segunda-feira, 16 de maio de 2016

Cuidando dos cabelos com o alimento certo



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Quem nunca se olhou no espelho e percebeu que o cabelo não estava legal e precisava de um tratamento poderoso para dar vida nos fios? Já imaginou que certos alimentos proporcionam essa forcinha as madeixas?

Com isso, a CEAGESP teve a ideia de listar cinco alimentos que podem auxiliar no crescimento, para evitar a queda e a caspa, restaurar a elasticidade e diminuir o ressecamento do cabelo, pois nada melhor que estar feliz com o cabelo, não é mesmo? Veja abaixo.

1)    Em primeiro lugar vem a CENOURA que é rica em betacaroteno, um pigmento que se transforma em vitamina A, onde evita a queda e a perda dos pigmentos que deixam o cabelo grisalho. É indicado comer uma cenoura média e crua por dia. 

2)   Em segundo lugar encontra-se a BANANA que contem vitamina A, B6, C e E, bem como zinco e ferro, que restaura a elasticidade natural dos fios e proporciona a reparação dos cabelos danificados. É recomendado comer duas bananas por dia, entre as refeições. 

3)    Em terceiro lugar colocamos o ESPINAFRE que é abundante em vitamina C e ferro, fundamental para o crescimento dos fios de forma rápida, saudável e equilibra a oleosidade do couro. É aconselhado comer um prato sobremesa de espinafre por dia.

4) Em quarto lugar está o AGRIÃO que fornece MSM, que pode ser absorvido o enxofre, é responsável pela manutenção, produção de queratina e ação anti-inflamatória que ajuda a evitar a caspa. É indicado tomar uma xícara de chá por dia. 

5) Em quinto lugar trazemos o MORANGO, que traz a vitamina C e flavonoides, que auxilia na hidratação do cabelo, combatendo o ressecamento. É recomendado consumir 8 morangos por dia.

Sal do Himalaia, tempero da saúde?




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Quando se fala em sal, logo vem à mente os prejuízos que o seu consumo em excesso pode trazer à saúde. Porém, sem este tempero as refeições não teriam o mesmo gosto. Sua ausência total no organismo também é prejudicial à saúde, já que o sódio contido no sal colabora para o bom funcionamento do corpo, ao regular a quantidade de líquidos que ficam dentro e fora das nossas células.

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O sódio, contudo, pode provocar alterações nesses líquidos, levando o organismo a reter mais água e sobrecarregar os rins e causar hipertensão. Por isso, uma nova opção de sal com menos sódio vem chamando a atenção. 

Trata-se do sal do Himalaia, uma novidade que já vem sendo bastante difundida no país e que promete trazer benefícios à saúde. 

Retirado de uma reserva natural localizada aos pés da cordilheira do Himalaia, tem uma coloração rosada devido à alta concentração de minerais em sua composição e é considerado um dos mais puros do mundo.  

O sal do Himalaia é extraído e transformado em pequenos cristais, como os do sal grosso marinho. Ele pode ser usado dessa forma ou moído, da mesma forma que o sal refinado comum. Serve ainda como elemento decorativo e é indicado para banho. 

Diversos benefícios estão associados ao sal do Himalaia, pois contém fósforo, bromo, boro e zinco, entro outros minerais. O melhor de tudo é que o sódio aparece em menor quantidade, pois  em uma grama de sal refinado contém apenas 230 mg de sódio, enquanto o sal comum essa quantidade sobe para 400 mg de sódio/grama.


Como sal de cozinha, os cristais podem ser adicionados inteiros na comida. Quando moído, serve também para salgar peixes e saladas, sendo um bom ingrediente para realçar o sabor dos alimentos. 

O poder desintoxicante do sal rosa ajuda a eliminar toxinas do corpo, purificar o sangue e regular a produção de óleo pela pele. Além disso, a alta concentração de magnésio é benéfica para prevenir cãibras, fortalecer os músculos e o sistema imunológico.


Como sal de banho, o produto tem poder relaxante e de tonificar a pele, já que, uma vez adicionado na água morna, ele ativa a transpiração e, consequentemente, contribui para eliminar toxinas. Ele funciona também como esfoliante contribuindo para a restauração das células e redução dos sinais de envelhecimento.


