terça-feira, 24 de novembro de 2015

Fruticultura irrigada desperta atenção no Rio

                

Excursão com agricultores de Itaocara, município do Noroeste fluminense, mostra na prática que plantio diversificado de frutas é opção mais rentável

Oito produtores rurais de Itaocara participaram na última semana de uma excursão promovida pelo Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, e pela Emater-Rio, com o objetivo de divulgar novas técnicas de plantio e incentivar a diversificação de culturas. Os locais visitados foram o Sítio Providência, da microbacia Córrego Liberdade, em Carabuçu, e a Fazenda Califórnia, da microbacia Córrego de Santo Eduardo, em Mutum de Cima, ambos distritos de Bom Jesus do Itabapoana, também no Noroeste do estado.

- Todos esses produtores são olericultores, plantam hortaliças como quiabo, tomate e jiló e estão tendo a oportunidade de ver de perto plantações de frutas como goiaba e uva. Eles, que já recebem incentivos do Rio Rural, têm agora o apoio necessário para essa diversificação de plantio. A fruticultura irrigada é incomum em Itaocara, mas já está sendo incorporada pelos agricultores e, por meio do programa, alguns já plantam coco, graviola e banana - informou o extensionista da Emater-Rio e técnico executor do Rio Rural, Evanildo Rangel Junior, que participou da excursão.

A demanda por frutas é crescente no mercado e a fruticultura irrigada é a atividade agrícola que mais vem se expandindo nos últimos anos. Por utilizar uma irrigação de baixa pressão, o sistema proporciona economia de água, gera aumento na produção e oferece frutos de melhor qualidade. A inovação, segundo Evanildo, fica por conta da fertirrigação, uma técnica de adubação que utiliza a água para levar nutrientes ao solo cultivado.

- Dependendo do tipo de plantação é feita a escolha do sistema de irrigação mais conveniente, podendo-se utilizar técnicas como microirrigação (por gotejamento) ou por microaspersão (com intervalo de irrigação), diminuindo também a mão de obra - destacou.

Motivação

Com os incentivos do Rio Rural, os agricultores se sentem motivados a melhorar suas atividades, aumentando seus ganhos e fortalecendo as cadeias produtivas. Foi pensando assim que o produtor Luciano Figueira Faria, da microbacia Valão do Barro Preto, de Itaocara, resolveu expandir seus negócios.

- Estou participando dessa excursão para aprender mais sobre as práticas do cultivo de frutas e os tipos de irrigação. Além das hortaliças, já estou com uma lavoura de graviola e, com o incentivo do Rio Rural, venho melhorando a irrigação do meu pomar. Estou agora vendo outras culturas para investir mais. Pretendo cultivar também banana prata - disse.

Quem já expandiu suas atividades, de olho no mercado consumidor, dá o exemplo. É o caso dos produtores Paulo Couto de Almeida, proprietário do Sítio Providência, da microbacia Córrego Liberdade, um dos lugares visitados pela excursão, e Sandro José de Souza Abreu, seu sócio.

- Trabalhamos com goiabas cortibel e paluma e também na agroindústria, com a fabricação de goiabada e outros doces. Por meio do Frutificar e do Rio Rural estamos implantando novas tecnologias; inclusive já temos uma bomba melhor para irrigação do pomar - explicou Paulo Almeida.

Nas plantações de goiaba de Bom Jesus do Itabapoana, os produtores de Itaocara puderam observar os cuidados e as práticas adotadas para um cultivo rentável. O produtor José Alberto Muniz Monteiro, da microbacia Valão do Pati, em Itaocara, foi um dos mais interessados.

- Já estou produzindo goiaba e limão e com os recursos do Rio Rural vou adquirir novas mudas. Também quero plantar coco e investir na apicultura - frisou.

O amigo dele, Gerson Fagundes Moreira, da microbacia Valão do Papagaio, trabalha com hortaliças, mas quer começar a diversificar com o plantio de frutas.

