segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Na crise, Minas inventa com sucesso

                         
 
Empresários mineiros criam cervejas artesanais com produtos típicos. Laranja, rapadura, café e goiabada se destacam entre os ingredientes. Animais do cerrado mineiro dão nome às bebidas feitas em Uberaba.

Do G1 Triângulo Mineiro

Unir produtos típicos da região mineira com uma bebida bastante apreciada pela população mundial. Esta foi a ideia de dois empresários de Uberaba, na hora de criar as cervejas artesanais Bicho do Mato. Os aromas e sabores diferentes conquistam o paladar dos consumidores que, aos poucos, descobrem os prazeres das cervejas especiais.

Os ingredientes básicos são os mesmos utilizados nas cervejas tradicionais. A arte está nas composições adicionais que contêm ingredientes típicos da região mineira, como laranja, rapadura, jabuticaba, café e até doces como a goiabada cascão.

Além dos sabores diversificados, os nomes que rotulam as cervejas também trazem um pouco de Minas Gerais. “A ideia surgiu por acaso, numa despretensiosa conversa em que tivemos a ideia de assimilar o produto a um bicho da nossa região. Assim, fizemos um estudo e sincronizamos o estilo da cerveja aos bichos. A IPA, que leva o nome de Lobo Guará, é uma cerveja forte de cor avermelhada e se assemelha ao lobo, que é um animal caçador e pelagem de tom avermelhada. Com isso, ajudamos a divulgar a cultura da nossa região, estampando nos rótulos diversos bichos do cerrado mineiro”, explicou o sócio-proprietário Christino Parreira Neto. No time dos animais utilizados na divulgação, os empreendedores também convocaram a Traíra, o Preguiça, o Tatupeba e a Queixada.

Oportunidade de negócio

A Cervejaria Bicho do Mato surgiu em 2014, quando os apreciadores da cerveja convencional, Christino Parreira e Vitor Costa, decidiram desvendar os mistérios e as composições das bebidas. Em uma das pesquisas realizadas pelos sócios, eles descobriram que era possível fazer cerveja em casa. “Achamos a proposta de fazer cerveja em casa fantástica. Assim poderíamos fazer os estilos que mais gostávamos e beber a hora que quiséssemos”, compartilhou Parreira.

No início, os amigos adaptaram os próprios equipamentos e trabalharam diferentes técnicas. Segundo os proprietários, a produção cresceu aos poucos. Quase um mês de trabalho para a liberação de 20 litros de cerveja. Todo o processo era feito no sítio da família de Christino e as bebidas eram distribuídas aos amigos e familiares. Mas, com o aumento dos equipamentos e aprovação dos degustadores, houve a necessidade de um espaço maior e, então, surgiu a oportunidade de comercialização.

Ao todo, a Bicho do Mato produz nove tipos de cervejas: Trigo (Traíra), Witbier (Preguiça), Pale Ale (Tatupeba), Session IPA (Queixada) e Índia Pale Ale (Lobo Guará). A empresa também oferece os estilos sazonais, vendidos uma vez por ano: Brown Porter (Chocolate de Pirata), em março, Russian Imperial Stout (Pezada), em junho, Double IPA (Chifrada), em agosto e Brazilian Blond Ale (Jabuticaba Gran Reserva), em dezembro.

A produção mensal chega a 500 litros por mês. Para o proprietário, no momento, a qualidade é mais importante que a quantidade. “A cervejaria prima pelo processo mais artesanal e natural possível. Se considerarmos do início ao fim do processo de produção, a cerveja leva, no mínimo, 30 dias para ficar pronta, devido ao respeito ao tempo natural de fermentação e maturação das cervejas. Com esse procedimento, a produção hoje é de cerca de 500 litros por mês”, destacou o sócio.

Além da crise

Os valores variam de R$ 10 a R$ 20 e, por enquanto, as cervejas são comercializadas somente em bares, restaurantes e hamburguerias da cidade de Uberaba. Contudo, os proprietários contam com a ajuda da internet e das redes sociais para a divulgação das obras-primas, possibilitando, assim, a remessa para qualquer região do Brasil.

Mesmo diante da crise econômica enfrentada pelo país, o segmento ainda novo de cervejas artesanais segue em expansão. A sede do consumidor por novos aromas e sabores é o que incentiva os empreendedores a enfrentar as dificuldades que podem surgir com a crise.

