sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Melão amarelo está em safra nesta época do ano

                          
                        

Não há dúvidas: o melão amarelo é o mais popular no Brasil. Nas feiras, supermercados e hortifrútis, esta fruta se destaca pelo tamanho avantajado e o amarelo vivo de sua casca. Membro da família das melancias, abóboras e pepinos, o melão é uma hortaliça refrescante, fonte de vitaminas e fibras.

Com poucas calorias e muita água em sua composição, o melão amarelo é ótimo para manter o corpo hidratado, podendo ser consumido in natura ou em sucos – neste caso, o melhor a fazer é não coar, para evitar a perda de fibras.

Com produção em alta nesta época do ano, o melão amarelo pode ser encontrado com ainda mais facilidade. Algumas dicas para escolher o melhor fruto são observar a casca (que deve ter cor amarela bem forte, sem áreas e faixas verdes que indicam que o fruto foi colhido antes da época certa) e a consistência do fruto, que deve ser firme e pesado, sem áreas amolecidas e escuras.

O melão pode ser mantido por vários dias em condição ambiente, em local fresco e ao abrigo de sol. Após ser cortado, deve ser mantido em geladeira embrulhado com filme plástico ou em uma vasilha com tampa. Uma dica para aumentar o período de validade é congelá-lo em pedaços e depois bater no liquidificador para fazer sucos. Desta forma, o produto pode durar até 6 meses.

Em 2014, o melão amarelo esteve entre os 15 produtos mais vendidos no Entreposto São Paulo da CEAGESP, movimentando mais de R$ 140 milhões. Para que você possa aproveitar melhor esta fruta das mais diversas formas, uma sugestão é experimentar algumas sobremesas ou servir a fruta como entrada, acompanhando pratos salgados.

Tomate de Tanguá (RJ) conhece novas técnicas

                       
                          


Beneficiários do programa Rio Rural, do governo estadual, participaram de atividade de campo para divulgação do Tomatec, tecnologia desenvolvida pela Embrapa Solos, órgão de pesquisa do governo federal.

Agricultores do município de Tanguá, Região Metropolitana, beneficiários do Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, participaram de dia de campo onde conheceram o "Tomatec", sistema de produção de tomates que reduz de forma significativa o uso de agrotóxicos, em comparação com o cultivo convencional. Desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Solos), o Tomatec utiliza tecnologias como manejo integrado de pragas, fertirrigação por gotejamento, ensacamento de frutos e uso de fitilhos na lavoura.

A principal inovação deste tipo de cultivo é a combinação de diversas práticas para a melhoria da produção. Entre elas, o ensacamento dos frutos funciona como uma barreira contra os defensivos agrícolas, enquanto a fertirrigação concilia a irrigação e a adubação do solo em um mesmo processo. O uso de fitilhos plásticos - que substitui o bambu - e o manejo integrado de pragas evitam a propagação de doenças na plantação.

Produtora de citros orgânico, Mônica da Silva Bicudo pretende diversificar sua lavoura com o tomate. Ela ficou interessada em utilizar as tecnologias apresentadas em um sistema orgânico de cultivo. Para o olericultor Alcidiney Rosa Soares, o Tomatec pode estimular mudanças, ao reduzir o uso de aditivos químicos.

- Ainda não planto tomates, mas pode ser uma boa opção, porque rende um pouco mais. Conhecer a técnica foi bom, já que trabalhar com agrotóxicos é complicado e perigoso - destacou.

Maria Rosélia da Silva, supervisora substituta, técnica em agropecuária da Emater-Rio e executora do Programa Rio Rural, destaca que o evento foi alinhado com a questão do desenvolvimento rural sustentável.

- Foram quatro palestras muito interessantes e os produtores gostaram bastante. É importante que conheçam novas práticas - destacou. Além das tecnologias utilizadas no Tomatec, foram discutidos conceitos relacionados à conservação de solo, eficiência do uso da água e adubação.

O dia de campo sobre o Tomatec foi uma realização da Embrapa Solos, em parceria com a Emater-Rio e a secretaria municipal de Agricultura de Tanguá.

Cenoura, batata doce, melão amarelo e manga

                            


Veja a relação de produtos que estão mais em conta esta semana e os que estão mais caros, segundo a Ceagesp.

