sexta-feira, 24 de julho de 2015
Mineira de sucos Maguary, infelizmente, vai falar inglês
Negócio foi fechado pelo valor de R$ 580 milhões. Ebba, dona da Maguary e da Dafruta, foi comprada pela britânica Britvic, que tem negócios com a PepsiCo.
A fabricante de bebidas britânica Britvic ampliou sua expansão internacional nesta quinta-feira (23/7) com a compra por 120,8 milhões de libras (R$ 580 milhões) da empresa de sucos brasileira Ebba, dona das marcas Maguary e Dafruta e um conglomerado pertencente à família Tavares de Melo.
O grupo britânico é líder em diversas categorias no segmento de não alcóolicos em países da Europa e conta com mais de 3 mil colaboradores no mundo todo.
O acordo, que será na maior parte financiado por emissão de ações, dá à Britvic acesso ao sexto maior mercado de refrigerantes do mundo e amplia sua expansão internacional para além de Estados Unidos, Índia e Espanha, destaca a Reuters.
Em comunicado, a Britvic destacou que a Ebba é a maior fornecedora de sucos concentrados no Brasil e a segunda maior fornecedora de sucos e néctares prontos para beber.
A Ebba possui duas fábricas no Brasil, uma em Araguari (MG) e outra em Aracati (CE). No mercado internacional, a empresa ocupa a posição de terceiro maior exportador mundial de polpa de sabores como açaí e acerola e exporta matéria-prima e sucos para países como Japão, EUA, Alemanha, Holanda e Inglaterra.
A Britvic disse que pretende ao menos dobrar o lucro da Ebba e crescer significativamente a margem bruta até 2020, investindo em marcas como Maguary e Dafruta, e levando os produtos da Britvic ao Brasil.
A empresa, que viu seus negócios britânicos afetados pela guerra de preço nos supermercados e deflação, reportou aumento de 1% nas receitas do grupo, para 322,3 milhões de libras nas 12 semanas até 5 de julho, seu terceiro trimestre fiscal, segundo a Reuters.
A Britvic reúne um portfólio de mais de 30 marcas e parceira da PepsiCo desde 1987.
O agrião, um alimento barato e rico em vitaminas
O agrião é uma verdura originária do sudeste da Ásia que possui um sabor levemente picante e uma série de benefícios para a saúde, entre eles, o de auxiliar no bom funcionamento do fígado e do sistema digestivo, no combate aos resfriados e na formação dos ossos. O preço do agrião pode ser encontrado no mercado das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES) a R$2,27 o quilo.
As vitaminas presentes no agrião auxiliam os sistemas de defesa, protegendo assim o organismo contra infecções causadas por vírus e bactérias, por isso é indicado o consumo desse alimento para combater resfriados e gripes. Pode também aliviar os sintomas desses problemas, já que descongestiona os pulmões, eliminando mucos e melhorando a respiração. Esse alimento também é rico em vitamina B6, nutriente que participa de neurotransmissores como a serotonina e dopamina, que dão a sensação de bem-estar, aumentando a concentração e prevenindo a perda de memória.
Segundo a nutricionista Matilde Alves, a vitamina C atua como um poderoso antioxidante que ajuda a prevenir o câncer e estimula o sistema imunológico. “Além disso, o consumo de produtos que possuem a vitamina C auxiliam no combate a resfriados e também pode ser um tratamento eficaz para o escorbuto e catarata. A vitamina A presente no agrião aumenta a imunidade e atua na saúde dos olhos, da pele, dos ossos e dos dentes. Além de vitaminas, o agrião tem boas quantidades de minerais como ferro, magnésio, potássio e cálcio”, disse a nutricionista.
Curiosidades
Ao escolher os maços, procure os que tiverem folhas frescas de cor verde escura, sem áreas amareladas ou pontos escurecidos. Os talos devem estar firmes e quebradiços. Tenha cuidado ao manusear os maços, pois as folhas se rasgam com facilidade e os talos escurecem e apodrecem rapidamente quando danificados. A presença de flores e pequenos frutos verdes não prejudica a qualidade do agrião para consumo.
