quarta-feira, 22 de abril de 2015

"Comida di Boteco" tem frutas do Rio como tema de criação



Governo amplia a produção de frutas voltadas para o consumo direto

O concurso que atinge mais de 40 estabelecimentos comerciais na cidade carioca também conta com o apoio direto da Secretaria estadual de Agricultura e Pecuária


O programa Frutificar, criado pelo Governo do Estado para fomentar o aumento da produção de frutas no Rio de Janeiro, vem colhendo bons frutos. Nos últimos anos, o projeto ampliou o leque das frutas incentivadas e avançou para diversas regiões do Rio de Janeiro. Até a 16ª edição do concurso Comida di Buteco, que reúne 45 estabelecimentos, tem este ano o produto como tema.

- A produção incentivada pelo Frutificar se destaca pela qualidade, produtividade elevada e alto padrão comercial. A maior parte é o que chamamos de frutas de mesa, voltadas para consumo direto e não para processamento pela indústria - disse o secretário de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo.

O Frutificar permite o acesso a novas variedades do produto e o aporte de modernas tecnologias por meio de linha de crédito específica para o financiamento de projetos de fruticultura irrigada. Até então, foram investidos R$ 40 milhões em financiamentos para a atividade, beneficiando 987 produtores, com a implantação de 3 mil hectares de frutas em todo o estado.

Fruta com maior volume de produção e área plantada no estado, o abacaxi se destaca, principalmente, no município de São Francisco do Itabapoana, no Norte Fluminense. São 6 mil hectares de lavouras. Em segundo lugar, vem laranja e limão, produzidos nas regiões das Baixadas Litorâneas e Noroeste.

Veterano no Comida di Buteco, David Bispo, proprietário do Bar do David, no Chapéu-Mangueira, no Leme, usou o abacaxi para criar o prato desta edição. O Estrela de David reúne costela de porco com geleia da fruta, pimenta e hortelã.

- Escolhi o abacaxi por ser uma fruta bem brasileira, que encontramos o ano todo e muito prática de usar na culinária, já que combina com tudo. Além disso, pensei na Estrela de David, usando como decoração do prato a coroa da fruta, que todo mundo descarta - explicou David, que participa pela quinta vez do evento e já recebeu prêmios.

Três bares participantes este ano estão instalados em comunidades pacificadas.

Sem totalidade dos royalties, Rio de Janeiro incrementa produção rural



A saída é aumentar os programas rurais que estimulam desenvolvimento do interior. Governo do Estado concede linhas de crédito e incentivos fiscais.

Fomentar o desenvolvimento do interior fluminense, oferecendo subsídios para que os municípios consigam se desenvolver e incrementar sua economia, está entre as principais políticas do Governo do Estado. Para isso, vêm sendo implementados programas que têm como foco a promoção de setores como a Pecuária Leiteira, Floricultura, Agroindústria Familiar, Fruticultura e Produção de Carne e Leite, através da concessão de linhas de crédito e incentivos fiscais. Juntos, os projetos reúnem investimentos de R$ 81,7 milhões concedidos com recursos do Tesouro Estadual, beneficiando milhares de produtores em todo o estado.

- Esses programas vêm auxiliando no desenvolvimento da economia de milhares de famílias rurais fluminenses, já que criam estruturas para que elas permaneçam com dignidade no campo - disse o secretário de Agricultura, Christino Áureo.

Em 2009, o Estado lançou o Rio Leite, buscando atrair a instalação de novas fábricas lácteas e usinas de beneficiamento de diferentes portes através da concessão de incentivos fiscais. Com a criação do programa, a indústria leiteira fluminense vem se consolidando como uma das mais importantes do país, agregando 51 novas unidades produtoras de leite e derivados no estado, reunindo investimentos de R$ 410 milhões e a criação de 26,3 mil empregos. Além disso, o projeto ajudou a modernizar 42 cooperativas agropecuárias e de laticínios com crédito de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no total de R$ 60 milhões, gerando cerca de 6,3 mil empregos.

No mesmo ano, foi criado o Rio Genética, que visa melhorar o rebanho e aumentar a produção leiteira. O projeto já é responsável pela introdução de 11 mil animais de alto padrão genético nos criadouros fluminenses, democratizando o acesso de pequenos produtores a matrizes e reprodutores com aptidão leiteira. Até agora, foram R$ 35 milhões em investimentos e cerca de 1 mil produtores beneficiados com concessão de crédito. Além disso, animais participantes do projeto já alcançaram recordes de produção de leite e sêmen.

Alimento com qualidade

A produção de carne no estado também recebeu atenção especial nos últimos anos. O programa Rio Carne foi concebido para estruturar a cadeia produtiva no estado, atraindo empresários de alto nível tecnológico e capacitando os já estabelecidos, elevando a competitividade e atratividade fiscal para os empreendimentos. O projeto visa ordenar a estrutura de abate para a oferta ao consumidor de alimento com qualidade e garantia de procedência. Assim como o Rio Leite, a iniciativa se propõe a impulsionar a instalação de empresas com a concessão de incentivos fiscais.

Incentivo à produção de frutas e flores

Permitir o acesso a novas variedades de frutas e o aporte de modernas tecnologias através de linha de crédito para projetos de fruticultura irrigada é o objetivo do Frutificar. Foram investidos, até então, R$ 40 milhões em financiamentos para a atividade, beneficiando 987 produtores, com a implantação de 3 mil hectares de lavouras de frutas. Nos últimos anos, o programa ampliou o leque das frutas incentivadas e avançou para diversas regiões do Rio de Janeiro, impulsionando a produção de abacaxi, citrus (laranja e limão), goiaba, coco, manga, morango, uva, cacau e banana.

A floricultura fluminense, responsável por movimentar, em 2014, no Rio de Janeiro cerca de R$ 634 milhões com a produção de flores e folhagens de corte e plantas para paisagismo e jardinagem, também foi incluída na lista de setores que receberam apoio do Governo do Estado. Implementado em 2005, o Florescer oferece linhas de crédito com financiamentos entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Até agora, foram destinados R$ 1,6 milhão de recursos estaduais para financiar 42 projetos de floricultores fluminenses. Ao todo, 683 produtores já foram beneficiados pelo programa, incluindo os que receberam capacitação técnica.

