segunda-feira, 30 de outubro de 2017

CUIDADO ! Feirantes são flagrados vendendo frangos coloridos artificialmente

Os frangos eram oferecidos como se fossem galinhas caipiras em Boa Vista (RO). Fiscalização fechou nove bancas de venda de frango nesta sexta-feira (27/10) na Feira do Produtor. O frango de granja custa R$ 18 e a galinha caipira é vendida a R$ 45. Apesar da distância, o CeasaCompras.com reproduz essa reportagem do G1 de lá, como uma espécie de alerta para todos os consumidores. O mesmo mais prático é passar o dedo no frango para identificar algum pigmento colorido. Prestem atenção também nas carnes junto aos ossos de frangos vendidos em mercadinhos, muitas apresentam sinais der doença.

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A Vigilância Sanitária pegou feirantes vendendo frangos de granja coloridos artificialmente como se fossem galinhas caipiras na Feira do Produtor Rural, em Boa Vista. O frango de granja custa R$ 18 e a galinha caipira é vendida a R$ 45.

Segundo Fernando Matos, diretor da Vigilância Sanitária de Boa Vista, os animais eram abatidos, depenados e pintados artificialmente. Tudo era feito sem as mínimas condições de higiene. Em uma das bancas, a vigilância achou um balde manchado de tinta sendo usado como recipiente para colorir os frangos artificialmente. Um cone de sinalização de trânsito também era usado como funil no abate dos animais.

A coloração dos frangos, segundo a Vigilância Sanitária, era feita para obter lucro maior, já que a galinha caipira custa mais caro e é a mais procurada pelos compradores.

“Eles [feirantes] estavam ludibriando os consumidores fazendo a coloração artificial do frango normal e vendendo como caipira. Estavam fazendo o uso inadequado de corantes e fraudando as pessoas", declarou Matos.

O diretor disse ainda que os flagrantes foram feitos na semana passada. Na ocasião, os comerciantes foram proibidos de continuar a abater os animais na feira e estavam cumprindo com a determinação. No entanto, as bancas funcionavam sem licença ambiental, o que motivou a interdição nesta sexta.

"Todas as galinhas caipiras que eram vendidas nesse local eram pintadas", frisou Matos. O diretor disse também que o caso será remetido ao Ministério Público de Roraima (MPRR) para que as devidas providências sejam tomadas.

"Eles já foram punidos com a interdição dos pontos. [...] Vamos enviar todo o material ao MP porque a vigilância toma as providências na área administrativa e o Ministério Público nas áreas civil ou criminal, como for necessário", finalizou.

As nove bancas de venda de frango permanecem interditadas por tempo indeterminado ou até que os feirantes se regularizem e obtenham licença para abater e vender as aves no local.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Está chegando o Festival de Bacalhau do CADEG de 2017!

O antigo mercado municipal do então Estado da Guanabara, situado em Benfica, na Zona Norte do Rio, se tornou um pólo gastronômico de grande referência, além do mercado. Seus restaurantes abrigam grandes chefs, bem como restaurantes populares e lojas para a venda do tradicional e verdadeiro bacalhau. Nessa sexta-feira já começa o evento que prossegue.

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Preparem-se pois teremos os espetaculares pratos de bacalhau criados exclusivamente para o festival e também muitas ofertas de bacalhau, azeites, vinhos e diversos segmentos para deixar as festas de final de ano um sucesso!

Fiquem atentos a programação:

- 29/10 às 12h - "Yin/Yang na Gastronomia: equilíbrio entre opostos" - Com o Chef Marcelo Barcellos

- 5/11 às 12h - "Desmistificando o bacalhau: aprenda de forma fácil como preparar e impressionar - Com o "Chef Marcos Carvalho

- 12/11 às 12h - " Vinhos premium do Uruguai"- Embaixadora Ana Paula Oliveira da Bodega Garzón

- 19/11- "Sunday Harley Sunday" - Exposição das cobiçadas motos Harley-Davidson com o encontro com o grupo de motociclistas chamados de "Malvadões". Nesse domingo às 15 horas também teremos um Show da banda Jackstone -Rolling Stones na veia!

- Animação infantil aos sábados no Térreo e aos domingos na Avenida Central.

A família CADEG está à espera da sua família, venha participar!

Feira em São Paulo: maçã gala e beterraba estão mais em conta

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Semanalmente a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta comercializados no Entreposto Terminal São Paulo, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos!

