quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Frango, a solução contra o alto preço da carne bovina
O alimento, que está mais barato que a carne, é rico em ferro, proteína magra e vitaminas. Só para termos uma ideia, ontem à tarde (terça-feira), a bandeja de filé de frango estava sendo vendida a pouco mais de R$ 6, no supermercado Mundial, do Tauá, na Ilha do Governador; e o pacote também de 1 kg da coxinha da asa estava por pouco mais de R$ 5. Veja essa reportagem do jornal Extra desta quarta-feira (5/8).
Tem sido difícil para o carioca engolir o preço da carne. De janeiro a junho deste ano, o aumento acumulado foi de 3,36%, enquanto o valor do frango em pedaços caiu 4,43% no comércio do Rio, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). Substituir um alimento pelo outro é uma opção que faz bem ao bolso e à saúde, já que a ave é excelente fonte de proteína magra (com pouca quantidade de gordura agregada) e ferro.
De acordo com o nutricionista Matheus Motta, do Vigilantes do Peso, o frango ainda é fonte de vitaminas do complexo B, que ajudam no funcionamento do sistema nervoso e do metabolismo energético:
— A B2 (riboflavina) e a B3 (niacina) agem na diminuição do cansaço. Já a B6 (piridoxina) e a B12 (cobalamina) auxiliam a formação de hemácias e impedem a formação de uma substância chamada homocisteína, que lesiona o revestimento das artérias.
Além do ferro, outros minerais encontrados no frango são magnésio, essencial para a função muscular; zinco, importante para a manutenção de pele, olhos e unhas saudáveis; e selênio, antioxidante que atua no sistema imune e no funcionamento da tireoide.
Segundo Motta, os cortes da ave são equivalentes na quantidade de nutrientes, mas diferem na concentração de gordura. O peito sem pele é a parte mais magra, com apenas três a quatro gramas de lipídios. A coxa tem de 5g a 6g de gordura, a sobrecoxa, de 12g a 13g, e a asa, de 13g a 20g.
— O frango é a melhor opção para quem quer controlar peso e colesterol, comparado a outros tipos de carne. O ideal é consumi-lo de três a quatro vezes por semana — diz.
Hormônio na criação das aves é mito
Muitas vezes acusado de fazer mal por conta de hormônios, o frango é isento dessas substâncias, garante a veterinária Karen Soares:
— Do ponto de vista econômico, o uso de hormônios é inviável para a produção, devido aos altos custos da aplicação. E o uso desses compostos no Brasil é proibido — diz. — A criação de frangos usa rações formuladas com os melhores ingredientes e conta com programas sanitários rígidos do Ministério da Agricultura. Além disso, há seleção das melhores linhagens de animais para produção de carne.
Segundo a especialista, a ração consumida pelas aves contém milho (fonte de carboidrato), soja (proteína), minerais, vitaminas e aminoácidos.
— É importante que todos entendam que não se usa hormônios na produção de frangos, porque esse mito afeta a comercialização — afirma.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Agosto tem boas ofertas de frutas, legumes e pescados
De acordo com dados levantados pela Ceagesp, maior central de abastecimento da América Latina, situada em São Paulo, pelo menos 36 produtos utilizados em nossa alimentação diária estão com preços em baixa neste início de mês. Veja a lista dos hortifutigranjeiros que estão em baixa, com os preços estáveis ou com tendência de alta. Mais abaixo, também leia a relação dos produtos, incluindo pescados, que estão em safra.
PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXAMelancia, Morango comum, Nêspera, Tangerina cravo, Tangerina polkam, Coco verde, Laranja lima, Limão Taiti, Laranja pera, Carambola, Melão amarelo, Goiaba branca e vermelha, Banana nanica, Abobrinha Italiana, Abóbora Moranga, Tomate rasteiro, Berinjela, Chuchu, Batata doce rosada, Cara, Mandioca, Couve manteiga, Espinafre, Repolho roxo, Brocolos ninja, Salsa, Repolho, Escarola, Alface crespa, Alface lisa, Acelga, Nabo, Milho verde, Alho porró e Batata lavada.
PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Mamão formosa, Fruta do conde, Tangerina murcot, Laranja seleta, Maçã Gala, Uva Itália, Acerola, Manga tommy, Abacaxi havai, Banana terra, Uva rubi, Cara, Tomate Carmem, Gengibre, Pepino comum, Batata doce amarela, Pimentão verde, Jiló, Abóbora seca, Coentro, Cebolinha, Rabanete, Agrião, Couve-flor, Cenoura c/ folha, Rúcula, Batata asterix, e Ovos branco.
PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTAAbacate breda, Mamão papaya, Maracujá doce, Pera estrangeira, Caju, Jabuticaba, Banana maçã, Manga hadem, Abacaxi pérola, Uva rosada, Maçã Importada, Pimentão Amarelo, Pimentão vermelho, Pepino japonês, Pepino caipira, Beterraba, Abóbora Japonesa,Ervilha torta, Mandioquinha, Vagem macarrão, Tomate pizzad'oro, Brócolos comum, Alho Argentino, Cebola nacional e Cebola estrangeira.
SAFRA
Frutas:
Banana-nanica, caju, carambola, kiwi, laranja-peêra, laranja lima, maçã, mamão, mexerica (tangerina verdadeira), tangerina polkan, murgot, morango;
Legumes:
Abóbora, abobrinha, cará, cenoura, ervilha, fava, inhame, mandioca, mandioquinha, nabo, pimentão, rabanete;
Verduras:
Agrião, alho-porró, brócolis, chicória, coentro, couve, couve-flor, erva-doce, escarola, espinafre, mostarda, rúcula;
Pescados:
Atum, cação, cara, cherne, chiova, chora-chora, congro, corvina, dourada, espada, garoupa, lambari, mexilhão, namorado, ostra, piranha, peixe-porco, sardinha, tilápia, traíra, trilha, tucunaré.
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Conheça a CEAGESP e se surpreenda
Artigo foi publicado no jornal Diário de São Paulo para responder acusações feitas por vereador paulista, depois de sua visita a maior central de abastecimento da América Latina. Parlamentar lamentou o que considerou uma decadência.
(*) Por Arnaldo Marabolim e Carmo Robilotta Zeitune
Na sua última coluna no jornal Diário de S.Paulo, o vereador Andrea Matarazzo disse que fez uma visita à CEAGESP e lamentou que não seja o mesmo local “imponente” de outrora, quando se podia comprar flores, frutas e legumes, além de tomar a tradicional sopa de madrugada.
É possível que em sua rápida passagem pelo Entreposto da Vila Leopoldina o vereador não tenha tido a oportunidade de ver o Festival da Sopas com enorme sucesso de público e o comércio de flores, legumes e verduras em franco crescimento.
Mas o vereador aponta ainda os “imensos custos das taxas de condomínio”, a “sujeira” e a infraestrutura ruim. Quando menciona o custo das taxas, o vereador ficaria surpreso ao saber que em 2014 os atacadistas do nosso Entreposto faturaram R$ 7,260 bilhões. Só que no mesmo período, pagaram R$ 107,442 milhões de taxas e pelo direito de uso dos espaços. Ou seja, o que os comerciantes pagaram representou 1,48% do faturamento. Esse é o “imenso” custo CEAGESP.
Quanto à infraestrutura, realmente o Entreposto já não tem espaço suficiente para a comercialização, pois foi projetado há mais de 45 anos e, justamente por isso, discute-se sua mudança para outro local. Há uma deterioração dos pavilhões que é o resultado da falta de investimentos e de 17 anos de prejuízos financeiros. Desde 2013, contudo, a Companhia vem conseguindo equacionar suas dívidas e ainda realizou nos últimos quatro anos mais de R$ 58 milhões em melhorias.
Os investimentos só não foram feitos antes porque a CEAGESP seria privatizada, sofreu um processo de sucateamento no então governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, aliás, do mesmo partido do vereador Andrea Matarazzo (PSDB).
