segunda-feira, 27 de julho de 2015
Quilo do frango aumentou 16,6% no atacado
Apregoado como o salvador da pátria em relação aos preços altos cobrados pela carne bovina, o frango nosso de cada dia poderá aumentar mais por conta dos reajustes de preços no farelo de soja.
O poder de compra do criador de frangos paulista recuou 10% na parcial de julho, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). De acordo com a análise, a alta dos preços do farelo de soja, usado como ração, superou a valorização da ave e reduziu o lucro do produtor.
Segundo o Cepea, o farelo de soja foi sustentado pelas altas nos valores da oleaginosa em grão, por conta do período de entressafra no Brasil. Em julho, o preço do frango vivo foi sustentado pelo aumento da demanda, que fez o valor médio do animal atingir, na primeira quinzena do mês, o nível mais alto para o período em São Paulo, considerando a série histórica do Cepea iniciada em 2004. O produto foi cotado a R$ 2,53 o quilo na quinzena, 16,6% a mais ante igual intervalo de julho de 2014.
Depois da tragédia, Friburgo colhe resultados na agricultura
Adoção de práticas sustentáveis por programa do governo fluminense está aumentando produtividade na agricultura familiar. Município chegou a ser arrasado pelas chuvas de verão há alguns anos.
Importante polo agrícola do Estado do Rio de Janeiro, Nova Friburgo, na Região Serrana, é atualmente reconhecido pela grande produção de olerícolas, flores de corte, frutas, criação de trutas, além da produção agroindustrial e do cultivo de alimentos orgânicos. Agricultores de seis microbacias do município – Barracão dos Mendes, Conquista, Pilões, Santa Cruz, São Lourenço e São Pedro da Serra – estão aumentando sua produtividade graças à adoção de práticas sustentáveis incentivadas pelo Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura. Nas seis áreas priorizadas, já foram liberados mais de R$ 3,7 milhões em recursos não reembolsáveis, diretamente para os produtores familiares.
Na localidade Fazenda Campestre (microbacia São Lourenço), a família do agricultor Ailton Gomes da Silva é uma das beneficiadas pelo programa. Há mais de 40 anos na região, o produtor e dois filhos se dedicam às lavouras de tomate, couve-flor, feijão, alface, couve, brócolis e temperos, escoados semanalmente para a capital fluminense. Com incentivo de quase R$ 6 mil do Rio Rural, foi possível adquirir equipamentos de irrigação, fazer a correção e adubação racional do solo com esterco de galinha, calcário, torta de mamona e farinha de osso e ainda promover a recuperação da mata ciliar do rio que corta a propriedade, com cercamento e plantio de capim vetiver, mudas de árvores nativas e frutíferas.
A elaboração do plano individual de desenvolvimento (PID) da propriedade, etapa da fase de planejamento das ações do Rio Rural, ficou a cargo da técnica agrícola Mirian Cordeiro, uma dentre os jovens rurais egressos do Colégio Estadual Agrícola Rei Alberto I (Ibelga) que estão prestando assessoria técnica aos beneficiários do Rio Rural no município. Ao mesmo tempo, a família será contemplada, junto com a associação local, por um subprojeto grupal de captação e distribuição de água potável, que beneficiará filhos de produtores que estudam no Ibelga.
O contato do produtor Ailton com práticas conservacionistas, no entanto, é bem antigo. Há 10 anos ele foi estimulado pela Emater-Rio e pela própria associação de produtores a proteger o solo do impacto direto da chuva, utilizando a palhada do milho. Segundo o agricultor, essa técnica diminuiu significativamente o uso de defensivos químicos. Isso ocorre porque torna a planta mais resistente ao reduzir o estresse hídrico e aumentar a absorção de nutrientes.
Já a filha do agricultor, Fabiane da Silva Pacheco, até então desconhecia a possibilidade de usar farinha de osso como adubo.
- Experimentei numa variedade de tomate e notei que a planta respondeu muito bem, ficando mais viçosa. Na colheita, houve aumento de produtividade - disse.
Engenheiro agrônomo da Emater-Rio e assessor técnico regional do Rio Rural, Gerson Yunes informou que as próximas microbacias a terem liberação de recursos financeiros no município serão Cardinot, Riograndina e Vargem Alta.