Atualmente, a meta de Christino e Vitor é dobrar a produção até meados de 2016, mas sem perder o toque artesanal, encontrado nas bebidas que têm a cara de Minas. “Acreditamos que, no futuro, cada região do Brasil terá sua cerveja local, com sua própria identidade, de acordo com seu clima, sua cultura e sua gastronomia”, avaliou Christino.

INFORME ECONÔMICO : Congresso internacional discute mercado atacadista em Campinas (SP)

                             
 
Evento contará com conferência e debates temáticos sobre situação dos mercados atacadistas e do setor de abastecimento. Começa no dia 23 deste mês.  

Sob o tema “O meio ambiente e o futuro dos mercados atacadistas”, o 29º Congresso Anual da União Mundial de Mercados Atacadistas (World Union of Wholesale Markets/WUWM), que será realizado entre os dias 23 e 26 de setembro, contará com a presença de especialistas nacionais e estrangeiros. Eles vão participar de uma conferência e de quatro debates específicos, destinados a discutir os impactos globais das mudanças climáticas na agricultura e os rumos dos mercados atacadistas e do setor de abastecimento.

A iniciativa, que ocorrerá no município de Campinas, maior polo tecnológico da América Latina, é promovido pela WUWM. A organização está a cargo da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (ABRACEN). A entidade reúne 23 centrais de abastecimento, que são responsáveis pela gestão de 56 entrepostos atacadistas instalados em todo o país.

Nesses espaços atuam produtores rurais, comerciantes atacadistas e varejistas, distribuidores e prestadores de serviços que buscam fornecer alimentos de qualidade à população. Esse complexo operacional respondeu, em 2014, pela comercialização de 15,7 milhões de toneladas de produtos frescos, o equivalente a R$ 28,8 bilhões (cerca de US$ 9,6 bilhões).

“Estamos seguros de que esse evento apresentará uma agenda temática de grande interesse para todos os gestores e operadores de mercados atacadistas de alimentos in natura, além de ser uma grande oportunidade para se trocar experiências inovadoras na gestão e nas operações de entrepostos atacadistas”, afirma Mário Maurici, presidente da ABRACEN, que também responde pela direção da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP).

DEBATES

Todas as discussões do 29º Congresso ocorrerão no dia 24/9 (quinta-feira), no Royal Palm Plaza. A conferência “Novos cenários para o abastecimento alimentar frente às mudanças climáticas”, às 9h, terá como palestrante o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Evaristo Eduardo de Miranda. Consultor da Presidência da República, com mestrado e doutorado em Ecologia pela Universidade de Montpellier, na França, ele presta assessoria para a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Banco Mundial, Organização dos Estados Americanos (OEA) entre outras instituições.

O primeiro debate temático, intitulado “Desafios para modernização e construção de novos mercados atacadistas na América Latina”, reunirá, às 10h, o gerente geral de Corabastos (Colômbia), Mauricio Parra; o gerente geral do Mercado Atacadista da Cidade do México, Julio Cesar Chávez Serna; o presidente do Mercado Atacadista de Montevidéu (Uruguai), Carlos Colacce Molinari; e o gerente geral da EMMSA (Peru), Jose Antonio Luna Bazo. A mediação será feita pelo presidente da WUWM, Manuel Estrada, que também é chefe do Departamento Internacional de Mercasa (Espanha).

A segunda mesa de discussão, “Os mercados atacadistas no século XXI – Maior eficiência e especialização dos serviços”, marcada para as 11h30, contará com o CEO da CEASA Rio de Janeiro, Paulo Jobin Filho; o diretor do Mercado Internacional de Rungis (França), Dominique Batani; o diretor de Estruturas Comerciais de Mercasa, Pablo González González. A moderação estará a cargo do professor de Economia da Unicamp, Walter Belik.

“Integração dos mercados atacadistas com os segmentos de produção e de varejo” é o terceiro painel temático, com início às 14h30. Participam dessa rodada a presidente do Conselho da Maryland Food Center Authority (Estados Unidos), Elizabeth Banthem; e o chefe de Comunicações Corporativa da CAR SCPA (Itália), Fabrizio Venturini. A mediação será do coordenador de pós-graduação acadêmica da ESPM, José Luiz Tejon.

O último debate, às 16h, leva o nome de “Mercados varejistas tradicionais e os novos modelos para distribuição varejista de alimentos – Agregação de valores aos produtos e a influência das campanhas promocionais para aumento do consumo”. Os palestrantes serão o diretor e gerente geral de Lo Valledor (Chile), Gonzalo Bravo Baltra; e o gerente geral da China Zhengzhou Grain Wholesale Market, Qiao Linxuan. O moderador da mesa será o vice-presidente de Varejo da WUWM, Roberto Alonso Gordón.