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Coco verde, acerola, mamão formosa, mamão papaya, manga tommy, lima da pérsia, morango, banana prata, laranja pera, banana nanica, maçã gala, goiaba branca, tomates, abobrinha italiana, pepinos, mandioca, abóbora paulista, batata doce rosada, beterraba, abóbora moranga, coentro, salsa, alface crespa, rúcula, espinafre, repolho verde, rabanete, alfaces, beterraba com folha, cenoura com folha, couve manteiga, rúcula, acelga, alho porró, nabo, cebolinha, chicória, batata asterix, alho chinês, cebola nacional e canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Melancia, caju, manga palmer, nêspera, maracujá doce, maçã fuji, laranja baia, laranja lima, tangerina murcot, maçã importada, pera importada, pimentão verde, berinjela, abóbora japonesa, batata, doce amarela, abóbora seca, erva doce, agrião, milho verde, salsão, repolho roxo, erva doce e batata lavada.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Abacaxis, carambola, figo roxo, melão amarelo, maracujá azedo, goiaba vermelha, pinha, atemoia, abacate, limão taiti, manga hadem, uva rosada, uva thompson, cenoura, pimentão vermelho, pimentão amarelo, pimenta vermelha, vagem macarrão, jiló redondo, quiabo, ervilha torta, mandioquinha, brócolis comum, salsão, erva doce, cebola roxa, couve-flor, coco seco e ovos.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Sabe o que é ovo caipira, de granja, orgânico e “de galinhas livres”?

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O ovo é um alimento comum na dieta do brasileiro. Só no ano passado, foram consumidos em média 196 ovos por pessoa, segundo os dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Cada unidade contém aproximadamente 70 calorias e é uma fonte de vários nutrientes necessários para o corpo humano, como proteína, minerais, vitaminas, aminoácidos, antioxidantes e gorduras saudáveis. 

Com um custo acessível nos supermercados para quase todos os públicos, atualmente o consumidor já pode escolher entre pelo menos quatro tipos de ovos, são eles: de granja, caipiras, orgânicos e de galinhas livres de gaiolas. Cada uma dessas variedades apresenta particularidades nas formas de produção, criação e alimentação das aves. Conheça os tipos de ovos:

Ovo caipira 

De maneira geral, o imaginário popular mantém uma ideia de que o ovo caipira, ou colonial, é menor, com a casca escura e a gema mais amarelada. Mas, de acordo com a pesquisadora Helenice Mazzuco, do Núcleo Temático de Produção de Aves, da Embrapa Suínos e Aves, isso é um engano. Não é a coloração e o tamanho que determinam se o ovo pode ser considerado caipira. “Os critérios de produção das aves, como alimentação, manejo e higiene, é que definem a designação do tipo de ovo”, disse. Conforme a regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a criação das galinhas poedeiras de ovo caipira pode ser feita da mesma forma que as que botam os ovos convencionais. A normativa diz que elas podem ser confinadas em gaiolas, mas exige pelo menos 3 metros quadrados de pasto para cada ave. Além disso, para ser considerado ovo caipira, as galinhas devem ser alimentadas com dietas exclusivamente de origem vegetal, sem pigmentos artificiais na ração.

Ovos orgânicos 

As normas estabelecidas pelo Mapa sugerem que ovos orgânicos devem ser produzidos em um sistema de manejo equilibrado, que respeite a sustentabilidade do solo e de todos os recursos naturais envolvidos. As galinhas devem se alimentar somente de ingredientes cultivados sem agrotóxicos, fertilizantes e transgênicos. Além disso, as aves devem ter espaço para se movimentar livremente. Para receber a certificação de produção orgânica, a galinha também não pode ser medicada com antibióticos ou remédios que estimulem o crescimento do animal.

Ovos de galinhas livres 

Segundo a Embrapa, a produção de ovos oriundos de galinhas livres ainda não é normatizada do Brasil. Mas, de acordo com o Instituto Akatu, que mobiliza a sociedade pelo consciente, esse tipo de ovo é vendido normalmente por varejistas. Eles dizem oferecer às galinhas um ambiente de produtividade mais próximo ao natural. Sendo assim, as aves podem botar ovos no local que escolherem, ciscar e empoleirar-se onde quiserem. A ideia é que elas tenham um comportamento mais instintivo possível.

Ovo de granja 

A criação de galinhas em granjas ou gaiolas é a mais difundida no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse tipo de sistema abriga mais de 152 milhões de aves poedeiras no país. Para que as galinhas tenham maior produtividade, técnicas específicas de controle de ambiente, dieta e iluminação artificial são aplicadas na criação. A alimentação é feita basicamente com ração balanceada. Em alguns casos, o bico dos animais é cortado, para que não machuquem outras aves.

A cor da casca e da gema faz alguma diferença?