O sal do Himalaia pode ser encontrado em alguns atacadistas da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) e também nos box de vendas de produtos de secos e molhados, onde é vendido por quilo. 

Abiu: fruta amazônica que turbina a saúde

De sabor adocicado e bastante saborosa, ela é ainda rica em vitaminas e sais minerais.

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O abiu, cujo nome científico é Pouteria caimito, tem o nome proveniente do tupi-guarani e significa fruta com ponta. É típica da região amazônica, onde nasce espontaneamente, mas é cultivada em quase todo o país, de preferência em solos profundos e humosos, sendo apropriada para pomares domésticos, pois seu cultivo é bastante simples e com três anos de idade já começa a dar os primeiros frutos. 

O abieiro, árvore da família das sapotáceas, chega até os 10 metros de altura em sua plenitude, com cerca de 25 a 30 anos. Existem quatro ou cinco variedades do abiu, e o formato da fruta difere bastante de uma variedade para outra. Elas podem ser inteiramente redondas, ovais e alongadas, com o tamanho aproximado de um ovo grande de galinha ou de pata.

Sua polpa é gelatinosa e muito doce e, além de ser bastante saborosa, vem chamando a atenção devido ao seu valor nutritivo e aos benefícios que traz à saúde, pois possui vitaminas B1, B2, B5 e C e sais minerais como cálcio, fósforo e ferro, além de fibras. A fruta contém propriedades adstringente, anti-inflamatória, expectorante, antitérmico e tônico geral do organismo.

O abiu deve ser consumido somente quando estiver maduro, com a casca toda amarela.  Se ainda estiver verde, sua casca libera um leite viscoso que adere aos lábios. Esse leite é bastante utilizado na produção de cola e de alguns remédios caseiros para vermes, prisão de ventre, verrugas e herpes. O óleo extraído da semente pode ser utilizado contra inflamações e é extremamente nutritivo para a pele e os cabelos.

Uma curiosidade desta fruta é que ela não cai da árvore. Caso não sejam colhida, os passarinhos furam sua casca, consomem a polpa e ela seca no pé. É um fruto bastante apreciado para ser consumido naturalmente e isso ajuda a tratar casos de pneumonia, bronquite, anemia e desnutrição. Além disso, pode ser utilizado para preparar sucos, doces, saladas de frutas, sorvetes e geleias.

Entre janeiro e março de 2016 foram comercializadas 2,22 toneladas de abiu no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), o que representa um volume financeiro de vendas de R$ 15.484,50. Os números demonstram que apesar de exótica e ainda pouco conhecida, a fruta tem ganhado espaço no carrinho de compras dos brasileiros.

Feirinhas invadem condomínios em São Paulo

Feira livre dentro de condomínio está virando moda. Com hortifrútis, pastéis e até estandes de pet shop, serviços avançam em prédios da capital.

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Quarta à noite é dia de feira para os moradores do condomínio Central Park Prime, na Vila Carrão, zona leste de São Paulo. O pastel é jantar, os hortifrútis fresquinhos garantem a geladeira da semana e também dá para comprar carnes e massas. Tudo sem cruzar a portaria.

Condomínios da região metropolitana de São Paulo têm trazido a feira para dentro de seus limites. “Para mim, o melhor é a comodidade. Encontro tudo o que preciso”, afirma a pedagoga Andrea Teixeira, de 40 anos, entre uma mordiscada e outra no pastel fumegante. Com a sacola cheia de verduras, a dona de casa Maria Aparecida Silva, de 48 anos, também gosta da praticidade. “É só descer o elevador e já estou aqui”, diz.

Os comerciantes também só veem vantagens. “De segunda a sábado, faço feira dentro de condomínio. No domingo trabalho em feira livre no Ipiranga”, diz Klaus Kimura, de 34 anos, proprietário da pastelaria. “A segurança é a principal diferença. Na rua, é um assalto a cada seis meses; o último foi em 17 de janeiro. Chega o sujeito de moto, com faca e não tem o que fazer: a gente entrega todo o caixa.” Enquanto confere o troco, o responsável pela barraca das frutas e legumes concorda. “À noite, nas ruas? Nem pensar”, afirma.