- Está no planejamento do programa iniciar os trabalhos nas microbacias Cascata, Lumiar, Macaé de Cima e Rio Bonito, ainda em 2015 - disse.
A atividade agrícola do município serrano é objeto de estudo de diversas pesquisas desenvolvidas pela Pesagro-Rio e recebe investimentos de outros programas setoriais e estruturantes da secretaria estadual de Agricultura, como Estradas da Produção, Prosperar, Florescer, Frutificar, Cultivar Orgânico e Crédito Fundiário.
Tirania da beleza nos campos levam ao desperdício de toneladas de alimentos
Reportagem da consagrada jornalista Hilka Telles, de O Dia, deste domingo (26/7), traça uma radiografia trágica em relação ao que acontece nas regiões produtoras do estado do Rio de Janeiro, motivada há anos pelas redes de supermercados e pelos consumidores que ignoram o mal que fazem ao preferirem frutas e outros alimentos "bonitinhos", ao invés de comprar mais e por menos. Deputado e secretário estadual de Agricultura quer acabar com essa "onda" maléfica, como foi feito na França.
No estado do Rio de Janeiro, mais de meio milhão de pessoas vivem abaixo da linha da extrema pobreza, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). É uma pobre gente que não tem sequer o essencial à vida, o direito à alimentação. Na contramão dessa dura e triste realidade está o inimaginável: por ano, 382.717 toneladas de frutas, legumes e verduras são descartadas ainda no campo (média de 25% da produção total). O principal motivo para o descarte é uma afronta a cada um dos milhares de seres humanos que amargam a miséria dia após dia. Os alimentos apenas não estão dentro dos padrões de boa aparência exigidos pelo mercado de consumo.
A produção anual é de 1,148 milhão de toneladas, segundo informação da Secretaria Estadual de Agricultura (quantidade destinada à comercialização). Produtores garantem que a perda no campo está entre 20% e 30%. Trabalhando com a média de 25% de perda, significa que a produção total no estado é de 1,530 milhão de toneladas de frutas, legumes e verduras. Esses números não consideram uma outra conta que nunca fecha: a do descarte nos setores de abastecimento e o mau uso dos alimentos pelos consumidores, que representam muitas toneladas a mais nesse mar de desperdício.
A situação é tão alarmante que o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, vai propor uma lei contra o desperdício, a exemplo do que já ocorre na França. “Vou fazer uma consulta pública. Temos que elaborar propostas de educação sobre o tema, que vão abranger questões de produtores, intermediários e consumidores. A lei será apresentada em até um ano”, revela Áureo.
Durante um mês, num levantamento inédito, O DIA acompanhou a cadeia de produção e abastecimento em municípios do Estado do Rio, percorrendo o caminho do desperdício desde o campo até a mesa do consumidor. A partir de hoje, exibirá em oito capítulos o drama que se repete com os mesmos percentuais no mundo inteiro.
Somente no Brasil, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), perdem-se por ano sete milhões de toneladas de frutas e seis milhões de toneladas de hortaliças, por contaminação ou simplesmente porque estão feios.
Numa única plantação em São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana, semanalmente quase duas toneladas de chuchu são abandonadas na terra, onde apodrecem. E em apenas uma das dezenas de lojas de frutas na Ceasa de Irajá, a mais importante central de abastecimento da capital, diariamente uma tonelada mamões tem o lixo como destino. Em nenhum dos dois casos acima os produtos estavam impróprios ao consumo.
Provavelmente, entre os milhares de cidadãos que passam necessidades alimentares no Estado do Rio de Janeiro, há uma parcela que nunca pôde sentir na boca o frescor de um morango maduro. Enquanto isso, na plantação dos irmãos Dacir e Gerson Condac, em Nova Friburgo, 3.200 quilos da fruta viram adubo, todo ano, embora conservem intactos o sabor e os nutrientes. Os agricultores são apenas um exemplo do desperdício que brota no solo fluminense.
Dacir, de 66 anos, e Gerson, de 58, trabalham na lavoura desde crianças. Localizada em Campo do Coelho, a propriedade deles é responsável pela produção de morango, tangerina, vagem, jiló, abobrinha e brócolis. A principal agricultura é a de morango, cuja safra se estende de janeiro a setembro.
