segunda-feira, 20 de abril de 2015
Mamão papaia, alface, tomate e cebola são os novos vilões no mercado
O mamão ficou até 34,43% mais caro no país, em março, na comparação com fevereiro. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou ontem, quinta-feira, os preços médios das principais frutas e hortaliças de cinco Centrais de Abastecimento (Ceasas), a fruta foi a que mais subiu entre cinco analisadas: banana, laranja, maçã, mamão e melancia. A menor variação foi encontrada na Ceasa do Paraná, onde o preço subiu 12,07%. Já a maior alta foi na Ceasa de São Paulo. No Rio, a fruta ficou, em média, 22% mais cara.
Newton Araújo Júnior, coordenador do programa Prohort, da Conab, explica que os preços do mamão subiram porque a safra do Espírito Santo, o maior estado produtor, atrasou este ano.
"Lá teve um problema de produção, por causa da chuva. Eles atrasaram o plantio. A gente está prevendo que isso vai aliviar (ou seja, os preços vão começar a cair) em meados de junho ou início de julho".
Já a melancia teve redução de preços entre 8,76%, na Ceasa de Minas, e 23,81%, na Ceasa do Rio.
Entre as hortaliças, alface e cebola ficam mais caras
Entre as cinco principais hortaliças avaliadas — alface, batata, cebola, cenoura e tomate —, a alface apresentou elevação de preços em Vitória, São Paulo e Belo Horizonte. Na capital mineira, a alta foi de 58,23%. Segundo Newton, o aumento se deve à elevação dos custos de produção.
"Principalmente em relação aos insumos, como combustíveis e mão de obra. A maior alta, em Minas Gerais, se deve aos investimentos em irrigação e também com relação aos insumos, cujos preços estão associados ao dólar. Tudo isso exceto no Rio de Janeiro e no Paraná, onde houve queda dos preços. Onde não teve aumento é porque os perímetros produtivos não tiveram esses problemas ainda. No Rio, por exemplo, o circuito produtivo (tempo e distância do início da cadeia de produção até o final) é menor que em São Paulo", disse o especialista
De acordo com a Conab, os preços médios da cebola subiram em todos os mercados estudados, chegando a uma alta, em relação a fevereiro, de aproximadamente 45,85%, em São Paulo.
No boletim da Conab, o tomate, por sua vez, subiu até 21,80% em todas as Ceasas, exceto na capital paulista. Já a batata segue apresentando queda nos preços, que baixaram entre 3,24% (Ceasa/MG) e 17,34% (Ceasa/PR). A redução se deve ao término da safra das águas (colheita de dezembro a março, que concentra 52% da quantidade ofertada no ano)
O boletim da Conab considerou, nesta edição, as Ceasas dos estados São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.
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