Agroindústrias fluminenses

Responsável pela legalização de mais de 200 agroindústrias e concessão de crédito para 128 empreendimentos nos últimos oito anos, o Prosperar financia a ampliação e adequação sanitária das pequenas agroindústrias familiares, além da capacitação de técnicos e produtores. Empreendimentos nos setores de laticínios, mel e derivados, doces, café, cachaça e água de coco são os mais favorecidos com os recursos do projeto, que já investiu R$ 6,2 milhões.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Líder no Ketchup, Heinz quer avançar na mostarda


     Lançamento vem dois anos após a Heinz ter sido comprada pelo 3G Capital e pela Berkshire Hathaway. Lançamento vem dois anos após a Heinz ter sido comprada pelo 3G Capital e pela Berkshire Hathaway Crédito: Reprodução

E.J.Schultz, do Advertising Age

A Heinz detém a soberania inquestionável do mercado de ketchup, com mais de 60% de market share. Mas, quando falamos de mostarda, a marca é comum, registrando poucas vendas nos supermercados.

Como isso é possível, sendo que ketchup e mostarda andam juntos como sal e pimenta? A resposta curta é que a Heinz não colocou muito esforço no condimento amarelo. Enquanto a mostarda da Heinz pode ser facilmente encontrada em redes de fastfood – como restaurantes – a distribuição para supermercados tem sido limitada, e a maioria só pode ser encontrada em pacotes para piquenique, que incluem ketchup e relish.

Isso mudará em breve com o lançamento de uma mostarda reformulada que a anunciante planeja distribuir amplamente. A nova campanha, feita pela David, tem como objetivo usar a força da marca no ketchup no slogan “O Ketchup tem uma nova mostarda”.

“Nós estamos tentando acabar com o efeito do piloto automático, onde pessoas não pensam muito sobre a mostarda amarela,” disse Eduardo Luz, presidente da divisão norte-americana da Heinz. “É uma maneira engraçada e leve de conectar a mostarda da Heinz com o ketchup”.

O lançamento vem quase dois anos após a Heinz ter sido comprada pelo 3G Capital e pela Berkshire Hathaway. Mês passado, a Heinz anunciou uma fusão com a Kraft Foods Group, um acordo que também foi orquestrado pela 3G e pela Berkshire.

O lançamento da mostarda pode nos dar pistas de como a recém-combinada empresa irá fazer para desenvolver as marcas que são vendidas, em sua grande maioria, em lojas grandes e reconhecidas. “É uma linha lógica de extensão para eles se posicionarem com mais força na indústria do ketchup e mostarda, além das indústrias de condimentos,” disse Rick Shea, um ex-executivo de marketing e presidente da Shea Marketing. Ele notou que a mostarda da Heinz poderia ser um grande complemento à marca da Kraft Grey Poupon. As oportunidades de sinergia também existem com a marca de cachorro-quente Kraft Oscar Mayer.

Luz se recusou a comentar sobre a fusão, que é esperada para ocorrer na segunda metade de 2015.

Luz, que nasceu no Brasil, entrou na Heinz após a compra pelo 3G, que tem raízes em seu país de origem. O fundo também detém uma parte do Burger King que trabalha com a David como agência global. A agência foi fundada em 2011 pelos executivos da Ogilvy da América Latina. Questionado se a relação com a David influenciou a seleção da Heinz pela agência, Luz disse: “eu conheço os rapazes da David do Brasil. A relação é muito mais antiga”.

Ele disse que a Cramer-Krasselt continuará sendo a agência do ketchup Heinz.

A Heinz controla 62,4% da categoria de ketchup nos Estados Unidos, com US$ 470 milhões de vendas até 22 de março, de acordo com o IRI. Com o 3G, a Heinz conseguiu aumentar as vendas com novos produtos, como o ketchup com adição da pimenta sriracha, que foi lançado no começo desse ano. Até 22 de março, a Heinz ganhou 0,4% de market share, enquanto marcas privadas, como a ConAgra, dona da Hunts, perderam espaço no mercado.

A marca líder de mostarda é a Frenchs, que alcançou US$ 166 milhões em vendas e 38,7% de market share, de acordo com a IRI. A Heinz teve menos de 1% de share.

A Heinz está afirmando que sua nova mostarda contém “ingredientes 100% naturais”, incluindo “sementes de mostarda escura, uma mistura secreta e vinagre”.

Empresas do 3G são conhecidas por seus programas de redução de custo, como aconteceu com a HJ Heinz, que demitiu funcionários e fechou fábricas. Mas, os investimento em marketing parecem estar aumentando. As verbas de mídia para ketchup e condimentos da Heinz passaram de US$ 2,3 milhões, em 2013, para US$ 15,7 milhões em 2014, de acordo com a Kantar Media.

Luz se recusou a contar detalhes sobre os planos financeiros para o lançamento da mostarda, mas disse que terá um suporte significativo. “Nós nunca tivemos esse tipo de suporte por trás da Heinz como estamos tendo esse ano, e ano passado também foi um recorde,” disse.

Fonte: Meio & Mensagem


"Repórter Sacolão" - Batata com o preço lá embaixo


    R$ 0,98 o quilo da batata. Inacreditável diriam alguns consumidores. Mas quem passava na manhã deste domingo na porta do "sacolão" situado na esquina das Ruas Magno Martins com Comendador Bastos, na Freguesia, Ilha do Governador, bairro da Zona Norte carioca, se espantava com o preço oferecido, desenhado com letras vermelhas em um cartaz de fundo amarelo. Há duas semanas, os preços tinham chegado quase na estratosfera, e preocuparam durante a Semana Santa, mas o importante é que o preço da batata despencou e parece que ficará assim por mais alguns dias. Talvez suba um pouquinho por conta de dois feriados nesta semana: o desta terça-feira, 21, e o de São Jorge, na quinta-feira, dia 23, fazendo com que muitas mercadorias não cheguem na central de abastecimento fluminense, no Irajá, Zona Norte, e do Colubandê, no município de São Gonçalo, Região Metropolitana.