Quando armazenado em temperatura ambiente dura apenas um dia. Ele pode ser armazenado como flores, em um vaso com água para manter suas raízes úmidas, mas deve ser mantido em refrigeração. Outra opção é lavar e armazenar em potes ou sacos plásticos por até três dias.
Economia
No Espírito Santo o município destaque na comercialização é Santa Maria de Jetibá que é responsável por 71,75%, em seguida vem Marechal Floriano com 13%. Outros municípios como Alfredo Chaves, Cariacica, Itarana, Santa Leopoldina, Afonso Cláudio e Domingos Martins também participam positivamente da oferta de agrião na Ceasa.
De janeiro a junho de 2015, circularam no entreposto central, localizado em Cariacica, 62.889 quilos de agrião, totalizando uma movimentação financeira de R$ 151.592,15.
Preços: pânico desnecessário pela TV
Quem estivesse assistindo ao telejornal RJTV, segunda edição, da Rede Globo fluminense, na quarta-feira (22/7) ficaria apavorado pelo modo como foi conduzida a reportagem sobre o aumento da inflação no Rio de Janeiro, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo da quinzena (IPC-15), principalmente no que se refere aos alimentos. A matéria mostra que este é maior índice registrado desde 2003, apontando, no geral, uma inflação de 7,19% - ou, 0,38% na primeira quinzena de julho.
Passeando por uma feira da Zona Sul, pequena por sinal, o repórter foi contando na matéria que a cenoura teria subido 23,67%, o alho (26,42%), repolho (32,8%), batata (43,72%), tomate (49,47%); inhame,beterraba (61,10%), cebola (164,29%), o maior índice, segundo o texto. E tinha também o filé de merluza (29,67%), o destaque na classificação de pescados. Falaram ainda com um camelô que vendia 7 cabeças de alho por R$ 10, e três cabeças por R$ 5.
Pois bem, nesta quinta-feira, no entanto o que vimos em alguns sacolões da capital carioca foi uma espécie de baixa nos preços dos legumes e etc. Em um "sacolão" existente no bairro da Freguesia, Ilha do Governador, o quilo do tomate estava a R$ 1,98, por exemplo (misturado entre grandes, do tipo salada, e pequenos).
Então, resolvemos fazer uma avaliação no registro de preços, divulgado diariamente pela diretoria técnica da Ceasa Grande Rio. Constatamos que a caixa do tomate longa vida, com 22 kg, estava sendo vendida a R$ 35, o grande; e R$ 20, o pequeno. Mas, no primeiro dia de julho, a caixa do tomate estava sendo vendida a R$ 50, o grande; e R$ 25, o pequeno. Cadê a inflação? Nesse caso, houve uma deflação no preço do legume nesses quinze dias do mês, não é mesmo? Tem alguma coisa errada nisso, e a TV Globo embarcou numa canoa furada, ao apresentar o resultado de uma reportagem que deveria ter outro foco: a especulação de preços ao consumidor, por parte de feirantes, donos de sacolões e de supermercados.
Na verdade, a comida não estaria mais cara no atacado, mas no varejo, atacando o bolso do consumidor por vários motivos: alta na conta de energia elétrica, impostos. No caso dos feirantes, a questão seria outra, mas de ganância, ao continuarem se aproveitando de uma onda. A desculpa é que não estão vendendo como vendiam antes, por conta dos "sacolões". Mas, com preços altos, aí é que não irão vender nunca.
Outro exemplo, a batata. A saca de 50 quilos do produto estava sendo vendida entre R$ 95, no primeiro dia de julho, na Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte do Rio, a maior do estado e a segunda maior do país. Ontem, a mesma saca do produto, fora negociada entre R$ 70 e R$ 80, dependendo do tamanho da batata. O que aconteceu foi uma queda no preço na primeira quinzena do mês.
