domingo, 3 de maio de 2015

Economia de água nas lavouras pode chegar a 70%

                               

Sistema, criado em Israel e que evita desperdício ao irrigar direto a raiz da planta, foi apresentado em feira de agricultura. Lavouras brasileiras consomem 72% da água do país, diz ANA.

Do G1

Coordenador de plantio em uma usina de açúcar e etanol na região de Ribeirão Preto (SP), o engenheiro agrícola Matheus Uzelotto esteve na 22ª Agrishow em busca de alternativas tecnológicas para enfrentar um dos maiores desafios da agricultura nos últimos anos: economizar água - dados divulgados no último mês pela Agência Nacional de Águas (ANA) apontam que a irrigação é responsável por 72% do consumo de água no Brasil.
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Em 2014, a usina em que Uzelotto trabalha investiu cerca de R$ 600 mil em um sistema de irrigação por gotejamento - em que uma tubulação subterrânea ou instalada sobre o solo deposita as gotas de água diretamente na raiz da planta. O método foi aplicado em 100 hectares de canavial e os primeiros resultados já começaram a ser literamente colhidos.

“A gente ainda está avaliando o primeiro corte da cana, mas a produtividade aumentou cerca de 30%. Se a expectativa continuar boa, que é o que a gente espera, a ideia é aumentar a área de irrigação por gotejamento”, diz Uzelotto, destacando que a economia de água por esse método chega a 70%.

Considerado um dos mais eficientes sistemas de irrigação da atualidade, o gotejamento foi desenvolvido há 50 anos em Israel e trazido para o Brasil na década de 1990. De lá para cá, o sistema foi aperfeiçoado e já está sendo aplicado, de forma pioneira, no cultivo de arroz, que geralmente utiliza irrigação por inundação. O resultado é a economia de até um terço de água nessas lavouras.

O engenheiro agrônomo Daniel Pedroso explica que apenas um produtor no Rio Grande do Sul está implantando a nova técnica, mas os primeiros resultados mostram que houve aumento de produtividade de 7,5 toneladas para 12 toneladas de arroz por hectare.

“Quando você inunda uma área, acaba tirando o oxigênio do solo e a planta precisa desse oxigênio para poder produzir mais. Pelo sistema de gotejamento, você permite uma relação perfeita entre a quantidade de água necessária e o oxigênio”, afirma Pedroso.
O engenheiro agrônomo explica sobre as vantagens da irrigação por gotejamento (Foto: Érico Andrade/G1)
Daniel Pedroso explica sobre  vantagens da
irrigação por gotejamento (Foto: Érico Andrade/G1)

Gota por gota

O sistema de gotejamento é simples: depois de passar pelo encanamento, a água chega às mangueiras de irrigação - que são mais finas - e é aplicada diretamente na terra, em baixa vazão e pressão. Isso possibilita que boa parte não evapore antes de chegar à raiz, como acontece pelo método comum de aspersão - em que os jatos são lançados sobre a plantação, como se fosse chuva.

“Além disso, em regiões onde venta muito, parte dessa água é levada para fora da lavoura. Em algumas culturas, também existe um problema que a gente chama de efeito guarda-chuva: a água cai sobre a folha da planta e não chega à raiz. Por isso, o gotejamento evita o desperdício”, afirma Pedroso.

O sistema permite ainda a utilização de fertirrigação, que é a aplicação de fertilizantes na lavoura por meio da água irrigada. “É possível controlar quando a plantação vai ser irrigada, quanto de água vai ser utilizado, que zona da lavoura você quer irrigar, tudo automatizado”, diz o engenheiro.

Pedroso não nega que o método de gotejamento é mais caro para ser implantado, em comparação com a aspersão, que é mais comum. Entretanto, afirma que o valor pode ser recuperado em até três anos. “Como você acaba produzindo mais e a longevidade da sua cultura é maior, isso acaba sendo diluído ao longo do tempo. No caso do café, por exemplo, às vezes o sistema se paga até no mesmo ano.”
Mais barato, sistema de irrigação por microarpersão também aparece como alternativa (Foto: Érico Andrade/G1)
Mais barato, sistema de irrigação por microarpersão também aparece como alternativa (Foto: Érico Andrade/G1)

Economia de preço

Mais barato, o sistema de microaspersão também aparece como alternativa aos agricultores preocupados com o desperdício de água na irrigação de suas lavouras. Apesar de não ser tão eficiente quanto o gotejamento, o método acaba sendo mais econômico que a aspersão comum, porque lança jatos d’água mais finos sobre a lavoura.