“Colhemos cerca de quatro toneladas de morangos por semana. Nos cinco meses de safra, o total é de 80 toneladas. Perdíamos 20% (16 toneladas), porque a fruta não obedecia aos padrões estéticos necessários para comercialização — não cresceu o suficiente ou partes de sua casca foram danificadas pelo frio e pelo vento”, ressalta Dacir.
Há cerca de dois anos, o agricultor vislumbrou uma alternativa para diminuir o prejuízo e o desperdício. “Vendo o quilo por R$ 10. Dos 20% que eram descartados, agora consigo negociar com empresas que produzem polpa de frutas para suco e geleias. O quilo do descarte é vendido por R$ 5. Mesmo assim, ainda temos perda. Dos total do descarte, ficamos com uns 20% encalhados”, contabiliza Dacir.
Ou seja: o descarte total era de 16 toneladas em cinco meses. Dessas, o produtor passou a comercializar 12,8 toneladas para a confecção de polpa e geleia (80% do descarte). Isso significa que são desperdiçadas 3,2 toneladas de morangos.
“Perco de 20% a 30% de tudo o que produzo”, lamenta Gerson Condac. Em sua plantação de tangerina pocã, nada menos que 600 quilos da fruta são desperdiçados. A perda é porque ou está fora do padrão ou porque caiu sozinha do pé. “Se cair do pé, é sinal de que já está madura. Até chegar à Ceasa, passou do ponto. O freguês quer vitrine. Então, não consigo vender. Largo aí na terra para virar adubo”, afirma Gerson, que cuida de 400 pés de tangerina.
Ao lado das terras de Dacir e Gerson, visitada por O DIA em junho, havia uma plantação carregada de pimentões. Eram 25 mil pés da hortaliça. Muitos já estavam vermelhos ou no processo de amadurecimento, e a maioria era de tamanho muito pequeno, completamente fora dos padrões para comercialização. Outros apresentavam uma ou duas marcas de fungo no topo, próximo ao caule em que o pimentão se prende ao pé.
“O dono dessa plantação é José Vanderlei. Ele plantou e fez a primeira colheita. A segunda colheita deu fungo, e a maioria nasceu fora do padrão. Vanderlei abandonou a plantação e nem quis tirar os pimentões. Seria trabalho e dinheiro jogados fora, pois o produto não poderia ser vendido mesmo. Semana que vem ele vai jogar herbicida para matar os pés de pimentão”, contou Dacir, que não tem noção de quantas toneladas foram produzidas no vizinho.
A equipe de reportagem entrou na plantação e colheu várias amostras. Todos que estavam em tamanho inferior ao padrão ou ‘com defeito’ (torto, por exemplo) eram perfeitamente utilizáveis. Mas foram reprovados porque estavam pequenos ou feios. Os que estavam com fungos, bastaria cortar a parte superior e utilizar o restante (pelo menos 90% do pimentão seria aproveitado).
CHUCHU TEM QUE TER 20 CM
Um exército de miseráveis poderia fartar-se na plantação de Vanda Maria dos Santos, em São José do Vale do Rio Preto, município a 130 quilômetros do Rio de Janeiro. Resultado de uma perda de 30% da produção — porque o produto não atende ao alto nível de exigência do consumidor —, em semana quase duas toneladas de chuchu são atiradas na terra, sob as parreiras. Os números assustam mais ainda quando a matemática engloba os 30 dias do mês: o descarte é de 7,8 toneladas, que se transformam em adubo.
Vanda tem 50 anos e é meeira na vasta plantação: o dono das terras permite que ela plante e tenha todo o trabalho, enquanto ele fica com a metade do que é produzido. A despesa dele é dividir com a agricultora os gastos com fertilizantes industriais. Vanda trabalha com o sobrinho Jonas dos Santos Félix, de 28 anos. Ambos começaram a trabalhar na lavoura aos 8 anos de idade e têm pouquíssimo estudo.
“Na plantação são colhidas 200 caixas de chuchu, por semana, com 23 quilos em cada caixa”, explica Vanda. O que dá 4.600 quilos de chuchu por semana, aptos à comercialização. A perda na produção, segundo ela, é de 20% com chuchu defeituoso e 10% com os que ficaram graúdos demais. Portanto, a produção foi de 6.570 quilos por semana e se perderam 1.970 quilos (quase duas toneladas).
