Apregoado como o
salvador da pátria em relação aos preços altos cobrados pela carne
bovina, o frango nosso de cada dia poderá aumentar mais por conta dos
reajustes de preços no farelo de soja.
O poder de compra do
criador de frangos paulista recuou 10% na parcial de julho, segundo o
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). De
acordo com a análise, a alta dos preços do farelo de soja, usado como
ração, superou a valorização da ave e reduziu o lucro do produtor.
Segundo
o Cepea, o farelo de soja foi sustentado pelas altas nos valores da
oleaginosa em grão, por conta do período de entressafra no Brasil. Em
julho, o preço do frango vivo foi sustentado pelo aumento da demanda,
que fez o valor médio do animal atingir, na primeira quinzena do mês, o
nível mais alto para o período em São Paulo, considerando a série
histórica do Cepea iniciada em 2004. O produto foi cotado a R$ 2,53 o
quilo na quinzena, 16,6% a mais ante igual intervalo de julho de 2014.
Adoção
de práticas sustentáveis por programa do governo fluminense está
aumentando produtividade na agricultura familiar. Município chegou a ser
arrasado pelas chuvas de verão há alguns anos.
Importante polo
agrícola do Estado do Rio de Janeiro, Nova Friburgo, na Região Serrana, é
atualmente reconhecido pela grande produção de olerícolas, flores de
corte, frutas, criação de trutas, além da produção agroindustrial e do
cultivo de alimentos orgânicos. Agricultores de seis microbacias do
município – Barracão dos Mendes, Conquista, Pilões, Santa Cruz, São
Lourenço e São Pedro da Serra – estão aumentando sua produtividade
graças à adoção de práticas sustentáveis incentivadas pelo Programa Rio
Rural, da secretaria estadual de Agricultura. Nas seis áreas
priorizadas, já foram liberados mais de R$ 3,7 milhões em recursos não
reembolsáveis, diretamente para os produtores familiares.
Na
localidade Fazenda Campestre (microbacia São Lourenço), a família do
agricultor Ailton Gomes da Silva é uma das beneficiadas pelo programa.
Há mais de 40 anos na região, o produtor e dois filhos se dedicam às
lavouras de tomate, couve-flor, feijão, alface, couve, brócolis e
temperos, escoados semanalmente para a capital fluminense. Com incentivo
de quase R$ 6 mil do Rio Rural, foi possível adquirir equipamentos de
irrigação, fazer a correção e adubação racional do solo com esterco de
galinha, calcário, torta de mamona e farinha de osso e ainda promover a
recuperação da mata ciliar do rio que corta a propriedade, com
cercamento e plantio de capim vetiver, mudas de árvores nativas e
frutíferas.
A elaboração do plano individual de desenvolvimento
(PID) da propriedade, etapa da fase de planejamento das ações do Rio
Rural, ficou a cargo da técnica agrícola Mirian Cordeiro, uma dentre os
jovens rurais egressos do Colégio Estadual Agrícola Rei Alberto I
(Ibelga) que estão prestando assessoria técnica aos beneficiários do Rio
Rural no município. Ao mesmo tempo, a família será contemplada, junto
com a associação local, por um subprojeto grupal de captação e
distribuição de água potável, que beneficiará filhos de produtores que
estudam no Ibelga.
O contato do produtor Ailton com práticas
conservacionistas, no entanto, é bem antigo. Há 10 anos ele foi
estimulado pela Emater-Rio e pela própria associação de produtores a
proteger o solo do impacto direto da chuva, utilizando a palhada do
milho. Segundo o agricultor, essa técnica diminuiu significativamente o
uso de defensivos químicos. Isso ocorre porque torna a planta mais
resistente ao reduzir o estresse hídrico e aumentar a absorção de
nutrientes.
Já a filha do agricultor, Fabiane da Silva Pacheco, até então desconhecia a possibilidade de usar farinha de osso como adubo.
-
Experimentei numa variedade de tomate e notei que a planta respondeu
muito bem, ficando mais viçosa. Na colheita, houve aumento de
produtividade - disse.
Engenheiro agrônomo da Emater-Rio e
assessor técnico regional do Rio Rural, Gerson Yunes informou que as
próximas microbacias a terem liberação de recursos financeiros no
município serão Cardinot, Riograndina e Vargem Alta.