A diferença na coloração da casca do ovo é determinada unicamente pela raça da galinha. Esse fator não determina se o ovo é caipira, de granja ou sustentável. A cor das gemas varia de acordo com a quantidade de pigmentos ingeridos pelas aves. Algumas dessas substâncias estão presentes no milho e na soja, por exemplo, principais ingredientes da ração fornecida às galinhas. Entretanto, algumas produtoras de ovos adicionam corantes artificiais para realçar o amarelado da gema.

Brasil tem embalagem que amadurece com a fruta

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Nanotecnologia avança no agronegócio brasileiro, fabricando snacks nutritivos e hidrogel que melhora aplicação de fertilizantes.

Tradicional inovador no agronegócio e respeitado globalmente na área de pesquisas de materiais, o Brasil está começando a colher os primeiros resultados concretos no desenvolvimento de produtos criados pelo cruzamento desses dois campos do conhecimento, usando sobretudo a nanotecnologia.

Seis empresas assinaram contratos e pelo menos duas delas pretendem lançar até o meio do ano que vem novidades desenvolvidas pela Rede AgroNano (Rede de Nanotecnologia para o Agronegócio). Entre elas, estão embalagens que “amadurecem” com as frutas, snacks altamente nutritivos feitos de alimentos desprezados e um hidrogel que otimiza o uso de água e fertilizantes na agricultura. “Trabalhamos com materiais que têm sensores e propriedades que mudam de acordo com os estímulos que recebem do meio ambiente”, diz Caue Ribeiro, pesquisador da Embrapa Experimentação e coordenador da Rede AgroNano. “É a fronteira futura dos materiais, aplicada ao agronegócio.”

É exatamente isso o que fazem os nanosensores colocados em tinta de imprimir e aplicados em etiquetas coladas em frutas: mudam de cor ao medir a concentração de gás etileno, emitido em maior ou menor intensidade por caquis, peras e bananas, dependendo de sua maturação. Assim, enquanto o adesivo colado numa fruta estiver roxo, ele estará indicando que ela ainda não está madura. Conforme for mudando para um tom mais acinzentado está boa para o consumo e, totalmente cinza, apodrecida. 

“Estamos trabalhando neste momento na escala de cores”, diz Ana Elisa Siena, sócia da Siena Idea, consultoria que faz a ponte entre centros de pesquisa e empresas. “E também num aplicativo que lerá essa escala com precisão e indicará os melhores usos para uma fruta mais ou menos madura.”

Com o protótipo em mãos, o próximo passo será testá-lo numa parceria com um grande produtor, de preferência de caquis, por causa do custo. Apesar de a etiqueta custar centavos, ela pode não valer à pena no caso de uma fruta muito barata, como bananas. Depois de calibrado o produto, Ana Elisa pretende desenvolver uma variação para outras frutas que não sejam as chamadas climatéricas, emissoras de etileno na maturação. 

“Inicialmente pensamos em desenvolver essas etiquetas para os produtores de fruta, mas percebemos que ela deverá interessar também ao varejo e aos exportadores”, afirma.

Filmes 

No ano que vem também deverá chegar ao mercado o primeiro produto que usará os filmes biodegradáveis feitos de alimentos, desenvolvidos pela Embrapa. São nanobiosnacks de frutas, muitas vezes desprezadas pelo varejo ou pela indústria por terem imperfeições e com valor nutricional potencializado com nanonutrientes. Ainda sem nome comercial, será uma espécie de chip de batata frita (sem a fritura, claro) e está sendo feito em parceria com a Funcional Mikron, especializada em nanotecnologia para alimentos, fármacos e cosméticos. 

A empresa pertence ao mesmo grupo da Alibra Ingredientes, fornecedora da indústria alimentícia e Ultrapan, fabricante do suco Tampico e do energético Power Bull. “A originalidade do snack é ir ao encontro do que muitos jovens gostam e comem”, diz Eduardo Carità, diretor de tecnologia e inovação da Funcional Mikron.

Com grande potencial de múltiplos usos, os filmes biodegradáveis ainda estão no começo de sua exploração. Originalmente, a Embrapa acreditava que eles poderiam interessar à indústria de embalagens, por serem totalmente consumíveis e 100% biodegradáveis. “Nosso maior desafio, depois que a pesquisa é feita, é encontrar empresas interessadas em continuar a desenvolver soluções comerciais para a matéria-prima resultante das pesquisas”, afirma Ribeiro.