Não faz oito anos que o comerciante Rafael Pinto da Silva, de 31 anos, meio sem querer, teve a ideia de levar seu negócio para dentro dos muros. Ele vendia massas frescas e queijos em um carro, rodando pelas ruas de Osasco e Alphaville, na Grande São Paulo. “Aí resolvi montar uma banquinha dentro do meu prédio. Deu certo e comecei a ser procurado por síndicos”, diz. Já são 40 prédios atendidos por ele, semanalmente, em São Paulo, Osasco, Jundiaí e Sorocaba – dois acordos foram feitos há quatro dias.

Silva encarrega-se de levar os parceiros. “Para ficar interessante, além da minha banca, é preciso ter uma de hortifrútis, outra de carnes. E o pastel, é claro”, explica. Alguns condomínios cobram uma taxa – em geral, de R$ 100 por mês – para cobrir custos de energia elétrica e limpeza.

A população interna tem de ser grande. O Central Park Prime, por exemplo, tem 534 unidades, onde vivem 1.680 moradores. “A feirinha é um sucesso”, comemora o síndico, Marcelo Pan y Agua, de 41 anos. “Uma vez por mês, trazemos food trucks. E, eventualmente, quando algum morador do prédio que tem comércio quer fazer alguma liquidação, também abrimos essa possibilidade.”

No Residencial Morada do Bosque, em Taboão da Serra, os cerca de 2,5 mil moradores contam com três feiras fixas. Às terças, é dia de comprar carne. Às quartas, o condomínio ganha um “petmóvel” – um veículo equipado para a tosa e o banho da bicharada. “E no sábado é o dia da feira, onde já temos 17 expositores. E isso porque começamos há um mês”, conta o síndico, Marcelo Alves, de 46 anos. Ali, uma peculiaridade: todos os feirantes são moradores.
A feira própria também é novidade no Edifício Paço Cidade de São Paulo, no Sumaré. Há menos de um mês, uma feirinha de produtos orgânicos é montada no condomínio, sempre às terças. Detalhe: na frente do prédio, às quartas, tem feira livre convencional.

Cuidados. Para a especialista em condomínios Angelica Arbex, gerente da Lello Condomínios, o síndico precisa tomar alguns cuidados. “É fundamental que discuta com os condôminos quais serviços podem ser instalados, qual é a viabilidade e estrutura. E que cuide para que a realização das atividades não comprometa a segurança e o bom funcionamento do condomínio”, adverte. A Lello estima que as feirinhas já estejam presentes em cerca de 200 condomínios da Grande São Paulo. 
Fonte Estadão

Estiagem severa derruba exportações do ES

Agronegócio capixaba amarga queda de 26,7% no valor dos produtos exportados. Café foi o mais afetado e a pimenta-do-reino, apesar disso, apresenta resultado positivo.

                       

 Os efeitos da mais grave estiagem da história do Espírito Santo continuam trazendo muitos prejuízos para as atividades agropecuárias no estado. As exportações do agronegócio, no primeiro quadrimestre, registraram expressivas quedas de 26,7% no valor e de 19,9% no volume comercializado, em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a abril, foram exportadas 732,8 mil toneladas de produtos, com uma receita gerada de US$ 465,7 milhões.

O café, principal cultura agrícola capixaba, foi o produto mais afetado e vive um dos piores momentos dos últimos anos. O volume de café verde exportado nos quatro primeiros meses de 2016 registrou uma queda significativa de 62,3%. Foram comercializadas pouco mais de 44 mil toneladas, contra 113 mil toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.

A receita obtida com a venda do produto despencou, com uma queda de 60,6%. A receita gerada caiu de US$ 236,8 milhões em 2015 para US$ 89,2 milhões este ano. O preço médio internacional do produto também caiu: de US$ 2,08 para US$ 1,99 o quilo.

A celulose, líder do ranking dos produtos mais exportados pelo Espírito Santo, também registrou queda no volume (-14,9) e no valor comercializado (10,6%) no período. A receita obtida com a exportação do produto foi de US$ 284 milhões contra US$ 317,8 milhões no primeiro quadrimestre de 2015. Já o volume exportado caiu de 783,4 mil toneladas para 666,5 mil toneladas exportadas de janeiro a abril deste ano.

