sexta-feira, 18 de março de 2016

Laranja seleta e alface crespa estão em conta



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Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA

Caqui rama forte, abacate, figo roxo, carambola, goiaba, laranja pera, laranja seleta, limão taiti, jaca, coco verde, pimentão verde, chuchu, mandioca, pepino comum, abóbora moranga, abóbora seca, berinjela, nabo, salsa, repolho verde, escarola, alface crespa, alface lisa e americana, milho verde, canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Abacaxi havaí, banana nanica, morango comum, manga tommy, laranja lima, lima da pérsia, acerola, graviola, melancia, pimentão vermelho, pimentão amarelo, beterraba, abóbora japonesa, abobrinha brasileira, quiabo liso, pimenta cambuci, pimenta americana, alho porró, cebolinha, beterraba com folha.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Caju, melão amarelo, mamão papaia, mamão formosa, maracujá azedo, uvas, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, abóbora paulista, pepino japonês, pepino caipira, batata doce rosada, tomates, cenoura, ervilha torta, mandioquinha, vagem macarrão, erva doce, rúcula, couve manteiga, espinafre, couve-flor, agrião, brócolis, erva doce, rabanete, coentro, alho argentino, batata lavada, alho nacional e ovos.

SEMANA SANTA

Cação: destaque da 11ª Santa Feira do Peixe

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O cação aparece na tabela de sazonalidade da CEAGESP nos meses de março e abril, quando ele migra em bandos para procriar ou para caçar outros espécimes que habitam o mar. Este peixe de aparência alongada, carne branca e firme e de sabor característico pode confundir muitos mergulhadores com o seu primo mais famoso, o tubarão. Rico em selênio e vitaminas B6 e B12, tem um pouco mais de gordura que outras espécies de carne branca - cerca de 159 kCal por 100 gramas.

Na 11ª da Santa Feira do Peixe da CEAGESP, que irá ocorrer no Frigorífico São Paulo (FRISP), de 21 a 24 de março, das 13h às 21h, a posta de cação poderá ser encontrado para venda a um preço promocional de R$ 12,99 o quilo. A iniciativa terá ainda outras duas ofertas: o filé de pargasius (R$ 11,99/kg) e o camarão cinza (R$ 19,99/kg).
 
Durante o evento, as quantidades serão limitadas por dia, para que todos possam ter a oportunidade de comprar. 

Além disso, cinco barracas de pescados e frutos do mar e mais duas específicas para a comercialização de bacalhau e azeite estarão abertas ao público. Todas vão oferecer vários produtos a preços promocionais.

GASTRONOMIA – Haverá também uma praça de alimentação, com barracas de acarajé, comida japonesa, paella, crepe francês, sopas, espetinhos de carne, bolinhos de bacalhau e bebidas. O público poderá se deliciar com um cardápio específico com os produtos em promoção, elaborado pela Sampa Foods

A empresa, que responde pela gestão gastronômica do evento, é a organizadora dos festivais de Sopa, Pescado e Massas realizados anualmente no ETSP. A 11ª Santa Feira do Peixe tem apoio da Associação dos Comerciantes Atacadistas de Pescados do Estado de São Paulo (ACAPESP), dos permissionários do Frigorífico de São Paulo (FRISP) e da Sampa Foods.

SERVIÇO
11ª Santa Feira do Peixe
De 21 a 24 de março, das 13h às 21h
Acesso pelo Portão 15 da Rua Xavier Kraus (esquina com a Avenida Nações Unidas).
Entrada franca com estacionamento terceirizado pago no local para os visitantes.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Comprando o peixe certo

                           

Semana Santa é sempre aquela mesma história: como saber quando o peixe está bom para o consumo? Uma época ingrata, de aproveitadores em todos os lugares, seja na feira livre, nos supermercados. Portanto, precisamos estar atentos. O CeasaCompras saiu na defesa dos seus internautas e explica tudo; orienta sobre o melhor peixe. a ser comprado.

A invenção de comer peixe na Semana Santa teria começado por São Pedro, o fundador da Igreja Católica, que era pescador. Outro detalhe que aflorou no passar dos anos: a carne do pescado é de fácil digestão e de elevada qualidade nutricional.; 

Os peixes podem ser consumidos de diversas maneiras: ao molho, empanados, assados, ensopados, cozidos, grelhados, fritos ou crus, como na dieta japonesa que nós conhecemos..

