sexta-feira, 5 de abril de 2019
Índice CEAGESP registra subida 3,49%, em média, nos preços em março
Altas temperaturas e chuvas acima da média prejudicaram a qualidade e a oferta dos produtos. Mas, para o próximo trimestre a situação se inverte proporcionando uma queda de preços e aumento da oferta de produtos, aponta a pesquisa feita pela maior central de abastecimento da América Latina. Alta média nesse trimestre que passou foi de 10,14%.
O Índice de preços da CEAGESP encerrou o mês de março com elevação de 3,49%. Esta elevação reflete os estragos causados pelas chuvas e altas temperaturas nas principais regiões produtoras do país, notadamente nas regiões sul e sudeste.
Neste primeiro trimestre de 2019, o índice CEAGESP acumula alta de 10,14% e, nos últimos 12 meses, o aumento foi de 20,46%. A alta de 3,49% em março foi menor que os 7,75% registrados em fevereiro e já indica a tendência para o próximo trimestre, quando deveremos ter temperaturas mais amenas e diminuição das chuvas nas regiões produtoras.
Historicamente, o primeiro trimestre registra preços mais elevados em razão das condições climáticas adversas. A qualidade continua bastante prejudicada, principalmente dos legumes mais sensíveis e das folhosas. Em março, a região metropolitana e parte do cinturão verde paulista registraram aumento de 27% no volume de chuvas em relação à média histórica do mês.
Assim, a retração dos preços e o retorno aos patamares habituais deverão ocorrer gradativamente, dependendo do tempo de produção de cada cultura.
Em março, o setor de frutas subiu 2,67%. As principais altas foram nos preços do caju (81,7%), do mamão formosa (59,5%), da banana nanica (49,7%), do mamão papaya (38,7%) e da laranja pera (14,7%). As principais baixas ocorreram com a melancia (-25,6%), com a maça fuji (-15,3%) com o abacaxi pérola (-14,1%), com o maracujá azedo (-12,9%) e com a maça gala (-12,8%).
O setor de legumes registrou elevação de 5,19%. As principais altas ocorreram com o cogumelo shimeji (51,4%), o maxixe (47,5%), o pimentão amarelo (42,7%), o tomate (34,9%) e o pepino japonês (22,4%). As principais baixas foram registradas no chuchu (-48,8%), na berinjela japonesa (-25,4%), na berinjela comum (-18,2%), no quiabo (-15,87%) e na vagem macarrão (-8,4%).
O setor de verduras apresentou elevação de 2,53%. As principais altas foram da cebolinha (55,8%), da hortelã (37,9%), da couve (17,2%), do salsão (17,1%) e da catalonha (12%). As principais quedas foram do coentro (-25,4%), do rabanete (-19,2%), do almeirão (-13,1%), do brócolos (-12,1%) e da rúcula (-10,8%).
O setor de diversos apresentou elevação de 16,25%. As principais altas ficaram por conta da batata comum (35,3%), do amendoim (25,3%), do alho argentino (23,9%), da cebola nacional (16,5%) e dos ovos brancos (6,9%). As principais quedas do setor foram do coco seco (-4,6%) e do milho de pipoca (-2,7%).
O setor de pescados teve alta de 1,34%. As principais elevações foram da pescada (27,2%), da betarra (23,2%), da pescada goete (22,7%), do cascote (20,4%) e da corvina (14,8%). As principais quedas foram da sardinha congelada (-28,6%), do curimbatá (-7,6%), do atum (-4,2%) e da sardinha fresca (-4,1%).
O volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou 783.935 toneladas no primeiro trimestre de 2019 ante 824.418 toneladas negociadas no mesmo período de 2018. Queda de 4,91% ou 40.483 toneladas nos primeiros 3 meses do ano.
A partir de abril, além da esperada melhoria das condições climáticas com temperaturas mais amenas e pouca incidência de chuvas, deve ocorrer aumento do fluxo de pessoas e veículos em razão do final do bloqueio na marginal que prejudicou muito o acesso ao maior entreposto do país.
Assim, a tendência para o próximo trimestre é de elevação do volume comercializado, melhora acentuada da qualidade e redução dos preços praticados.
Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.
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