“Ele tem eficiência de irrigação de 90% porque a perda com evaporação é menor, e também consome pouca energia [elétrica], já que não precisa de bomba. O sistema funciona com a força da gravidade”, explica o engenheiro agrônomo Matheus Nitta, destacando que os tanques com água precisam ser instalados a dois metros de altura do solo.

Fabricada em polietileno, uma espécie de plástico flexível, a tubulação para microaspersão é furada a laser e projetada para que os jatos atinjam até 2,5 metros de distância. “A durabilidade é maior porque é mais resistente e tem proteção contra raios UV. Além disso, é mais prático, até dona de casa pode instalar”, afirma Nitta.

Tomate a R$ 6,98 o quilo, nos "sacolões" do Rio

                              

Consumidor do Rio de Janeiro está sendo lesado no preço.


Há mais de duas semanas temos visto o preço do tomate lá no alto, principalmente nas feiras livres e "sacolões", sem qualquer explicação verdadeira. Muitos culpam o alto preço da caixa do legume, com 22 quilos, que antes chegou a R$ 70 e agora, até esta quinta-feira, antes do feriado, manteve o preço de R$ 50 para o tipo Longa Vida AA, que é aquele tomate salada bonito que vende no supermercado. Mas, se prestarmos atenção no tomate vendido em outros lados, como esses que nós citamos acima, veremos que os comerciantes estão "fraudando" as vendas ao misturar os tipos de tomate, entre grandes, que são mais caros, e os pequenos, que formam maioria. Uma caixa de 22 quilos com o tomate pequeno, aquele mais vermelhinho e nutritivo, está custando na Ceasa do Irajá, na capital fluminense, apenas R$ 20. Ou seja, o consumidor carioca está sendo lesado.

No Espírito Santo, o quilo do tomate está saindo da Ceasa da Grande Vitória ao preço de R$ 2,21, o chamado tomate salada, e R$ 1,17, o pequeno.  Na Ceasa Minas, mas especificamente a maior delas, em Belo Horizonte, a caixa com 20 kg de tomate está sendo vendida a R$ 40. Na Ceagesp, maior mercado da América Latina, situada em São Paulo, o preço por quilo também é alto: R$ 4,61. Na central de abastecimento de Porto Alegre (RS), o preço do tomate sai por R$ 3,35 e R$ 4, o tipo considerado Paulista.

Em um estudo técnico produzido pela Ceasa Minas, que estaremos apresentando numa reportagem exclusiva, o tomate Longa Vida é cotado com preço em queda:15.26% no período de um ano. E entre fevereiro e março deste ano, os preços cairam mais 15%, em um mês apenas. A Central de Abastecimento mineira afirma que o preço do tomate vem acompanhando o movimento da média histórica daquele mercado, mas em níveis inferiores (baixando de preço). Afirma o documento que houve uma oferta de 9% de tomates entre março de 20014 e março de 2015, num total de 9.517 toneladas.

O documento, no entanto, faz um alerta em relação aos preços do produto verificados em São Paulo: " A entresafra e as chuvas pressionaram os preços do mercado paulista, segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômico)".

E no Rio de Janeiro, que tinha no município de Paty do Alferes, na Região Serrana, como o maior produtor de tomate do estado, o que está acontecendo? Afirmam que muitos estão abandonando a lavoura enquanto outros culpam a tirania dos supermercados, que preferem comprar só os tomates graúdos, o que faz com que toneladas de produtos sejam jogadas fora por que o tamanho não tem serventia. O estado, agora, chega a ponto de comprar tomate em São Paulo, o que não acontecia faz tempo. Mesmo assim, o preço não está tão alto, e está sendo manipulado por feirantes e donos de "sacolões".

Um outro dado preocupante e agravante: terras férteis no estado estão servindo para construções dos conjuntos que fazem parte do programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal. Numa demagogia sem fim, já que ficam muito distantes dos centros urbanos. Enquanto isso, a lavoura padece.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Governo tirando a alegria do pobre




               

Tributos sobre cerveja e refrigerante sobem cerca de 10% em maio

Decreto regulamenta novo modelo de tributação. Decisão de repassar essa alta para os preços depende dos fabricantes.