Devemos tomar cuidado quanto à sua origem, aumentando ainda mais quando se trata de congelado. O governo brasileiro iniciou uma campanha para investigar esses peixes vendidos em supermercados, já ensacados, que estavam sendo adulterados: o consumidor estava comprando "gato por lebre". 

É bom saber que a metade do sucesso de um prato depende da boa escolha do pescado. Vamos ver:

1- PEIXES
Corpo firme e brilhante
Escamas bem aderidas
Guelras rosada ou vermelhas, úmidas e brilhantes
Olhos salientes e brilhantes
Cheiro sua e característico

2- CRUSTÁCEOS ( camarões, lagostas, siris, caranguejos)
Aspecto geral brilhante e úmido
Corpo com curvatura natural
Carapaça bem aderida ao corpo
Cheiro próprio e suave
Coloração própria da espécie

3 - MOLUSCOS (polvos e lulas)
Pele fina e úmida
Carne consistente e elástica
Cheiro próprio e suave

Benefícios para a saúde
Menos calorias
Proteína de alto valor biológico
Baixo teor de gorduras
Fonte de Vitaminas A,B e C
Fonte de minerais - cálcio e fósforo, fortalecendo os ossos
Fortalece o sistema imunológico
Faz bem para as artérias e ao cérebro
É importante fonte de ômega 3, que reduz o risco de doenças cardiovasculares, tem ação antiinflamatória, auxilia na regeneração dos neurônios e no desenvolvimento cerebral, tornando-se fundamental na infância. Pode ainda reduzir o risco de Mal de Alzheimer, demência e cansaço mental, sendo essencial para o idoso.

O Ômega 3 pode contribuir ainda no tratamento da hipertensão arterial, atua na coagulação sanguínea, alivia dores decorrentes da artrite reumatóide e protege a pele contra os Raios Ultra Violetas.

O ideal, independente da Semana Santa, é que você consuma pescados duas vezes por semana.

ESPECIAL SEMANA SANTA

Saiba o que são e os preços dos acompanhamentos para o almoço de Páscoa

              

Por Jorge Lopes

O almoço de domingo de Páscoa está chegando e você ainda não escolheu os ingredientes que irão acompanhar o seu prato?  Nós vamos te ajudar, pois o CeasaCompras preparou uma lista da melhor qualidade, consultando inclusive os preços, para você ter uma idéia do quanto irá custar por esses dias nos supermercados, feiras livres e sacolões. É só ficar atentos no comparativo, ou então ir direto na fonte: comprar nas centrais de abastecimento da sua cidade. Nossa equipe foi até a Ceasa Grande Rio, situada no bairro do Irajá, Zona Norte, a maior do estado fluminense, e de lá tirou uma cesta de exemplos.

Que tal pegar o carro e ir até lá? Junte a família, os amigos, compre muito e pague bem baratinho.  Compre, inclusive, itens gourmet que só se vê nos restaurantes ou nos programas de culinária na televisão.

Nirá, já ouviu falar? Uma plantinha da chamada culinária japonesa que vai muito bem com pescados, azeite aromatizado e cebolas.

Outro item, o Moyashi, que são brotos de feijão muito ricos em nutrientes fibras, vitaminas, cálcio, ferro e potássio. Vai bem nas saladas,  refogados, sopas e guisados.

Endívia, o chamado "vegetal da Primavera", que é uma bomba nutricional, ligeiramente amarga, que combina muito bem com legumes doces, como cenoura e beterraba.