- Acho muito importante os incentivos que temos do programa para investir em nossas lavouras. Quero adquirir uma bomba para irrigação e estou aqui hoje para ver e depois poder aplicar essas técnicas de plantio na minha propriedade - contou o produtor.

Na Fazenda Califórnia, da microbacia Córrego de Santo Eduardo, em Mutum de Cima, os agricultores visitaram plantações de uvas Niagara Vermelha e Isabel. Lá puderam verificar novas técnicas de plantio que vêm dando ótimos resultados.

O produtor rural Jari Alexandre de Souza, da microbacia Valão do Pati, que cultiva apenas tomates, pensa também em diversificar sua lavoura.

- Quero investir em outro tipo de plantio, como o de frutas. Com os incentivos, pretendo adquirir uma bomba para irrigação. Essa ajuda é essencial - acrescentou.

O mesmo relatou o produtor Cristiano de Barcelos Silva, da microbacia Valão do Pati.

- Com o Rio Rural vou adquirir uma boa roçadeira para minha propriedade - mencionou.

A visita a Bom Jesus do Itabapoana teve a participação de produtores de três microbacias de Itaocara: Valão do Pati; Valão do Barro Preto e Valão do Papagaio.

Sustentabilidade dos sistemas produtivos

O Rio Rural investe na orientação técnica e oferece incentivos financeiros para a melhoria da qualidade da produção, integrando práticas de preservação ambiental nas propriedades. Extensionista da Emater-Rio, Evaldo Gonçalves Júnior diz que todos os agricultores recebem recursos do Rio Rural para projetos como conservação do solo, preservação de áreas de recarga e proteção de nascentes. Ele explica que os investimentos são complementados por atividades como excursões, reuniões técnicas, demonstração de métodos e fomento à aquisição de plantas de melhor qualidade.

- No processo de diversificação de culturas e introdução de novas tecnologias, boas práticas ambientais fazem toda a diferença. Oferecer aos produtores noções agroecológicas desperta neles um maior interesse em investir no campo - concluiu.

Prepare-se para o verão na Ceagesp

                                           

Confira os alimentos que ajudam no bronzeado e onde comprá-los em São Paulo.

O verão está chegando, e para conquistar uma pele bronzeada e aproveitar a luz do sol, há alimentos que são ótimos aliados para conseguir este resultado. Você sabe quais são eles?

O betacaroteno presente em alguns alimentos é uma substância que atua na produção da melanina, responsável pela pigmentação da pele. Veja a lista de alguns alimentos ricos nesta substância e saiba mais sobre seus benefícios, que vão além da ajuda em se bronzear.

A cenoura, rica em vitamina A e minerais, é excelente para a visão, sistema nervoso e digestivo.  A abóbora, além de saborosa, e excelente opção para fazer doces, é antioxidante,reduz o risco de câncer, problemas cardíacos e derrames.

 A laranja, conhecida fonte de vitamina C, é uma grande fonte de energia para começar o dia.

Prove o suco da fruta com a acerola, que além de ser refrescante, tem alta concentração de vitaminas e também reforça o bronzeamento.

Digestivo, o mamão possui além do betacaroteno, a papaína, que auxilia na absorção de nutrientes pelo organismo.

Consumir alimentos frios no verão será mais gostoso, ainda mais se eles ajudarem a ficar com a pele bronzeada. A beterraba se encaixa nisto. O legume em forma de salada ou em suco gelado, ajuda a reduzir a pressão arterial.

O damasco, bem presente nas mesas de final de ano, é rico em fibras solúveis, elementos que ajudam no funcionamento do intestino. Além disso, a fruta adocicada é rica em ferro e possui baixíssima quantidade de gordura.

Couve, agrião e brócolis completam a lista. Estas verduras, comumente consumidas em saladas, fornecem bons valores nutricionais por conter as vitaminas A e C, além de cálcio.

Para conseguir melhor o bronzeamento, comece a consumir estes alimentos de uma a duas semanas antes do verão, para que seu corpo já esteja preparado para pegar uma cor bonita.