Pimenta-do-Reino

A pimenta-do-reino continua sendo um dos principais destaques positivos da pauta de exportações capixabas. O produto segue na contramão do que tem sido observado em outros setores, apesar da ligeira queda no preço médio internacional (de US$ 9,01, em 2015, para US$ 8,14 o quilo, em 2016). As exportações de pimenta-do-reino nos quatro primeiros meses do ano geraram uma receita cambial de US$ 47,8 milhões, um aumento de 19,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume exportado de pimenta-do-reino também cresceu: 31,8%, com a movimentação de 5,8 mil toneladas.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Produção orgânica ampliada no Rio

Agricultores do Brejal, em Petrópolis, apostam no programa para ampliar a produção e melhorar sua qualidade de vida.

         
Agricultores da localidade do Brejal, em Petrópolis, na Região Serrana, pioneiros na produção de orgânicos no estado, participaram na última quarta-feira (04/5) do primeiro sorteio do Programa Rio Rural na microbacia. No evento, realizado na Escola Municipalizada Avelino de Carvalho, 72 produtores foram beneficiados com subprojetos que vão desde a implantação de estufas para mudas nativas, cultivo protegido e secagem de café, a equipamentos de irrigação e aquisição de kits galinha caipira.
 
O sorteio faz parte da metodologia de incentivos do Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, garantindo igualdade de acesso aos agricultores participantes e o acompanhamento adequado dos projetos implantados. Para o vice-presidente da Associação de Produtores Rurais do Brejal, Paulo Aguinaga, o principal legado do programa na comunidade, que conta hoje com cerca de 280 produtores, será a organização comunitária.
 
- O grupo já atua com orgânicos aqui na localidade há quase 40 anos, mas a chegada do Rio Rural garantiu a todos uma organização maior. Os recursos e práticas sustentáveis, obviamente, são importantíssimos, mas a chegada do programa promoveu mesmo um maior engajamento para a participação e discussão das necessidades dos produtores dentro da associação - explicou ele.
 
Segundo o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, o fortalecimento da produção orgânica no Rio de Janeiro é perceptível, inclusive, pelo surgimento de grupos organizados em outras regiões do estado.
 
- Além da serra fluminense, que tem tradição no cultivo de orgânicos, estão ganhando força produtores de regiões em que predomina a agricultura convencional. Apenas o Noroeste ganhou 98 novos produtores nos últimos dois anos, graças ao apoio técnico da Emater-Rio e aos incentivos e capacitações do Programa Rio Rural, junto com nossos parceiros regionais. Este é o caminho certo para qualificar nossos produtos, agregando valor e gerando renda com a comercialização de alimentos saudáveis - declarou o secretário.
 
A Associação de Produtores Rurais do Brejal possui vários de seus integrantes no Grupo de Produtores do Brejal (GP do Brejal) e é formada por pequenos agricultores. Juntos, os dois grupos associativos são responsáveis por 85% da produção orgânica da cidade e também pelo fornecimento de grande parte dos alimentos vendidos no Circuito de Feiras Orgânicas do Rio de Janeiro.
 
Os produtores se orgulham do avanço de sua atividade.
 
- Fico feliz de fazer parte desta história dos orgânicos no estado e hoje tento passar para os produtores mais jovens toda a minha experiência e conhecimento do campo. Os próprios técnicos da Emater-Rio, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz e de universidades estão sempre aqui com a gente, trocando ideias e conhecimentos - diz, orgulhoso, o produtor Levy Gonçalves de Oliveira, nascido e criado na comunidade e um dos pioneiros da Fazenda Pedras Altas, a primeira a apostar na agricultura orgânica em todo o Brasil, de acordo com a Emater-Rio.
 
Ex-produtor de cinema e há pouco tempo na agricultura, Luiz Henrique Fonseca acredita que a troca de experiência dos produtores locais, aliada ao apoio técnico do Rio Rural, vai ampliar a produção e possibilitar a melhoria da qualidade de vida de todos na localidade.
 