- Está no
planejamento do programa iniciar os trabalhos nas microbacias Cascata,
Lumiar, Macaé de Cima e Rio Bonito, ainda em 2015 - disse.
A
atividade agrícola do município serrano é objeto de estudo de diversas
pesquisas desenvolvidas pela Pesagro-Rio e recebe investimentos de
outros programas setoriais e estruturantes da secretaria estadual de
Agricultura, como Estradas da Produção, Prosperar, Florescer,
Frutificar, Cultivar Orgânico e Crédito Fundiário.
Reportagem
da consagrada jornalista Hilka Telles, de O Dia, deste domingo (26/7),
traça uma radiografia trágica em relação ao que acontece nas regiões
produtoras do estado do Rio de Janeiro, motivada há anos pelas redes de
supermercados e pelos consumidores que ignoram o mal que fazem ao
preferirem frutas e outros alimentos "bonitinhos", ao invés de comprar
mais e por menos. Deputado e secretário estadual de Agricultura quer
acabar com essa "onda" maléfica, como foi feito na França.
No
estado do Rio de Janeiro, mais de meio milhão de pessoas vivem abaixo da
linha da extrema pobreza, segundo dados do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea). É uma pobre gente que não tem sequer o
essencial à vida, o direito à alimentação. Na contramão dessa dura e
triste realidade está o inimaginável: por ano, 382.717 toneladas de
frutas, legumes e verduras são descartadas ainda no campo (média de 25%
da produção total). O principal motivo para o descarte é uma afronta a
cada um dos milhares de seres humanos que amargam a miséria dia após
dia. Os alimentos apenas não estão dentro dos padrões de boa aparência
exigidos pelo mercado de consumo.
A produção anual é de 1,148
milhão de toneladas, segundo informação da Secretaria Estadual de
Agricultura (quantidade destinada à comercialização). Produtores
garantem que a perda no campo está entre 20% e 30%. Trabalhando com a
média de 25% de perda, significa que a produção total no estado é de
1,530 milhão de toneladas de frutas, legumes e verduras. Esses números
não consideram uma outra conta que nunca fecha: a do descarte nos
setores de abastecimento e o mau uso dos alimentos pelos consumidores,
que representam muitas toneladas a mais nesse mar de desperdício.
A
situação é tão alarmante que o secretário estadual de Agricultura,
Christino Áureo, vai propor uma lei contra o desperdício, a exemplo do
que já ocorre na França. “Vou fazer uma consulta pública. Temos que
elaborar propostas de educação sobre o tema, que vão abranger questões
de produtores, intermediários e consumidores. A lei será apresentada em
até um ano”, revela Áureo.
Durante um mês, num levantamento
inédito, O DIA acompanhou a cadeia de produção e abastecimento em
municípios do Estado do Rio, percorrendo o caminho do desperdício desde o
campo até a mesa do consumidor. A partir de hoje, exibirá em oito
capítulos o drama que se repete com os mesmos percentuais no mundo
inteiro.
Somente no Brasil, segundo a Organização das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), perdem-se por ano sete
milhões de toneladas de frutas e seis milhões de toneladas de
hortaliças, por contaminação ou simplesmente porque estão feios.
Numa
única plantação em São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana,
semanalmente quase duas toneladas de chuchu são abandonadas na terra,
onde apodrecem. E em apenas uma das dezenas de lojas de frutas na Ceasa
de Irajá, a mais importante central de abastecimento da capital,
diariamente uma tonelada mamões tem o lixo como destino. Em nenhum dos
dois casos acima os produtos estavam impróprios ao consumo.
Provavelmente,
entre os milhares de cidadãos que passam necessidades alimentares no
Estado do Rio de Janeiro, há uma parcela que nunca pôde sentir na boca o
frescor de um morango maduro. Enquanto isso, na plantação dos irmãos
Dacir e Gerson Condac, em Nova Friburgo, 3.200 quilos da fruta viram
adubo, todo ano, embora conservem intactos o sabor e os nutrientes. Os
agricultores são apenas um exemplo do desperdício que brota no solo
fluminense.
Dacir, de 66 anos, e Gerson, de 58, trabalham na
lavoura desde crianças. Localizada em Campo do Coelho, a propriedade
deles é responsável pela produção de morango, tangerina, vagem, jiló,
abobrinha e brócolis. A principal agricultura é a de morango, cuja safra
se estende de janeiro a setembro.