Já a Alcachofra, tão apreciada na culinária francesa, vem desde a antiguidade sendo cultivada em áreas como o Mediterrâneo.  Quando for comprar,  segure pelo talo e balance suavemente. Apresentando-se flexível é sinal que está boa para o consumo.  Outra bomba ótima para sua saúde.
Preços dos acompanhamentos

Já que está por dentro de alguns ingredientes gourmet para sua mesa, anote a relação e os preços praticados no atacado para que você saiba comparar quando for comprar. O ideal, repito mais uma vez, é que você vária direto na central de abastecimento de sua cidade, fugindo da especulação de preços que estamos vendo há alguns meses
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Aipo/Salsão - 6 moles (R$ 15)
Alcachofra - caixa 2 kg (R$ 15)
Alecrim - 15 moles (R# 1)
Alface crespa - caixa com 18 unidades (R$ 12)
Alface lisa - caixa com 16 unidades ( R$ 15)
Alho Poró -  12 unidades (R$ 20)
Aspargos - 5 unidades (R$ 18)
Brocolis comum - 8 kg (R# 4)
Brócolis americana - 7 kg (R$ 20)
Cebolinha - 4 unidades grandes (R$ 2)
Salsa - 5 unidades (R$ 2)
Coentro - 10 unidades (R$ 20)
Couve comum - 10 unidades (R$ 15)
Couve-flor - 8 unidades (R$ 30)
Endivia - 5 unidades (R$ 7)
Hortelã - 10 moles (R$ 2)
Manjericão - 30 unidades (R$ 2)
Mostarda - 1 kg (R$ 2,50)
Moyashi - 5 unidades (R$ 5)
Nirá - 1 kg (R$ 10)
Repolho verde -  12 unidades (R$ 35)
Repolho roxo - 25 kg (R$ 50)
Rúcula - 5 moles (R$ 4)
Abóbora - Kg (R$ 2)
Abóbora moranga= kg (R$ 3)
Abobrinha italiana - caixa com 20 kg (R$ 40)
Berinjela - caixa com 10 kg (R$ 25)
Chuchu - caixa com 20 kg (R$ 20)
Feijão de corda  - caixa com 10 kg (R$ 30)
Milho verde - 100 espigas (R$ 15)
Pimentão verde - caixa com 10 kg (R$ 25)
Pimentão amarelo - caixa com 10 kg (R$ 100)
Pimentão vermelho - caixa com 10 kg (R$ 100)
Tomate - caixa com 22 kg (R$ 65)
Tomate cereja - caixa com 4 bandejas (R$ 10)
Alho importado da China - caixa com 10 kg (R$ 180)
Alho roxo importado da Argentina - caixa com 10 kg (R$ 200)
Alho nacional - caixa com 10 kg (R$ 170)
Batata baroa - caixa com 18 kg (R$ 80)
Batata inflesa comum - saca de 50 kg (R$ 100)
Batata inglesa lisa - saca de 50 kg (R$ 80)
Cebola nacional RS/SC - saca com 20 kg (R$ 55)
Cebola nacional roxa - saca com 20 kg (R$ 75)
Cenoura - caixa com 18 kg (R$ 90).

As Ceasa não tem somente esses produtos, tem frutas e demais legumes com preços também muito mais baratos.

Bacalhau tá caro. O que fazer na Semana Santa?


Por Jorge Lopes

Essa é a pergunta que milhões de brasileiros, que seguem a tradição católica, estão fazendo em relação à Semana Santa. Principalmente, em se tratando do almoço de Páscoa.  De acordo com especialistas, o preço do bacalhau está 25% mais caro do que no ano passado. E eles alertam para a possibilidfade dos peixes alternativos e mais baratos. Chegam até a aconselhar os congelados que são vendidos em supermercados, o que não é uma boa. O melhor mesmo é comprar peixes e outros frutos do mar frescos, como os que são vendidos nas feiras ou nos dias marcados da semana pelos supermercados, onde estão sempre mais em conta.


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No Rio de Janeiro, o CeasaCompras fez uma rápida pesquisa em dois locais tradicionais de venda de produtos, como o bacalhau. No primeiro, verificamos o preço na rede de lojas Casas Pedro, do Saara, Centro da cidade, na capital carioca; da Tijuca, bairro da Zona Norte, e em Copacabana, na Zona Sul. O preço mais caro foi o quilo do lombo do bacalhau Porto (R$ 128); o Porto desfiado ( R$ 44,80); Porto Mohua (R$ 68,80) e o Porto Imperial (R$ 39,80)
Já na Central de Abastecimento do Antigo Estado da Guanabara (Cadeg), situada no bairro de Benfica, Zona Norte carioca, os preços dos vários tipos de bacalhau Gadus Mohua variavam entre R$ 44, o mais barato, até R$ 65 o mais caro. 