Outros preços que chamavam a atenção, um deles era o quilo do chuchu, vendido a R$ 0,56, seguido das laranja pera e do limão a R$ 1,98, e da dúzia de ovos a pouco mais de R$ 2.  O comerciante havia abastecido a loja na sexta-feira e no sábado, pela manhã, depois de comprar na Ceasa do Irajá.

Então, fomos analisar os preços divulgados pela diretoria técnica da central de abastecimento e verificamos que a caixa com 20 quilos de chuchu estava a R$ 10 o maior, e a R$ 4, o menor; a saca de batata, com 50 kg, fora vendida a R$ 70 a grande, e R$ 45 a pequena; a laranja pera, caixa com 25 kg, vendida a R$ 23, e a do limão tahiti, também com 25kg, a R$ 30. Não fica por aí, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos custava R$ 70.

No caso das frutas, encontramos a laranja seleta, caixa com 27 kg, a R$ 25, devendo provocar uma queda para centavos, já que há poucos dias, na feira livre e nos sacolões, tanto a pera como a seleta, custavam R$ 4 a dúzia. Um absurdo.

A cebola, o tomate e o alho, ainda vão permanecer com os preços acima da média. O tomate estava sendo vendido, caixa com 22 kg, a R$ 100. O mesmo preço da caixa de alho. Já a cebola, saca com 20 kg, custava R$ 50.

Estamos de olho no mercado.


EXCLUSIVO - Ceasa do Rio passa na frente da Ceasa Minas


   O total comercializado pela central de abastecimento carioca deu um salto qualitativo de 3,34%, na comercialização dos produtos em 2014.


Depois de amargar uma perda no ranking para a Ceasa mineira, durante algum tempo, quando ficou em terceiro lugar no total arrecadado com a venda dos seus produtos, a Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte do Rio, deu um salto importante, de acordo com pesquisa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), boletim hortigranjeiro.  O Portal CeasaCompras.com.br teve acesso aos dados, considerados dos mais importantes, que traçam uma radiografia de quase todas as centrais brasileiras. Nos concentramos, principalmente, naquelas da Região Sudeste do país, as que mais sofreram com a estiagem do ano passado. Rio de Janeiro, São Paulo, Minas gerais e Espírito Santo tiveram suas áreas rurais muito afetadas pela falta de chuvas e a consequente falta de água nas regiões produtoras.

Um outro detalhe importante que foi diagnosticado se refere o volume decorrente das vendas, que significa o aumento de preços de muitos produtos por conta disso. Os dados fazem um contraponto entre o que foi vendido em 2013 com o que foi vendido em 2014. Somadas as 51 Ceasas pesquisadas, os valores totais chegaram a R$ 28.044.069.838,34, num aumento de 5,02% em 2014. Não é porque venderam muito, é por que os hortigranjeiros subiram de preços, muitas vezes chegando a dobrar, como foram os casos do tomate, batata, entre outros.

Para termos exemplos que marcam essas vendas, separamos os maiores locais de vendas: na Ceagesp da capital paulista, o crescimento foi de 14,88%, saltando de R$ 6,111 bi (2013) para R$ 7,021 bi (2014). Em segundo lugar ficou a Ceasa do Irajá (RJ), que cresceu 3,34%, comercializando R$ 2,935 bi (2013) e R$ 3,033 bi (2014). A Ceasa da Grande Belo Horizonte (MG) cresceu apenas 0,16%, saltando de R$ 2,279 bi (2013) para 2,282 bi (2014).  Já na Ceasa da Grande Vitória (ES), o crescimento foi também de apenas 1,45%, de R$ 904,299 milhões para R$ 917,374 milhões.

A bem da verdade, nós chegamos a acompanhar os preços praticados durante todo o ano passado por essas centrais de abastecimento e pudemos constatar que em Minas e no Espírito Santo, os preços não chegaram a aumentar tanto como nas outras duas que lideram a enquete econômica.

Veja a evolução das vendas em cada central, no período 2013/2014:

CEAGESP -
Araraquara:  R$ 65.399.296,72 ;  R$ 86.297.284,90  (31,95 %)
Bauru: R$ 132.572.667,83 ;  R$145.639.976,30  (9,86%)
Franca: R$ 20.551.228,91; 24.580.708,06 (19,61)
Marília:  R$ 23.532.343,83;  R$ 27.973.106,88 (18,87)
Piracicaba: R$ 71.726.296,59: R$ 75.059.509,50 (4,65%)
Presidente Prudente: R$ 85.874.164,71; R$ 144.721.485,14 (68,53%)
Ribeirão Preto: R$ 313.634.617,02; R$ 396.729.770,61 (26,49%)
São José do Rio Preto: R$ 156.123.025,32; R$ 182.378.927,21 (16,82%)
São José dos Campos:  R$ 181.821.800,92; R$ 168.835.173,02 (-7,14%)

São Paulo: R$ 6.111.802.053,54; R$ 7.021.089.222,81 (14,88%)

Sorocaba: R$ 162.908.795,27; R$ 194.591.041,65 (19,45%)

CEASA-ES -

Cachoeiro do Itapemirim: R$ 32.150.230,25; R$ 40.227.922,41 (25,12%)

Vitória: R$ 904.299.736,33; R$ 917.374.559,46 (1,45%)

CEASAMINAS -

Caratinga: R$ 59.284.864,72; R$ 64.165.997,92 (8,23%)
Governador Valadares: R$ 69.765.725,44; R$ 63.892.143,22 (-8,42%)

Grande Belo Horizonte: R$ 2.282.976.402,69; R$ 2.279.243.468,80 (-0,16%)

Juiz de Fora: R$110.794.898,21; R$ 101.662.993,82 (-8,24%)
Uberlândia: R$ 392.237.115,85; R$ 433.816.377,31 (10,60%)
Barbacena: R$ 27.523.811,86; R$ 29.672.128,28 (7,81%)

CEASA RJ -

Mercado do Produtor Ponto de Pergunta: R$ 27.444.000,00; R$ 37.653.000,00 (37,20%)
Nova Friburgo: R$ 21.794.000,00; R$14.570.000,00 (-33,15%)
Paty de Alferes: R$ 23.960.000,00; R$19.858.000,00 (-17,12%)

Irajá: R$ 2.935.579.000,00; R$ 3.033.700.000,00 (3,34%)

São Gonçalo: R$ 274.545.000,00; R$ 306.935.000,00 (11,80%)

Mercado Municipal
Campinas (SP): R$ 1.077.038.281,32; R$ 1.098.485.