“Colhemos cerca de quatro
toneladas de morangos por semana. Nos cinco meses de safra, o total é de
80 toneladas. Perdíamos 20% (16 toneladas), porque a fruta não obedecia
aos padrões estéticos necessários para comercialização — não cresceu o
suficiente ou partes de sua casca foram danificadas pelo frio e pelo
vento”, ressalta Dacir.
Há cerca de dois anos, o agricultor
vislumbrou uma alternativa para diminuir o prejuízo e o desperdício.
“Vendo o quilo por R$ 10. Dos 20% que eram descartados, agora consigo
negociar com empresas que produzem polpa de frutas para suco e geleias. O
quilo do descarte é vendido por R$ 5. Mesmo assim, ainda temos perda.
Dos total do descarte, ficamos com uns 20% encalhados”, contabiliza
Dacir.
Ou seja: o descarte total era de 16 toneladas em cinco
meses. Dessas, o produtor passou a comercializar 12,8 toneladas para a
confecção de polpa e geleia (80% do descarte). Isso significa que são
desperdiçadas 3,2 toneladas de morangos.
“Perco de 20% a 30% de
tudo o que produzo”, lamenta Gerson Condac. Em sua plantação de
tangerina pocã, nada menos que 600 quilos da fruta são desperdiçados. A
perda é porque ou está fora do padrão ou porque caiu sozinha do pé. “Se
cair do pé, é sinal de que já está madura. Até chegar à Ceasa, passou do
ponto. O freguês quer vitrine. Então, não consigo vender. Largo aí na
terra para virar adubo”, afirma Gerson, que cuida de 400 pés de
tangerina.
Ao lado das terras de Dacir e Gerson, visitada por O
DIA em junho, havia uma plantação carregada de pimentões. Eram 25 mil
pés da hortaliça. Muitos já estavam vermelhos ou no processo de
amadurecimento, e a maioria era de tamanho muito pequeno, completamente
fora dos padrões para comercialização. Outros apresentavam uma ou duas
marcas de fungo no topo, próximo ao caule em que o pimentão se prende ao
pé.
“O dono dessa plantação é José Vanderlei. Ele plantou e fez a
primeira colheita. A segunda colheita deu fungo, e a maioria nasceu
fora do padrão. Vanderlei abandonou a plantação e nem quis tirar os
pimentões. Seria trabalho e dinheiro jogados fora, pois o produto não
poderia ser vendido mesmo. Semana que vem ele vai jogar herbicida para
matar os pés de pimentão”, contou Dacir, que não tem noção de quantas
toneladas foram produzidas no vizinho.
A equipe de reportagem
entrou na plantação e colheu várias amostras. Todos que estavam em
tamanho inferior ao padrão ou ‘com defeito’ (torto, por exemplo) eram
perfeitamente utilizáveis. Mas foram reprovados porque estavam pequenos
ou feios. Os que estavam com fungos, bastaria cortar a parte superior e
utilizar o restante (pelo menos 90% do pimentão seria aproveitado).
CHUCHU TEM QUE TER 20 CM
Um
exército de miseráveis poderia fartar-se na plantação de Vanda Maria
dos Santos, em São José do Vale do Rio Preto, município a 130
quilômetros do Rio de Janeiro. Resultado de uma perda de 30% da produção
— porque o produto não atende ao alto nível de exigência do consumidor
—, em semana quase duas toneladas de chuchu são atiradas na terra, sob
as parreiras. Os números assustam mais ainda quando a matemática engloba
os 30 dias do mês: o descarte é de 7,8 toneladas, que se transformam em
adubo.
Vanda tem 50 anos e é meeira na vasta plantação: o dono
das terras permite que ela plante e tenha todo o trabalho, enquanto ele
fica com a metade do que é produzido. A despesa dele é dividir com a
agricultora os gastos com fertilizantes industriais. Vanda trabalha com o
sobrinho Jonas dos Santos Félix, de 28 anos. Ambos começaram a
trabalhar na lavoura aos 8 anos de idade e têm pouquíssimo estudo.
“Na
plantação são colhidas 200 caixas de chuchu, por semana, com 23 quilos
em cada caixa”, explica Vanda. O que dá 4.600 quilos de chuchu por
semana, aptos à comercialização. A perda na produção, segundo ela, é de
20% com chuchu defeituoso e 10% com os que ficaram graúdos demais.