Um decreto presidencial publicado no “Diário Oficial da União” desta quinta-feira (30) regulamenta o novo modelo de tributação do setor de bebidas frias – que engloba cervejas, refrigerantes, águas, energéticos e isotônicos – com validade a partir de maio. A lei 13.097, que trouxe essas alterações, foi publicada em janeiro de 2015.

De acordo com a Receita Federal, haverá um aumento médio da tributação dos produtos em cerca de 10% a partir de maio. O Fisco explicou que a decisão de repassar essa alta dos tributos para os preços depende dos fabricantes. A expectativa do governo é de arrecadar R$ 868 milhões a mais neste ano, R$ 2,05 bilhões em 2016, R$ 2,31 bilhões em 2017 e R$ 3,26 bilhões em 2018 com o novo modelo de tributação.

A Receita Federal informou que as alíquotas atuais, que subirão a partir de maio, estavam paradas há anos e que a sistemática anterior gerava distorções para as empresas. De acordo com o Fisco, as alíquotas têm de ser atualizadas de tempos em tempos. O órgão explicou que as mudanças foram fruto de conversas com representantes do setor de bebidas frias.

Procurada pelo G1, a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) destacou que as negociações com o novo modelo vinham sendo feitas desde o ano passado, o que deu tempo para os fabricantes se programarem.

"O novo modelo traz melhorias e avanços, já que implica em simplificação do sistema tributário e, mais importante, garante previsibilidade dos negócios tanto para o governo quanto para o setor. Haverá um impacto para o setor com aumento da arrecadação para o governo, mas que, em nome da previsibilidade do novo sistema tributário, poderá ser absorvido pelo mercado", afirmou a CervBrasil.

O preço subiu 12% em 12 meses até março, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Já a inflação no período, medida pelo índice, ficou em 6,61%.

No acumulado nos 3 primeiros meses de 2015, o preço da cerveja subiu 1,41%, abaixo da inflação, que ficou em 3,58%.

Já o preço do refrigerante, segundo a Fipe, subiu 2,56% no acumulado no ano até março e 9,24% em 12 meses.

Novas alíquotas

Com a nova regulamentação, as alíquotas incidentes sobre a fabricação e importação de bebidas frias serão de 2,32% para o PIS/Pasep e de 10,68% para a Cofins. Para as vendas feitas pelos varejistas, a alíquota será de 1,86% para o PIS/Pasep e de 8,54% para a Cofins.

No caso do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), o recolhimento será feito na produção, com alíquota de 6% para cervejas e de 4% para as demais bebidas frias.

O Fisco informou ainda que o decreto publicado nesta quinta-feira estabelece o conceito de cerveja especial e chope especial, para fins de redução das alíquotas do IPI, da Contribuição para o Pis/Pasep e da Cofins.

Também estabelece que o varejista, em início de atividade, poderá ser beneficiado pelas reduções de alíquotas na aquisição das bebidas e institui obrigações acessórias (declarações) a serem adotadas pelo estabelecimento da pessoa jurídica que vender para pessoa jurídica varejista ou ao consumidor final

O decreto também disciplina, segundo a Receita Federal, o aproveitamento de créditos do IPI para as bebidas em estoque no dia 30 de abril de 2015, último dia de vigência do regime tributário anterior para o setor de bebidas frias.

Governo incentiva produtores de pescado do Médio Paraíba fluminense


                         


Município de Barra do Piraí vem se destacando na produção de tilápia, alevinos e agora querem couro de peixe para roupas e outros objetos.

Com recursos hídricos abundantes e temperatura média da água ideal para o cultivo de peixes, o município de Barra do Piraí possui forte potencial aquícola. A constatação foi feita pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, José Luis Anchite, e pelo presidente da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj, vinculada à secretaria), Essiomar Gomes, em visita a propriedades rurais da cidade. Trata-se de mais uma frente de interação com o setor e de conhecimento da estrutura da Fundação - que mantém na região o Escritório Regional Médio Paraíba, com sede em Piraí e atendendo outros 10 municípios. Na ocasião, foram articuladas junto aos produtores ações de fomento à atividade, como a realização de cursos, oficinas e palestras para qualificação de mão de obra e criação de uma cadeia de fornecedores locais.