INSCRIÇÕES ABERTAS

Ainda é possível se inscrever no Congresso, que tem entre seus patrocinadores a Caixa Econômica Federal. Em relação aos participantes brasileiros, a ABRACEN oferece desconto de 50% para operadores de mercados, técnicos, acadêmicos, estudantes ou pessoas cuja atividade tenha alguma relação com o público e o tema do encontro. Para saber mais informações sobre o evento e a respeito das inscrições, basta acessar o site do evento ou contatar o e-mail info@abracen.org.br.

Até o momento, estão confirmados mais de 220 participantes. Além do Brasil, haverá delegações de 23 nações: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Índia, México, Itália, Polônia, Reino Unido, Rússia, Turquia, Peru, Índia, Nepal e Uruguai.

A programação prevê visitas técnicas à CEASA Campinas, ao Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) da CEAGESP e ao Mercado Municipal de São Paulo, além de uma exposição de produtos tradicionalmente comercializados nos entrepostos atacadistas brasileiros. O 29º Congresso servirá ainda para a realização da reunião anual dos membros, das seções regionais e da direção da WUWM. Haverá também o Encontro de Negócios, voltado a promover novas parcerias, em nível nacional e internacional, entre empresas e entidades do setor de abastecimento.

SOBRE A WUWM

A União Mundial de Mercados Atacadistas (WUWM) é uma associação sem fins lucrativos que envolve todos os campos e atividades relacionadas à promoção, desenvolvimento e intercâmbio de conhecimentos e informações sobre mercados de alimentos por atacado. A entidade reúne, atualmente, cerca de 200 membros em 45 países.

Alface é a dica de compra


                           
 
Hortaliça é comercializada entre R$ 0,53 e R$ 0,66 a unidade no atacado do Entreposto Terminal São Paulo

Nessa semana (9/9), a dica de compra sugerida pela Seção de Economia e Desenvolvimento (SEDES) da CEAGESP é um alimento bastante conhecido do consumidor. Trata-se da alface, com destaque para as variedades crespa e lisa.

No atacado do Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), ela é comercializada entre R$ 0,53 e R$ 0,66 a unidade. O período de maior safra vai de dezembro a maio, quando há aumento da produção em 25% — a verdura pode ser encontrada o ano todo.

A hortaliça é uma importante fonte de sais minerais, de cálcio e de vitaminas, especialmente a A. Ela ajuda a regular o funcionamento do intestino, dada a boa quantidade de fibras existentes.

Juntamente com o tomate, é a verdura preferida para as saladas, devido ao seu sabor agradável e refrescante e também à facilidade de preparo.

ORIGEM E TIPOS – Originária da Europa e da Ásia, a alface pertence à família Asterácea, como a alcachofra, o almeirão, a chicória e a escarola.

Sua folha pode ser lisa ou crespa, com ou sem formato de cabeça. Há ainda as que têm folhas roxas ou bem recortadas. A hortaliça do tipo americana é a que possui as folhas mais crocantes e forma de cabeça.

Quaisquer delas podem ser cultivadas no solo ou em uma solução nutritiva (mistura de água e nutrientes). Nesse caso, é a chamada alface hidropônica.

COMO ESCOLHER – As folhas devem apresentar aspecto fresco, ou seja, ser brilhantes, firmes e sem áreas escuras. Ao escolher a verdura, evite amassá-la ou quebrar suas folhas. Convém selecioná-la com cuidado pelo seu aspecto.

Ela também pode ser comercializada já picada e embalada. É fundamental que esteja exposta em gôndolas refrigeradas para garantir a adequada conservação. Não a compre quando as folhas estiverem murchas, amarelas e com pontos escuros, principalmente nas bordas.

Em 2014, deram entrada no ETSP mais de 49 mil toneladas do produto, provenientes das cidades paulistas de Piedade, Ibiúna, Mogi das Cruzes, Embu Guaçu e Cotia.

O que é a Fruta do Milagre?


                         
 
Você acredita que um pequeno fruto é capaz de transformar totalmente o sabor de outros alimentos? Conhecida como Fruta do Milagre, a Synsepalum dulcificum é rica em uma substância chama miraculina, que engana a percepção do gosto azedo e amargo na língua.