 Não se esqueça de utilizar filtro solar adequado ao seu tipo de pele e não fique exposto ao sol por longos períodos.

Além de água, o seu corpo também precisa de outros nutrientes, que podem ser encontrados na água de coco e sucos naturais.

Procure usar chapéus ou bonés também para se proteger do calor excessivo e aproveitar o verão sem prejudicar sua saúde.

Agora que você já conhece os alimentos, que tal aproveitar para vir à CEAGESP, onde você encontrará estas e outras opções de alimentação?

Serviço:  

CEAGESP
Av.Dr.Gastão Vidigal, 1946, Vila Leopoldina, São Paulo
www.ceagesp.gov.br/entrepostos/etsp/

Horários:

Atacado

Frutas: seg., ter. e qui. das 6h às 20h; sex. das 6h às 21h; sáb. das 6h às 20h.
Legumes: seg. a qui., das 6h às 20h; sex. das 6h às 21h; sáb. das 6h às 18h.
Verduras: seg., qua. e qui. das 6h às 21h; ter. das 12h30 às 21h; sex. das 12h30 às 22h; sáb. das 14h às 21h.
Abóboras: seg. a sáb. das 8h às 20h.

Varejo:

Varejões: sáb. das 6h às 12h30, e dom. das 7h às 13h (portão 3);
Varejão Noturno:  quar. das 14h às 22h (portão 7)

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Mariana, uma tragédia ocultada

                          

Nos últimos dias o portal CeasaCompras.com vem se preocupando em tentar traduzir para os nossos internautas o que realmente aconteceu, e quais as consequências econômicas advindas da tragédia com rompimento das barragens da mineradora Samarco, integrante do grupo brasileiro Vale e da BHP, australiano. Malefício que afetou milhões de brasileiros ao longo de mais de 589 km do rio Doce, cuja a lama chegou às praias do Espírito Santo, depois de destruir tudo pelo caminho desde Minas Gerais. Mortos, desaparecidos, desabrigados para sempre; peixes, flora, fauna, agricultura. Tudo destruído e ninguém preso até hoje, nenhum culpado.

Essa panacéia toda, onde não há respostas plausíveis, afeta milhões de brasileiros diretamente e outros tantos indiretamente, o que deixou indignado o empresário Omar Catito Peres, radicado na capital carioca onde tem empresas, que publicou um desabafo hoje em sua rede social. Estamos reproduzindo para mostrar que o assunto já era temeroso há muito tempo. Ao ponto de Carlos Drumond de Andrade ter escrito um poema para denunciar a mineração em uma região tão bela e frágil.  Peres, por sua vez, queria que fossem cobrados royalties sobre a mineração, o mesmo que acontece com o petróleo e o gás natural. Veja:

"O ASSASSINATO EM MINAS :

TENTEI IMPEDIR A LAMA AMARGA DO RIO DOCE.

Em 2006, fui candidato ao Senado em Minas. Ainda tinha ambições de poder contribuir no âmbito politico. Sozinho, sem partidos, sem "lideres", com meia dúzia de amigos, tive quase 500 mil votos, com 28 segundos de tv, contra 6 minutos do candidato escolhido pelo Governador Aécio Neves.

Eleição para cargo majoritário no Brasil, ganha quem tiver mais tempo de tv. Por isso, nas campanhas a gente assiste as famosas "sopas de letrinhas" que são as coligações para "salvar o Brasil". "Esquerda " (?) com direita, "direita" (?) com esquerda se unem com um só objetivo: ganhar. Bandos de oportunistas, aglutinados em quadrilhas chamadas partidos. Simples assim I .

Na realidade não são coligações ideológicas lastreadas por um programa de governo. Trata-se simplesmente de corrupção. São as quadrilhas organizadas legalmente como partidos, com direito a siglas, que vendem seus tempos de tv para ganhar um dinheiro de caixa 2 e mais alguns cargos para roubarem quando estiverem no poder. Simples assim II.