Sobre a “sujeira”, é importante esclarecer que a limpeza é feita diariamente e que por questões da estrutura ultrapassada do mercado há acumulo de lixo em determinadas horas, afinal, estamos falando da comercialização de 10 mil toneladas/dia. Assim como em uma cidade, a limpeza é uma responsabilidade coletiva, da CEAGESP, dos frequentadores e dos seus comerciantes.
Arnaldo Marabolim é diretor administrativo e financeiro da CEAGESP e Carmo Robilotta Zeitune é gestor do Departamento do Entreposto da Capital (DEPEC).
ESPECIAL : Laranja e banana. as frutas queridinhas do Brasil
Que sofisticação que nada, em relação às frutas o brasileiro gosta mesmo é de laranja e banana. Essas são as duas frutas mais consumidas no país, de acordo com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No caso da laranja, são pouco mais de 7,5 kg por ano, sendo que os estados do sul são os que mais utilizam, num total de 9kg per capita. Em segundo lugar. vem os estados da Região Sudeste, com pouco mais de 8 kg anuais por cada habitante. Além do mais, muita laranja é consumida fora de casa, na forma de sucos, em bares, restaurantes, etc. São Paulo responde por 75% da produção nacional.
No caso da banana, os estados produtores são São Paulo (Vale da Ribeira), norte de Minas Gerais e Santa Catarina, Bahia (Juazeiro do Norte) e Pernambuco (Petrolina). Tanto as laranjas pêra e lima, como a banana nanica, estão em safra nesse mês de agosto que se inicia. Então, nossa equipe foi as centrais de abastecimento do país para fazer um levantamento técnico dos preços, constatando autênticas disparidades. No caso da laranja pêra, os preços por quilo no atacado são o seguinte: R$ 0,78 (ES); R$ 0,40 (BA); R$ 0,90 (MG); R$ 1,20 (PE); R$ 1,21(SP) e R$ 0,92 (RJ).
Banana prata, também preço por quilo no atacado: R$ 1,50 (BA); R$ 1,25 (ES); R$ 1,50 (MG); R$ 0,85 (PE); R$ 1,75 (PR); R$ 1,91 (SP) e R$ 2,10 (RJ).
Banana nanica (preço por quilo): R$ 1,40 (BA); 0,75 (ES); R$ 0,91 (MG); 0,65 (PR); R$ 1,46 (SP) e R$ 1,20 (RJ).
Informações Nutricionais
Produto: BANANA PRATA
Descrição
Própria do sudeste asiático, sua cultura se estendeu às regiões tropicais e subtropicais do mundo. A banana é, depois da maçã, a fruta mais consumida em todo mundo.
Como Comprar
Procure bananas macias e de pontas verdes.
Como Conservar
As bananas amadurecem aos poucos, fora do pé, facilitando a colheita, o transporte e o aproveitamento. Devem ser conservadas em local seco e fresco e não dentro da geladeira. À temperatura ambiente, a banana se conserva por 4 dias.
Como Consumir
Diversos tipos de banana são consumidos in natura, como a maçã, a ouro,a prata e a nanica - que, na verdade, é grande (o nome decorre da baixa altura da planta em que nasce). Algumas devem ser previamente fritas, como abanana da terra e figo. Quase todas podem ser usadas para a obtenção de farinha, quando ainda verdes. Algumas prestam-se mais a fins específicos, como: a) a bananananica pode ser frita (mas deve ser preparada à milanesa para impedir que se desmanche na fritura), assada ou cozida. É também adequada para doces em pasta e de corte; b) A banana prata é boa para a secagem (banana-passa) e para doces em pasta e de corte; c) As bananas figo e nanica são adequadas para compotas; Bananas muito moles (mas não estragadas) podem ser aproveitadas para fazer bolos, vitaminas ou doces.
Dicas
A banana é especialmente recomendada para pessoas que sofrem de distúrbios digestivos, pois auxilia no tratamento da diarréia.