Banana da Terra é destaque na Ceasa capixaba


   A fruta foi muito comercializada na Unidade Regional, localizada em Colatina.

O mercado da Unidade Regional Noroeste, das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES) em Colatina, fechou o mês de março com 1.839. 695 quilos vendidos, gerando movimentação financeira de R$2.973.115,78. Os últimos três meses deste ano totalizaram 5.189.495 quilos de produtos comercializados na unidade.

Dentre as 50 variedades de produtos vendidos, o destaque foi para a Banana da Terra, produzida no município de São Roque do Canaã, com 211.960 quilos. A melancia, os ovos, o repolho híbrido, o tomate, a laranja, a batata e a cebola também foram os alimentos que apresentaram maior oferta durante o mês.

Segundo o gerente técnico das Unidades Regionais, Marcos Antônio Cossetti Magnago, apesar dos números indicarem uma pequena queda, podemos considerar que o resultado disto foi devido à seca nos últimos meses. “Quando comparados aos dois últimos trimestres, tecnicamente consideramos normal, ou melhor, dentro de nossas previsões. A seca imposta pela natureza no período de dezembro a março de 2015 impactou consideravelmente a agricultura e a horticultura, portanto estamos agora tendo reflexos daquele período de estiagem”, ressalta Magnago.

Os municípios que mais ofertaram produtos na Unidade foram Cariacica, com 408.183 quilos; seguido de Santa Maria de Jetibá, com 311.608 quilos; Colatina, 240.738 quilos, Santa Teresa com 155.459 quilos, Linhares com 116.120 quilos; e São Roque do Canaã, 262.116 quilos. Outros municípios que contribuíram na oferta foram Governador Lindenberg, com 77.446 quilos; Marilândia, com 65.450 quilos; Itarana com 50.829 quilos, Baixo Guandu com 44.378 quilos, São Domingos do Norte, com 36.640; Domingos Martins, com 9.520 quilos; e São Gabriel da Palha, com 4.800 quilos.


Mamão papaia, alface, tomate e cebola são os novos vilões no mercado


  O mamão ficou até 34,43% mais caro no país, em março, na comparação com fevereiro. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou ontem, quinta-feira, os preços médios das principais frutas e hortaliças de cinco Centrais de Abastecimento (Ceasas), a fruta foi a que mais subiu entre cinco analisadas: banana, laranja, maçã, mamão e melancia. A menor variação foi encontrada na Ceasa do Paraná, onde o preço subiu 12,07%. Já a maior alta foi na Ceasa de São Paulo. No Rio, a fruta ficou, em média, 22% mais cara.

Newton Araújo Júnior, coordenador do programa Prohort, da Conab, explica que os preços do mamão subiram porque a safra do Espírito Santo, o maior estado produtor, atrasou este ano.

"Lá teve um problema de produção, por causa da chuva. Eles atrasaram o plantio. A gente está prevendo que isso vai aliviar (ou seja, os preços vão começar a cair) em meados de junho ou início de julho".

Já a melancia teve redução de preços entre 8,76%, na Ceasa de Minas, e 23,81%, na Ceasa do Rio.

Entre as hortaliças, alface e cebola ficam mais caras

Entre as cinco principais hortaliças avaliadas — alface, batata, cebola, cenoura e tomate —, a alface apresentou elevação de preços em Vitória, São Paulo e Belo Horizonte. Na capital mineira, a alta foi de 58,23%. Segundo Newton, o aumento se deve à elevação dos custos de produção.

"Principalmente em relação aos insumos, como combustíveis e mão de obra. A maior alta, em Minas Gerais, se deve aos investimentos em irrigação e também com relação aos insumos, cujos preços estão associados ao dólar. Tudo isso exceto no Rio de Janeiro e no Paraná, onde houve queda dos preços. Onde não teve aumento é porque os perímetros produtivos não tiveram esses problemas ainda. No Rio, por exemplo, o circuito produtivo (tempo e distância do início da cadeia de produção até o final) é menor que em São Paulo", disse o especialista

De acordo com a Conab, os preços médios da cebola subiram em todos os mercados estudados, chegando a uma alta, em relação a fevereiro, de aproximadamente 45,85%, em São Paulo.

No boletim da Conab, o tomate, por sua vez, subiu até 21,80% em todas as Ceasas, exceto na capital paulista. Já a batata segue apresentando queda nos preços, que baixaram entre 3,24% (Ceasa/MG) e 17,34% (Ceasa/PR). A redução se deve ao término da safra das águas (colheita de dezembro a março, que concentra 52% da quantidade ofertada no ano)

O boletim da Conab considerou, nesta edição, as Ceasas dos estados São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.


sexta-feira, 17 de abril de 2015

Consumidor derruba venda de frango



   De acordo com análise publicada na Folha,  o mercado de frango, que manteve os preços em R$ 2,40 por quilo de ave viva por 36 dias em São Paulo, começa a perder sustentação. Aguarde uma queda de preços bem significativa. No entanto, a carne de boi segue subindo de preço. Supermercados mantém alguns deles já há semanas, com o mesmo preço.