Em dois casos constatamos aumentos, sem o absurdo anunciado, no entanto: a cebola e o alho importado. A caixa do alho cinês, com 10 kg, custava ontem R$ 110 - cerca de R$ 10 a mais em relação ao primeiro dia do mês; e a saca da cebola nacional, com 20 kg, entre R$ 80 (RS) e R$ 85 (SC). Também com uma variação, para cima, de R$ 10. Como contabilizaram o aumento de 43,72%, no preço da batata; e de R$ 164,29%, no preço ao consumidor da cebola?
Se os preços tivessem sido tomados em relação ao período de um ano, seria bem lógico. Nós divulgamos aqui no portal uma análise feita nos preços pela CeasaMinas que constatou, por exemplo, mais de 200% na alta de preços em relação à cebola.
De acordo com aquela central de abastecimento, o tomate negociado lá teve um reajuste de 24,15%, no período de um ano; e uma deflação de - 41,22% entre maio e junho de 2015. O alho importado sofreu reajuste de 19,75%; e a batata lisa, 12,22% em um ano.
Para fazer a matéria, a reportagem fluminense tomou por base a fonte IPCA-15, que induziu ao erro e confunde a cabeça do consumidor.
E mesmo assim, como nós fizemos, vale fazer uma análise em relação a queda de preços de vários produtos, verificada no período recente.
E tinha uma coisa pior: no caso do filé de merluza, tem supermercados vendendo o pacote de meio quilo a quase R$ 20, depois que o produto sumiu das prateleiras quando era vendido a granel.
terça-feira, 21 de julho de 2015
Café sustentável chega ao Norte do país
O Programa Café Sustentável é uma iniciativa mundial com o objetivo de aumentar o uso de práticas sustentáveis na produção e melhorar o nível de vida dos cafeicultores. Em Rondônia essa ação está sendo coordenada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) e, para apresentar as ações a serem desencadeadas, o coordenador do Programa, Pedro Ronca, da P&A Marketing explanará sobre o tema, às 15h desta terça-feira (21), no auditório da Emater.
Vários países já fomentaram o Programa Café Sustentável através da Parceria Público-Privada (PPP), que contam com as principais indústrias ligadas à compra e certificação de café. No Brasil, essa iniciativa chegou em 2012, coordenada pela empresa P&A Marketing. Para execução das ações, reuniu-se as instituições de serviços de extensão rural dos principais estados produtores de café brasileiro, para dar início a um grupo de trabalho. Entre elas estão: Emater-MG, Incaper (ES), Cati (SP), Emater-PR e Emater-RO.
Desse grupo de trabalho surgiu um documento norteador das ações com vistas à melhoria da sustentabilidade da cafeicultura tendo por base o tripé social, ambiental e econômico. Chamado de Currículo da Sustentabilidade do Café (CSC), o documento trata dos temas centrais e fundamentais para a atuação em sustentabilidade, tanto do produtor como do técnico/extensionista, tornando-se uma referência comum para aplicação nas propriedades do café.
Durante o lançamento do Programa Café Sustentável, no dia 21 de julho, será também celebrado um Termo de Cooperação Técnica entre a Emater-RO e o programa. Esse termo de cooperação visa fornecer o material didático e capacitação técnica aos extensionistas que serão multiplicadores da ação. “Já temos as datas das capacitações marcadas para serem realizadas nos dia 1 e 2 de setembro, próximo”, diz Janderson Dalazen, gerente técnico da Emater-RO.
Ele explica ainda que o café de Rondônia encontra-se, hoje em um excelente cenário e salienta que, a produção de café pulo de 1,4 milhões de sacas/ano em 2014, para 1,8 milhões de sacas/ano em 2015, dados esses levantados pela Emater-RO e confirmados através de publicação pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Esse aumento se deve às boas condições climáticas favoráveis que o estado vem apresentando e à adoção de novas tecnologias, principalmente com utilização de mudas de origem clonal, adubação e irrigação”.