Ingerindo apenas um grão da Fruta do Milagre, você pode apreciar limões, tamarindos ou qualquer outro fruto sem sentir a menor acidez por aproximadamente 40 minutos. Originária do oeste da África, a fruta é cultivada na cidade de Cedral, centro-oeste paulista, e vendida na CEAGESP com exclusividade pela Frutícola Trindade (11) - 3643-8776..

Responsável pelas vendas, o sr. Makoto Aoki explica que muitas pessoas procuram a fruta por curiosidade. Sua característica ‘milagrosa’ a torna ideal para ser consumida antes da ingestão de medicamentos com gosto forte. A porção da Fruta do Milagre é vendida a preço médio de R$30, e pode durar até 10 dias se conservada em geladeira, além de poder ser congelada sem perder suas propriedades.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Teresópolis gastronômico tem plantas alimentícias não convencionais

                                           


Na Região Serrana fluminense, agricultores orgânicos aprenderam a identificar e utilizar essas espécies;

Jacatupé, cará roxo, língua de vaca, brinco de princesa, trapoeraba, erva de galinha, cipó chumbo, umbigo de banana, aipo chimarrão e maria pretinha são plantas pouco conhecidas, mas que podem ser encontradas nas áreas rurais e usadas na culinária. Com objetivo de divulgar a função alimentar de centenas dessas plantas espontâneas ou silvestres e também incentivar os agricultores a descobrir ou resgatar receitas com essas espécies, está sendo realizada, até amanhã (10), a 1ª Jornada sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Estado do Rio de Janeiro.

O evento, com o apoio, entre outros, da secretaria estadual de Agricultura, através da Emater-Rio e do Programa Rio Rural, aconteceu em Teresópolis, na Região Serrana, um dos municípios incluídos na programação. No início da semana, um grupo de produtores orgânicos da Associação Agroecológica de Teresópolis (AAT) e outros interessados participaram de oficina sobre o assunto no Centro Interescolar de Agropecuária José Francisco Lippi, em Venda Nova. Eles degustaram dezenas de espécies e conheceram as diferentes possibilidades de uso das plantas na culinária, com opções de sucos, saladas e pratos quentes.

Embora desperte muita curiosidade, o tema não é novo. A utilização de plantas não convencionais na alimentação humana vem sendo registrada e incentivada por estudiosos, como o biólogo e professor do IFAM (Instituto Federal do Amazonas), Valdely Ferreira Kinupp.

- Plantas alimentícias são aquelas que possuem partes que podem ser utilizadas diretamente no consumo humano, tais como raízes, tubérculos, bulbos, rizomas, talos, folhas, flores, frutos, brotos e outras. Muitas dessas categorias não são corriqueiras, ou seja, não fazem parte do dia a dia da população de um determinado território - explicou Valdely, que ministrou a oficina em Teresópolis, Nova Friburgo e Trajano de Moraes, na Serra.

Desde 2002, Valdely atua na pesquisa e divulgação dessas espécies, tendo realizado um levantamento da riqueza de cerca de mil plantas com potencial alimentício. O professor desenvolve também trabalhos de cultivos experimentais baseados nos preceitos agroecológicos e análises nutricionais e sensoriais daquelas mais promissoras.

Sabores do campo

O engenheiro civil Leonardo Pimenta Caiano cultiva temperos produzidos no sistema agroecológico, num sítio em Vista Alegre,Teresópolis. O produtor descobriu as PANC na feira da AAT e revelou conhecer pouco sobre o tema.

- O que para uns parece ser mato, para outros é remédio e alimento. Na minha propriedade vamos apostar agora em algumas ervas para chá. Estou de olho também no coentro selvagem e na capuchinha - explicou.

Já Ana Litardo, também da AAT, prepara suco de clorofila, feito com as plantas não convencionais.

- Temos clientela interessada, por exemplo, em ora-pro-nóbis, caruru e peixinho, plantas já bem divulgadas. Esse contato com o especialista é importante para o agricultor reconhecer com tranquilidade as espécies no dia a dia - avaliou.

A jornada incluiu outras atividades técnico-científicas como lançamento de livro e uma visita à vitrine das PANC recém-implantada na Fazendinha Agroecológica Km 47, em Seropédica, na Região Metropolitana, e que servirá de matéria-prima para trabalhos de pesquisas da Embrapa Agrobiologia, Pesagro-Rio e UFFRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).