Propriedades Nutricionais
É uma das frutas mais nutritivas existem. Duas bananas grandes fornecem 1 g de potássio, dose diária que satisfaz as necessidades deste mineral em um adulto. Além disto, contribuem para evitar a hipertensão e para manter o coração saudável. Além desse mineral, a fruta também tem Riboflavina, Tiamina, Glicídio, Ascórbio. Calcio, Retinou e Fósforo, também com maior concentração por fruta.
Meses de safra: julho, agosto, setembro, outubro e novembro.
Produto: LARANJA
Descrição
A laranjeira de laranjas doces (Citrus sinensis) é uma árvore que pode atingir até 12 m de altura, apresentando copa compacta e cônica. Existem diversas variedades cultivadas no país, sendo que as laranjas doces podem ser divididas em três grupos: a) Laranjas com frutos normais: tais como a Pêra, Seleta e Valencia; b) Laranjas com frutos de umbigo: como a Bahia e a Baianinha; c) Laranjas sanguíneas: cuja polpa tem coloração vermelha.
Como Comprar
Escolha as mais firmes e pesadas. A casca deve ser fina e de cor brilhante. Evite as laranjas com qualquer sugestão de amolecimento ou com bolor esbranquiçado nos extremos.
Como Conservar
Conserva-se melhor sob refrigeração, por até sete dias.
Como Consumir
A fruta é consumida crua, sendo recomendável ingerir todo o “bagaço”. O suco de laranja é muito popular, podendo ser misturado ao de várias outras frutas.
Dicas
A casca da laranja, quando seca e aquecida, libera óleos essenciais que são ativos como repelentes de insetos e também ajudam a atenuar maus odores associados a compostos sulfídricos formados na decomposição de matéria orgânica.
Tabela nutricional (por 100 gr.)
Fibra, glicídio, retinol, tiamina, riboflavina, ascórbico, potássio, cálcio e fósforo.
# MãoNaMassa - O "caso" da tangerina descascada e o novo consumidor
Venda de tangerina descascada gera polêmica, expõe rixas regionais e até ideológicas. Especialistas em consumo defendem frutas sem casca. Você não tem mais tempo para escolher uma fruta na banca e nem tem tempo para fazer uma vitamina. Precisa de alguém para fazer isso por você, o atual "animal preguiçoso", como mostra a reportagem do Globo deste domingo (2/8). O sujeito paga caro para não fazer e depois reclama da vida.
Eram quase 13h quando Daniel Martins Alves recebeu, via WhatsApp, a foto que atiçaria o Brasil naquela segunda-feira, 13 de julho: uma bandeja com 16 gomos de tangerina à venda em um supermercado. Às 12h57m, ele pôs no Twitter (e depois no Facebook) a imagem e este texto: “A geração que não roda pião, não corta o dedo empinando pipa, não pega fruta na árvore. A geração da mexerica descascada.” Então desempregado, o publicitário foi jogar videogame e depois reviu um de seus filmes favoritos, o faroeste "Três homens em conflito".
— Fiquei off-line por horas. Quando voltei, tomei um susto — diz Daniel. — Tinha mil pedidos de amizade, o limite do Face. Meu post tinha viralizado.
Graças a 30 mil compartilhamentos, a minitese sociológica estava provocando reações apaixonadas país fora. Um apocalíptico escreveu sobre a foto: “O exato momento em que eu perdi a fé na Humanidade.” Um artigo no site "Observador diário" perguntou em seu título: “Que tempos são esses?” E houve até um colunista do site "Área H" que relacionou a rejeição à casca da fruta com falta de apetite por sexo oral.
Logo surgiram defensores das frutas descascadas, dispostos a pagar o preço por suas escolhas. No caso, R$ 0,40 — no supermercado paranaense onde a foto foi tirada, o quilo da tangerina sem casca custava R$ 2,89; a granel, R$ 2,49. E a história continua rendendo, dentro e fora das redes sociais.
No site BuzzFeed, conhecido pelas listas divertidas, a polêmica foi descascada assim que surgiu, e ainda rendeu enquete, coleção de receitas e post sobre outras coisas que mudam de nome conforme a região — com o bafafá, muitos descobriram que tangerina também é mexerica, mimosa, bergamota e, pasme, vergamota.