-Tenho um sítio aqui há 16 anos, mas só entrei no plantio há uns dois. É uma forma de garantir produtos de qualidade para o Armazém Sustentável que tenho há uns seis anos. No sítio, plantamos berinjela, pepino japonês, cebola, pimentão verde, jabuticaba, capim limão, produtos que utilizamos para a confecção de nossas conservas e geleias no armazém. A chegada do Rio Rural só nos incentiva ainda mais a ampliar nossa plantação e nossos negócios na região - comentou.
 
Todos os trabalhos do Rio Rural na microbacia do Brejal são coordenados pelos técnicos da Emater-Rio. Os subprojetos que a partir de agora serão implantados na localidade foram discutidos pelos próprios agricultores nas reuniões do Comitê Gestor da Microbacia (Cogem), que também decidiu pela contratação de duas técnicas – Mônica Cunha e Luciana Azevedo – para a elaboração dos Planos Individuais de Desenvolvimento (PIDs) de cada propriedade.Com a elaboração dos PIDs, os produtores passam a receber os equipamentos e os recursos não reembolsáveis do Rio Rural.
 
O sorteio dos subprojetos na microbacia do Brejal foi coordenado pelos técnicos do Escritório Regional Sul da Emater-Rio, Rafael de Souza Pereira e Nelson Antônio Pentagna; e pelos técnicos do escritório local de Petrópolis, Nelson Buarque Cavalcante Júnior e José Kleber Cytrangolo Rayol.
 
O GP do Brejal
 
O Grupo de Produtores (GP do Brejal) é formado por famílias de agricultores orgânicos, que há cerca de 40 anos produzem de acordo com os princípios da agroecologia nesta localidade de Petrópolis, em meio à Mata Atlântica.
 
Os produtores possuem uma sede para separação e armazenagem de produtos, com cerca de 300 metros quadrados, e semestralmente abrem o local e também os seus sítios para a visitação de consumidores de Petrópolis e de feiras orgânicas do Rio de Janeiro, para que estes passem a conhecer em campo as práticas adotadas nas lavouras. Todos possuem o selo do Sistema de Garantia Participativa (SPG), da Associação dos Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO), uma garantia de que os produtos são 100% produzidos sem agrotóxicos ou fertilizantes químicos.
 
- São dias de confraternização entre os produtores e consumidores, que passam a conhecer no campo as formas de plantio, o local de armazenamento, participam de colheitas e de almoço no galpão da associação, preparado com todos os nossos orgânicos. É uma forma de unir agricultores e consumidores em prol do consumo de alimentos mais saudáveis - explicou o produtor Levy de Oliveira.

Doce mel do Norte fluminense

Kit apicultura do Programa Rio Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, promove expansão da atividade e conservação ao redor do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, que atinge três municípios e que vem atraindo mais adeptos.


           
Quem observa a mata tranquila ao redor do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, nos municípios de Macaé, Carapebus e Quissamã, no Norte Fluminense, não imagina o potencial econômico que a área possui. Com incentivos do Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, apicultores estão colocando Quissamã na rota de produção de mel no interior do estado.
- Quando comprei meu terreno, não tinha ideia clara do que fazer para gerar renda. Mas havia uma certeza: queria lutar pela preservação da natureza no parque. Com a apicultura, isso é possível - revela o produtor Antônio Batista Pessanha, da microbacia Brejo da Piedade.

Pessanha, que também é biólogo e trabalha no Horto Municipal de Quissamã, confessa que, inicialmente, havia cogitado a hipótese de criar um percurso de trilha ecológica em sua propriedade, a fim de atrair turistas. No entanto, ao conhecer o trabalho do Rio Rural, percebeu que poderia apostar na produção de mel, garantindo a sustentabilidade e a geração de renda em suas terras.

Há seis anos, o produtor foi beneficiado com o kit apicultura do Rio Rural, por meio de incentivo no valor de R$ 3 mil. Com o apoio financeiro, Pessanha adquiriu uma centrífuga – equipamento utilizado na extração do mel –, e bandejas (quadros de madeira com tela), onde as abelhas depositam sua produção. Com recursos próprios, complementou o investimento, construindo uma pequena casa de manipulação do mel, onde realiza a decantação do líquido e o envase nas garrafas.

- Gostei da parceria com o Rio Rural não só pela questão financeira. O próprio exercício da atividade vai ajudando a conscientizar sobre a importância da conservação. Vejo que servi de inspiração para outros, pois não destruo o ambiente e ainda tenho rendimento aqui - conta o produtor.

