesmo nome.
Além do Brasil, estão acessando o portal, pela ordem, internautas da Rússia, Itália, Portugal, Espanha, Malásia, Austria, Canadá, Chile, Algéria, Reino Unido, Índia, Kwait, Siri Lanka, Condado de Luxemburgo, Peru, Filipinas e Romênia.
A partir de agora, o portal CeasaCompras irá se especializar mais, reconfigurando o seu layout, incrementando o Guia de Lojas, o Guia Gastronômico, o Informe Econômico e matérias setoriais indicando, para o comerciante e o consumidor em geral, o que comprar e onde comprar dentro da Ceasa do Rio de Janeiro, que é o nosso ponto de partida. Claro, iremos falar também da Ceagesp, CeasaMinas, Ceasa Espírito Santo e Ceasa Rio Grande do Sul. E objetivando criar também o canal importante de acesso com o produtor rural, indústria e comércio. A WebTV será uma ferramenta primordial nesse processo dinâmico da informação.
Além de informar o nosso público seguidor, incluindo informações tanto do Portal, como do Face e do Blog, ao se cadastrar, esse mesmo público terá vantagens e participará de sorteios de passeios e viagens, que estamos preparando. Aguardem.
E uma indicação: curtam essa ideia, compartilhem e avisem geral sobre a novidade que é o ceasa compras.
Conforme destaca o relatório, estados como o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais lideram o total de acessos, que também é acompanhado por outras capitais e cidades brasileiras: Salvador, Porto Alegre, Fortaleza, Brasília, Vila Velha, Goiânia, Cuiabá, Curitiba.
Em Portugal, pelo menos moradores de quatro importantes cidades lêem e acompanham o Portal CeasaCompras: Lisboa, Porto, Beja e Viana do Castelo. Na Itália, os acessos estão vindo de Roma, Milão, Turim e Veneza, Sem contar também a cidade do Kwuait, no país do mesmo nome.
Além do Brasil, estão acessando o portal, pela ordem, internautas da Rússia, Itália, Portugal, Espanha, Malásia, Austria, Canadá, Chile, Algéria, Reino Unido, Índia, Kwait, Siri Lanka, Condado de Luxemburgo, Peru, Filipinas e Romênia.
A partir de agora, o portal CeasaCompras irá se especializar mais, reconfigurando o seu layout, incrementando o Guia de Lojas, o Guia Gastronômico, o Informe Econômico e matérias setoriais indicando, para o comerciante e o consumidor em geral, o que comprar e onde comprar dentro da Ceasa do Rio de Janeiro, que é o nosso ponto de partida. Claro, iremos falar também da Ceagesp, CeasaMinas, Ceasa Espírito Santo e Ceasa Rio Grande do Sul. E objetivando criar também o canal importante de acesso com o produtor rural, indústria e comércio. A WebTV será uma ferramenta primordial nesse processo dinâmico da informação.
Além de informar o nosso público seguidor, incluindo informações tanto do Portal, como do Face e do Blog, ao se cadastrar, esse mesmo público terá vantagens e participará de sorteios de passeios e viagens, que estamos preparando. Aguardem.
E uma indicação: curtam essa ideia, compartilhem e avisem geral sobre a novidade que é o ceasa compras.
Preço da cebola: aumento de quase 200% em apenas 1 ano
Estudo divulgado pela diretoria técnica da Ceasa de Minas Gerais diz que o total geral no volume de venda dos produtos em seus mercados foi de apenas 2%.
É como nas delegacias, em relação a algumas investigações: enquanto um marginal "banca" todas as encrencas na região, outro fica por aí azucrinando sem ser incomodado. É o caso da cebola em relação ao tomate, este último pagando todos os ônus e sendo considerado o "inimigo público", por conta dos aumentos de preços e acusado de ser o responsável pelo aumento da cesta básica de boa parte da população brasileira. De acordo com um estudo de conjuntura econômica, divulgado pela CeasaMinas, para o mês de maio, o quilo da cebola amarela nacional no atacado saltou de R$ 1,40, em maio de 2014, para R$ 3,63, em maio deste ano. No caso da cebola importada, passou também de R$ 1,64 para R$ 3,80.
