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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Gengibre contra problemas digestivos e para aquecer o corpo

                    

Conhecido no continente europeu desde o tempo das Cruzadas, quando foi trazido da Ásia, sua introdução no Brasil é atribuída aos imigrantes holandeses, que chegaram no século XVII

Contudo, há relatos que citam a presença desta planta no ano de 1587, quando o famoso Visconde de Nassau veio para o Brasil trazendo um botânico chamado Pison – autor do livro Histoire naturelle du Brésil, que relatou o gengibre como planta indígena facilmente encontrado no campo, fato que o levou a considerar a raiz simultaneamente brasileira e asiática.

Hoje, o gengibre é cultivado principalmente áreas litorâneas, como Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, e no sul de São Paulo, em razão das condições mais favoráveis tanto de clima como de solo.

Apesar de por aqui ele ser muito lembrado nas épocas de temperaturas mais baixas, quando entra como ingrediente de bebidas quentes devido às suas propriedades termogênicas (que ativam o metabolismo do organismo e potencializam a queima de gordura corporal), em outras culturas o gengibre é muito utilizado para tratar da saúde.

No Japão, usa-se o óleo de gengibre para massagens no trato de problemas de coluna e articulações. Na fisioterapia chinesa, essa raiz é chamada de "Gan Jiang" e apresenta as propriedades acre e quente. Sua ação mais importante é a de aquecer o baço e o estômago, expelindo o frio. É usada contra a perda de apetite, membros frios, diarreia, vômitos e dor abdominal. Aquece os pulmões e transforma as secreções.

Na Índia, a medicina ayurveda (mãe da medicina tradicional) reconhece a ação dessa planta sobre o sistema digestivo, sendo indicada para evitar enjoos e náuseas, confirmando alguns dos seus usos populares, em que o gengibre é indicado na digestão de alimentos gordurosos.

Possui uma substância chamada gingerol, que tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que protegem o organismo de bactérias e fungos. A raiz é rica em vitamina B6, potássio, magnésio e cobre

Na culinária, o gengibre é bastante usado por possui sabor picante e entrar tanto em pratos salgados quanto nos doces e em diversas formas: fresco, seco, em conserva ou cristalizado. O que não é recomendado é substituir um pelo outro nas receitas, pois seus sabores são muito distintos: o gengibre seco é mais aromático e tem sabor mais suave.

O gengibre fresco é amplamente utilizado no países asiáticos. No Japão costuma-se usar o suco do gengibre espremido para temperar frango e as conservas, feitas com os rizomas jovens, que são consumidas puras ou com sushi. Já o gengibre cristalizado é um dos confeitos mais consumidos no Sudeste Asiático.

No Ocidente, em muitos países de língua inglesa, como nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, a raiz é um dos principais ingredientes para os famosos bonecos de gengibre, muito consumidos no Natal.

Já ouviu falar em Gari (conserva de gengibre)?



                   Imagem inline 1


Desde que a culinária japonesa entrou na moda, não há quem não tenha provado sushi ou sashimi, muitas vezes acompanhado de uma conserva feita de fatias finas de gengibre colocadas em um caldo agridoce, que tanto podem estar na cor natural ou avermelhadas, graças ao uso de colorantes de alimentos. 

Estamos falando do gari, cuja função é limpar e preparar as papilas gustativas do sabor do que foi anteriormente ingerido para realçar o sabor do próximo alimento. Apesar de hoje em dia ser facilmente encontrado nas prateleiras dos supermercados e casas de produtos orientais, não há nada como preparar o gari em casa mesmo, com gengibre fresco, de preferência com raízes novas. 

Nas feiras e supermercados, o gengibre novo é encontrado ainda com as folhagens que, quanto mais verdes, mais indicam que foram acabados de ser retirados do solo. Aproveite que o gengibre está com o preço em baixa no atacado esta semana para preparar esta deliciosa receita de gengibre em conserva, que vai muito bem com peixes, carnes vermelhas e assados de modo geral.

GARI (conserva de gengibre)

Ingredientes

    1 xícara de vinagre de arroz
    1 xícara de açúcar
    1 colher de sopa de sal
    1 gengibre grande
    Colorante alimentício vermelho (opcional)


Modo de fazer

    Remova a casca do gengibre utilizando uma colher de sopa para raspar (é mais fácil do que usar um descascador ou faca).
    Corte o gengibre o mais fino que conseguir, utilizando uma faca ou fatiador.
    Coloque o gengibre em uma peneira ou escorredor de macarrão e jogue por cima dele o sal, para soltar a água.
    Passado uma hora, enxágue o gengibre com água.
    Com um papel toalha bem grosso ou uma toalha de pano fina, esprema o gengibre para que toda a água seja drenada e ele fique bem sequinho.
    Coloque o gengibre em um recipiente de vidro devidamente esterilizado.
    Misture em uma panela o açúcar e o vinagre de arroz. Mexa em fogo baixo mexa até que o açúcar se dissolva e o líquido fique transparente.
    Com o auxílio de um funil, jogue a mistura de vinagre e açúcar ainda quente sobre o gengibre, até que ele fique completamente coberto.
    Guarde na geladeira por 24 horas antes de consumir.
    Passado esse tempo é só mantê-lo na geladeira.
    O gengibre pode oxidar com o tempo e ficar com uma coloração levemente rosada, mas não se assuste, pois isto é normal. 
    Se você quiser acentuar a cor rosada ou avermelhada, pode misturar corante alimentício no caldo antes de misturá-lo com o gengibre cortado, até atingir a coloração desejada.