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, os incentivos do Rio Rural são oportunidades para que os produtores comecem a transformar sua relação com o meio ambiente em suas unidades de produção.

- Assim como em uma colmeia, o trabalho de cada indivíduo garante a prosperidade de todos que vivem na mesma microbacia. O apoio do programa é o pontapé inicial em um processo evolutivo que envolve o produtor e sua família, mas que também tem grande impacto na qualidade de vida da comunidade, seja através da maior disponibilidade dos recursos naturais ou do estímulo à economia local - completou o secretário.

O exemplo das abelhas: parceria com a natureza

Pesquisadores estimam que as abelhas são responsáveis por 80% da polinização no planeta, ou seja, transportam pólen de uma flor à outra. Por meio desse processo, as flores são fecundadas, desenvolvem sementes e frutos.

Nos Estados Unidos, é comum fruticultores pagarem para receber colônias de abelhas em determinados períodos do ano. Em geral, com a presença delas a vegetação se desenvolve melhor, pois esses insetos polinizam as flores, gerando mais frutos, maiores e melhores. Ao mesmo tempo em que levam o pólen, as abelhas também se beneficiam das flores, pois delas sugam o néctar que, por meio de enzimas, será transformado em mel por algumas espécies.

O exemplo do trabalho em parceria dado pelas abelhas também serviu de inspiração na vida real. Pessanha confessa que havia pesquisado bastante para aprender a trabalhar com os insetos, mas, mesmo assim, ainda tinha receio das ferroadas. Seu vizinho, o produtor José Carlos Rodrigues tinha mais experiência no ramo, mas não dominava técnicas de manejo. Foi então que os dois decidiram trabalhar em conjunto.

- Mudei minha forma de produzir a partir do Rio Rural, quando recebi meu subprojeto. Antes, espremia o mel do favo com as mãos. Hoje eu só uso centrífuga. Não tinha boa estrutura de criação. Agora, produzo e lucro mais - comenta Rodrigues. Somente este ano, a dupla já produziu quase 200 litros de mel, vendido diretamente ao consumidor. A ideia é ampliar a capacidade produtiva, passando das atuais 30 para 100 colmeias.

Mel da restinga

A apicultura é uma das poucas atividades econômicas viáveis no entorno do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, que abrange os municípios de Quissamã, Macaé e Carapebus. Por se tratar de Área de Preservação Permanente (APP), a exploração tem regras bem rígidas.

- Além de a atividade ser sustentável e do mel possuir alto valor agregado, a criação de abelhas é benéfica para o meio ambiente, pois nos ajuda a conservar essa restinga, que é uma das mais bem preservadas do Brasil - salienta Francisco José Rodrigues, técnico executor do Rio Rural na microbacia Brejo da Piedade.

As zonas de apiário costumam ser cercadas para evitar que pessoas estranhas possam ser picadas se não estiverem usando a roupa de proteção. Com o isolamento, o rebanho também não tem acesso à área, propiciando a conservação da mata. Quanto maior a proteção, maior a oferta de alimentação para as abelhas.

A apicultura no meio da restinga também impacta na qualidade do mel.

- Por ser produzido em uma área com vegetação silvestre, o gosto do mel é bem suave e tem boa aceitação. Há grande potencial de crescimento - complementa o técnico do Rio Rural.


Quem observa a mata tranquila ao redor do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, nos municípios de Macaé, Carapebus e Quissamã, no Norte Fluminense, não imagina o potencial econômico que a área possui. Com incentivos do Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, apicultores estão colocando Quissamã na rota de produção de mel no interior do estado.
 
- Quando comprei meu terreno, não tinha ideia clara do que fazer para gerar renda. Mas havia uma certeza: queria lutar pela preservação da natureza no parque. Com a apicultura, isso é possível - revela o produtor Antônio Batista Pessanha, da microbacia Brejo da Piedade.

Pessanha, que também é biólogo e trabalha no Horto Municipal de Quissamã, confessa que, inicialmente, havia cogitado a hipótese de criar um percurso de trilha ecológica em sua propriedade, a fim de atrair turistas. No entanto, ao conhecer o trabalho do Rio Rural, percebeu que poderia apostar na produção de mel, garantindo a sustentabilidade e a geração de renda em suas terras.