A queda de preço, iniciada no final da semana passada, se ampliou e a ave viva foi negociada a R$ 2,25 por quilo nas granjas paulistas nesta quinta-feira (16/4). O recuo dos preços ocorre devido à conjugação de vários fatores, segundo Heloísa Xavier, diretora da Jox Assessoria Agropecuária, consultoria especializada no setor. Ao mesmo tempo em que a oferta de frango aumentou, as exportações estão fracas e o brasileiro sofre os efeitos da crise econômica, reduzindo o consumo.

Ao contrário do que se imaginava, abril está sendo um período atípico, segundo Xavier. Nem mesmo o pagamento dos salários, no início deste mês, deu sustentação à demanda pelo produto.

Além de um cenário pouco favorável para os consumidores, o aumento de oferta de frango não vem apenas das granjas independentes -em geral, as primeiras a aumentar o volume de oferta em período de baixa de preços. As granjas integradas, unidades que já têm a produção destinada a frigoríficos específicos, também estão colocando mais frango à venda.

Segundo a diretora da Jox, a oferta de frango fica ainda mais acentuada porque a ave, normalmente vendida com 2,5 a 3 quilos de peso, chega a até 4 quilos neste mês.

As exportações também não têm favorecido o enxugamento do mercado. Dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) nesta semana indicam que as vendas externas de frango "in natura" apresentam queda de 2% em relação às de abril do ano passado. No mesmo período, as exportações de carne suína recuaram 3%. Já as de carne bovina aumentaram 5%.

No mercado interno, o frango também não é o único a apresentar queda de preço, afirma Xavier. A demanda fraca por proteínas afeta os patamares de negociações de ovos e das demais carnes no mercado paulista.

Pesquisa diária da Folha indica que a arroba de carne suína teve recuo de 12% nos últimos 30 dias nas granjas paulistas. Já o frango acumula recuo de 6% no período.

Na contramão, a arroba de boi gordo teve alta de 5%, devido à oferta restrita de animais para o abate. Nós, do Ceasa Compras, se você se lembra, já havíamos alertado para isso, devido a atuação dos pecuaristas que estão retendo o gado no pasto para força uma melhora de preços. Segundo o IBGE, o preço da carne ao consumidor já chegou a 17% de reajuste em apenas um ano.


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Turismo Rural : Vale do Café fluminense investe na qualificação do turismo regional

Objetivo é fortalecer diálogo e ações entre trade da região e o governo estadual.


 
Vassouras reuniu nesta sexta-feira, dia 10/04, representantes da Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro (Setur-RJ), da Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro (TurisRio) e dos municípios da Região do Vale do Café para o Terceiro Fórum Regional de Fortalecimento do Turismo do Estado do Rio de Janeiro.


O objetivo é firmar a parceria da Setur-RJ com as secretarias das regiões, mostrar os projetos que estão sendo desenvolvidos e auxiliar as cidades com suas demandas. Nilo Sergio Felix, Secretário de Estado de Turismo, esteve presente e se colocou a disposição para atender a todos os municípios e empresários presentes. Ele ressaltou a importância da união entre as regiões. “Vou estar sempre à disposição de projetos dos municípios, mas precisamos ver o coletivo, o que vai ajudar a todos”.

 Nilo enfatizou suas principais metas como Secretário de Turismo. Entre elas estão a realização dos projetos aprovados do Prodetur, a liberação de vistos para americanos e o ICMS Turístico. “Se conseguirmos 0,25% do ICMS do Estado para o turismo, assim como é com a cultura e o esporte, será uma grande conquista para o interior do Rio”.

Além do secretário, também estiveram presentes o prefeito de Vassouras, Renan Vinícius, Paulo Senise, Presidente da TurisRio, representantes dos municípios da Região do Vale do Café, do INEA, da ABIH, do Instituto Cultural Cidade Viva, do Museu da CBF, da Comissão de Turismo da ALERJ, entre outros. Participaram ainda do evento a chefe de gabinete da secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Nea Cristina Mariozz, que falou sobre a importância e o potencial do artesanato no estado Rio; e a vereadora Rosi Farias, que ajudou a organizar e viabilizar o evento.

- Esta parceria da cidade com a Setur-RJ surge num momento ideal. Nosso secretário, Nilo Sergio tem grande carinho por nossa região, e como profissional do setor vai nos ajudar a ampliar nosso potencial turístico - explicou a vereadora.

Nilo Sergio Felix ainda antecipou uma ótima notícia para o interior do Rio de Janeiro. Ele informou que durante o Rock In Rio que acontecerá em Las Vegas, nos Estados Unidos, será exibido um vídeo institucional de 1 minuto e meio que mostrará as belezas do estado do Rio como um todo. Nele os turistas serão convidados a conhecer os municípios. O vídeo será divulgado em mais de 300 países, que estarão transmitindo o evento.


Circuito gastronômico no Rio vai reunir dez comunidades pacificadas

    
Moradores e visitantes poderão degustar diversos pratos locais. As inscrições estão abertas.

O Sebrae/RJ (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro) abriu as inscrições para a edição 2015 do Circuito Gastronômico Sebrae na Mesa em Comunidades. O evento será realizado nos dias 5, 6, 12, 13, 19 e 20 de setembro e acontecerá simultaneamente em 10 comunidades pacificadas: Santa Marta, Tabajaras/Cabritos, Chapéu Mangueira/Babilônia, Vidigal, Rocinha, Providência/Morro do Pinto e Salgueiro.

A iniciativa é uma das ações que compõem o Projeto de Fortalecimento da

Gastronomia em Comunidades de Baixo IDH do Sebrae/RJ. Os interessados em participar do circuito poderão fazer sua inscrição até o dia 4 de maio, pelo telefone 0800 570 0800. Durante o circuito, os moradores das comunidades e os visitantes poderão degustar pratos autênticos da Culinária Carioca de Raiz, criados e produzidos nas comunidades pacificadas.