Meu grande projeto para os mineiros era exigir a criação dos royalties dos minérios extraídos em Minas, da mesma forma como o Estado do Rio possui para a extração do petróleo em sua costa marítima.

Os próprios mineiros riram de minha proposta. Nunca tinham ouvido falar (os políticos profissionais e donos do estado) , muito menos haviam pensado neste direito para os mineiros que se traduz em compensação pela extração e exploração de suas riquezas naturais . Os politicos profissionais me detonaram...Claro, pois eles defendem as mineradoras e não Minas Gerais.

Os mineiros, então, votaram no candidato indicado e apoiado por Aécio Neves, o ex Ministro Eliseo Rezende. Seu suplente era Clésio Andrade, ex vice governador do Aécio . Pouco tempo depois , falece Eliseo e assume o suplente Clésio que, logo em seguida foi obrigado a renunciar, acusado de corrupção.

O Outro Senador eleito com apoio do Aécio, foi Zezé Perrela, ex presidente do Cruzeiro. Recentemente o seu helicóptero foi apreendido no Espirito Santo com meia tonelada de cocaína.

A idéia dos royalties para os minérios em Minas é justo e, tem como objetivo exclusivo, a indenização em caso de catástrofes como essa que ocorreu em Mariana. Com os royalties, os mineiros não estariam sendo obrigados a se humilhar para receber uma garrafa de água para matar a sede, já que sua fonte foi assassinada. Eles teriam em caixa, bilhões de reais que seriam destinados não só à reparação material dos prejudicados, mas sobretudo para recuperação dos danos ambientais.

Passados mais de 10 anos de minha proposta, hoje, esses mesmos políticos em Minas só falam em royalties...

Se tem uma riqueza natural que não serve para nada é a extração dos minérios em Minas. As empresas cometem danos irreparáveis à natureza, levam toda a riqueza para fora do país e, não pagam nada por isso. Todas as exportações são isentas de impostos. Grande negócio. Quantos assassinatos não foram cometidos por essas riquezas...

Mas se essas empresas levam nossas riquezas, nos deixam, em contrapartida, a poeira do subdesenvolvimento. Em Minas, só os políticos ganham com as mineradoras, pois são elas as maiores financiadoras das campanhas majoritárias no Estado. Abastecendo de dinheiro os políticos, fica a certeza da continuidade da exploração da riqueza sem pagar nada por ela e, mais ainda, a certeza que seus crimes ficarão impunes.

Sempre foi assim. Desde sempre. Sempre será assim.
Minas é um estado pobre. E, agora se transformando em miserável.

Simples assim III.

Agricultores e pescadores sofrem em MG e ES

                        

Tragédia de Mariana é uma das maiores catástrofes ambientais do Brasil. Agricultores de Minas Gerais e do Espírito Santo lamentam as perdas.

A tragédia de Mariana tomou a proporção de uma das maiores catástrofes ambientais do Brasil. Além de devastar distritos inteiros, também provocou prejuízos aos produtores rurais de Minas Gerais e está levando apreensão ao Espírito Santo.

A lama destruiu mais de mil pés de pimenta biquinho da associação do distrito Bento Rodrigues, formada principalmente por mulheres. Na propriedade de um hectare elas plantavam, colhiam a pimenta e faziam a geleia. Eram produzidos duzentos e cinquenta potes por dia que eram vendidos para sacolões e supermercados da região. Nove famílias viviam da produção.

A fábrica ficou de pé, não foi atingida pela lama. O problema é o risco do rompimento de outras duas barragens. Por segurança, o pessoal da associação nem pode ir à sede. “A gente não sabe o que vai ser daqui pra frente da associação. A gente espera que seja construída outra como a gente tinha”, diz Keila Vardela Fialho, presidente da Associação de Produtores de Bento Rodrigues.

Camargos é outro distrito que também foi atingido pelo mar de lama. Ele fica a seis quilômetros de Bento Rodrigues. Para chegar até a casa do produtor Geraldo Marcos da Silva o acesso é difícil. Trilha estreita, com muita lama. É preciso se segurar nas árvores e galhos.