Por incrível que pareça, o preço do tomate longa vida na Central de Abastecimento mineira teve um aumento muito pequeno no período de um ano: R$ 2,20, o quilo em 2014; e, agora, R$ 2,60. O crescimento da produção em abril/maio foi de 10,08%.
Voltando ao caso da cebola nacional, em abril e maio de 2014 houve um crescimento de volume comercializado na central da ordem de 159,29%. E agora, no mesmo período, registrou apenas a marca de 53,16%. A cebola importada apresentou queda em volume de vendas, de 131,71% para os atuais 52,61%. A tendência é que os preços continuem aumentando devido a queda de produção, conforme constatou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tomado como base pelo estudo da diretoria técnica da CeasaMinas.
Os preços baixos verificados na venda do produto, em 2014, inibiram os produtores de cebola amarela, que reduziram áreas de plantio para a colheita 2015, o que tem proporcionado as altas cotações atuais de preços. Ainda conforme dados recolhidos pelo LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), do IBGE, de maio deste ano constatou que a intenção de produção agrícola em Minas Gerais caiu 8% em área plantada. A queda na produção nacional também força os preços para cima.
Não tão vertiginosos como os preços da cebola nacional e importada, o alho importado registrou apenas 0,11% em volume comercializado em abril e maio de 2015, ao contrário do ano passado quando foi de 35,62%, em igual período. A alta do dólar e desvalorização do Real devem ter contribuído muito para isso. O preço por quilo saltou de R$ 6,85 para R$ 9,29. O alho brasileiro, que manteve-se no mesmo patamar do importado em termo de crescimento, tem o preço por quilo alterado de R$ 6,85 para R$ 8,74. Em abril e maio do ano passado, o volume de vendas do alho nacional foi de 27,96% no mesmo período.
A cenoura apresentou crescimento tímido em abril/maio desse ano, que foi de 29,61%; quanto que, em igual período do ano passado fora de 80,73%. Os preços apresentaram alta de quase 100%: de R$ 1,09, o quilo no atacado, para R$ 1,97. O estudo apresentado pela Ceasa de Minas Gerais diz que no caso da cenoura já previsto essa diferenciação, com base nos registros do Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (CEPEA) da Universidade de São Paulo (USP).
Batata, menos impacto
A batata lisa, cuja movimentação em abril/maio de 2014 foi negativa de menos 8,82%, em igual período de 2015 cresceu 4,20%. Esse crescimento pífio é devido a pouca oferta proveniente do Triângulo Mineiro e Alto Parnaíba. A situação só não ficou pior porque a produção de batata originária de São Paulo, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul proporcionaram um aumento de volume na CeasaMinas.
Crescimento menor no geral
Durante o mês de maio de 2015, foram colocadas quase 175 mil toneladas de produtos à disposição dos compradores da CeasaMinas, representando uma queda de 2% em relação ao registrado em igual mês de 2014 e acréscimo de praticamente igual percentual ante abril último. A oferta está estimada em mais de 368 milhões de reais.
Campanha: "O que é isso, mamãe?"
Salsa: tempero da saúde
O plantio da salsa no Espírito Santo tem destaque no município de Santa Maria de Jetibá, responsável por 82,85%. O Rio de Janeiro, principalmente na Região Serrana, se produz mais de 90% das verduras consumidas pela população fluminense.
A salsa, ou salsinha como é popularmente conhecida, é uma erva aromática bastante utilizada como tempero na culinária brasileira, mas o que poucos sabem é que ela é uma aliada da saúde por conter uma série de benefícios, entre os quais as vitaminas C e K.
Segundo a nutricionista Matilde Alves a salsa é rica em vitaminas do complexo C que ajuda a proteger o organismo de infecções. “A vitamina C ajuda a manter a saúde dos ossos, cartilagens e mucosas e facilita a absorção de ferro. Além disso, possui uma grande quantidade de vitamina K, que auxilia a regular os processos de coagulação do sangue”, relata a nutricionista.
O plantio da salsa no Espírito Santo tem destaque no município de Santa Maria de Jetibá, responsável por 82,85% do total comercializado nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES). Só nos primeiros cinco meses do ano circularam, pelo entreposto da Ceasa em Cariacica, 288.753,69 quilos de salsa ofertados pelo município.