Formada ainda pelo biólogo marinho Augusto Pereira, diretor de Pesquisa e Produção da Fiperj, e pelo secretário de Agricultura de Barra, Henrique Maracajá, a comitiva visitou na última semana duas propriedades, incluindo a de produção de tilápias dos sócios Márcio Carielo, de 29 anos, Márcio Alonso, de 54, e Joe Sousa, 67.

Localizada no distrito de Ipiabas, a Fazenda Onça Parda possui 7,5 hectares, sendo 4 ha de água, e produz sete toneladas do peixe vivo por mês. A produção em tanques-redes começou há dois anos e está em plena expansão. Segundo Carielo, a expectativa é produzir a partir de outubro alevinos (filhotes) da espécie. O empreendimento possui uma unidade de beneficiamento e comercialização de pescado já com o selo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE).

Curso - Entre as principais necessidades do setor destacadas pelos produtores está a qualificação de mão de obra local. Para tanto, está sendo articulada já para o próximo mês a realização de um curso de Boas Práticas em Manipulação e Beneficiamento Artesanal do Pescado, em parceria com o município e o empreendimento aquícola.


- A Fiperj nos auxiliou na instalação do empreendimento e contamos com a consultoria do médico-veterinário Marciel Guelere, que é ex-funcionário da Fundação. Também estamos pensando em recorrer a um financiamento para expandir nosso negócio, e a instituição vai ajudar na elaboração de uma proposta de acesso a linhas de crédito, nos orientando ainda na questão da legalização - disse o produtor Márcio Carielo.

Outras ações - O grupo discutiu também a criação de uma cadeia de fornecedores locais (formada por pequenos, médios e grandes produtores), contribuindo para a expansão das atividades na região e a ampliação da unidade de beneficiamento, visando a produção de carne mecanicamente separada (CMS) para fabricação de bolinhos e hambúrgueres de peixe, entre outros produtos. Outro objetivo é o reaproveitamento do couro da tilápia para a fabricação de roupas e artesanatos, capacitando e gerando renda para mulheres da região, e fomentando ainda o turismo local, uma vez que Ipiabas fica a caminho de Conservatória, a conhecida Terra da Seresta.

- Nossa meta é buscar e fortalecer parcerias com a iniciativa privada, com os ministérios e as prefeituras para darmos continuidade a projetos existentes e pensarmos junto ao setor novas ações de fomento à pesca e à aquicultura, impulsionando o desenvolvimento regional. Não há como não pensar no investidor do interior porque é ele a principal alavanca do crescimento do nosso estado - disse o secretário de Estado José Luis Anchite, deputado e ex-prefeito de Barra do Piraí. 

Rúcula, uma importante aliada para a saúde


                            
             
Sucesso entre os adeptos da comida light, ela auxilia na visão, prevenção do câncer e é antioxidante. A rúcula é de origem asiática e possui uma série de substâncias boas para a saúde, entre elas as vitaminas A, C e K. Na Ceasa do Rio de Janeiro, a verdura está sendo vendida a R$ 3, o molhe com cinco.

A rúcula é um alimento de sabor exótico de origem asiática e possui uma série de substâncias boas para a saúde, entre elas as vitaminas A, C e K. Ela ainda auxilia na perda de peso, prevenção do câncer e atua como antioxidante, sendo também ótima para a visão. No mercado das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), a hortaliça custa em média R$ 2,78 o quilo. Nos primeiros três meses do ano circularam para venda no local cerca de 31.082 quilos.

As vitaminas A e C ajudam a aumentar a imunidade do corpo e são ótimas para os olhos, pele, ossos e dentes. A Vitamina C é conhecida como um poderoso antioxidante, que ajuda a prevenir o câncer e estimula o sistema imunológico. A vitamina também ajuda a prevenir a degeneração macular, evitando assim a catarata nos olhos. A rúcula possui uma grande quantidade de vitamina K. O consumo diário dessa vitamina leva à diminuição dos riscos de fraturas ósseas. A rúcula também é uma boa fonte de cálcio, ferro, potássio, manganês e fósforo, todos os minerais essenciais que oferecem benefícios à saúde.

Segundo a nutricionista Matilde Alves, a rúcula possui antioxidantes que auxiliam na redução do risco de vários tipos de câncer e de doenças cardiovasculares. “Essas substâncias também ajudam a retardar o desenvolvimento de algumas doenças relacionadas ao envelhecimento. Entre as propriedades benéficas da rúcula, encontram-se o betacaroteno, o cálcio, o ferro, o potássio, o manganês e o fósforo, todos os minerais essenciais à saúde. A vitamina K da rúcula ajuda na fabricação de proteínas que regulam a coagulação do sangue, “relata a nutricionista.