— Rivalidade regional é um combustível importante para essas polêmicas de internet — diz Clarissa Passos, redatora do BuzzFeed. — A gente tenta mostrar as opiniões que vão surgindo e, nesse caso, são muitas. O troço foi compartilhado loucamente e todos têm algo a acrescentar. O curioso é que não é nem novidade: faz tempo que se vende fruta assim.
Em 2012, por exemplo, os supermercados alemães Billa passaram a vender bananas já descascadas. Criticada, a rede reviu sua estratégia.
No Brasil, a coisa foi chegando aos poucos e, até o chamado “tangerinagate”, não causou estranhamento. Em um supermercado de Copacabana, entre sanduíches prontos e a tradicional salada de frutas, encontram-se porções de kiwi, melão, mamão e manga já descascados, fatiados e embalados para consumo imediato. Perguntado a respeito da porção de tangerina sem casca, anunciada no site da rede, um funcionário que permanecerá anônimo para seu próprio bem informa:
— Não tem. E, na minha opinião, não tem que ter. É o cúmulo da preguiça.
Para o veterano blogueiro Alexandre Inagaki, que se diz do tempo da “internet moleque, de raiz”, a crítica sempre existiu, só ganhou visibilidade.
— Internet nada mais é do que um megafone dos papos que rolam na vida off-line. Com certeza já teve gente se indignando ao encontrar mexericas descascadas à venda, mas só houve toda essa repercussão porque alguém postou uma foto e jogou fósforo na palha seca das redes sociais — diz Inagaki. — Eu mesmo não resisti e dei meu pitaco, dizendo que o perfume que a casca deixa nas mãos é parte da experiência e que, se inventarem tangerina sem caroço, pago o preço gourmet.
Eugenio Foganholo, diretor da Mixxer, consultoria especializada em varejo e bens de consumo, considera natural a venda das frutas descascadas se há demanda para o produto.
— Não estamos discutindo ideologia. Mas, se for por este lado, quem compra fruta descascada, com o valor agregado da embalagem e do trabalho do descascador, contribui mais para gerar emprego e renda. Quem achar que está errado não compre. Mas deixa o outro comprar! — diz Eugenio.
Professora de comportamento do consumidor do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM Rio, Karine Karam apresenta um viés feminista para a polêmica das frutas sem casca.
— O papel da mulher mudou. Antigamente, você chegar e ver a dona de casa com cheiro de cebola, de alho, não era um problema. Hoje, eu saio de casa para o trabalho, para uma reunião, e não quero estar com cheiro de comida — diz Karine. — Você tem a rotina muito corrida, tem 40 minutos de manhã para ficar com o seu filho. Vai ficar descascando fruta? Antes as pessoas gastavam tempo para economizar dinheiro. Hoje, elas gastam dinheiro para economizar tempo.
Karine também aponta que, por trás (ou melhor, por fora) das porções de frutas descascadas, há ainda um fator estético. Uma fruta que seria descartada pela casca feia, se estiver com o interior perfeito, pode ser vendida por preço maior do que o da casca bonita. Em Portugal, há inclusive o movimento Fruta Feia, que organiza a venda (por preço menor, claro) de frutas e legumes que seriam desprezados pelos exigentes consumidores lusos.
Se a polêmica da tangerina trouxe lucro, foi para o seu disseminador. Esta semana, Daniel foi contratado como analista de marketing digital. Na hora de apresentá-lo à equipe, o chefe anunciou em bom paulistanês: “Este é o cara lá das mexerica descascada! Conta aí, meu!” É o orgulho da equipe.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
Orgânicos vencem a crise, mas precisam custar mais baratos
Hábitos de alimentação mais saudáveis levaram as vendas de produtos orgânicos a um crescimento de dois dígitos nos últimos anos, de acordo com a Folha de São Paulo. Em 2015, diante de uma grave crise econômica e de uma inflação que encolheu a renda real, era de se esperar que esses produtos, em geral mais caros do que os tradicionais, reduzissem o seu ritmo de expansão. Mas não é o que ocorre no país. Após uma alta de 30% no faturamento em 2014, que atingiu R$ 2 bilhões, o setor deve fechar este ano com R$ 2,5 bilhões em receitas.