Ainda segundo o gerente da Emater-RO, o produtor que atingir um bom cumprimento do conteúdo do CSC será mais sustentável e aquele que produzir efetivamente, de maneira mais sustentável obtém maior lucro no curto, médio e longo prazo. Outro benefício é que o produtor que adotar essas recomendações estarão seguindo os critérios exigidos pelos certificadores internacionais e abrirá suas portas para novos mercados consumidores.
O lançamento será realizado às 15 horas, no auditório da Emater/Central, em Porto Velho e deverá contar com a presenças de autoridades governamentais e ligadas ao setor produtivo.
Em Minas, tomate deixou de ser o vilão dos preços
Considerado, no ano passado e no início de 2015, como sendo o inimigo dos preços, influindo inclusive nas pesquisas sobre cestas básicas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o tomate parece que "se regenerou" e deixou de ser o vilão mais perseguido pela opinião pública, passando, agora, à condição de "herói", se podemos dizer assim. Isso é o que mostram os dados que constam no documento Informações Conjunturais da CeasaMinas. Em junho passado, o preço do tomate, no atacado, naquela central de abastecimento, sofreu uma queda de 41,26%, se comparado a maio. O quilo do tomate estava a R$ 2,62%, caindo no mês seguinte para R$ 1,54 ( em junho de 2014, o quilo no atacado, custava R$ 1,24). No comparativo de um ano, em igual período, os preços haviam subido 24,15%.
Veja o reajuste na lista de preços médios que separamos:
Tomate longa vida: 24,15% (2014-2015); - 41,22% (maio-junho);
Ábobora moranga: 92,86% (2014-2015); - 5,26% (maio-junho);
Chuchu: 31,71% (2014-2015); - 1,82% (maio-junho);
Pimentão: 6,28% (2014-2015); - 15,06% (maio-junho);
Abóbrinha italiana: 4,84% (2014-2015); - 30,11% (maio-junho);
Jiló: - 3,88% (2014-2015); 2,06% (maio-junho);
Quiabo: 31,74% (2014-2015); - 15,38% (maio-junho);
Pepino: 46,58% (2014-2015); - 15,38% (maio-junho);
Milho verde: 52,94% (2014-2015); 52,94% (maio-junho);
Beringela: 59,02% (2014-2015); 0% (maio-junho).
Análise conjuntural
As cotações médias do Tomate Longa Vida convergiram para média histórica. Em verdade, o produto iniciou o período de safra mais intensa e sua oferta (8.987 ton.) aumentou 6% relativamente a junho de 2014 e15% ante maio do corrente ano. Em movimento tradicional, com exceção de Campo das Vertentes e do estado do Espírito Santo, todas as principais mesorregiões produtoras aumentaram a remessa do produto para comércio no entreposto (Metropolitana de
BH, Oeste de Minas e Vale do Rio Doce.
Em 1 ano preço da cebola aumentou 223,85%, constata CeasaMinas
Documento também acusa Ceasas do Rio de Janeiro e de São Paulo de provocarem a elevação nos preços da batata lisa e da cebola, no atacado, fazendo com que produtores rurais procurem essas centrais da Região Sudeste do país, para negociar os seus produtos e ganhar mais.
O preço da cebola amarela é o grande destaque no estudo de preços elaborado pela diretoria técnica da central de abastecimento de alimentos mineira, no período 2014-2015. Nós, do CeasaCompras, inclusive, havíamos destacado esse reajuste impensável em outros anos, e chegamos a acrescentar que tudo isso ficara por conta dos produtores brasileiros que deixaram de plantar, por conta dos preços baixos verificados em 2013 e início de 2014. Em junho do ano passado, o quilo da cebola custava, no atacado, R$ 1,09; e em junho deste ano, R$ 3,53. Para eles, não interessava e por isso decidiram mudar para outros tipos de cultura. Em junho de 2015, o preço teve uma deflação de apenas 2,75%. Em relação à cebola importada da Argentina, da Holanda, o reajuste apresentado foi de 182,52% no período de um ano, também, e manteve-se em alta no mês passado por conta da variação do dólar: o preço subiu 6,32%.