Geraldo vai até a propriedade pelo menos uma vez por dia, para dar comida à criação. Ele perdeu vacas, galinhas e as ferramentas usadas na roça, que estão enterradas na lama.

Propriedades afetadas

Cerca de 2.700 hectares foram atingidos em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura. Mais de 200 propriedades rurais foram afetadas no estado. Ainda não dá para calcular o prejuízo. “É difícil falar, é difícil falar, porque acabou minha vida. Era pouquinho, mas eu não dependida de ninguém. Eu tinha minha sobrevivência. Agora eu não sei como é que vai ficar”, lamenta Geraldo Marcos da Silva, agricultor.

A lama desceu das encostas e percorreu cerca de 500 quilômetros em Minas Gerais até chega ao Espírito Santo, em direção ao mar.

A água barrenta chegou silenciosa em Aimorés, divisa de Minas Gerais com Espírito Santo. Os sedimentos se deslocaram por debaixo do lago, sem sujar a lâmina d’água da barragem do município. Por volta das 8 horas da manhã da última segunda-feira, as comportas do vertedouro passaram a jorrar o barro que tingiu o rio Doce dali para baixo.

Do alto, a cena estava assim: uma cor no lago, outra já barrenta no curso natural do rio. Imagens mostram o momento que a lama se misturou à água.

A lama chegou ao Espírito Santo antes do previsto. “Ela veio de surpresa, surpreendeu todos, até os biólogos. Foi até mesmo um pânico, porque a gente estava com os barcos no rio, resgatando os peixes. Não sabia se parava ou se continuava. A gente espera que não morram todos os peixes, que consigam sobreviver, mas é aguardar agora para saber qual é o tamanho do impacto ambiental”, lamenta Normilda Soares, agende da Defesa Civil de Aimorés.

A cena foi registrada pelo celular do seu Ideraldo Luiz de Souza, o administrador de uma fazenda com sete mil cabeças de gado, que dependem exclusivamente da água do rio Doce. Os animais continuam bebendo a água do rio, porque não há alternativa.

Diante das incertezas que vieram junto com a lama, o presidente do Sindicato Rural de Aimorés, Antônio Pedro Serrano, diz que o agricultor não teve tempo, nem orientação, para tomar qualquer medida preventiva. “O produtor está igual cachorro que caiu do caminhão da mudança. Ele não sabe o que fazer nem o que vai acontecer”.

Na quarta-feira, a lama cortava a cidade de Colatina, no Espírito Santo. A sensação era a do encontro de dois rios, o mais claro e o mais escuro.

Em nota, a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP, informou que está prestando assistência às propriedades rurais, com atendimento médico veterinário, alimentação e estrutura para resgate de animais. E que trabalha em parceria com órgãos públicos para recuperar as áreas atingidas.

Ceasa do Rio vende mais em conta que SP

                         

Por Jorge Luiz Lopes

A Ceagesp e a Ceasa Grande Rio são consideradas as duas maiores centrais de abastecimento do país e vivem nos últimos dias uma discrepância em matéria de preços dos hortifrutigranjeiros no atacado, tornando-se a paulistana uma das mais caras. Na disputa entre as duas, a central do Rio de Janeiro leva vantagem e mantém muitos preços bem em conta, com até mais de  100% de diferença.

O caso do preço da batata beira o absurdo: o quilo na Ceasa do Irajá, na capital carioca, fechou a quinta-feira (10/11), sendo vendida a R$ 2; na Ceagesp, R$ 3,24. O tomate está a R$ 1,82, enquanto que em Sampa, R$ 3,26. A vagem R$ 2,67 (RJ) e R$ 5,75 (SP).

 A tangerina, cujo quilo custa R$ 2 na primeira; na segunda, ele era vendido a R$ 4,30. A maçã nacional, no Rio está por R$ 3,90; em São Paulo é cobrada a R$ 5,17.  O maracujá, R$ 3,93, na capital fluminense, e R$ 6.07 (SP).