Em seguida vem o município de Marechal Floriano, que ofertou no entreposto central 10.835 quilos. Outros municípios como Alfredo Chaves, Cariacica, Domingos Martins, Santa Teresa, Viana, Itarana, Santa Leopoldina e Afonso Cláudio, que ajudaram a totalizar 348.344,28 quilos do produto comercializados.
Para saborear e aproveitar os benefícios da salsa, a nutricionista indica uma receita bem fácil.
Manteiga aromatizada com salsa e cebolinha:
Ingredientes:
200g de manteiga ou 200 ml de azeite
1 colher de sopa de cebolinha picada
1 e 1/2 colher de sopa de salsa picada
4 dentes de alho picados
Preparo
Pique todos os ingredientes e reserve. Deixe a manteiga amolecer em temperatura ambiente. Em seguida misture bem os ingredientes à manteiga e coloque para gelar. Assim, estará pronta para usar.
Amil quer crianças identificando legumes e verduras
Vídeo foi lançado pela Amil nas redes sociais, elaborado pela agência Artplan de publicidade, mostra crianças desenhando o que mais gostam de comer. Os exemplos são: pizza, chocolate, maionese, batata frita, mostarda. Nenhuma conhecia outro tipo de alimento se não fast food. Projeto faz parte de campanha contra a obesidade, idealizada pela empresa de medicina privada, uma das maiores do país.
Em uma campanha sobre a obesidade infantil, crianças são estimuladas a desenharem os alimentos que mais gostam e, em seguida, outros como beterraba, rúcula e inhame. Enquanto o primeiro pedido teve como resultado representações de pizzas e hambúrgueres, o segundo não foi bem sucedido porque as crianças não conheciam aqueles ingredientes e não conseguiram reproduzi-los no papel.
Foi pedido para que as crianças desenhassem o que é uma beterraba, chuchu, inhame, couve-flor. Abobrinha, que elas nunca ouviram falar. O resultado inicial delas, foi torcer o nariz para o pedido inusitado. Mas uma delas chegou a diser que conhecia alface, o que significa que nem tudo está perdido.
O vídeo, batizado de "Desenhos da Verdade", foi lançado pela Amil das redes sociais nesta quinta-feira (11/6), e faz parte de uma campanha da empresa contra a obesidade infantil iniciada em 2014.
As crianças que participaram da filmagem têm 6 anos, aproximadamente. O desenho foi mostrado em seguida aos pais, que se surpreenderam com o resultado. Um deles teve uma reação coerente: "Quem educa os filhos são os pais"; uma mãe larga a seguinte pérola: " Está faltando legumes na vida deles", quando ela mesma deveria ter incentivado desde o início. Outra, mais categórica: " Ele vai comprar comigo", garantiu a partir do que viu no desenho do filho. Nenhum deles nunca havia ensinado os filhos a se alimentar melhor.
“Quando a propaganda consegue a relevância de se tornar uma real contribuição à educação, à saúde, ao bem-estar e à qualidade de vida, é muito gratificante”, comenta Alessandra Sadock, Diretora de Criação da Artplan, agência que criou o vídeo.
Ainda no vídeo, uma especialista diz que as crianças têm que saber a origem dos alimentos além do pacote que conhecem.
Campanha CeasaCompras.com
Por conta dessa iniciativa, o CeasaCompras vai iniciar uma campanha em seu portal, no Face e no Blog CeasaCompras, visando orientar pais e filhos sobre o tipo importante de alimentos sobre a saúde. Incrementando o que vem fazendo desde o início. A campanha terá a seguinte chamada: " O que é isso, mamãe?". A Amil, por exemplo, está tentando praticar uma medicina preventiva. Aguardem.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Maior feira de orgânicos do País vai até sábado em São Paulo
Começa nesta quarta-feira (10/6), em São Paulo, o principal evento de negócios ligados ao setor de orgânicos no continente, a Biobrazil Fair/Biofach América Latina – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia. Novamente, a feira se instala no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, na zona sul. Entre 10 e 13 de junho (sábado agora), das 11h às 19h, os visitantes poderão conhecer – dá para arriscar dizer – absolutamente tudo o que se produz de alimentos orgânicos no Brasil, desde in natura até processados. Além disso, outros artigos, como roupas (incluindo moda íntima), cosméticos feitos com ingredientes orgânicos, produtos de limpeza, brinquedos, e até pasta de dentes orgânica e ração para pets! O bacana é que, ao contrário de várias outras feiras de negócios, onde só entram representantes de empresas interessadas, esta é gratuita e aberta ao público. Ou seja, dá para ter um “curso intensivo” sobre tudo o que se produz no segmento no Brasil e também em outros países.