Curiosidades

O ideal é comprar a rúcula na quantidade certa para o consumo imediato, pois sua durabilidade é pequena. A rúcula deve conter folhas verdes e firmes. Fora da geladeira a folha dura no máximo um dia, desde que o local esteja bem fresco. Na geladeira, em saco plástico ou vasilha com tampa, a rúcula dura cerca de quatro dias. Se as folhas já foram lavadas, seque-as totalmente antes de guardar. Quando as folhas começam a murchar, podem ser usadas, assim como os talos, em sopas de legumes. As folhas são utilizadas em saladas e são combinadas com tomate seco, muçarela de búfala, figo fresco e manga.

Sabendo de todos os benefícios dessa hortaliça, a melhor dica e consumi-la de uma forma bem saborosa.

Omelete de rúcula
Ingredientes
3 ovos
3 colheres (sopa) de leite
1/2 xícara de rúcula
1/3 xícara de queijo ralado
1/2 colher (chá) de pimenta-do-reino
Sal a gosto

Modo de preparo

Bata os ovos com o leite e o sal até ficar bem leve. Esquente um pouco de óleo numa frigideira e despeje o ovo batido. Doure o omelete de um lado, vire, coloque a rúcula e o queijo no meio, tempere com sal e pimenta e deixe o queijo derreter. Sirva em seguida
Informações à Imprensa:

Conhece a taioba?



                             

A verdura é uma excelente fonte de vitamina A, B1 e B2, cálcio, fósforo, ferro e proteínas.

A folha da taioba possui sabor suave e é uma excelente fonte de vitamina A. Além disto, o vegetal contêm também vitamina C e minerais como ferro, potássio e manganês. No mercado das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES) o preço do vegetal custa em média R$3,57 o quilo, enquanto que na Ceasa do Irajá, no Rio, ela estava sendo vendida nesta quarta-feira (29/4) a R$ 1, apenas.

A vitamina A, encontrada na taioba, auxilia na visão, ajuda a manter a integridade e as células da pele, ajuda no crescimento de cabelos, atua como antioxidante e na prevenção do câncer. A vitamina C atua como resposta imunitária às células do organismo, ajuda no crescimento saudável das células dos ossos e auxilia na utilização eficiente do ferro.

O talo da taioba é ricamente constituído por carboidratos, porém não é tão consumido quanto as folhas pelos brasileiros. Na composição do vegetal encontram-se ainda cálcio, fósforo, ferro, proteínas, e vitaminas B1, B2.

Tanto o talo quanto as folhas apresentam os mesmos elementos, apenas em proporções diferentes. O valor energético para cada 100g de talo é de 24 calorias, enquanto que nas folhas, são 31 calorias para as mesmas 100g.

Segundo a nutricionista Matilde Alves, a taioba fornece em cada 100g do alimento 4,5g de fibra, e nunca deve ser consumida crua. “A verdura possui oxilatos de cálcio que são capazes de irritar a garganta. Apesar disso, seu cozimento não prejudica a oferta de minerais importantes como o magnésio e o ferro,” relata.

A nutricionista dá uma dica de um saboroso arroz com taioba.

Arroz de Taioba
Ingredientes
5 copos de arroz
1 colher (sopa) de manteiga
1 pacote de queijo ralado
4 folhas (médias) de taioba

Como fazer:

Pique a taioba em tiras bem finas, deixando-as molhadas e reserve. Em uma panela, derreta a manteiga, adicione a taioba e mexa até que ela desmanche e vire um creme.
Misture o arroz já pronto, adicione o queijo e mexa devagar até o arroz ficar bem verdinho.
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Difícil encontrar peixe fresco em São Paulo



                          

 Blog do Estadão foi até a Santos, cidade do litoral sul paulista, para acompanhar o desembarque de pescado, onde constatou dificuldades.

E o que é peixe fresco? É o que saiu há pouco tempo do mar e fica armazenado no gelo – sem água. O tempo que o pescado aguenta sem perder qualidade depende da espécie. As mais gordurosas, como atum ou meca, podem aguentar algumas semanas. Mas um linguado não suporta mais de dois dias; espécies como garoupa e robalo mantêm suas características de sabor e textura no ponto ótimo por no máximo uma semana desde que são tiradas do mar.