Potencial 

Um deles é um nanocomposto à base de hidrogel, a mesma substância que absorve líquidos em fraldas e absorventes. Seu uso na agricultura tem grande potencial, uma vez que os nanogrãos podem armazenar água e controlar a saída de nutrientes. Assim, poderá evitar casos de quebra de safra por estiagem ou reduzir custos pela diminuição do uso de mão de obra. No momento, uma indústria química paulista negocia com a Embrapa um acordo para sua produção. “Testamos em culturas de tomate e pimentão e os resultados foram animadores”, diz. “Como a absorção é muito grande, usamos volumes pequenos de nanocompósitos, de cerca de 1% em relação aos nutrientes, o que aumenta a viabilidade do sistema.”

Summit do Agronegócio reúne especialistas em SP

O desenvolvimento de novos produtos e de mercados, baseados sobretudo na sustentabilidade, serão os principais temas dos debates do Summit Agronegócio 2017, evento que o Estado realiza em 27 de novembro, das 8 às 18 horas, no Sheraton WTC, em São Paulo. 

Entre os palestrantes, os ex-ministros da Agricultura Roberto Rodrigues e Reinhold Stephanes e o vice-presidente de agronegócios do Banco do Brasil, Tarcísio Hubner falarão sobre tendências e perspectivas para o setor. Também estão confirmados Fabio Mota, da Raízen, e Marcos da Rosa, presidente da Aprosoja Brasil, entre outros.

O patrocínio é da Associação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp). O evento é voltado para interessados no setor, com desconto para assinantes do ‘Estado’ e para quem fizer a inscrição até 10 de novembro. Os ingressos estão à venda no site http://summitagronegocio.com.br/.

Os alimentos aliados e inimigos da saúde dos ossos

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Muita gente acredita que para uma boa saúde óssea basta consumir alimentos ricos em cálcio, mas existem outros fatores que influenciam uma boa saúde óssea como alguns fatores metabólicos, nutrientes e anti-nutrientes que estão envolvidos na melhor absorção, na fixação e na perda do cálcio. Entre os principais envolvido na absorção e fixação do cálcio no osso estão o magnésio, vitamina D e vitamina K.

Primeiramente deve-se pensar num intestino saudável, pois é no intestino delgado que o cálcio é absorvido. Portanto, uma flora equilibrada é essencial, probiótico e prebiótico  devem  estar presentes na dieta. Probióticos são encontrados em alguns tipos específicos de iogurte, coalhada caseira e kefir e em alguns casos suplementados. Já o consumo de chicória, cebola , alho, biomassa de banana verde, missô, inulina – são fontes importantes de  prebióticos. A intenção é manter um ph intestinal que favoreça a absorção do cálcio.

Alguns alimentos EM EXCESSO podem ter impacto negativo sobre os ossos dificultando a sua absorção ou estimulando a perda deste mineral, o sal (cloreto de sódio) - elimina cálcio através da urina, as bebidas à base de cafeína – que se associado a baixo consumo de cálcio podem ter problemas, bebidas gaseificadas artificialmente, fitatos (presente no trigo cru, por exemplo) quando em excesso podem atrapalhar a absorção de cálcio e até influenciar na perda do cálcio ósseo. Já excesso de açúcar refinado, farinha branca, aspartame, excesso de proteína animail, antibióticos, queijos processados podem acidificar o ph sanguíneo prejudicando ainda mais a saúde óssea, principalmente em pessoas que já tem diagnóstico para osteoporose.

Para equilibrar este estado já que dificilmente se consegue evitar todos estes alimentos, deve-se procurar aumentar o consumo dos alimentos aliados aos ossos, que ajudando na absorção e fixação deste mineral e no equilíbrio do ph sanguíneo: vegetais, frutas e verduras. Já como fonte de cálcio, o leite mesmo sendo um dos alimentos de maior biodisponibilidade deve ser consumido com cautela, uma vez que qdo em excesso pode contribuir para acidificar o ph sanguíneo, por isso outras fontes de cálcio com boa disponibilidade do mineral devem ser incluídas: vegetais de folha verde escura, feijões, brócolis, couve, nozes, tofu, linhaça.
Fonte Estadão

CONFIANÇA É TUDO

Há dois anos, o Blog CeasaCompras era reconhecido em sua análise sobre a alta de preços dos alimentos, principalmente o tomate que havia se tornado vilão.  O nosso blog se tornou referência para reportagem produzida pelo jornal O Dia, do Rio de Janeiro. Referência que levou a conquista de mais de 300 mil visualizações atualmente. Continue confiando e compartilhe para que você tenha a melhor informação sobre preços dos alimentos nas ceasas do país.