Há seis anos, o produtor foi beneficiado com o kit apicultura do Rio Rural, por meio de incentivo no valor de R$ 3 mil. Com o apoio financeiro, Pessanha adquiriu uma centrífuga – equipamento utilizado na extração do mel –, e bandejas (quadros de madeira com tela), onde as abelhas depositam sua produção. Com recursos próprios, complementou o investimento, construindo uma pequena casa de manipulação do mel, onde realiza a decantação do líquido e o envase nas garrafas.

- Gostei da parceria com o Rio Rural não só pela questão financeira. O próprio exercício da atividade vai ajudando a conscientizar sobre a importância da conservação. Vejo que servi de inspiração para outros, pois não destruo o ambiente e ainda tenho rendimento aqui - conta o produtor.

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, os incentivos do Rio Rural são oportunidades para que os produtores comecem a transformar sua relação com o meio ambiente em suas unidades de produção.

- Assim como em uma colmeia, o trabalho de cada indivíduo garante a prosperidade de todos que vivem na mesma microbacia. O apoio do programa é o pontapé inicial em um processo evolutivo que envolve o produtor e sua família, mas que também tem grande impacto na qualidade de vida da comunidade, seja através da maior disponibilidade dos recursos naturais ou do estímulo à economia local - completou o secretário.

O exemplo das abelhas: parceria com a natureza

Pesquisadores estimam que as abelhas são responsáveis por 80% da polinização no planeta, ou seja, transportam pólen de uma flor à outra. Por meio desse processo, as flores são fecundadas, desenvolvem sementes e frutos.

Nos Estados Unidos, é comum fruticultores pagarem para receber colônias de abelhas em determinados períodos do ano. Em geral, com a presença delas a vegetação se desenvolve melhor, pois esses insetos polinizam as flores, gerando mais frutos, maiores e melhores. Ao mesmo tempo em que levam o pólen, as abelhas também se beneficiam das flores, pois delas sugam o néctar que, por meio de enzimas, será transformado em mel por algumas espécies.

O exemplo do trabalho em parceria dado pelas abelhas também serviu de inspiração na vida real. Pessanha confessa que havia pesquisado bastante para aprender a trabalhar com os insetos, mas, mesmo assim, ainda tinha receio das ferroadas. Seu vizinho, o produtor José Carlos Rodrigues tinha mais experiência no ramo, mas não dominava técnicas de manejo. Foi então que os dois decidiram trabalhar em conjunto.

- Mudei minha forma de produzir a partir do Rio Rural, quando recebi meu subprojeto. Antes, espremia o mel do favo com as mãos. Hoje eu só uso centrífuga. Não tinha boa estrutura de criação. Agora, produzo e lucro mais - comenta Rodrigues. Somente este ano, a dupla já produziu quase 200 litros de mel, vendido diretamente ao consumidor. A ideia é ampliar a capacidade produtiva, passando das atuais 30 para 100 colmeias.

Mel da restinga

A apicultura é uma das poucas atividades econômicas viáveis no entorno do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, que abrange os municípios de Quissamã, Macaé e Carapebus. Por se tratar de Área de Preservação Permanente (APP), a exploração tem regras bem rígidas.

- Além de a atividade ser sustentável e do mel possuir alto valor agregado, a criação de abelhas é benéfica para o meio ambiente, pois nos ajuda a conservar essa restinga, que é uma das mais bem preservadas do Brasil - salienta Francisco José Rodrigues, técnico executor do Rio Rural na microbacia Brejo da Piedade.

As zonas de apiário costumam ser cercadas para evitar que pessoas estranhas possam ser picadas se não estiverem usando a roupa de proteção. Com o isolamento, o rebanho também não tem acesso à área, propiciando a conservação da mata. Quanto maior a proteção, maior a oferta de alimentação para as abelhas.

A apicultura no meio da restinga também impacta na qualidade do mel.

- Por ser produzido em uma área com vegetação silvestre, o gosto do mel é bem suave e tem boa aceitação. Há grande potencial de crescimento - complementa o técnico do Rio Rural.