Enquanto Jonas colhe os chuchus nas parreiras, o chão vai ficando coberto do legume. O rapaz arranca do pé e já vai jogando na terra batida os que não podem ser vendidos. O legume cresce demais quando fica escondido entre as folhas e passa do ponto certo de colheita. O chuchu considerado padrão tem que medir uns 20 centímetros, no máximo, e ter a casca lisinha.
Tomate jogado fora para manter preço
Sebastião Hudson Filho, de 52 anos, é um ‘big shot’ do tomate em Paty do Alferes, município responsável pela maior produção do fruto no estado. Ele revela que, em 2014, jogou fora nada menos que 10 mil quilos de tomate.
A matemática é a seguinte: o agricultor produziu duas safras no ano, que lhe conferiram para venda 2.500 caixas de tomates, com 20 quilos cada. O total foi de 50 mil quilos do fruto (50 toneladas). De cada tonelada de tomate posta à venda, o agricultor afirmou que 300 quilos apresentavam imperfeições, inviabilizando a comercialização. Total de 15 mil quilos.
“Além disso, tive que separar mais 10 mil quilos de tomates esteticamente perfeitos, que não tiveram a Ceasa como destino. O preço de venda estava baixo e optei por não vender toda a safra boa, para evitar que o valor caísse mais ainda”, explica. Portanto, o agricultor colheu 75 toneladas (75 mil quilos).
Dos 25 mil quilos separados (15 mil de tomates feios e 10 mil de tomates bons), Sebastião conseguiu negociar 15 mil quilos com uma fábrica de massa de tomate. O resultado dos cálculos mostra que Sebastião jogou fora 10 mil quilos de tomates aptos ao consumo humano.
Na mesma Paty do Alferes, a cobrança pelo padrão do produto também faz o médio produtor Eliomar Vieira, de 47 anos, perder 30% de toda a safra de tomate, pimentão, pepino e vagem. “Quando nascem com defeito ou fora do tamanho padrão, não posso comercializar”, conta. Eliomar não quis falar em números absolutos, mas o fato é que um terço de sua produção, que poderia encher milhares de barrigas vazias pela pobreza, vira ração para os bois que ele mantém em sua propriedade.
Pequeno fungo condena as verduras
Saindo de Friburgo e entrando numa torturante estrada a caminho de São José do Vale do Rio Preto, a equipe de reportagem passou por campos e mais campos de verduras, com seus deslumbrantes tons de verde que se estendiam na amplidão das colinas.
Mas também havia áreas de agricultura familiar margeando a estrada. Numa delas, o ‘tapete’ de folhas de alface sobre a terra agredia os olhos e o bom senso. Folhas que poderiam estar na mesa de alguns dos milhares de famintos que existem no território fluminense. Porém, estavam ali, largadas para virar adubo.
A plantação era de Sônia de Moraes Faria, de 53 anos, pequena agricultora de alface, espinafre e cebolinha na localidade Santa Rosa, em Teresópolis. A plantação de alface lhe rendeu 36 caixas com 18 pés em cada caixa (total de 648 pés). Segundo ela, o desperdício foi de 20%. Ou seja: plantou 810 pés de alface e jogou fora 162 molhos (o equivalente às folhas descartadas).
“Quando a gente corta o pé do alface, é preciso tirar as folhas que ficam em volta e jogar fora. Elas têm sempre um furinho, um rasguinho, uma coisa assim. A gente retira para ficar apenas com as folhas que estão por dentro, bem verdinhas”, explica, enquanto vai retirando as folhas e jogando ali mesmo, sobre a terra de onde os pés de alface acabaram de ser cortados.
A pedido da reportagem, Sônia juntou algumas folhas, fez uma espécie de molho, segurando-o numa das mãos. Na outra mão, o pé de alface que seria levado para a venda. Ambos eram praticamente iguais. O desperdício era simplesmente por questão de estética, não por valor nutricional.
Ao lado da plantação de alface estava outra de cebolinha, com 320 molhos perdidos. Deu fungo na cebolinha. Sônia precisava ter colocado remédio a tempo de impedir a propagação do fungo e aguardar um mês até o produto estar apto para o consumo. Mas ela não teve dinheiro para o remédio e perdeu toda a colheita.