Semanalmente a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Ameixa nacional FLA, pêssego aurora, coco verde, melancia, manga tommy atkins, morango comum, laranja pera, melão amarelo, berinjela, gengibre, abobrinha italiana, pepino japonês, gengibre, pepino comum, chuchu, cenoura, abóbora moranga, batata doce rosada, mandioca, cebolinha, milho verde, gengibre com folha, couve manteiga, repolho verde, alface crespa, alface lisa e alho porró.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Mamão papaya, banana prata sp, jabuticaba, abacaxi pérola, graviola, caju, atemoia, tangerina murcot, laranja lima, laranja seleta, uva itália, acerola, banana terra, uva rubi, beterraba, cara, pepino caipira, batata doce amarela, jiló, abóbora seca, repolho roxo, espinafre, rúcula, nabo, mostarda, cenoura com folha e ovos branco.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Mamão formosa, carambola, goiaba branca, fruta do conde, maçã estrangeira, figo, limão taiti, abacate breda, maracujá azedo, maracujá doce, pera estrangeira, uva crinsson, banana maçã, uva rosada, pimentão vermelho, pimentão amarelo, tomate, abóbora japonesa, ervilha torta, mandioquinha, vagem macarrão, agrião, salsa, brócolos ninja, acelga, couve-flor, coentro, rabanete, brócolos comum, batata lavada e alho nacional.

Pêssego Aurora, o produto indicado desta semana


                         

De casca aveludada e sabor marcante, os pêssegos são queridinhos entre as frutas de verão, e sempre estão presentes nas festas de fim de ano – seja em sobremesas, pratos ou in natura.  Natural da China, o pessegueiro pode atingir até 8 metros de altura e se adequa facilmente aos mais diversos climas: em São Paulo, por exemplo, as cidades de Ribeirão Grande, Atibaia e Jarinu destacam-se no cultivo da fruta.

Entre os mais diversas tipos de pêssego que encontramos no Brasil, o Aurora, que está com preço em baixa esta semana, é um dos mais populares. Além de ser um dos frutos mais apreciados em todo o mundo, este pêssego é rico nas Vitaminas A, B e C e também em fibras e minerais, como o fósforo e o ferro. Estas substâncias, além de exercerem função desintoxicante, melhoram o funcionamento intestinal e fortalecem o sistema imunológico.

Para aproveitar melhor os benefícios trazidos pelo pêssego, o ideal é guarda-los em uma fruteira à sombra, mantidos em temperatura ambiente. Os frutos mais maduros, porém, podem ser levados à geladeira para que durem mais, e lembre-se: fique sempre atento ao manuseio, pois pêssegos são frutas delicadas.

Nesta época do ano, por conta do aumento da produção, você encontra pêssegos com maior facilidade e menor preço. No Entreposto São Paulo da CEAGESP, o preço da fruta no atacado pode chegar a até R$ 2,30 o quilo nesta semana.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Caju nordestino pode ficar mais caro

                         

Estiagem castiga plantações em propriedades do Ceará. Agricultores registram perdas de mais da metade da safra. Sindicato dos produtores calcula que a safra deve ser de 40 mil toneladas.

A produção de caju cai ano após ano no Ceará. Um dos maiores problemas é a estiagem que castiga os pomares. São 470 hectares de cajueiros nas terras do agricultor Evilázio Dantas em Cascavel, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Mas, praticamente não há cajus. Os pés estão todos secos. Este ano, ele perdeu 70% da safra.

“Em épocas boas nós colhemos 205 toneladas. Esse ano, não vamos colher nem 30”, calcula Dantas.

O agricultor Almir Gomes, que mora em Caucaia, perdeu 90% da produção. “Era uma média de 50 caixas naquela época. Agora, diminuiu para cerca de 20 a 30”, diz.

O sindicato dos produtores calcula que a safra deste ano deve ser de 40 mil toneladas, com redução de 11 mil em relação à safra anterior.

Há alguns anos, o estado produzia 170 mil toneladas. A seca, as pragas, os ventos fortes e a grande quantidade de cajueiros antigos contribuíram para a queda. Hoje, dos 350 mil hectares que a cultura ocupa no estado, em 300 mil os pés são velhos e dão menos frutos, segundo o sindicato dos produtores de caju.

“Tem que se pensar em cajueiros mais resistentes, mais adaptados a essa região. A única solução que tem seria a renovação dessas áreas”, diz Walter Gadelha, agrônomo do Sincaju.

A previsão do IBGE para a safra de caju é de mais que o triplo. Mas, segundo os organismos locais do estado, a estimativa está desatualizada.

Fonte: Globo Rural.

Chuvas arrasam com plantações de cebola e trigo no Sul do país

                       

As perdas em lavouras ocupadas com trigo e cebola em SC são o maior exemplo. Em algumas propriedades, água comprometeu quase metade da produção. Expectativa era colher 267 mil toneladas do grão.


A chuva em Santa Catarina provocou muitas perdas nas lavouras de trigo e cebola. Quase metade da produção foi comprometida.