Então, no campo das hortaliças de raiz, bulbo, tubérculos e rizoma, foi o seguinte os resultados de preços médios encontrados:
Batata lisa: 12,82% (2014-2015); 6,45% (maio-junho);
Cebola amarela: 223,85% (2014-2015); - 2,75% (maio-junho);
Cenoura: 58,02% (2014-2015); - 35,09% (maio-junho);
Mandioca: - 21,43% (2014-2015); - 8,33% (maio-junho);
Batata doce: - 6,40% (2014-2015); 10,27% (maio-junho);
Inhame: - 12,21% (2014-2015); - 7,28% (maio-junho);
Beterraba: 34,34% (2014-2015); - 1,48% (maio-junho);
Cebola importada: 182,52% (2014-2015); 6,32% (maio-junho);
Alho importado: 19,75% (2014-2015); - 6,67% (maio-junho).
Vamos comparar os preços de seis produtos que fazem parte direta da mesa do consumidor, incluindo o da elogiada mandioca, homenageada pela presidente da República Dilma Rousseff. Veja o preço por quilo:
1 - Batata lisa: R$ 1,32 (junho); R$ 1,25 (maio); R$ 1,17 (junho de 2014);
2 - Cebola nacional: R$ 3,53 (junho); R$ 3,63 (maio); R$ 1,09 (junho de 2014);
3 - Cebola importada: R$ 4,04 (junho); R$ 3,80 (maio); R$ 1,43 (junho de 2014);
4 - Cenoura: R$ 1,28 (junho); R$ 1,97 (maio); R$ 0,81;
5 - Mandioca: R$ 0,55 (junho); R$ 0,60 (maio); R$ 0,70 (junho de 2014);
6 - Alho: R$ 8,67 (junho); R$ 9,29 (maio); R$ 7,24 (junho de 2014).
Análise comparativa
As cotações médias da Batata Lisa voltaram a apresentar alta nas duas comparações, sobretudo por pressões de oferta. De acordo com o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola – LSPA, publicado pelo IBGE, de junho, a área cultivada do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba foi menor que a prevista. Também na região houve queda na produtividade decorrente de problemas climáticos do início do ano. De fato, o tradicional recuo do volume da tuberosa proveniente da citada mesorregião foi mais pronunciado, sendo decisivo para a queda total (de 7% relativamente a junho de 2014 e 5% na comparação com maio do corrente ano) na oferta na CeasaMinas (oferta total de 14.232 ton.).
O também tradicional aumento da oferta proveniente do Sul/Sudoeste de Minas e Goiás não foi suficiente para reequilibrar a disponibilidade total. Ademais os altos preços praticados nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro fizeram com que os produtores direcionassem mais produtos àquelas praças. Embora tenha permanecido 8% abaixo do observado no mesmo mês de 2014, a oferta de Cebola Amarela (4.867 ton.) aumentou 37% ante maio último. Em verdade, o bulbo entra em período de safra no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, e a oferta da mesorregião expandiu-se consideravelmente no entreposto, bem como a presença da produção de Goiás, Bahia, São Paulo e Pernambuco. Sobretudo em razão deste fato.
Comparado a Minas, preço das frutas no Rio beira o absurdo
Na pesquisa de preços sobre as frutas brasileiras, feita pelo departamento técnico da CeasaMinas podemos notar uma discrepância em relação a alguns preços praticados por outras centrais de abastecimento da Região Sudeste, e também nos supermercados, "sacolões" e feiras livres da capital fluminense, por exemplo. Um deles é em relação ao abacaxi, que está sendo vendido a R$ 1,29 o quilo - preço referência da central mineira de Belo Horizonte. Em maio passado, a fruta custava R$ 1,57, e em igual período de junho de 2014 (R$ 1,56). Enquanto isso, aqui no Rio, o produto tem o preço variando entre R$ 3,50 e R$ 5. Um verdadeiro absurdo.