O circuito visa fomentar o desenvolvimento dos bares e restaurantes das áreas pacificadas para aumentar a sustentabilidade desses negócios, por meio do aumento da lucratividade e da competitividade dessas empresas. De acordo com o gerente de articulação institucional do Sebrae, Frederico Novaes, o evento é um estímulo para os negócios locais, além de ter um cunho social.

- Este tipo de evento é uma oportunidade de aproximação de diversas áreas do Rio de Janeiro para gerações de novos negócios. O turista vai para a comunidade e pode interagir com o morador. É um desafio para integrar a cidade como um todo - disse Frederico.

O Circuito Gastronômico Sebrae na Mesa em Comunidades é organizado pelo Sebrae/RJ em parceria com o Rio+Social, AgeRio (Agência Estadual de Fomento), UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), NBS Rio+Rio, Favela Orgânica, Tabritur, Favella Inn e Coral, além das associações de moradores.


Ceasa de Juiz de Fora vai dobrar de tamanho


O entreposto da CeasaMinas em Juiz de Fora vai ganhar dois novos pavilhões. A empresa M&M Empreendimento Ltda. venceu a licitação realizada no dia 23/03 e será responsável pela construção dos novos Pavilhões GPII e GPIII. Depois de prontos, a mesma empresa colocará os espaços em disposição para a CeasaMinas licitar. O edital prevê um prazo de 36 meses para a conclusão das obras.

Segundo o gerente da unidade de Juiz de Fora, Vinícius Barros, o empreendimento irá dobrar o espaço usado para comercialização no entreposto. “A expectativa é que aumente a oferta de produtos e, consequentemente, o número de clientes”, diz. Com a expansão, vai aumentar também a diversificação dos produtos, com a chegada de novos ramos de atividade.

Marco Aurélio Vasconcellos Mattos, dono da M&M Empreendimento Ltda., resolveu investir na CeasaMinas pois acredita no potencial de crescimento do entreposto. “Sou nascido e fui criado em Juiz de Fora. Conheço a CeasaMinas há muito tempo, então eu já sabia do seu potencial para receber novos negócios. Embora eu ainda não possa falar em números, acredito no crescimento da minha empresa com esse investimento”, disse.

Pavilhões

O GPII terá 1.049,60 m², correspondente a 32 boxes de 32,80 m². O GPIII terá 1.312 m², correspondente a 40 boxes de 32,80 m². Ambos contarão com 5.000 m² de arruamento ao lado. As atividades dos futuros pavilhões serão comércio atacadista de gêneros alimentícios, hortifrutigranjeiros, cereais, industrializados, produtos de origem animal, higiene pessoal e limpeza, podendo ser acrescentadas novas atividades de acordo com a demanda.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Classe C pisa no freio e deixa de gastar

   
Em pesquisa, 83% dos quase 1,5 mil entrevistados consideraram que o cenário econômico piorou nos primeiros meses deste ano

Levantamentos iniciais sinalizam que as famílias com menor poder aquisitivo já se deram conta dos perigos da crise para as suas finanças. Pesquisa realizada em fevereiro pela Boa Vista Serviços, empresa de informações de crédito, mostrou essa preocupação: 83% dos quase 1,5 mil entrevistados consideraram que o cenário econômico piorou nos primeiros meses deste ano. Essa piora foi mais sentida justamente nas classes C e D/E. Nesse segmento, a piora do cenário foi identificada por 85% dos consumidores ouvidos, ante 78% das classes A e B.

“O que vemos é que o consumidor dessa nova classe média está sem dinheiro e sem confiança para gastar - o que, no atual cenário, é até bom”, diz Fernando Consenza, diretor de sustentabilidade da Boa Vista.

Contenção. Consenza lembra que esse segmento da população “salvou a pátria” após a crise internacional de 2008, indo às compras. Foi ela que manteve a economia girando no Brasil enquanto a economia dos países desenvolvidos naufragava. Mas as condições internas do País mudaram e qualquer exagero financeiro pode ter o efeito inverso. “Agora, o que vai salvar a pátria, por assim dizer, é este consumidor ser cauteloso nos gastos para manter o equilíbrio financeiro e não ficar inadimplente”, diz Consenza.

Rose Sandes entendeu o recado do momento. Moradora de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, recebe R$ 1,5 mil trabalhando como assistente administrativa num escritório de paisagismo na capital. Na virada do ano, quitou as dívidas e, desde então, sua rotina é segurar os gastos. “Sempre vivi apertada, mas as coisas eram mais baratas”, diz. “Subiu tudo: luz, aluguel, ônibus, supermercado.”

Rose tem concentrado esforços em conseguir a casa própria no CDHU, programa habitacional do Estado de São Paulo. Está inscrita e acompanha as reuniões. Abdicou da mesa de bar com amigos, do cinema, do passeio. A diversão é visitar parentes: “Para ir ao show de um Chico Buarque, por exemplo, só se eu atrasar umas duas prestações da Renner”, diz Rose.


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Pé no freio do consumo começa a atingir produtos da cesta básica


Os efeitos da desaceleração econômica, da inflação e da queda de confiança chegaram estão atingindo em cheio a população.

No primeiro bimestre, itens industrializados essenciais como macarrão, farinha e óleo tiveram retração ou crescimento enfraquecido no volume consumido, segundo relatório da Nielsen, que audita 50 milhões de lares. A farinha de trigo teve queda de 6,6% no consumo neste primeiro bimestre, em relação a igual período de 2014. A redução é relevante quando se compara à alta de 3,5% registrada entre os primeiros dois meses de 2014 e igual intervalo de 2013.

O mesmo ocorre com a categoria de massas alimentícias, que teve 2% de queda ante um avanço de 3,5% na relação do ano anterior. Pães (-2,3%) e peixes enlatados (-3,6%) também surpreenderam a indústria e o varejo no início deste ano. A razão está no cenário econômico, segundo Sabrina Balhes, analista da Nielsen.

"Esse é um ano de ajuste, de consumidor endividado. Não é algo que o fabricante de cerveja ou de refrigerante tenha feito que levou a isso. A desaceleração se intensificou. No primeiro bimestre há vários compromissos, como escola e IPVA", diz Balhes.