“Eu vi que era preciso colocar o remédio, mas não tive como comprar para aplicar”, lamenta. O fungo age na ponta da cebolinha. A aparência é de folha queimada, seca. Sônia passa seus produtos para um atravessador, que os revende na Baixada Fluminense e na Região dos Lagos.
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Mineira de sucos Maguary, infelizmente, vai falar inglês
Negócio foi fechado pelo valor de R$ 580 milhões. Ebba, dona da Maguary e da Dafruta, foi comprada pela britânica Britvic, que tem negócios com a PepsiCo.
A fabricante de bebidas britânica Britvic ampliou sua expansão internacional nesta quinta-feira (23/7) com a compra por 120,8 milhões de libras (R$ 580 milhões) da empresa de sucos brasileira Ebba, dona das marcas Maguary e Dafruta e um conglomerado pertencente à família Tavares de Melo.
O grupo britânico é líder em diversas categorias no segmento de não alcóolicos em países da Europa e conta com mais de 3 mil colaboradores no mundo todo.
O acordo, que será na maior parte financiado por emissão de ações, dá à Britvic acesso ao sexto maior mercado de refrigerantes do mundo e amplia sua expansão internacional para além de Estados Unidos, Índia e Espanha, destaca a Reuters.
Em comunicado, a Britvic destacou que a Ebba é a maior fornecedora de sucos concentrados no Brasil e a segunda maior fornecedora de sucos e néctares prontos para beber.
A Ebba possui duas fábricas no Brasil, uma em Araguari (MG) e outra em Aracati (CE). No mercado internacional, a empresa ocupa a posição de terceiro maior exportador mundial de polpa de sabores como açaí e acerola e exporta matéria-prima e sucos para países como Japão, EUA, Alemanha, Holanda e Inglaterra.
A Britvic disse que pretende ao menos dobrar o lucro da Ebba e crescer significativamente a margem bruta até 2020, investindo em marcas como Maguary e Dafruta, e levando os produtos da Britvic ao Brasil.
A empresa, que viu seus negócios britânicos afetados pela guerra de preço nos supermercados e deflação, reportou aumento de 1% nas receitas do grupo, para 322,3 milhões de libras nas 12 semanas até 5 de julho, seu terceiro trimestre fiscal, segundo a Reuters.
A Britvic reúne um portfólio de mais de 30 marcas e parceira da PepsiCo desde 1987.
O agrião, um alimento barato e rico em vitaminas
O agrião é uma verdura originária do sudeste da Ásia que possui um sabor levemente picante e uma série de benefícios para a saúde, entre eles, o de auxiliar no bom funcionamento do fígado e do sistema digestivo, no combate aos resfriados e na formação dos ossos. O preço do agrião pode ser encontrado no mercado das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES) a R$2,27 o quilo.
As vitaminas presentes no agrião auxiliam os sistemas de defesa, protegendo assim o organismo contra infecções causadas por vírus e bactérias, por isso é indicado o consumo desse alimento para combater resfriados e gripes. Pode também aliviar os sintomas desses problemas, já que descongestiona os pulmões, eliminando mucos e melhorando a respiração. Esse alimento também é rico em vitamina B6, nutriente que participa de neurotransmissores como a serotonina e dopamina, que dão a sensação de bem-estar, aumentando a concentração e prevenindo a perda de memória.
Segundo a nutricionista Matilde Alves, a vitamina C atua como um poderoso antioxidante que ajuda a prevenir o câncer e estimula o sistema imunológico. “Além disso, o consumo de produtos que possuem a vitamina C auxiliam no combate a resfriados e também pode ser um tratamento eficaz para o escorbuto e catarata. A vitamina A presente no agrião aumenta a imunidade e atua na saúde dos olhos, da pele, dos ossos e dos dentes. Além de vitaminas, o agrião tem boas quantidades de minerais como ferro, magnésio, potássio e cálcio”, disse a nutricionista.
Curiosidades
Ao escolher os maços, procure os que tiverem folhas frescas de cor verde escura, sem áreas amareladas ou pontos escurecidos. Os talos devem estar firmes e quebradiços. Tenha cuidado ao manusear os maços, pois as folhas se rasgam com facilidade e os talos escurecem e apodrecem rapidamente quando danificados. A presença de flores e pequenos frutos verdes não prejudica a qualidade do agrião para consumo.