Peixes comuns como alternativa

Nossa equipe fez uma pesquisa de preços do peixe e frutos do mar no atacado, começando pelo entreposto de pesca situado na Ceasa Grande Rio, em Irajá, outro bairro da Zona Norte, a maior do estado fluminense. Escolhemos uma relação, por assim dizer, mais nobre, que pode muito bem substituir o bacalhau. E, claro, ser muito mais em conta.  Vamos começar pela Abrotea, que está na época, que é uma espécie de primo do bacalhau, pois vive na parte mais fria do Oceano Atlântico, e é captura por embarcações pesqueiras no Sul do país.  O quilo no atacado sai por R$ 6,5.

Um detalhe importante em relação a Abrotea: ao filetar, você pode salgar os filés durante uma semana, renovando o sal todos os dias, e retirando a água decorrente da desidratação.  Ao final, temos um "bacalhau" da melhor qualidade.
 
Vamos a relação desses outros peixes:

Anchova (R$ 10); Atum (R$ 10), Badejo (R$ 18); Batata (R$ 12); Cherne (R$ 33),  Dourado (R$ 16); Garoupa (R$ 20); Mamorta/Merluza (R$ 6); Linguado (R$ 22); Pescada amarela (R$ 23); Tilápia (R$ 6); Olho de Câo (R$ 15); Cavaquinha (R$ 20); Polvo ( 20) e Lula (R$ 15).

Tem também os peixes e outros frutos do mar mais alternativos, e com preços mais accessíveis ao bolso. É só ficar atento. Por exemplo, o Bagre ( 3,50, o quilo) que pode se transformar num saboroso "Mulato Velho". É só fazer a mesma coisa que ensinamos em relação ao filé de Abrotea. E se você mora em casa, é só salgar e deixar no sol até ficar bem desidratado.  Veja outros:

 Camarão Lagostim (R$ 10), que ilustra uma salada de batata ou um purê de batatas no azeite que é uma beleza;  Corvina (7,50); Espada (R$ 4); Pargo (R$ 10); Pescada Perna de Moça (R$ 12); Sardinha verdadeira (R$ 4); Tainha (R$ 10); Trilha (R$ 6), esse peixe tem o sabor do camarão e vai muito bem no forno acompanhado de batatas ao final;  Viola (R$ 8), filhote do cação que pode muito bem sair numa "muqueca" e com uma coisa a mais: não tem espinha.

Preços na Ceagesp

Na maior central de abastecimento de alimentos da América Latina, situada na capital paulista, listamos alguns pescados. Vejamos: 
Abrotea grande (R$ 6,50); Anchova (R$ 13); Camarão Grande (R$ 28,50). Dourado (R$ 16); Garoupa (R$ 30); Linguado grande (R$ 16,50); Lula grande (R$ 15); Mexilhão (R$ 25); Namorado grande (R$ 25); Salmão Grande (R$ 28); Pargo grande (R$ 18); Pintado de cativeiro (R$ 11); Polvo grande (R$ 30); Truta de cativeiro (R$ 14); Tilápia (R$ 6) e Traíra grande (R$ 12).

E bom lembrar que a tendência desses preços é de alta de acordo com a demanda. Fique atento e já compre logo para garantir o melhor e menor preço.

Café mineiro lidera no país

Grupo 3corações adquire marcas da Cia. Iguaçu na América Latina. Com o negócio, empresa, que lidera o mercado de café torrado e moído no Brasil, deve se tornar vice-líder no segmento de café solúvel no país


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O Grupo 3corações anunciou nesta sexta-feira a compra das marcas de varejo de café e derivados da Cia. Iguaçu de Café Solúvel na América Latina, incluindo o Brasil. Dentre as marcas envolvidas no negócio estão Iguaçu, Cruzeiro e Amigo. A operação prevê também um acordo de produção com a Cia. Iguaçu de cafés solúveis comercializados com essas marcas. O contrato, de acordo com o comunicado, está sujeito às aprovações regulatórias no país.