Portanto, a produção foi de 6.570 quilos por semana e se perderam 1.970
quilos (quase duas toneladas).
Enquanto Jonas colhe os chuchus
nas parreiras, o chão vai ficando coberto do legume. O rapaz arranca do
pé e já vai jogando na terra batida os que não podem ser vendidos. O
legume cresce demais quando fica escondido entre as folhas e passa do
ponto certo de colheita. O chuchu considerado padrão tem que medir uns
20 centímetros, no máximo, e ter a casca lisinha.
Tomate jogado fora para manter preço
Sebastião
Hudson Filho, de 52 anos, é um ‘big shot’ do tomate em Paty do Alferes,
município responsável pela maior produção do fruto no estado. Ele
revela que, em 2014, jogou fora nada menos que 10 mil quilos de tomate.
A
matemática é a seguinte: o agricultor produziu duas safras no ano, que
lhe conferiram para venda 2.500 caixas de tomates, com 20 quilos cada. O
total foi de 50 mil quilos do fruto (50 toneladas). De cada tonelada de
tomate posta à venda, o agricultor afirmou que 300 quilos apresentavam
imperfeições, inviabilizando a comercialização. Total de 15 mil quilos.
“Além
disso, tive que separar mais 10 mil quilos de tomates esteticamente
perfeitos, que não tiveram a Ceasa como destino. O preço de venda estava
baixo e optei por não vender toda a safra boa, para evitar que o valor
caísse mais ainda”, explica. Portanto, o agricultor colheu 75 toneladas
(75 mil quilos).
Dos 25 mil quilos separados (15 mil de tomates feios
e 10 mil de tomates bons), Sebastião conseguiu negociar 15 mil quilos
com uma fábrica de massa de tomate. O resultado dos cálculos mostra que
Sebastião jogou fora 10 mil quilos de tomates aptos ao consumo humano.
Na
mesma Paty do Alferes, a cobrança pelo padrão do produto também faz o
médio produtor Eliomar Vieira, de 47 anos, perder 30% de toda a safra de
tomate, pimentão, pepino e vagem. “Quando nascem com defeito ou fora do
tamanho padrão, não posso comercializar”, conta. Eliomar não quis falar
em números absolutos, mas o fato é que um terço de sua produção, que
poderia encher milhares de barrigas vazias pela pobreza, vira ração para
os bois que ele mantém em sua propriedade.
Pequeno fungo condena as verduras
Saindo
de Friburgo e entrando numa torturante estrada a caminho de São José do
Vale do Rio Preto, a equipe de reportagem passou por campos e mais
campos de verduras, com seus deslumbrantes tons de verde que se
estendiam na amplidão das colinas.
Mas também havia áreas de
agricultura familiar margeando a estrada. Numa delas, o ‘tapete’ de
folhas de alface sobre a terra agredia os olhos e o bom senso. Folhas
que poderiam estar na mesa de alguns dos milhares de famintos que
existem no território fluminense. Porém, estavam ali, largadas para
virar adubo.
A plantação era de Sônia de Moraes Faria, de 53 anos,
pequena agricultora de alface, espinafre e cebolinha na localidade Santa
Rosa, em Teresópolis. A plantação de alface lhe rendeu 36 caixas com 18
pés em cada caixa (total de 648 pés). Segundo ela, o desperdício foi de
20%. Ou seja: plantou 810 pés de alface e jogou fora 162 molhos (o
equivalente às folhas descartadas).
“Quando a gente corta o pé do
alface, é preciso tirar as folhas que ficam em volta e jogar fora. Elas
têm sempre um furinho, um rasguinho, uma coisa assim. A gente retira
para ficar apenas com as folhas que estão por dentro, bem verdinhas”,
explica, enquanto vai retirando as folhas e jogando ali mesmo, sobre a
terra de onde os pés de alface acabaram de ser cortados.
A pedido
da reportagem, Sônia juntou algumas folhas, fez uma espécie de molho,
segurando-o numa das mãos. Na outra mão, o pé de alface que seria levado
para a venda. Ambos eram praticamente iguais. O desperdício era
simplesmente por questão de estética, não por valor nutricional.
Ao
lado da plantação de alface estava outra de cebolinha, com 320 molhos
perdidos. Deu fungo na cebolinha. Sônia precisava ter colocado remédio a
tempo de impedir a propagação do fungo e aguardar um mês até o produto
estar apto para o consumo. Mas ela não teve dinheiro para o remédio e
perdeu toda a colheita.