Quando armazenado em temperatura ambiente dura apenas um dia. Ele pode ser armazenado como flores, em um vaso com água para manter suas raízes úmidas, mas deve ser mantido em refrigeração. Outra opção é lavar e armazenar em potes ou sacos plásticos por até três dias.
Economia
No Espírito Santo o município destaque na comercialização é Santa Maria de Jetibá que é responsável por 71,75%, em seguida vem Marechal Floriano com 13%. Outros municípios como Alfredo Chaves, Cariacica, Itarana, Santa Leopoldina, Afonso Cláudio e Domingos Martins também participam positivamente da oferta de agrião na Ceasa.
De janeiro a junho de 2015, circularam no entreposto central, localizado em Cariacica, 62.889 quilos de agrião, totalizando uma movimentação financeira de R$ 151.592,15.
Preços: pânico desnecessário pela TV
Quem estivesse assistindo ao telejornal RJTV, segunda edição, da Rede Globo fluminense, na quarta-feira (22/7) ficaria apavorado pelo modo como foi conduzida a reportagem sobre o aumento da inflação no Rio de Janeiro, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo da quinzena (IPC-15), principalmente no que se refere aos alimentos. A matéria mostra que este é maior índice registrado desde 2003, apontando, no geral, uma inflação de 7,19% - ou, 0,38% na primeira quinzena de julho.
Passeando por uma feira da Zona Sul, pequena por sinal, o repórter foi contando na matéria que a cenoura teria subido 23,67%, o alho (26,42%), repolho (32,8%), batata (43,72%), tomate (49,47%); inhame,beterraba (61,10%), cebola (164,29%), o maior índice, segundo o texto. E tinha também o filé de merluza (29,67%), o destaque na classificação de pescados. Falaram ainda com um camelô que vendia 7 cabeças de alho por R$ 10, e três cabeças por R$ 5.
Pois bem, nesta quinta-feira, no entanto o que vimos em alguns sacolões da capital carioca foi uma espécie de baixa nos preços dos legumes e etc. Em um "sacolão" existente no bairro da Freguesia, Ilha do Governador, o quilo do tomate estava a R$ 1,98, por exemplo (misturado entre grandes, do tipo salada, e pequenos).
Então, resolvemos fazer uma avaliação no registro de preços, divulgado diariamente pela diretoria técnica da Ceasa Grande Rio. Constatamos que a caixa do tomate longa vida, com 22 kg, estava sendo vendida a R$ 35, o grande; e R$ 20, o pequeno. Mas, no primeiro dia de julho, a caixa do tomate estava sendo vendida a R$ 50, o grande; e R$ 25, o pequeno. Cadê a inflação? Nesse caso, houve uma deflação no preço do legume nesses quinze dias do mês, não é mesmo? Tem alguma coisa errada nisso, e a TV Globo embarcou numa canoa furada, ao apresentar o resultado de uma reportagem que deveria ter outro foco: a especulação de preços ao consumidor, por parte de feirantes, donos de sacolões e de supermercados.
Na verdade, a comida não estaria mais cara no atacado, mas no varejo, atacando o bolso do consumidor por vários motivos: alta na conta de energia elétrica, impostos. No caso dos feirantes, a questão seria outra, mas de ganância, ao continuarem se aproveitando de uma onda. A desculpa é que não estão vendendo como vendiam antes, por conta dos "sacolões". Mas, com preços altos, aí é que não irão vender nunca.
Outro exemplo, a batata. A saca de 50 quilos do produto estava sendo vendida entre R$ 95, no primeiro dia de julho, na Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte do Rio, a maior do estado e a segunda maior do país. Ontem, a mesma saca do produto, fora negociada entre R$ 70 e R$ 80, dependendo do tamanho da batata. O que aconteceu foi uma queda no preço na primeira quinzena do mês.
Em dois casos constatamos aumentos, sem o absurdo anunciado, no entanto: a cebola e o alho importado. A caixa do alho cinês, com 10 kg, custava ontem R$ 110 - cerca de R$ 10 a mais em relação ao primeiro dia do mês; e a saca da cebola nacional, com 20 kg, entre R$ 80 (RS) e R$ 85 (SC). Também com uma variação, para cima, de R$ 10. Como contabilizaram o aumento de 43,72%, no preço da batata; e de R$ 164,29%, no preço ao consumidor da cebola?