Varejo cobra mais do que deveria por frutas e verduras

Apesar de produtores terem baixado preços em 60%, consumidor continuou pagando caro

Stephanie Tondo
Rio - O aumento no preço dos alimentos está sempre entre os maiores vilões da inflação. Mas em algumas vezes a alta não está relacionada à safra ou às condições econômicas do país. Denúncia da página Ceasa Compras, no Facebook, revela que mesmo após os produtores de hortifrutigranjeiros baixarem os preços em até 60%, varejistas continuavam a praticar valores abusivos.
   

O aposentado Carlos Pinto comprou tomate no hortifruti perto de casa, mas pagou mais caro
Foto:  Uanderson Fernandes / Agência O Dia
De acordo com a página, a caixa de tomate com 22 quilos, por exemplo, era vendida no fim de maio a R$100 na Ceasa do Irajá, Zona Norte do Rio, e do Colubandê, em São Gonçalo. Ou seja, os varejistas compravam o quilo a R$ 4,54. Mas, segundo a Ceasa Compras, esse mesmo produto era comercializado nos hortifrutis, feiras livres e supermercados entre R$ 9 e R$ 10, praticamente o dobro do preço no atacado. 
Na terça-feira passada, o preço do tomate baixou entre 40% e 60% na Ceasa. A caixa do tipo “longa vida” (tamanho menor) estava custando R$ 40, enquanto a de tomate para salada saía por R$ 60. 
“Apesar disso, apenas alguns comerciantes consideraram abaixar os preços ao consumidor. Fomos a sacolões e encontramos valores em torno de R$ 5,80, quando deveria custar pouco mais de R$ 3 ou R$ 4, contando margem de lucro e encargos sociais da loja”, informou a página Ceasa Compras.
Presidente da Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio, Waldir de Lemos afirma que não existe uma tabela de preços para os varejistas. “Cada um coloca o seu preço. A regulação é feita com base na concorrência. O consumidor tem que pesquisar e, se for o caso, comprar em menos quantidade, porque força a ficar mais barato”, afirma. 
O aposentado Carlos Pinto, 66 anos, se surpreendeu com o preço do tomate em um hortifruti da Lapa, Centro do Rio. “Levei um susto. O quilo do produto está quase R$ 7, é um absurdo. Sei que na Ceasa é mais barato, mas fica longe da minha casa. A gente acaba pagando caro pela conveniência”, avalia.
A engenheira Uiara Garcia Valente, 31, percebeu alta nas frutas. “São aumentos que fazem a diferença para quem ganha pouco”, diz.
Lemos acrescenta que muitas vezes os varejistas têm que aumentar os preços para compensar as perdas.
“Os próprios consumidores às vezes estragam legumes e frutas nos supermercados. Enfiam a unha no abacate para ver se está maduro, apertam o tomate, quebram o quiabo para ver se está macio. Não estou defendendo o varejista, mas sei que isso acontece. E o empresário acaba colocando preço maior para compensar os produtos que perde”, diz.

Mercado piora projeção para inflação 
Analistas do mercado financeiro pioraram pela oitava semana consecutiva a estimativa para a inflação deste ano. Boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central, aponta para uma inflação de 8,46% no fim deste ano — contra previsão de 8,39% da semana anterior.
Se confirmada, o indicador de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. A meta do governo é de 4,5%, podendo oscilar dois pontos para mais ou para menos.
Para o comportamento do PIB — soma das riquezas do país — neste ano, os economistas do mercado financeiro reduziram ainda mais a previsão, na semana passada, para uma retração de 1,3%. Foi a terceira queda seguida deste indicador. Até então, a estimativa era de um recuo de 1,27%. Se confirmado, será o pior resultado desde o ano de 1990, quando ficou em 4,35%.
Alimentos puxam taxa 
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou <MC0>0,85% na primeira apuração de junho. A variação foi 0,13 ponto percentual maior do que a registrada no fechamento de maio quando a taxa alcançou 0,72%. O resultado é puxado pelo grupo alimentação, cujos itens ficaram, em média, 1,08% mais caros. Os que mais contribuíram foram hortaliças e legumes, com correção de 11,74%. A elevação anterior foi de 9,58%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (2,67% para 4,45%), Educação, Leitura e Recreação (0,40% para 0,91%), Transportes (0,09% para 0,12%) e Comunicação (-0,07% para -0,04%). Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: jogo lotérico (20,62% para 33,13%), salas de espetáculo (2,23% para 5,26%), gasolina (-0,04% para 0,14%) e tarifa de telefone residencial (-0,87% para -0,64%), respectivamente.
O levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, refere-se à variação de preços coletados no período de 8 de maio a 7 de junho, comparados aos valores apurados de 8 de abril a 7 de maio.