“Eu vi que era preciso colocar o remédio,
mas não tive como comprar para aplicar”, lamenta. O fungo age na ponta
da cebolinha. A aparência é de folha queimada, seca. Sônia passa seus
produtos para um atravessador, que os revende na Baixada Fluminense e na
Região dos Lagos.
Negócio
foi fechado pelo valor de R$ 580 milhões. Ebba, dona da Maguary e da
Dafruta, foi comprada pela britânica Britvic, que tem negócios com a
PepsiCo.
A fabricante de bebidas britânica Britvic ampliou sua
expansão internacional nesta quinta-feira (23/7) com a compra por 120,8
milhões de libras (R$ 580 milhões) da empresa de sucos brasileira Ebba,
dona das marcas Maguary e Dafruta e um conglomerado pertencente à
família Tavares de Melo.
O grupo britânico é líder em diversas
categorias no segmento de não alcóolicos em países da Europa e conta com
mais de 3 mil colaboradores no mundo todo.
O acordo, que será na
maior parte financiado por emissão de ações, dá à Britvic acesso ao
sexto maior mercado de refrigerantes do mundo e amplia sua expansão
internacional para além de Estados Unidos, Índia e Espanha, destaca a
Reuters.
Em comunicado, a Britvic destacou que a Ebba é a maior
fornecedora de sucos concentrados no Brasil e a segunda maior
fornecedora de sucos e néctares prontos para beber.
A Ebba possui
duas fábricas no Brasil, uma em Araguari (MG) e outra em Aracati (CE).
No mercado internacional, a empresa ocupa a posição de terceiro maior
exportador mundial de polpa de sabores como açaí e acerola e exporta
matéria-prima e sucos para países como Japão, EUA, Alemanha, Holanda e
Inglaterra.
A Britvic disse que pretende ao menos dobrar o lucro
da Ebba e crescer significativamente a margem bruta até 2020, investindo
em marcas como Maguary e Dafruta, e levando os produtos da Britvic ao
Brasil.
A empresa, que viu seus negócios britânicos afetados pela
guerra de preço nos supermercados e deflação, reportou aumento de 1%
nas receitas do grupo, para 322,3 milhões de libras nas 12 semanas até 5
de julho, seu terceiro trimestre fiscal, segundo a Reuters.
A Britvic reúne um portfólio de mais de 30 marcas e parceira da PepsiCo desde 1987.
O agrião é
uma verdura originária do sudeste da Ásia que possui um sabor levemente
picante e uma série de benefícios para a saúde, entre eles, o de
auxiliar no bom funcionamento do fígado e do sistema digestivo, no
combate aos resfriados e na formação dos ossos. O preço do agrião pode
ser encontrado no mercado das Centrais de Abastecimento do Espírito
Santo (Ceasa/ES) a R$2,27 o quilo.
As vitaminas presentes no
agrião auxiliam os sistemas de defesa, protegendo assim o organismo
contra infecções causadas por vírus e bactérias, por isso é indicado o
consumo desse alimento para combater resfriados e gripes. Pode também
aliviar os sintomas desses problemas, já que descongestiona os pulmões,
eliminando mucos e melhorando a respiração. Esse alimento também é rico
em vitamina B6, nutriente que participa de neurotransmissores como a
serotonina e dopamina, que dão a sensação de bem-estar, aumentando a
concentração e prevenindo a perda de memória.
Segundo a
nutricionista Matilde Alves, a vitamina C atua como um poderoso
antioxidante que ajuda a prevenir o câncer e estimula o sistema
imunológico. “Além disso, o consumo de produtos que possuem a vitamina C
auxiliam no combate a resfriados e também pode ser um tratamento eficaz
para o escorbuto e catarata. A vitamina A presente no agrião aumenta a
imunidade e atua na saúde dos olhos, da pele, dos ossos e dos dentes.
Além de vitaminas, o agrião tem boas quantidades de minerais como ferro,
magnésio, potássio e cálcio”, disse a nutricionista.
