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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Venda de caminhões novos salta 56% em janeiro

Avanço foi puxado pelos pesados e semipesados, mas o resultado positivo se dá sobre a base pequena registrada em janeiro de 2016.

O setor de caminhões começou 2018 com uma alta de 56% nas vendas de modelos novos, segundo dados da federação de concessionários (Fenabrave). Foram 4.594 unidades emplacadas no primeiro mês do ano, contra 2.940 em janeiro de 2016.

O salto ocorre na comparação com os volumes baixos do início do ano passado, os piores em quase 20 anos no país. Mesmo assim é uma boa notícia, de acordo com Alarico Assumpção, presidente da Fenabrave.

    "O cenário econômico, deste início de ano, é totalmente diferente do início de 2017", afirmou.

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Entre as marcas, a Mercedes-Benz foi responsável por emplacar 31% do total, seguida pela Volkswagen (25%) e Ford (12%). Scania (10%), Volvo (8%) e Iveco (6%), completam o ranking das maiores no segmento.

Líder pesado

Assim como no final do ano passado, os caminhões pesados seguem puxando a recuperação do setor. Em janeiro, o segmento foi responsável por 1 em cada 3 unidades novas emplacadas.

Os semipesados responderam por 30% do total. Juntos, pesados e semipesados corresponderam a 65% do mercado de caminhões em janeiro.

Por isto, não é coincidência que o caminhão mais vendido do país é um pesado: Scania R440. O modelo, que emplacou 228 unidades em janeiro, tem motor 13 litros de 440 cavalos, nas configurações de rodas 4x2, 6x2, 6x4 e 8x2.

Para Roberto Barral, diretor-geral da Scania no Brasil, o segmento acima de 16 t de peso bruto total (PBT), que engloba os pesados e semipesados, deve chegar a 35 mil unidades neste ano.

    "Teremos um ano eleitoral pela frente e é fundamental que a economia continue demonstrando certa independência do cenário político como aconteceu nos últimos meses de 2017", afirmou Barral. 

Outros dois fatores poderão ser decisivos para um ano melhor: os grandes frotistas estão voltando a fazer consultas para compras e o potencial de substituição da frota Euro 5 (Proconve P7) envelhecida. Novos limites para emissões de poluentes, o chamado Euro 6 ou Proconve P8, devem entrar em vigor nos próximos ano no Brasil.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Desperdício: rodovias concedidas pioraram

Pesquisa da CNT indica que 25,6% das pistas concedidas são regulares, ruins ou péssimas. Levantamento também localizou 163 'pontos críticos' por buraco grande, erosão ou queda de barreira. Estradas brasileiras pioram em relação a pavimentação, sinalização e geometria. Quem paga é toda a cadeia produtiva nacional.

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A qualidade das rodovias brasileiras concedidas para a iniciativa privada piorou entre o ano passado e este ano, aponta uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada nesta terça-feira (7). Segundo o estudo, 25,6% da extensão das pistas que deixaram de ser administradas pelo poder público são consideradas regulares, ruins ou péssimas. Os dados demonstram uma inversão na tendência de melhoria observada desde 2014.

A piora observada pela CNT também se aplica para as rodovias geridas por órgãos de governo. Juntando todos os tipos, o grupo qualificado como regular, ruim ou péssimo atingiu 61,8% neste ano – contra 58,2% no ano passado. Do outro lado da ponta, a parcela de vias consideradas em bom ou ótimo estado caiu de 41,8% para 38,2% do ano passado para cá.

Foram analisados 105.814 quilômetros de rodovias – 147 federais (BRs) e 395 estaduais – para embasar os resultados. O estudo observou critérios como sinalização, qualidade do pavimento (como o asfalto) e geometria das pistas: houve piora em todos eles.

Isso se reflete em cada vez mais gastos para transportar cargas e passageiros, afirma a CNT. Um exemplo é o “desperdício” de diesel, estimado em 832 milhões de litros, por causa das inadequações encontradas no asfalto: o que deve trazer prejuízo de R$ 2,54 bilhões aos transportadores.

Para o presidente da CNT, Clésio Andrade, os dados ruins são explicados pelo menor investimento no setor. “A queda na qualidade das rodovias brasileiras tem relação direta com um histórico de baixos investimentos em infraestrutura rodoviária e com a crise econômica dos últimos anos ”, declarou.

“Em 2011, os investimentos públicos federais em infraestrutura rodoviária foram de R$ 11,21 bilhões; em 2016, o volume investido praticamente retrocedeu ao nível de 2008, caindo para R$ 8,61 bilhões. Este ano, até o junho, foram investidos apenas R$ 3,01 bilhões”, frisa o estudo.

Pontos críticos

A pesquisa da CNT localizou 163 pontos críticos em rodovias brasileiras. O Pará é o estado com maior número de trechos considerados problemáticos (36 dos 163). Eles ficam nas BR-153, BR-155 e BR-163. A maior parte (75%) é referente a buraco grande. O restante, a erosão na pista.

Os outros pontos críticos levantados pelo estudo ficam em Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco (onde fica o único caso de queda de barreira), Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.
Mapa mostra onde ficam pontos críticos e outros principais problemas em rodovias brasileiras (Foto: Reprodução) Mapa mostra onde ficam pontos críticos e outros principais problemas em rodovias brasileiras (Foto: Reprodução)

Mapa mostra onde ficam pontos críticos e outros principais problemas em rodovias brasileiras (Foto: Reprodução)

Top 10

O levantamento também compilou as melhores e piores "ligações rodoviárias" do país. São extensões formadas por uma ou mais rodovias federais ou estaduais com importância socioeconômica e volume significativa de circulação, interligando duas ou mais unidades da federação. Todas elas passam por São Paulo.

Top 10 melhores

Posição  Nome  Rodovias  É concessão?

1º  São Paulo - Limeira  SP-310/BR-364, SP-348  Sim
2º  Campinas SP - Jacareí SP  SP-065, SP-340  Sim
3º  Bauru SP - Itirapina SP  SP-225/BR-369  Sim
4º  São Paulo SP - Uberaba MG  BR-050, SP-330/8R-050  Sim
5º  Barretos SP - Bueno de Andrade SP  SP0-326/BR-364  Sim
6º  São Carlos SP- S.João Boa Vista SP - S.José Rio Pardo SP  SP-215/BR-267, SP-350, SP-350/BR-369  Sim
7º  Ribeirão Preto SP  SP-330/BR-050, SP-333  Sim
8º  Sorocaba SP - Cascata SP - Mococa SP  SP-075, SP-340SP-342, SP-344  Sim
9º  São Paulo SP - Itaí SP - Espírito Santo do Turvo SP  SP-255, SP-280/BR-374  Sim

Fonte G1