O Grupo 3corações é líder nacional em café torrado e moído. Se aprovado o acordo, deve se tornar vice-líder no mercado de café solúvel no Brasil. Segundo o presidente da empresa, Pedro Lima, a aquisição reforça a posição da companhia no mercado brasileiro e na região Sul, onde o Café Iguaçu tem mais força. "Estamos aguardando as autorizações dos órgãos regulatórios para a conclusão do negócio para, então, iniciar a integração desse importante ativo à nossa companhia", disse na nota divulgada pela empresa.

O grupo 3corações informou ainda que a aquisição possibilitará a exportação dos demais produtos do seu portfólio para a América Latina por meio da "já consolidada exportação das referidas marcas da Café Iguaçu". A Cia. Iguaçu pertence ao grupo japonês Marubeni Corporation, que tem operações diversificadas também na indústria de alimentos.

Ingestão de carne ajudou a Humanidade

Que os vegetarianos nos ´perdoem, mas a carne tem o seu valor reconhecido mundialmente. E a falta dela, já se sabe, não faz muito bem para a saúde. A carne, realmente, é necessária e ponto.  criação de ferramentas que cortassem a carne auxiliou a reduzir a mastigação. O processo transformou a estrutura dos dentes e boca dos nossos ancestrais – aumentando nosso cérebro.


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Pesquisadores identificaram que a ingestão de carne pode ter sido um dos fatores que auxiliaram na evolução humana. O estudo, publicado na última edição da revista Nature, revelou que o processamento de alimentos e uma dieta rica em proteínas foram decisivos no desenvolvimento do cérebro humano, além de induzir à evolução de características modernas, como dentes e boca menores.

A carne entrou para a dieta dos seres pré-humanos há cerca de 2.6 milhões de anos - e só foi cozida há 500.000 anos. Enquanto a ingestão de vegetais e frutas não formava uma dieta altamente calórica, raízes como beterraba e batata eram difíceis de serem mastigados cruas. O cenário não era favorável para a alimentação dos ancestrais: os humanos teriam que mastigar cerca de 15 milhões de vezes por dia para continuarem vivos comendo somente raízes, segundo os autores da pesquisa, Katherine Zink e Daniel Lieberman, biólogos evolucionistas da Universidade de Harvard. Foi assim que a carne surgiu como uma boa alternativa.

Ao analisarem fósseis do nosso ancestral mais famoso, o Homo erectus, que viveu há 2 milhões de anos, os pesquisadores identificaram que, apesar de ter cabeça e corpo maiores que os pré-humanos anteriores a ele, a dentição, boca e sistema digestivo eram mais delicados. A resposta para essa contradição poderia estar nos instrumentos que esse ancestral construiu para facilitar a ingestão de proteína animal - como lanças e martelos feitos de pedra, que auxiliaram no corte e trituração do alimento.

Evolução - Os especialistas alimentaram 24 voluntários com três tipos de raízes (cenouras, batata-doce e beterraba) e um tipo de carne (de cabra, que foi servida crua - tomando os devidos cuidados com possíveis patogênicos). Os alimentos foram processados, fatiados com instrumentos de pedra ou amaciados. Utilizando eletrodos na mandíbula dos pesquisados, os pesquisadores mediram quanto os músculos da cabeça trabalhavam para garantir o processamento do alimento. Os resultados da pesquisa mostraram que, ao modificarem suas dietas, incluindo carne que foi cortada ou amaciada, os esforços que os ancestrais fizeram para mastigar reduziram em 26%. O corte da carne reduziu em 12% a força necessária para mastigar. Ao aprender a cortar a carne para comê-la, os ancestrais deixaram para trás os grandes dentes que eram necessários para rasgar a proteína animal. Isso pode ter levado às mudanças no crânio e no pescoço, auxiliando no desenvolvimento dos órgãos relacionados à fala.

O crescimento do cérebro ao longo dos anos também foi resultado da ingestão de carne, de acordo com os pesquisadores. A proteína foi essencial para fornecer mais calorias - com menos esforço - aos humanos, favorecendo o crescimento do cérebro, um órgão que exige muitos nutrientes. "O processamento da carne com ferramentas de pedra e, mais tarde, com o cozimento, desempenhou um papel importante na evolução humana. A transformação trouxe rostos mais curtos e uma estrutura que permitiu o aumento no tamanho do cérebro. Parte do que nós somos hoje é resultado da redução da mastigação", explicou Daniel Lieberman.