Para quem faz parte do mercado, não se trata de uma surpresa. "O segmento de orgânicos no mundo sempre cresceu em tempos de crise. Em 2008 e 2009, nos EUA e na Europa, não foi diferente", diz Ming Liu, coordenador do Organics Brasil, que reúne os exportadores do setor.
Ele lembra que, em momentos de dificuldade financeira, a tendência é o consumidor migrar para produtos mais baratos, e reduzir a fidelidade à marca. "No caso dos orgânicos, a marca sempre foi secundária. A procura é por produtos com garantia de alimento seguro e que fazem bem à saúde", acrescenta.
O diretor comercial da Korin Agroindustrial, Edson Shiguemoto, concorda. "Historicamente, crescemos mais em anos de crise", afirma. A situação econômica não abala a empresa, que investe R$ 5 milhões na ampliação da capacidade de abate de aves, seu carro-chefe. De 18 mil aves por dia atualmente, a Korin passará para 40 mil abates diários em 2016.
Segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados), retirar produtos do carrinho é o último passo adotado pelos consumidores durante uma crise financeira.
Mitos versus Verdades
Antes de chegar a essa etapa, o cliente busca pontos de vendas mais baratos; faz compras em determinado período do mês; opta por diferentes tipos de embalagens (com mais produtos a um preço menor) e troca marcas convencionais por mais baratas.
"Diante da atual situação financeira, muitas pessoas estão trocando as marcas de alguns produtos, como os de limpeza, para manter os hábitos alimentares adquiridos no período em que a economia estava em alta", diz Fernando Henrique de Cerello Costa, comprador comercial do Pão de Açúcar.
Pelo menos no que diz respeito aos orgânicos, os novos hábitos parecem preservados. Enquanto as vendas dos produtos tradicionais seguem estáveis neste ano, a comercialização de orgânicos teve aumento de até 13% –caso de itens de mercearia salgada, segundo pesquisa da Apas.
Segundo a associação, para 32% dos consumidores saúde e qualidade de vida são as maiores preocupações.
Longo caminho
Apesar dos avanços recentes, o Brasil ainda precisa percorrer um longo caminho até chegar ao estágio de mercados maduros. Uma das explicações para esse atraso é a regulamentação, que é recente no Brasil, de 2011.
"Nos EUA, esse processo ocorreu em 2001 e, até 2008, os orgânicos eram considerados nicho de mercado. Hoje, 78% dos americanos já consumiram orgânicos", diz Ming. Segundo ele, a partir da regulamentação, o mercado tende a evoluir de forma significativa, devido à entrada de grandes corporações.
O mercado global de orgânicos movimenta cerca de US$ 72 bilhões por ano, segundo a empresa de pesquisa Organic Monitor. Os EUA lideram em receita, seguidos por Alemanha e França.
Radiografia:
30% foi o crescimento das vendas de produtos orgânicos no Brasil no ano passado
32% dos brasileiros afirmam que saúde e qualidade de vida são suas maiores preocupações
R$ 2 bi é o volume de negócios total estimado em 2014
R$ 2,5 bi é a previsão de volume de negócios para 2015
De 50% a 60% da produção brasileira é destinada à exportação.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Preço do aipim está 1 x 1
Os preços de alguns produtos estão baixando na Ceasa do Rio de Janeiro. A batata lisa, saca de 50 kg, estava sendo vendida nesta quarta-feira (29/7) a R$ 75 no atacado (lembrando que muita gente pode comprar diretamente nos boxes da Ceasa do Irajá, na Zona Norte do Rio, e na do Colubandê, em São Gonçalo, a granel); o aipim, caixa com 22 kg, está a R$ 22; enquanto que a laranja pera, caixa com 25kg, a R$ 23. Veja esses e outros preços em nossa tabela, que passamos a publicar no Blog CeasaCompras.
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