Até mesmo o alho chinês, do mais vagabundo, está custando R$ 13, no Rio, e R$ 16,45 em São Paulo. Isso no atacado, por que no varejo em muitos lugares, como feiras livres e sacolões este produto indispensável na cozinha beira os R$ 20 o quilo, para o consumidor final. No caso das verduras, temos o exemplo da alface, vendida a dúzia por R$ 5 (RJ) e R$ 9,20 (SP).

Enquanto que a central de abastecimento paulistana, considerada a maior da América Latina tem apenas dois produtos -  milho verde e repolho - abaixo de R$ 1, a congênere fluminense mantém sua tabela de preços no atacado com 5 produtos abaixo de R$ 1. São eles: chuchu, laranja-pêra, milho verde, pepino e repolho.

O Portal CeasaCompras.com fez uma análise de preços praticados pela Ceagesp e a Ceasa Grande Rio, com base no relatório publicado pela diretoria técnica do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado de Hortigranjeiros - PROHORT, que analisa os preços dos produtos comercializados por 20 centrais de abastecimento do país. Veja as tabelas que selecionamos para os nossos leitores, com preços abaixo de R$ 5, praticados pelas duas centrais.

CEASA RIO

Abacaxi UN - R$ 2,70;
Abóbora - R$ 1,30;
Abobrinha - R$ 1;
Alface  - R$ 5:
Banana-nanica - R$ 1,76;
Banana-prata - R$ 1,75;
Batata - R$ 2;
Batata doce - R$ 1,25;
Berinjela - R$ 1.14;
Beterraba - R$ 1,28;
Brócolis - R$ 1,50;
Cará - R$ 2,50;
cebola - R$ 2,50;
Cenoura - R$ 1,50;
Chuchu - R$ 0,91;
Coco verde - R$ 1,50;
Couve - R$ 5;
Couve-flor UN - R$ 2,50;
Goiaba - R$ 3, 67;
Inhame - R$ 2,50;
Jiló - R$ 2
Laranja-pêra - R$ 0,96;
Limão Taiti - R$ 3;
Maçã nacional - R$ 3,90;
Mamão Formosa - R$ 1,75;
Mamão Havaí - R$ 1;
Mandioca/Aipim - R$ 1,14;
Mandioquinha - R$ 5;
Manga - R$ 1,37;
Maracujá - R$ 3,83;
Melancia - R$ 1,20;
Melão amarelo - R$ 2,60;
Milho verde - R$ 0,60;
Ovos DZ - R$ 2,84;
Pepino - R$ 0,72;
Pimentão verde - R$ 1,50.
Quiabo - R$ 2;
Repolho - R$ 0, 60;
Tangerina - R$ 2;
Tomate - R$ 1,62;
Uva Itália - R$ 5
Uva Niágara - R$ 4,38;
Vagem - R$ 2,67


CEAGESP - SP

Abacaxi UN - R$ 4,31;
Abóbora - R$ 1,52;
Abobrinha - R$ 1,80;
Banana-nanica - R$ 1,98;
Banana-prata - R$ 1,99;
Batsata - R$ 3,24;
Batata doce - R$ 2,06;
Berinjela - R$ 1,79;
Beterraba - R$ 1,96;
Brócolis - R$ 3,90;
Cebola - R$ 2,63;
Cenoura - R$ 1,86;
Chuchu - R$ 1,82;
Coco-verde UN - R$ 1,40;
Couve - R$ 2,84;
Couve-flor UN - R$ 4,09;
Goiaba - R$ 4,83;
Inhame - R$ 3,91;
Jiló - R$ 2,32;
Laranja-pêra - R$ 1,31;
Mamão Formosa - R$ 2,79;
Mamão Havaí - R$ 2,21;
Mandioca/aipim - R$ 1,05;
Manga - R$ 2,38;
Melancia - R$ 1,47;
Melão amarelo - R$ 2,52;
Milho verde - R$ 0,68;
Ovos - R$ 2,72;
Pepino - R$ 1,28;
Pimentão verde - R$ 2,39;
Quiabo - R$ 4,86;
Repolho - R$ 0,96;
Tangerina - R$ 4,30;
Tomate - R$ 3,26.