Curiosidades
Ao
escolher os maços, procure os que tiverem folhas frescas de cor verde
escura, sem áreas amareladas ou pontos escurecidos. Os talos devem estar
firmes e quebradiços. Tenha cuidado ao manusear os maços, pois as
folhas se rasgam com facilidade e os talos escurecem e apodrecem
rapidamente quando danificados. A presença de flores e pequenos frutos
verdes não prejudica a qualidade do agrião para consumo.
Quando
armazenado em temperatura ambiente dura apenas um dia. Ele pode ser
armazenado como flores, em um vaso com água para manter suas raízes
úmidas, mas deve ser mantido em refrigeração. Outra opção é lavar e
armazenar em potes ou sacos plásticos por até três dias.
Economia
No
Espírito Santo o município destaque na comercialização é Santa Maria de
Jetibá que é responsável por 71,75%, em seguida vem Marechal Floriano
com 13%. Outros municípios como Alfredo Chaves, Cariacica, Itarana,
Santa Leopoldina, Afonso Cláudio e Domingos Martins também participam
positivamente da oferta de agrião na Ceasa.
De janeiro a junho de
2015, circularam no entreposto central, localizado em Cariacica, 62.889
quilos de agrião, totalizando uma movimentação financeira de R$
151.592,15.
Quem estivesse
assistindo ao telejornal RJTV, segunda edição, da Rede Globo fluminense,
na quarta-feira (22/7) ficaria apavorado pelo modo como foi conduzida a
reportagem sobre o aumento da inflação no Rio de Janeiro, com base no
Índice de Preços ao Consumidor Amplo da quinzena (IPC-15),
principalmente no que se refere aos alimentos. A matéria mostra que
este é maior índice registrado desde 2003, apontando, no geral, uma
inflação de 7,19% - ou, 0,38% na primeira quinzena de julho.
Passeando
por uma feira da Zona Sul, pequena por sinal, o repórter foi contando
na matéria que a cenoura teria subido 23,67%, o alho (26,42%), repolho
(32,8%), batata (43,72%), tomate (49,47%); inhame,beterraba (61,10%),
cebola (164,29%), o maior índice, segundo o texto. E tinha também o filé
de merluza (29,67%), o destaque na classificação de pescados. Falaram
ainda com um camelô que vendia 7 cabeças de alho por R$ 10, e três
cabeças por R$ 5.
Pois bem, nesta quinta-feira, no entanto o que
vimos em alguns sacolões da capital carioca foi uma espécie de baixa
nos preços dos legumes e etc. Em um "sacolão" existente no bairro da
Freguesia, Ilha do Governador, o quilo do tomate estava a R$ 1,98, por
exemplo (misturado entre grandes, do tipo salada, e pequenos).
Então,
resolvemos fazer uma avaliação no registro de preços, divulgado
diariamente pela diretoria técnica da Ceasa Grande Rio. Constatamos que a
caixa do tomate longa vida, com 22 kg, estava sendo vendida a R$ 35, o
grande; e R$ 20, o pequeno. Mas, no primeiro dia de julho, a caixa do
tomate estava sendo vendida a R$ 50, o grande; e R$ 25, o pequeno. Cadê
a inflação? Nesse caso, houve uma deflação no preço do legume nesses
quinze dias do mês, não é mesmo? Tem alguma coisa errada nisso, e a TV
Globo embarcou numa canoa furada, ao apresentar o resultado de uma
reportagem que deveria ter outro foco: a especulação de preços ao
consumidor, por parte de feirantes, donos de sacolões e de
supermercados.
Na verdade, a comida não estaria mais cara no
atacado, mas no varejo, atacando o bolso do consumidor por vários
motivos: alta na conta de energia elétrica, impostos. No caso dos
feirantes, a questão seria outra, mas de ganância, ao continuarem se
aproveitando de uma onda. A desculpa é que não estão vendendo como
vendiam antes, por conta dos "sacolões". Mas, com preços altos, aí é que
não irão vender nunca.
Outro exemplo, a batata. A saca de 50
quilos do produto estava sendo vendida entre R$ 95, no primeiro dia de
julho, na Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte do Rio, a maior do estado
e a segunda maior do país. Ontem, a mesma saca do produto, fora
negociada entre R$ 70 e R$ 80, dependendo do tamanho da batata. O que
aconteceu foi uma queda no preço na primeira quinzena do mês.