A questão é que, na maioria dos casos, diversas espécies são armazenadas juntas, imersas no gelo no porão das embarcações que precisam fazer valer o investimento feito para sair ao mar: o barco não volta enquanto não estiver totalmente cheio e, com a sobrepesca que atinge 80% dos peixes no Brasil, é preciso ir mais longe e gastar mais tempo para conseguir pescar. Resultado: quando o peixe chega ao porto, pode ter sido pescado há uma, duas, três semanas.

Além disso, o cuidado com o peixe, no próprio barco, já não é ideal. “O pescado tem um tempo de prateleira curto. O processo de preservação e de posterior manutenção da qualidade tem de ser iniciado na própria embarcação pesqueira, onde o peixe precisa ser manipulado e acondicionado de forma adequada. Mas nem sempre isso acontece e o pescado já é descarregado com perda de qualidade”, diz Antônio Olinto, diretor do Laboratório de Estatística Pesqueira do Instituto de Pesca, que cataloga desembarques em São Paulo.

Dinâmica em Santos

O Paladar acompanhou um desses desembarques em Santos, na semana passada, no Terminal Pesqueiro Público. Eram evidentes as condições precárias de armazenamento de peixe – e as de trabalho, para os pescadores.

“A dinâmica de toda pesca hoje é muito falha. As embarcações prezam muito mais o volume que a qualidade”, diz Cauê Tessuto. “Na Espanha, por exemplo, é o contrário. A maioria da pesca vem de barcos menores, que fazem viagens curtas e desembarcam peixe mais fresco. Além disso, lá o pescador sabe que se não trouxer um produto em excelentes condições não vai ter mercado” diz o chef, que trabalhou no país ibérico.

Uma vez feito o desembarque, o próximo elo problemático da cadeia do pescado é o transporte. “É onde o peixe sofre mais”, diz o chef Alberto Landgraf, que comanda a cozinha do Epice, em São Paulo. “Já troquei de fornecedor sete vezes – e meu restaurante tem só dois anos e meio. Tive muito problema com pescado que chegava em más condições.”
O transporte de pescado é feito majoritariamente em caminhões. Do Pará, de onde vem a pescada amarela, ou do Maranhão e Rio Grande do Norte, de onde chega boa parte do robalo consumido em São Paulo, os caminhões levam até dois dias.

O resultado é que cozinheiros reclamam da dificuldade em obter um produto em boas condições – que não esteja machucado e tenha ficado só no gelo (e não no gelo derretido). Peixeiros cuidadosos queixam-se de como a mercadoria chega até eles. Pescadores protestam contra o trabalho árduo e mal remunerado de tirar o peixe do mar. Mas o diálogo entre as partes é truncado.

“É difícil eu chegar para um pescador e falar que ele tem que tratar o produto de outra forma. Para ele, é como ensinar o papa a rezar”, diz André Tamari, da peixaria Amani Tamari, no Mercado Municipal, há 40 anos fornecedora de restaurantes como o premiado Shin-Zushi, em São Paulo. Nesse mar de queixas, todos saem perdendo.

Reclamações

Minas Gerais: "Sou um paulistano que adotou BH em busca de melhor qualidade de vida, mas descendente de japoneses sofrem nesta cidade pois peixes, somente para pratos que sofram cocção. Sashimi? Nem pensar! Na maioria dos supermercados os peixes e frutos do mar chegam somente congelados onde se paga a água ao preço do produto. Tentar desgelar? Já tentei diversas formas, mas o resultado final é algo horrível com os peixes se despedaçando, flácidos e em nada, trabalhável. Sardinhas? Parecem ter sido movimentadas por profissionais da construção através de enxadas e pás além de todos os indícios de que foram capturadas há semanas senão meses. Para superar meus desejos dos peixes, tenho optado pelos filés de tilápias quando pequenas e Saint Peters quando maiores".

Japão: "Vivi sete anos no Japão onde podia escolher e comprar exemplares vivos fossem no supermercado local ou a centenas de quilômetros com os camarões que eram mantidos “hibernando” em embalagens contendo serragem e gelo seco; colocados em recipientes com água rapidamente se tornavam saltitantes".

Infraestrutura: "O Brasil não deve possuir uma indústria de pesca mesmo o governo tendo um ministério; não possui logística e frete aéreo e finalizando, não possui empresa de courrier. A ECT não transporta víveres".