Se os preços tivessem sido tomados em relação ao período de um ano, seria bem lógico. Nós divulgamos aqui no portal uma análise feita nos preços pela CeasaMinas que constatou, por exemplo, mais de 200% na alta de preços em relação à cebola.
De acordo com aquela central de abastecimento, o tomate negociado lá teve um reajuste de 24,15%, no período de um ano; e uma deflação de - 41,22% entre maio e junho de 2015. O alho importado sofreu reajuste de 19,75%; e a batata lisa, 12,22% em um ano.
Para fazer a matéria, a reportagem fluminense tomou por base a fonte IPCA-15, que induziu ao erro e confunde a cabeça do consumidor.
E mesmo assim, como nós fizemos, vale fazer uma análise em relação a queda de preços de vários produtos, verificada no período recente.
E tinha uma coisa pior: no caso do filé de merluza, tem supermercados vendendo o pacote de meio quilo a quase R$ 20, depois que o produto sumiu das prateleiras quando era vendido a granel.
terça-feira, 21 de julho de 2015
Café sustentável chega ao Norte do país
O Programa Café Sustentável é uma iniciativa mundial com o objetivo de aumentar o uso de práticas sustentáveis na produção e melhorar o nível de vida dos cafeicultores. Em Rondônia essa ação está sendo coordenada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) e, para apresentar as ações a serem desencadeadas, o coordenador do Programa, Pedro Ronca, da P&A Marketing explanará sobre o tema, às 15h desta terça-feira (21), no auditório da Emater.
Vários países já fomentaram o Programa Café Sustentável através da Parceria Público-Privada (PPP), que contam com as principais indústrias ligadas à compra e certificação de café. No Brasil, essa iniciativa chegou em 2012, coordenada pela empresa P&A Marketing. Para execução das ações, reuniu-se as instituições de serviços de extensão rural dos principais estados produtores de café brasileiro, para dar início a um grupo de trabalho. Entre elas estão: Emater-MG, Incaper (ES), Cati (SP), Emater-PR e Emater-RO.
Desse grupo de trabalho surgiu um documento norteador das ações com vistas à melhoria da sustentabilidade da cafeicultura tendo por base o tripé social, ambiental e econômico. Chamado de Currículo da Sustentabilidade do Café (CSC), o documento trata dos temas centrais e fundamentais para a atuação em sustentabilidade, tanto do produtor como do técnico/extensionista, tornando-se uma referência comum para aplicação nas propriedades do café.
Durante o lançamento do Programa Café Sustentável, no dia 21 de julho, será também celebrado um Termo de Cooperação Técnica entre a Emater-RO e o programa. Esse termo de cooperação visa fornecer o material didático e capacitação técnica aos extensionistas que serão multiplicadores da ação. “Já temos as datas das capacitações marcadas para serem realizadas nos dia 1 e 2 de setembro, próximo”, diz Janderson Dalazen, gerente técnico da Emater-RO.
Ele explica ainda que o café de Rondônia encontra-se, hoje em um excelente cenário e salienta que, a produção de café pulo de 1,4 milhões de sacas/ano em 2014, para 1,8 milhões de sacas/ano em 2015, dados esses levantados pela Emater-RO e confirmados através de publicação pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Esse aumento se deve às boas condições climáticas favoráveis que o estado vem apresentando e à adoção de novas tecnologias, principalmente com utilização de mudas de origem clonal, adubação e irrigação”.
Ainda segundo o gerente da Emater-RO, o produtor que atingir um bom cumprimento do conteúdo do CSC será mais sustentável e aquele que produzir efetivamente, de maneira mais sustentável obtém maior lucro no curto, médio e longo prazo. Outro benefício é que o produtor que adotar essas recomendações estarão seguindo os critérios exigidos pelos certificadores internacionais e abrirá suas portas para novos mercados consumidores.
O lançamento será realizado às 15 horas, no auditório da Emater/Central, em Porto Velho e deverá contar com a presenças de autoridades governamentais e ligadas ao setor produtivo.
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