O agricultor Flávio Fonseca acabou de colher o trigo na fazenda em Chapecó, na região oeste do estado. Ele acredita que a produção não vá cobrir nem os gastos com a lavoura. “A gente tinha expectativa de colher de 60 a 70 sacas por hectare e acabamos colhendo em torno de 20 por hectare. Não passa disso”, diz.

O trigo é uma das culturas afetadas pela chuva. A expectativa em Santa Catarina era colher 267 mil toneladas do grão. Mas, pelos dados preliminares da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado, a quebra na safra deve chegar a 50%.

Os agricultores que investem no cultivo da cebola passam por situação parecida. O produtor Sávio Schefer plantou cinco hectares com a cultura em Ituporanga e esperava colher 200 toneladas, mas não chegará nem à metade do previsto.

Na colheita é possível perceber os efeitos negativos da chuva nas plantações de cebola. Algumas saem rachadas e outras com muita terra, o que faz com que o agricultor tenha mais trabalho e custo para conseguir deixar o produto pronto para o mercado.

Nos anos em que não há excesso de chuva, 200 mil toneladas de cebola saem das lavouras de Ituporanga. O número representa um terço de toda a produção brasileira.

“Uma perda tão alta como a dessa safra nós não temos registro. Nós estamos estimando que vamos perder em torno de 50% da cebola em Santa Catarina”, diz Daniel Schmitt, agrônomo da Epagri.

Apesar de redução de oferta no mercado, o preço da cebola não subiu. Os agricultores estão vendendo o quilo por R$ 1,20, mesmo valor da última safra.

Fonte: Globo Rural

Água de reuso para salvar produção no Rio

                     
                          
                          

Medida é incentivada pelo governo estadual. Pesagro, ligada à Secretaria de Agricultura, avalia utilização de água de reuso em plantação de limão em Cachoeiras de Macacu. Experimento com a fruta busca alternativas para minimizar efeitos da escassez hídrica e poderá ser ampliado para outras lavouras.

Em tempos de escassez hídrica, a saída para minimizar os efeitos da falta de água muitas vezes passa por soluções criativas e alternativas. Esse foi o caminho seguido pela família Prohmann, em Papucaia, Cachoeiras de Macacu, ao decidir utilizar água de reúso na agricultura. Orientada pelos pesquisadores da Pesagro-Rio (Empresa de Pesquisa Agropecuária vinculada à secretaria estadual de Agricultura), Júlio Cesar da Silva Monteiro de Barros e Luiz de Moraes Rêgo Filho, iniciou no final de outubro, o plantio de 270 mudas de limão Tahiti, irrigadas com a água.

- Queríamos fazer os experimentos com irrigação agrícola e concluímos que seria ótima oportunidade para o desenvolvimento da pesquisa - contou Arthur Prohmann, presidente de empresa de preservação ambiental, responsável pela construção de estação de tratamento de efluentes (resíduos provenientes de indústrias, esgotos e redes pluviais, que são lançados no meio ambiente), naquele município.

O pesquisador Júlio explicou que estão sendo testadas cultivares de citros e suas adaptabilidades ao ambiente, como parte do Projeto Nossas Frutas. O cultivo do limão nesta área servirá como mais uma unidade para os experimentos.

- Foi proposto à Pesagro o monitoramento para avaliar a reação dessas cultivares de limão quando são irrigadas com água de reúso. Estamos coletando informações para validar a viabilidade de sua utilização em fruteiras, tanto técnica quanto economicamente - acrescentou.

De acordo com Lili Prohmann, filha de Arthur e também ligada ao projeto, a ideia é que a lavoura tenha o cultivo orgânico, sem utilizar nenhum tipo de agrotóxico.

- Aqui, efluentes estão sendo transformados em água tratada que, futuramente, irá irrigar a produção de alimentos orgânicos - explicou ela.

Inicialmente, o projeto da família era diminuir o impacto da estiagem no município. Para isso adquiriu um terreno de 9 hectares, onde foi construída a estação de tratamento de efluentes. O trabalho consiste em livrar o meio ambiente de resíduos poluentes, coletando e transportando, com segurança, detritos oriundos de perfurações de obras do metrô do Rio, por exemplo, de indústrias e de outras atividades. Ao chegar na estação, a água é retida dos efluentes e tratada até o polimento final. Cerca de 10% desse volume vai para a irrigação de plantações e o restante da água tratada é lançado no Rio Macacu, contribuindo para a sua despoluição.

De acordo com Arthur Prohmann, quando contou aos vizinhos que trabalharia com um projeto pioneiro no Estado do Rio de Janeiro de água de reúso, ninguém acreditou.

- Hoje, os poços da região estão secando, enquanto nós dispomos de água - concluiu.