quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Em safra, pequi faz a festa dos produtores


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Quem não conhece o tradicional arroz com pequi? Pois saiba também que essa fruta é um árduo combate aos males do nosso organismo.

Pequiá, grão-de-cavalo, suari e amêndoa-de-espinho são apenas alguns dos nomes populares da fruta mais conhecida como pequi. Nativa do cerrado brasileiro, a versão da fruta beneficiada, ou seja sem casca e vendida em bandejas, vem ganhando espaço na CeasaMinas, o que representa oportunidade de renda complementar aos produtores. Nutricionalmente, pesquisa da Universidade de Brasília (UNB) apontou que o óleo de pequi é capaz de reduzir lesões em atletas, graças, entre outras características, a seu efeito anti-inflamatório.

"No início, quando o pequi vinha com casca, e dentro do saco plástico, o comprador não tinha como ver a qualidade do fruto internamente. Ele levava daquele jeito, tinha que descascar depois e ainda corria o risco de encontrar fruto com danos, o que gerava muitas perdas", lembra o produtor Márcio José da Silva, do município de Santana do Pirapama (MG).

Ele afirma que percebeu o aumento das vendas na década de 90, quando passou a comercializar a fruta nas bandejas (de 300 gramas apx), descascada e selecionada. Além de mais vendas, a rentabilidade também aumentou, com a agregação de valor. "Consegui uma valorização da ordem de 60% do pequi depois que passei a beneficiá-lo", ressalta.

No comparativo de 1 a 25 de janeiro de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma valorização de 31,1% no preço médio do quilo, que passou de R$ 2,89/kg para R$ 3,79/kg no atacado. Já a oferta aumentou 14%, indo de 124 toneladas para 142 t.

Houve anos em que a oferta foi menor. Por não receber maiores tratos de cultivo, os pequizeiros são mais suscetíveis às condições climáticas, o que contribui para as variações de preço e oferta na CeasaMinas, entre um ano e outro, conforme explica o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins.

"Percebi um aumento de 50% na procura de uns cinco anos pra cá, depois que passei a trazer o fruto na bandeja", afirma Luiz Cláudio Ribeiro, produtor de São Joaquim de Bicas (MG). Apesar de otimista quanto à demanda, Ribeiro lamenta a devastação de muitos pequizeiros em sua região, por conta, segundo ele, da presença de grandes indústrias.

Procedência

No ano passado, 90% da oferta de pequi no entreposto de Contagem foram provenientes de cinco municípios mineiros: Santana do Pirapama; Paraopeba, Jequitibá, Curvelo e Cordisburgo. Com exceção de Curvelo, todos pertencem à microrregião de Sete Lagoas, a cerca de 75 quilômetros da capital.

"A nossa região tradicionalmente é a primeira a trazer o pequi para o mercado, no mês de novembro. Com isso, é possível aproveitarmos a melhor época, quando o preço ainda está mais alto", afirma Márcio José da Silva. A safra do pequi vai de novembro até fevereiro.


Óleo de pequi é aliado de atletas

Estudo coordenado pela Universidade de Brasília (UNB) revelou que o óleo de pequi demonstrou efeitos benéficos contra a oxidação do corpo em atletas. Essa oxidação ocorre normalmente de forma muito intensa em praticantes de esportes de longa duração e intensidade.

No estudo, 126 atletas correram uma maratona e fizeram os exames iniciais. Depois disso, usaram 400 mg de óleo de pequi em cápsulas durante 14 dias. Após este período, correram uma nova prova e realizaram mais testes a fim de analisar os radicais livres, pressão arterial e colesterol.

Os resultados mostraram que, após ingerirem as cápsulas, os atletas tiveram menos inflamação muscular, menos danos às células e menor estresse oxidativo. Foram verificados também benefícios ligados à proteção cardiovascular, prevenção de aterosclerose e redução de pressão arterial.

Pequi no tratamento contra o câncer

Outra pesquisa, também da UNB, concluiu que a fruta é capaz de proteger as células dos efeitos colaterais das drogas usadas no tratamento de câncer. Os testes estatísticos aplicados em animais revelaram que o pequi, além de amenizar a ação degenerativa das drogas, não afeta a multiplicação das células sadias.

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