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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Infernos chamados Av. Brasil e Dutra


                   

           Motorista foi morto antes de chegar na Ceasa do Irajá

Avenida campeã de roubo de cargas na Pavuna tem um caso por semana. Quase 40% dos ataques de bandidos na área da 39ª DP (Pavuna) aconteceram em quatro vias da área. Outro detalhe esquecido pela polícia foi o trecho da Vrasil, em Padre Miguel, onde traficantes estão atacando feirantes e donos de sacolões e mercadinhos, que passam por aquele trecho depois de saírem da Ceasa do Irajá.  Isto a poucos metros de dois batalhões da Polícia Militar. A PM sumiu do patrulhamento da principal via que liga o Centro do Rio à Costa Verde e bairros da Zona Oeste.

Na região da cidade do Rio onde são registrados mais roubos de carga, o crime tem endereço certo. Quase 40% dos ataques de bandidos na área da 39ª DP (Pavuna) em 2016 aconteceram em somente quatro vias da área. As duas vias expressas que cortam a região, Avenida Brasil e Dutra, registraram, juntas, 158 casos do total de 593 roubos a caminhões de carga na região. Dentro do bairro, no entanto, a rua que mais contabilizou registros teve média de um assalto por semana: na Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, conhecida popularmente como Estrada Rio do Pau, 48 caminhões de carga foram roubados em 2016.

Grande parte dos crimes acontecem próximo a supermercados da via, que liga municípios da Baixada Fluminense, através da Via Light, à Pavuna. Na manhã do dia 4 de janeiro deste ano, por exemplo, dois caminhões que descarregariam no mercado Vianense foram abordados por homens armados numa moto e obrigados a irem até o Complexo do Chapadão. Foram roubadas uma carga de laticínios avaliada em mais de R$ 15 mil e produtos de limpeza.

As demais vias recordistas de roubos de carga na região são a Avenida Pastor Martin Luther King Júnior, com 25 casos, a Estrada do Camboatá, com 17 casos, e a Rua Embaú, com 16. Em 2017, foram registrados 32 roubos de carga na área até ontem. No entanto, como o EXTRA revelou na última segunda-feira, a greve da Polícia Civil derrubou a incidência de crimes registrados no estado. Registros de roubos de carga de carga caíram 39% em relação a 2015 desde o início da paralisação.

Em relação a 2015, roubos de carga na área da 39ª DP diminuíram 16%. Entretanto, a região ainda é uma das três do estado onde mais casos do tipo são registrados.

Segundo a Associação de Supermercadistas do Rio de Janeiro (Asserj), o aumento nos roubos de carga pesam no bolso do consumidor: a estimativa é de que a alta do preço dos produtos mais visados pelos bandidos, em especial as carnes e bebidas, chegue a até 20%.

Padre Miguel

Os traficantes instalado na comunidade de Vila Kennedy atacam motoristas, podem ser de kombis ou de caminhões, que estejam transportando cargas diversas. Rendidos, são levados para o interior da favela, principalmente da localidade da Metral, onde esvaziam a carga, roubam o dinheiro e liberam as vítimas sob forte ameaça. Em outros ataques chegam a matar e sumir com o veículo roubado. 

A maioria dos ataques é praticado por motoqueiros e bandidos em carros roubados, que "fecham" suas vítimas no ataque que é sempre praticado por armas de grosso calibre. Armas, inclusive, de guerra. Uma senhora, dona de um mercadinho em Campo Grande, dirigia sua kombi carregada de frutas e legumes quando a atacaram.  Levada para o interior da favela, sofreu o tempo todo com uma arma na cabeça. Além da carga, perdeu R$ 3 mil.

De acordo com os comerciantes, o trecho mais perigoso da Brasil está localizado entre Realengo e Santa Cruz...

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Ceasa do Rio vive inferno no ataque a caminhões de madrugada

Em mais um ataque promovido por traficantes do complexo do Chapadão, distante pouco mais de 5 Km do batalhão da PM responsável pela área, e que foi construído com o dinheiro doado pela associação de comerciantes da Central, a Acegri, caminhoneiro foi morto em tentativa de assalto na via municipal. Motorista de 61 anos foi surpreendido pelos criminosos durante madrugada. Na verdade, segundo testemunhas, a polícia, à noite e madrugada, desaparece da região.

                

Motorista de um caminhão que transportava legumes foi morto a tiros na madrugada desta quinta-feira (10), na Avenida Brasil, durante uma tentativa de assalto na altura de Acari, Zona Norte carioca.

O crime aconteceu por volta das 2h da manhã na pista lateral da via, sentido Zona Oeste. Militares do Batalhão de Vias Especiais (BPVE) foram acionados para a ocorrência. Segundo eles, o motorista teria sido vítima de uma tentativa de assalto.

Donizete de Souza, de 61 anos, estava a caminho da Ceasa quando foi surpreendido pelos criminosos. Nenhum suspeito foi preso. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital.

Na quarta-feira (9), uma tentativa de roubo de cargas de cigarro em Olaria, também na Zona Norte, acabou com uma pessoa que passava pelo local ferida. A vítima, que ainda não foi identificada, foi levada para o Hospital Balbino. De acordo com a PM, policiais realizavam buscas na região para encontrar os envolvidos. A ocorrência foi encaminhada para a 22ª DP (Penha).

Alvo de criminosos
Nesta quarta, o Bom Dia Rio mostrou que caminhoneiros que abastecem com mercadorias na Ceasa, em Irajá, na Zona Norte do Rio, estão entre os principais alvos de criminosos que roubam cargas no estado. O crime é um dos que mais cresce no Rio e tem assustado caminhoneiros e empresários de transporte.

E nos últimos tempos houve uma mudança no perfil desses criminosos, que agora escolhem caminhões que transportam alimentos, principalmente carnes. No mês passado, na saída do Ceasa, somente de uma empresa, três caminhões com carga de alimentos foram roubados na Rodovia Washington Luís.

O número de roubo de cargas no Rio no mês de setembro chegou a 496, sendo 293 só na Baixada Fluminense.  “Na verdade, a gente prepara os roteiros, e é inevitável passar pela Avenida Brasil. No último período de outubro nós tivemos três caminhões roubados na altura de Guadalupe. Na verdade, o motorista e o caminhão retornam, pois na verdade eles estão interessados na carga”, afirmou Celso Fernandes, gerente de logística da Ceasa.

A Polícia Civil informou que está intensificando as operações e o serviço de inteligência.

“Estamos aqui falando mais uma vez sobre roubo de cargas e a coisa só vem piorando. Nós vamos bater a marca recorde de oito mil roubos de carga esse ano. A Polícia Militar sabe o que fazer e como fazer, só que faltam recursos materiais e recursos humanos. E a parte preventiva fica devendo. A gente tem a reação sempre que a gente solicita, mas a prevenção é importante”, ressaltou o coronel Venâncio Moura, diretor de segurança do Sindicato de Transporte de Cargas.