Para Renato Meirelles, presidente do instituto Data Popular, que estuda as classes C e D, começa a aparecer um reflexo no comportamento.

"As pessoas reduzem o desperdício na crise: espaçam mais as compras e aproveitam mais os ingredientes, jogando menos comida fora."

Balhes ressalta que a desaceleração no volume de compras ocorre a despeito de um esforço da indústria e do varejo para mitigar o impacto da inflação, com descontos e embalagens promocionais.

"O preço deflacionado diminuiu em geral em relação ao período anterior. Houve esforço para segurar preço, mas não foi suficiente para preservar a demanda", diz.

Se no primeiro bimestre de 2014, o total das cestas de bens de giro rápido crescia 6,9% puxado principalmente por categorias sazonais ligadas ao verão, o calor deste ano só foi foi capaz de manter um avanço tímido, de 1,2%.

Cervejas cresceram agora só 2,7%, ante 12,4% anteriormente. O mesmo ocorreu com sorvete, refrigerante e suco.

Itens de maior valor agregado, considerados conquistas para o consumidor da classe média, como iogurtes, também registraram queda (-5,8%), conforme o mesmo relatório, que audita 137 tipos de produtos. No ano passado, a alta fora de 34,6%.

Para Cláudio Felisoni, do instituto de varejo Ibevar, "a primeira coisa que se faz é reduzir o volume, depois trocar a marca e parar de comprar".
1,3 mil


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Preço do tomate que assustou Rio de Janeiro agora despenca





O Portal CeasaCompras.com.br prometeu no início da semana acompanhar de perto a alta de alguns alimentos que faziam parte da dieta da Semana Santa, como a batata, o tomate, cujos preços andaram assustando bastante os consumidores, principalmente aqueles do Rio. Demos o alerta em nosso Blog (www.ceasacompras.blogspot.com.br), depois de insistentes reclamações, e fomos atrás de respostas que foram as mais diversas. Ninguém sabia direito explicar o preço da caixa de 22 quilos do tomate que havia batido a marca de R$ 80 (isso na quinta-feira da semana passada, na Ceasa do Irajá, no Rio). E ficamos monitorando, até que nessa quinta-feira (8/4), uma semana depois, a mesma caixa teve uma redução de pouco mais de 30%, passando para R$ 50.  Quanto ao reflexo em relação ao bolso, os consumidores poderão sentir a partir de hoje nas redes de supermercados e nos chamados "sacolões" de bairro, ou até mesmo nas feiras livres.

No caso da batata, a saca com 50 kg, que era vendida a R$ 90, baixou R$ 10 (R$ 80). Mas, aquela batata maior, chamada "Asterix", igual a que você costuma comer no shopping, recheada com strogonoff, esta ainda continua com preço alto: R$ 110. O preço do alho também teve uma ótima redução no valor da caixa com 10 kg, caindo de R$ 130 para R$ 100 ( o alho argentino e nacional estão custando R$ 120).

O preço da saca de 20 kg da cebola permaneceu praticamente o mesmo valor: R$ 50. E o mesmo acontece com a caixa de 18 kg da cenoura: R$ 45.

Outras Ceasas

Em relação aos outros estados, como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, os preços se mantiveram com disparidades entre as centrais de abastecimento desses locais.  Na Ceagesp, maior central do país, o quilo da cenoura custava R$ 2,68; tomate (R$ 5,13); alho nacional (R$ 14,31), argentino (R$ 14,41), chinês (R$ 10); a batata (R$ 2,17); a cebola nacional (R$ 2,75), argentina (R$ 2,89), holandesa (R$ 2,04). O Ceasa paulista é o único que importa cebola holandesa, e consegue vender mais barato apesar da alta do dólar, que nesta quinta-feira fechou em queda depois de reajustes frequentes em relação ao Real.

Na Ceasa do Espírito Santo, que funciona na Grande Vitória, o quilo do tomate estava fechado em R$ 2,41; alho brasileiro (R$ 4,75), argentino e chinês (R$ 10,75); batata (R$ 2,12), cenoura (R$ 2,43); cebola nacional (R$ 2,43) e importada (R$ 2,83); o tomate (R$ 3,48).

Já na Ceasa de Minas Gerais existia uma disparidade de preços entre a central de Belo Horizonte e de Juiz de Fora, em relação ao preço da saca de 50 Kg da batata: R$ 60 e R$ 140, respectivamente. Não dava para entender. Em relação aos outros produtos, a saca com 20 kg de cebola custava R$ 48; a caixa de 20 kg do tomate (R$ 55, em BH, e R$ 40, em JF); caixa de 20 kg do tomate custava R$ 35, o que nem se compara aos preços praticados na Ceasa fluminense. E olha que Minas sofreu uma das suas piores secas e ainda está com sequelas em certas regiões produtoras. O preço do alho, caixa com 10 kg (R$ 100-BH e R$ 90-JF).

Vamos continuar acompanhando de perto como havíamos prometido.

Instituto Nacional do Câncer diz que brasileiros ingerem muito agrotóxico na comida



     
 Durante um ano são mais de 5 quilos de veneno para cada pessoa, que pode provocar, além do câncer,  impotência e abortos. Embaixo, veja a relação de feiras de produtos orgânicos no Rio. Notícia foi publicada no jornal Extra.

Por ano, cada brasileiro consome, em média, 5,2 quilos de agrotóxicos contidos em alimentos. O dado é um dos números presentes no documento técnico “Posicionamento público a respeito do uso de agrotóxicos”, divulgado ontem pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o texto, a ingestão de pesticidas pode levar, em longo prazo, a problemas de saúde como câncer, infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal e prejuízos para o sistema imunológico.

Desde 2009, o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países que mais utilizam agrotóxicos: são, pelo menos, 1 milhão de toneladas de substâncias despejadas por ano sobre as lavouras, para matar insetos e plantas indesejáveis.

