O Índice de preços da CEAGESP encerrou o mês de janeiro em baixa de 1,23%. A queda dos preços foi impulsionada pela redução acentuada das frutas, cuja demanda registra forte retração em janeiro. Legumes e verduras registraram elevação dos preços praticados em razão das altas temperaturas e das chuvas nas regiões produtoras. Historicamente, o primeiro trimestre do ano é caracterizado pela redução do volume ofertado e elevação dos preços praticados, notadamente daqueles produtos mais suscetíveis às variações climáticas.
Em janeiro, o setor de frutas recuou 6,23%. As principais baixas foram nos preços do abacate geada (-48,3%), do maracujá azedo (-36,6%), da carambola, (-28,3%), da uva niagara (-25,2%), do figo (-25%) e da banana nanica (-24,1%). As principais altas ocorreram com a manga tommy atkins (31,9%), com a laranja lima (29,8%), mamão papaya (14,5%), morango (14,2%) e jaca (11%).
O setor de legumes registrou elevação de 5,66%. As principais altas ocorreram com o chuchu (138,5%), ervilha torta (60,8%), vagem macarrão (41,8%), berinjela (31,4%) e abóbora japonesa (21%). As principais baixas ocorreram com o tomate (-21,4%), pimentão amarelo (-20,4%), pimenta Cambuci (-17,8%), pimentão vermelho (-14,6%) e batata doce rosada (-10,4%).
O setor de verduras apresentou forte elevação de 27,49%. As principais altas foram do coentro (209,1%%), do agrião (57,4%), do almeirão (53,1%), da rúcula (52,9%) e da alface crespa (51,6%). Não houve quedas significativas de preços no setor.
O setor de diversos apresentou redução de 2,73%. As principais baixas ficaram por conta da batata comum (-9,9%), dos ovos brancos (-6,1%) e do alho estrangeiro (-3,1%). A única alta significativa ocorreu com a batata lisa (32,3%).
O setor de pescados teve alta de 2,12%. As principais elevações foram do da sardinha congelada (67,8%), do namorado (24%), da betarra (20,1%), do atum (16%) e da pescada tortinha (14%). As principais baixas ocorreram com a lula congelada (-36,3%), com a anchova (-11,8%), com o robalo (-7,6%) e com o pintado (-5%).
O Índice CEAGESP fechou o mês de janeiro em ligeira baixa, influenciado pela redução dos preços nos setores de frutas e diversos. Normalmente, o período de verão caracteriza-se pelas temperaturas elevadas e excesso de chuvas. Este conjunto é bastante prejudicial para a produção de legumes e verduras.
Pelo lado da oferta, há a expectativa de redução do volume ofertado e perda de qualidade na maioria dos produtos, principalmente os mais sensíveis como folhosas, abobrinha, chuchu, tomate, vagem entre outros. Em relação a demanda, deve se intensificar a procura em razão do fim do período de férias. Estes cenários sugerem, portanto, a majoração dos preços praticados nos meses de fevereiro e março.
Em janeiro de 2018, o volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou 273.246 toneladas ante 277.886 toneladas negociadas em 2017. Queda de 1,67%, influenciada principalmente pelo setor de verduras que registrou retração em razão das condições climáticas adversas. A tendência para 2019, no entanto, passado este período crítico, é de restabelecimento do volume ofertado e crescimento em relação aos números registrados em 2018.