Usado no 'MasterChef', o assustador peixe-sapo é versátil e saboroso

                                         


Ele foi usado na prova da penúltima etapa do programa veiculado nesta terça-feira (8/9) pela Rede Bandeirantes de TV, o "peixe sapo", também conhecido na alta cozinha como Tamboril ou tambaril, é o nome vulgar dos peixes lophiiformes pertencentes aos géneros Lophius e Lophiodes. O tamboril é um peixe bentónico, que vive junto do fundo, que pode ser encontrado desde a zona de maré até aos 600 metros de profundidade. Nós já chegamos a falar sobre o seu sabor delicioso no Face do CeasaCompras e como encontrá-lo em determinadas feiras, como as da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.Ele também foi visto sendo preparado em um dos programas da TLC, na tv paga. Veja matéria da Folha.

"Não se acha esse peixe na França com cabeça porque ele dá medo, pode traumatizar as crianças e as mulheres grávidas", avisou, fazendo suspense, o chef Erick Jacquin, jurado do "MasterChef". "Não é fácil, mas é muito bom."

Ao descobrir o ingrediente durante o episódio desta quarta (8), Jacquin revelou o peixe-sapo, ou tamboril, "muito valorizado na França e pouco no Brasil".

O peixe foi preparado por Izabel Alvares, envolto em presunto cru, sobre um molho de tomates, cogumelos, vinho e creme de leite –a candidata venceu a prova e garantiu vaga na final da competição, que será transmitida na próxima quarta (16), contra Raul Lemos.

"O que esse peixe tem de feio, tem de gostoso", brinca o peixeiro Marcelo Nonaka, da Ocean Six. Em sua loja, no bairro paulistano de Moema, ele vende o tamboril limpo por R$ 36 por quilo. Quando o peixe está inteiro, o quilo custa bem menos: R$ 16. Isso porque a cabeça corresponde a boa parte do animal.

"Como ela é grande, os restaurantes aproveitam a bochecha e outras partes para caldos. Mas para limpá-lo é preciso um pouco de habilidade."

Segundo o livro "Larousse Gastronomique" (ed. Hamlyn), a carne branca e densa pode ser grelhada, frita, assada ou cozida.

"É o peixe que eu mais uso no restaurante", diz o chef Gustavo Rozzino, do TonTon. "O tamboril tem uma carne saborosa e firme, é muito bom para ensopados, como a moqueca."

O peixe, abissal, vive nas profundezas do mar e é conhecido como a "lagosta dos homens pobres", já que é usado –por causa da semelhança em textura– para "baratear" receitas que levariam o crustáceo. Encontrado no mar Mediterrâneo e no oceano Atlântico, no Brasil é capturado na região do Rio Grande do Norte –boa parte do produto é exportada.

De acordo com Rozzino, o tamboril vai bem com páprica, presunto cru, produtos defumados e vinho tinto.

Até o fígado do peixe-sapo tem uso: "É o foie gras do mar", diz Nonaka.

Eventualmente, o chef Ivan Ralston o serve no Tuju, na Vila Madalena. "Hoje mesmo vai chegar o fígado ao restaurante."

Nos pratos de Ralston, ele aparece defumado e servido com caldo de cambuci ou ainda ralado sobre uma torrada de pão de milho com ouriço.

"É maravilhoso esse peixe. Tem uma textura inacreditável", afirmou, durante o programa, a jurada Paola Carosella.

INFORME ECONÔMICO : Queda nos preços na Ceasa ES em agosto

                             


As frutas foram as que mais apresentaram baixas na venda direta na central de abastecimento capixaba.

O mês de agosto apresentou uma baixa nos preços dos produtos nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES), ofertados na unidade de Cariacica. A couve-flor, por exemplo, registrou uma queda considerável. Mais de 50%, se comparado ao mês de julho, de R$1,35, caiu para R$0,64 o quilo.

O mamão teve queda de 36,31%. O produto, que custava R$1,68 o quilo na semana passada, está sendo ofertado a R$ 1,07. A cebola teve diminuição de 22,14%. Em julho, estava a R$4,29 e, em agosto, a R$3,34 o quilo.

O tomate também registrou queda. De R$1,84 por R$1,45. A goiaba também apresentou um valor menor, dos R$2,00 em julho, para R$1,64 o quilo no mês de agosto. O pêssego teve 20% de queda no preço. De R$7,12 para R$5,69.

No período mais ameno, entre maio e setembro, as hortaliças se desenvolvem mais facilmente, exigindo menor esforço e menor gasto com energia e tecnologia e isso contribui para o aumento de oferta das hortaliças e, consequentemente, queda nos preços dos principais produtos.