De acordo com o nutricionista Fabio Gomes, do Inca, os alimentos que mais exigem o uso de pesticidas são os cultivados na forma transgênica, sobretudo o milho, o trigo e a soja. Por serem ingredientes básicos de produtos industrializados, biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas e pizzas, entre outros, também contribuem para a ingestão de agrotóxicos.

— Se o alimento não é identificado como orgânico ou agroecológico, é quase certo que ele tenha sido produzido com o auxílio de agrotóxicos — diz Gomes.

Para a nutricionista Natália Eudes, doutora em nutrição pela Universidade de São Paulo, o documento divulgado pelo Inca serve de alerta, mas não pode ser usado como desculpa para diminuição do consumo de frutas, legumes e verduras.

— Eles são marcadores de boa saúde e contêm substâncias que combatem o crescimento do tumor. O ideal é que haja um equilíbrio, que a pessoa avalie o que realmente é necessário comprar orgânico, por conta do preço mais alto — orienta.

Segundo a especialista, vale a pena investir na compra de alimentos à base de soja, tomate, abobrinha, morango e maçã — itens mais vulneráveis aos agrotóxicos — que sejam orgânicos. Para os demais componentes da dieta, mesmo a presença de pesticidas não torna indicada a retirada da casca quando ela é comestível e rica em nutrientes.

— Não compensa para a saúde — diz Natália.

É mito a ideia de que deixar os alimentos de molho remove os agrotóxicos.

Safra garante orgânicos com preço em conta

Para comprar produtos orgânicos sem estourar o orçamento, o nutricionista Fabio Gomes recomenda a escolha de alimentos que estejam dentro da safra:

— Tudo que está fora de época é mais caro. Se você compra acompanhando a safra, consegue reduzir o gasto e aumentar o sabor à mesa.

Em feiras orgânicas, que já estão presentes em vários bairros do Rio (veja alguns endereços abaixo), pequenos produtores oferecem preços competitivos com os dos supermercados. Outra dica é organizar um grupo para fazer compras coletivas e, assim, obter descontos.

— A tendência é que, quando mais pessoas passarem a comprar orgânicos, os preços diminuam — diz Fabio Gomes.

Endereços das feiras orgânicas

Campo Grande: Rua Marechal Dantas Barreto 95 (atrás do estacionamento do West Shopping). Aos sábados, das 7h ao meio-dia.

Glória: Rua do Russel e Praça Luís de Camões. Aos sábados, das 7h às 13h.

Fundão: no Centro de Ciências da Saúde (CCS), no Centro de Tecnologia (CT) e no estacionamento do prédio da Reitoria. Às quintas-feiras, das 9h30m às 15h30m.

Tijuca: Praça Afonso Pena. Às quintas-feiras, das 7h30m às 13h30m.

Olaria: Praça Marechal Maurício Cardoso (Rua Leopoldina Rêgo, esquina com Avenida Professor Plínio Bastos). Aos sábados, das 7h às 13h.

Freguesia: Praça Professora Camisão. Aos sábados, das 8h às 13h.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Governo federal quer estimular consumo de fruta feia


Segundo a Embrapa, órgão de pesquisa do Ministério da Agricultura (Mapa), o Brasil desperdiça 30% de todas as frutas que produz.

A fim de reduzir o desperdício de alimentos, o Mapa quer estimular o consumo das frutas e hortaliças que podem parecer “feias” por terem se desenvolvido com pequenas deformidades ou apresentarem lesões, mas que mantêm intacto seu valor nutricional.

Para a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) é necessário estimular espaços onde produtores possam vender seus frutos “feios” diretamente ao consumidor a preços mais baixos, evitando mandar para o lixo um produto que seria desprezado caso estivesse na prateleira de um mercado convencional.

“Queremos mostrar aos consumidores que frutas e hortaliças feias podem chegar à mesa com o mesmo sabor e a preços menores. Não estamos falando de produtos podres ou inadequados para o consumo, mas sim daqueles que não são perfeitos, mas que todos nós podemos comer normalmente”, disse a ministra.

De acordo com estudo realizado pela Embrapa em 2000, o país desperdiça em média 30% de todos os frutos e 35% de todas as hortaliças que produz anualmente. Metade dessas perdas ocorre no manuseio e no transporte dos produtos, mas há desperdício também nas centrais de abastecimento e comercialização, nos supermercados e no próprio campo.

Treinamento
O pesquisador da Embrapa Antônio Gomes Soares, responsável pelo estudo, disse que, apesar de a pesquisa ter sido concluída em 2000, pouca coisa mudou.  “Em alguns lugares, a qualidade do produto é melhor, mas em termos de perda pouca coisa mudou, porque muitas vezes não se usa embalagem adequada, os frutos perdem qualidade durante o transporte ou devido ao calor excessivo”, afirmou o pesquisador.

Soares disse que é preciso melhorar o treinamento das pessoas que lidam com as frutas e hortaliças, tanto no campo quanto nos centros de distribuição. O pesquisador chamou a atenção também para a condição de transporte e armazenamento dos produtos. “No campo, observamos muitas práticas inadequadas. Não se limpa o fruto direito e os que não estão sadios são jogados na terra, o que contamina outros pés. Isso tudo reduz a qualidade do produto”, acrescentou Antônio Gomes Soares.

Empreendedorismo social em Portugal
Em Lisboa, um projeto de empreendedorismo social lançado em 2013, chamado Cooperativa Fruta Feia, expandiu-se e atualmente já conta com 480 consumidores associados. Segundo a entidade, a iniciativa já conseguiu evitar o desperdício de 81,1 toneladas de alimentos.

Os consumidores da Fruta Feita em Lisboa devem se inscrever previamente junto à cooperativa. Todos os produtos são separados em cestas de dois tamanhos diferentes. Pelo modelo adotado na cooperativa lisboeta, todos os consumidores informam previamente a quantidade que desejam levar para casa. Caso não queira comprar os produtos naquela semana, o associado deve avisar com cinco dias de antecedência, medida que visa a reduzir ao máximo o desperdício.