Vitória ganha mais uma feira de produtos orgânicos

                            

A feira que será inaugurada no Boulevard Shopping é a nona do gênero na Grande Vitória.

Os moradores da Grande Vitória, especialmente aqueles que vivem em Vila Velha, passam a contar com mais uma opção para adquirir produtos livres de agrotóxicos. E os agricultores familiares que se dedicam à produção agroecológica também ganham mais um canal de comercialização. Será inaugurada neste domingo (22/11), às 11 horas, a feira de produtos agroecológicos de Itaparica, que funcionará no Boulevard Shopping, próximo ao entroncamento das rodovias do Sol e Darly Santos. A feira funcionará todos os domingos, das 11 às 16 horas.

Vinte e cinco grupos de agricultores familiares do Estado foram cadastrados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e instituições parceiras, o que garante a qualidade dos diversos produtos que serão ofertados na feira, como frutas, verduras e legumes, além de produtos da agroindústria (geleias, bolos, pães, entre outros). Esta será a nona feira do gênero em funcionamento na Grande Vitória (Confira os endereços das demais feiras no final do texto).

Ambiente climatizado

Entre as novidades da feira agroecológica do Boulevard Shopping é que o espaço será o único que funcionará aos domingos e os consumidores poderão fazer suas compras em ambiente climatizado, com estacionamento gratuito. Os produtos que serão comercializados na feira agroecológica são produzidos sem a utilização de agrotóxicos e com base nos princípios da sustentabilidade, por meio de critérios determinados pela Seag e pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

“Precisamos ampliar a oferta desses produtos e garantir o maior abastecimento de alimentos saudáveis para a população. Esses produtos não utilizam químicos e são produzidos de forma responsável, a partir da utilização racional dos recursos naturais, garantido a qualidade de vida de quem produz e de quem consome”, ressalta o gerente de Agroecologia e Produção Vegetal da Seag, Aureliano Nogueira da Costa, frisando que os produtores familiares cadastrados atendem às exigências da produção agroecológica.

A Secretaria de Estado da Agricultura também irá disponibilizar 550 caixas plásticas aos agricultores familiares cadastrados, com o objetivo de garantir o acondicionamento e o transporte seguro das mercadorias.

Orgânico Agroecológico no Espírito Santo

Em uma feira orgânica todos os produtores já passaram pelo processo de certificação. Na feira agroecológica, eles estão em processo de certificação. No Espírito Santo, os produtos orgânicos e agroecológicos vêm ganhando o mercado e a mesa dos consumidores. Já são mais de 300 produtores certificados, que atuam em vários municípios, como Santa Maria de Jetibá, Iconha, Fundão, Muqui, Cachoeiro do Itapemirim, Nova Venécia, Pedro Canário e Laranja da Terra.

A feira que será inaugurada no Boulevard Shopping é a nona do gênero na Grande Vitória. Quem frequenta esses espaços não leva para casa apenas um produto saudável e de qualidade, mas também tem a oportunidade de interagir diretamente com as famílias que produziram aquele alimento, criando um laço de credibilidade no processo de comercialização.

Produção

Atualmente, são produzidas em média três mil toneladas de orgânicos por mês no Espírito Santo. A produção de outras 10 mil toneladas está em fase de transição para o modelo orgânico. Entre os produtos que se destacam estão hortaliças em geral, frutas, produtos da agroindústria caseira, como pães, biscoitos, bolos, doces e geleias. Flores, plantas medicinais e temperos também são comercializados nos mais de 50 pontos de venda do Estado, entre supermercados, feiras livres e feiras especializadas. Pelo menos 40 municípios no Estado produzem orgânicos atualmente, 21 deles com produtores certificados.