Em
dois casos constatamos aumentos, sem o absurdo anunciado, no entanto: a
cebola e o alho importado. A caixa do alho cinês, com 10 kg, custava
ontem R$ 110 - cerca de R$ 10 a mais em relação ao primeiro dia do mês;
e a saca da cebola nacional, com 20 kg, entre R$ 80 (RS) e R$ 85 (SC).
Também com uma variação, para cima, de R$ 10. Como contabilizaram o
aumento de 43,72%, no preço da batata; e de R$ 164,29%, no preço ao
consumidor da cebola?
Se os preços tivessem sido tomados em
relação ao período de um ano, seria bem lógico. Nós divulgamos aqui no
portal uma análise feita nos preços pela CeasaMinas que constatou, por
exemplo, mais de 200% na alta de preços em relação à cebola.
De
acordo com aquela central de abastecimento, o tomate negociado lá teve
um reajuste de 24,15%, no período de um ano; e uma deflação de - 41,22%
entre maio e junho de 2015. O alho importado sofreu reajuste de 19,75%; e
a batata lisa, 12,22% em um ano.
Para fazer a matéria, a
reportagem fluminense tomou por base a fonte IPCA-15, que induziu ao
erro e confunde a cabeça do consumidor.
E mesmo assim, como nós
fizemos, vale fazer uma análise em relação a queda de preços de vários
produtos, verificada no período recente.
E tinha uma coisa pior:
no caso do filé de merluza, tem supermercados vendendo o pacote de meio
quilo a quase R$ 20, depois que o produto sumiu das prateleiras quando
era vendido a granel.

O Programa Café Sustentável é uma iniciativa mundial com o objetivo de aumentar o uso de práticas sustentáveis na produção e melhorar o nível de vida dos cafeicultores. Em Rondônia essa ação está sendo coordenada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) e, para apresentar as ações a serem desencadeadas, o coordenador do Programa, Pedro Ronca, da P&A Marketing explanará sobre o tema, às 15h desta terça-feira (21), no auditório da Emater.
Vários países já fomentaram o Programa Café Sustentável através da Parceria Público-Privada (PPP), que contam com as principais indústrias ligadas à compra e certificação de café. No Brasil, essa iniciativa chegou em 2012, coordenada pela empresa P&A Marketing. Para execução das ações, reuniu-se as instituições de serviços de extensão rural dos principais estados produtores de café brasileiro, para dar início a um grupo de trabalho. Entre elas estão: Emater-MG, Incaper (ES), Cati (SP), Emater-PR e Emater-RO.
Desse grupo de trabalho surgiu um documento norteador das ações com vistas à melhoria da sustentabilidade da cafeicultura tendo por base o tripé social, ambiental e econômico. Chamado de Currículo da Sustentabilidade do Café (CSC), o documento trata dos temas centrais e fundamentais para a atuação em sustentabilidade, tanto do produtor como do técnico/extensionista, tornando-se uma referência comum para aplicação nas propriedades do café.
Durante o lançamento do Programa Café Sustentável, no dia 21 de julho, será também celebrado um Termo de Cooperação Técnica entre a Emater-RO e o programa. Esse termo de cooperação visa fornecer o material didático e capacitação técnica aos extensionistas que serão multiplicadores da ação. “Já temos as datas das capacitações marcadas para serem realizadas nos dia 1 e 2 de setembro, próximo”, diz Janderson Dalazen, gerente técnico da Emater-RO.
Ele explica ainda que o café de Rondônia encontra-se, hoje em um excelente cenário e salienta que, a produção de café pulo de 1,4 milhões de sacas/ano em 2014, para 1,8 milhões de sacas/ano em 2015, dados esses levantados pela Emater-RO e confirmados através de publicação pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Esse aumento se deve às boas condições climáticas favoráveis que o estado vem apresentando e à adoção de novas tecnologias, principalmente com utilização de mudas de origem clonal, adubação e irrigação”.
Ainda segundo o gerente da Emater-RO, o produtor que atingir um bom cumprimento do conteúdo do CSC será mais sustentável e aquele que produzir efetivamente, de maneira mais sustentável obtém maior lucro no curto, médio e longo prazo. Outro benefício é que o produtor que adotar essas recomendações estarão seguindo os critérios exigidos pelos certificadores internacionais e abrirá suas portas para novos mercados consumidores.
O lançamento será realizado às 15 horas, no auditório da Emater/Central, em Porto Velho e deverá contar com a presenças de autoridades governamentais e ligadas ao setor produtivo.