quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Hortaliças ficam mais caras, mas ovos e frutas caem de preço

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O setor de hortigranjeiros, que inclui frutas, hortaliças e ovos, apresentou queda no preço médio de 0,6% no atacado do entreposto de Contagem, entre outubro e setembro. Os alimentos que mais puxaram essa queda foram os ovos, que ficaram, em média, 12,7% mais baratos, e as frutas, com redução de 4,5%. Por outro lado, as hortaliças apresentaram alta média de 5%, segurando uma redução ainda maior no preço total dos hortigranjeiros.

Entre as hortaliças, o tomate, com alta mensal de 105%, foi o que mais influenciou o resultado do grupo. O produto passou de R$ 1,11 para R$ 2,28/kg no atacado. Segundo Ricardo Fernandes Martins, chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, o tomate vinha apresentando preços baixos, que eram insuficientes para remunerar o produtor, desde junho. Com isso, muitos agricultores foram desestimulados a investir no cultivo da hortaliça, o que acabou derrubando a oferta. Outro fator que pressionou os preços foi a grande saída de tomate para o mercado comprador de São Paulo, cuja produção enfrentou problemas climáticos.

Também foi destaque entre as altas a cebola (13,8%), cujo preço médio passou de R$ 0,87 para R$ 0,99/kg no atacado. Ricardo Fernandes explica que essa oscilação representa na verdade uma recuperação de preço, já que o produto vinha apresentando valores muito baixos. Portanto, mesmo com o aumento, a cebola segue sendo uma boa dica ao consumidor.

Outros produtos que também apresentaram aumentos foram o inhame (25,6%); couve-flor (15,5%); alface (6,7%) e batata (2,5%).

Já entre as hortaliças com reduções de preços, os destaques foram os produtos cujas ofertas não foram tão afetadas por problemas climáticos, a exemplo do chuchu (-40,7%); berinjela (-23,4%); abobrinha italiana (-20,7%); moranga híbrida (-12,6%); quiabo (-8,8%); cenoura (-4,1%); beterraba (-2,9%) e mandioca (-2,1%).

Frutas

No grupo das frutas, as principais quedas de preços foram da manga (-24,5%); mamão formosa (-18,4%); melancia (-17%); abacaxi (-9,3%); mamão havaí (-8,4%) e goiaba
(-6,1%).

Ficaram mais caros em outubro, o limão tahiti (17,7%); uva niágara (6,4%); laranja-pera (4,3%); maçã brasileira (4,3%); banana-nanica (4,2%) e abacate (2,6%). Vale lembrar que o limão tahiti encontra-se no meio da entressafra, que vai de setembro a novembro. A partir de dezembro, o consumidor já deve perceber quedas de preço da fruta. Em janeiro, o produto entra em sua melhor safra.


Ovos

A dúzia dos ovos no atacado passou de R$ 2,47/dz em setembro para R$ 2,17/dz em outubro. A variação foi acompanhada, no mesmo período, por um aumento de 7,5% na oferta no entreposto de Contagem. Conforme matéria divulgada no mês passado no site da CeasaMinas, os ovos já apresentaram queda de 35,9% em outubro em relação ao pico de preço do ano, registrado em março (R$ 3,40/dz). O desafio de garantir a rentabilidade tem sido grande para avicultores e comerciantes, uma vez que os preços praticados em setembro e outubro foram os menores dos últimos dois anos no atacado da CeasaMinas para estes meses.

A boa notícia para o mercado são as previsões de recuperação de preço, que podem se concretizar até o fim de novembro. “Trata-se de uma notícia positiva porque preços muito baixos durante muito tempo podem acarretar problemas muito mais sérios a médio prazo, como a ocorrência de altas muito expressivas de valores”, ressalta Ricardo Martins.

Fique de olho, portanto, nas principais dicas de consumo para este mês:
- chuchu
- berinjela
- abobrinha italiana
- moranga híbrida
- quiabo
- cenoura
- beterraba
- mandioca
- cebola
- manga
- mamão formosa
- abacaxi
- mamão havaí
- banana-prata

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