O mesmo acontece com o preço da laranja pêra, que está custando R$ 1,98 em alguns "sacolões" cariocas, mas que em Minas Gerais, com todo os problemas econômicos, climáticos, o quilo da fruta está custando apenas R$ 0,83. Em igual período do ano passado o preço era de R$ 0,68. A tangerina ponkan, que está em safra, é outro exemplo gritante de preços, praticados entre Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Enquanto que na capital carioca o preço atinge pouco mais de R$ 2 o quilo; o preço da fruta na capital mineira sai por R$ 0,76, na central de abastecimento de lá.
Para o consumidor traçar uma comparação, preparamos o reajuste médio dos preços de sete frutas nacionais no período de um ano, e entre maio e junho passado. Veja:
Laranja pêra: 22,06% (20014-20015); - 10,75% (maio-junho 2015);
Banana prata: - 1,48% (2014-2015); 1,52% (maio-junho);
Maçã: -12,64% (2014-2015); 5,07% (maio-junho);
Tangerina Ponkan: -21,05% (2014-2015); - 15,49% (maio-junho);
Abacaxi: 20,93% (2014-2015); - 0,64% (maio-junho);
Limão Tahity: 16,13% (2014-2015); 6,93% (maio-junho);
Melão: 77,43% (2014-2015); - 0,74% (maio-junho).
Análise mineira
Seguindo o movimento tradicional, a cotação média da Laranja Pêra recuou no entreposto,
embora mantendo-se em níveis ligeiramente superiores à media histórica.
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A oferta (8.474 ton.) aumentou 6% relativamente a junho de 2014 e 5% na comparação com maio último.
Com exceção de Campinas, as principais mesorregiões produtoras paulistas verteram mais frutas para a CeasaMinas. A oferta mineira recuou. De acordo com a revista “Hortifruti” publicada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea da Universidade de São Paulo – USP, o baixo estoque de suco ampliou a demanda do produto para a indústria, com antecipação das aquisições.
O preço da Banana Prata aumentou ligeiramente no entreposto ante maio. A oferta (6.314 ton.) foi 15% superior à de junho passado e aumentou 3% relativamente a maio do corrente ano.Também segundo o Cepea, havia exatamente a previsão de que os preços permanecessem elevados face ao tardio aumento da oferta baiana. Ainda sim, a oferta daquele estado aumentou no entreposto, o volume do Norte de Minas permaneceu estável e houve queda na quantidade da fruta da mesorregião Metropolitana de BH. Durante todo o ano, o preço da Banana Nanica tem se mantido abaixo da média histórica e do registrado em 2014, tendo, contudo, acompanhado o movimento. O volume ofertado (4.977 ton.) aumentou 14% em relação ao mesmo mês de 2014, revelando que a disponibilidade do produto
segue forte no entreposto no presente ano. Ante maio, houve um recuo de 3%. Esta redução foi tracionada sobretudo pela queda do produto da mesorregião Metropolitana de BH. Ainda segundo o Cepea, a Banana Nanica tem concorrido com outras frutas de época, reduzindo a demanda.
A oferta da Maçã (4.503 ton.) recuou 7% em relação a junho anterior e 12% ante maio do presente ano. A menor remessa gaúcha motivou a queda total, mesmo com aumento da presença do produto catarinense e paranaense. O preço médio aumentou levemente, mas permaneceu abaixo da média, conforme a bianualidade tradicional. Desde 2001, não se registrava uma oferta mensal tão robusta de Tangerina Ponkan na CeasaMinas (4.045 ton.), protagonizado sobretudo pela remessa da mesorregião Metropolitana de BH. Principalmente
pressionado pela oferta.
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