Para impulsionar e desenvolver tecnologias voltadas à modalidade orgânica, o Incaper mantém uma Unidade de Referência em Agroecologia em Domingos Martins. Denominado “Desenvolvimento Integrado de Tecnologias e Indicadores Agroambientais para a Produção de Alimentos Orgânicos”, o projeto treinou mais de 500 produtores e recebeu a visita de mais de 4 mil pessoas ao longo de 25 anos de história. Em 2014, venceu o Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional, concedido pelo Ministério da Integração Nacional.

Feira de produtos orgânicosagroecológicos na Grande Vitória

Vitória
Feira de Produtos Orgânicos de Barro Vermelho
Endereço Rua Arlindo Brás do Nascimento, atrás da Emescam
Horário de Funcionamento sábado – das 6 horas às 12 horas

Feira de Produtos Orgânicos da Praça do Papa
Endereço Estacionamento da Praça do Papa – Enseada do Suá
Horário de Funcionamento quarta-feira – das 15 horas às 20h30

Feira de Produtos Orgânicos de Jardim Camburi
Endereço Av. Isaac Lopes Rubim – próximo à Faculdade Estácio de Sá
Horário de Funcionamento sábado – das 06 horas às 12 horas

Cariacica
Feira Agroecológica de Cariacica
Endereço Praça John Kennedy (Praça do Parque Infantil) – Campo Grande
Horário de Funcionamento sábado – das 06 horas às 12 horas

Vila Velha
Feira de Produtos Orgânicos da Praia da Costa
Endereço Entre as ruas XV de Novembro e Henrique Moscoso, em baixo da Terceira Ponte
Horário de Funcionamento sábado – das 06 horas às 13 horas

Serra
Feira de Produtos Orgânicos de Serra Sede
Endereço Praça de Encontro
Horário de Funcionamento terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Valparaíso
Endereço Estacionamento do antigo Serra Bela Clube – Valparaíso (ao lado da biblioteca pública municipal)
Horário de Funcionamento terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Colina de Laranjeiras
Endereço Praça Central de Colina de Laranjeiras
Horário de Funcionamento quinta-feira – das 16 horas às 20 horas

Serviço:
Inauguração da Feira Agroecológica de Vila Velha (Boulevard Shopping)
Data 22 de novembro
Hora 11 horas

Combate aos antibióticos nas carnes

     
                          
 

Entidades de consumidores lutam por fim de antibiótico em carne de fast food. Estudo realizado em supermercados de SP detectou a presença de bactérias resistentes a antibióticos em frango congelado. O problema é maior nas redes de fast food.

A Consumers International (CI), entidade que congrega 250 congeneres representativa de consumidores de 120 países, está pedindo para que redes McDonald’s, Subway e KFC definam um plano de ação com prazos para eliminar gradualmente o uso rotineiro de antibióticos, utilizados em medicina humana, em todas as cadeias de fornecimento de carne e aves de curral.

A mobilização ocorre na Semana Mundial de Conscientização da Resistência aos Antibióticos, evento organizado pela Organização Mundial de Saúde. Já há adesão de 33 organizações-membro da CI em 29 países, entre eles Japão, Coreia do Sul, França, Namíbia e Brasil.

A Proteste Associação de Consumidores, integrante da Consumers International, comprovou a resistência a antibióticos em bactérias de peitos de frango congelado compradas em supermercados em São Paulo, no início deste ano.

Foram encontradas bactérias resistentes em 100% das 50 amostras de frango avaliadas. Esse quadro é preocupante, podendo fazer com que, no futuro, não consigamos mais combater infecções.

Diante desses resultados foram cobrado dos Ministérios da Agricultura e Saúde maior fiscalização sobre a prescrição e aplicação dos antibióticos utilizados para controle de doenças na avicultura, de forma a garantir o uso correto. Foi pedido ainda a instalação de sistemas de monitoramento nacional e internacional para reduzir o impacto das resistências aos antibióticos.