Há vários estandes que promovem degustação e outros que vendem ali seus produtos a preços promocionais. Até um food truck da Mãe Terra, no estande da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), estará lá, servindo alimentos orgânicos e naturais. Já o Pão de Açúcar leva seu caminhão sustentável para oferecer aulas rápidas e gratuitas de gastronomia orgânica. Outra novidade é a máquina que extrai leite de grãos, no estande da Sabor Vida, ideal para pessoas intolerantes à lactose ou que adotam dietas vegetarianas e veganas. Ou também para quem simplesmente gosta de leite de aveia, arroz, castanhas, etc.
Ou seja, se o visitante estiver interessado em finalmente começar a adotar uma alimentação mais saudável, livre de resíduos de agrotóxicos e produzida com maior respeito pelo meio ambiente, agora é a hora de se inteirar do assunto e já adquirir alguns alimentos ou pelo menos contatar diretamente seus fornecedores. A Biobrazil Fair/Biofach vai reunir 122 expositores, informa a Francal Feiras, organizadora do evento, em parceria com a NürnbergMesse – dona da marca Biofach e promotora de várias feiras do gênero, entre elas a Biofach Nuremberg, a principal feira do segmento de orgânicos do mundo.
Eventos
Durante a feira, ocorrem vários eventos – o único aberto ao público é o 11º Fórum Orgânico e Sustentável:
DIA 10 (quarta-feira) – Às 9h, no auditório do 2º andar, haverá debate sobre a nova lei de alimentação escolar, sancionada pelo prefeito Fernando Haddad; – Das 14h às 18h, ocorrerá o 11º Fórum Internacional de Agricultura Orgânica e Sustentável. Veja programação completa no link acima. – A partir das 13h, assunto que interessa a quem quer comprar e vender orgânicos: a rodada de negócios, promovida pela Francal Feiras e pelo Sebrae. Entre os dias 11 e 12, empresários, compradores, produtores e varejo conversam entre si para fechar negócios no segmento.
DIA 11 (quinta-feira) – Às 9h, encontro com agricultores orgânicos, tendo em vista a aprovação da lei da merenda escolar orgânica no município de São Paulo. Será mapeada a oferta de produtos debatida a inserção destes produtos e produtores na alimentação escolar paulistana; – Às 12h30, autoridades mundiais do setor de orgânicos recebem a imprensa no estande da Organics Brasil. Entre os assuntos, os dez anos do projeto, o cenário mundial do segmento de orgânicos, certificações e a contribuição da Biobrazil Fair/Biofach no desenvolvimento da agricultura orgânica brasileira; – Das 14h às 18h, prossegue o 11º Fórum Internacional de Agricultura Orgânica e Sustentável (programação no link acima); – Prossegue a partir das 13h a rodada de negócios.
No mesmo Pavilhão da Bienal ocorre, paralelamente, a Naturaltech 2015 – 11ª Feira de Alimentação Saudável, Suplementos, Produtos Naturais e Saúde, único evento brasileiro de negócios voltado ao segmento de produtos naturais.
Além disso, será lançado o Anuário de Produtos Orgânicos, Naturais e Sustentáveis, editado pelo Espaço Orgânico, Natural e Sustentável. Este catálogo, atualizado, traz vários fornecedores de orgânicos, com contatos para interessados, além de duas pesquisas: uma sobre tendência de consumo interno de orgânicos e outra sobre lojas de orgânicos, ambas realizadas pela Nielsen e Kantar Indicator.
SERVIÇO: Informações pelo telefone (11) 2226-3100; site www.biobrazilfair.com.br (no site há também a descrição de produtos e lançamentos da Biobrazil/Biofach) e www.naturaltech.com.br Estacionamento dentro do Parque Ibirapuera, com zona azul.
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