quinta-feira, 12 de maio de 2016

Alface lisa, aliada para regeneração muscular



                       


Sinônimo de dieta e também considerada a rainha das saladas, a alface lisa nunca sai de moda graças às suas excelentes propriedades nutricionais e sua reduzida quantidade de calorias.

Importante fonte de sais minerais, principalmente de cálcio e de vitaminas - especialmente a vitamina A -, a alface lisa é a mais consumida dos outros cincos tipos encontradas nos mercados (crespa, americana, mimosa, roxa e romana).

A hortaliça possui folhas soltas, macias e de sabor suave e pode fazer parte da alimentação de quem treina regularmente ou está preocupado em manter a saúde. Os nutrientes da alface lisa não somente ajudam a manter o bom funcionamento do organismo como são essenciais para auxiliar no processo de regeneração muscular.

A verdura também tem um trunfo quando o assunto é ansiedade, graças a uma substância chamada lactucina; um composto com efeito calmante e relaxante que ajuda até mesmo em casos de insônia. Você pode encontrá-la principalmente no talo do alimento.


CONSERVAÇÃO - A alface é uma hortaliça que estraga rápido. Fora da geladeira, deve ser mantida com a parte de baixo dentro de uma vasilha com água ou dentro de saco plástico aberto, em local bem fresco por até um dia. Quando conservada em geladeira, deve ser mantida em saco plástico ou em uma vasilha de plástico tampada, retirando-se as folhas de acordo com a necessidade de consumo.

Produtos com preços em baixa, segundo Ceagesp




                    

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Melão amarelo, banana nanica, tangerina cravo, caqui rama forte, abacate, figo roxo, carambola, laranja pera, laranja seleta, laranja lima, jaca, coco verde, pimentão verde, gengibre, inhame, mandioca, abóbora moranga, rúcula, acelga, nabo, escarola, alface crespa, alface lisa e americana, milho verde, canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS 
Tangerina poncam, caju, abacaxi havaí, uva rosada, lima da pérsia, acerola, graviola, melancia,  abóbora japonesa, abóbora paulista, beterraba, pimenta cambuci, pimenta americana, rabanete, cebolinha.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Caqui fuyu, goiaba vermelha, mamão papaia, mamão formosa, manga tommy, uva itália, maçã nacional, maçã importada, pera importada, limão taiti, manga hadem,  pimentões vermelho e amarelo, batata doce rosada,  chuchu, ervilha torta, quiabo liso, pepino japonês, pepino caipira, pepino comum, mandioquinha, vagem macarrão, alho porró, beterraba com folha, repolho roxo e verde, espinafre, couve-flor, couve manteiga, agrião, brócolis, erva doce, coentro, salsa, alho argentino, alho nacional, batata lavada e ovos.

Preço médio dos hortigranjeiros recua 3,8% na CeasaMinas

                

Mesmo com a redução de 7,3% na oferta, as frutas, legumes e verduras ficaram mais baratos na CeasaMinas em abril, na comparação com o mês de março. A redução geral dos preços foi puxada por alguns produtos que estão entrando em período de safra e que apresentaram grande variação, a exemplo do tomate, cujo quilo passou de R$ 2,13 para R$ 1,17 – uma queda de 45,1%.


Outros produtos que fizeram o mesmo movimento do tomate foram o pepino (-39,2%), a cenoura (-11,5%) e a mandioquinha (-11,8%). Entre as frutas, destaque para a banana prata, que caiu 6,9%, passando de R$2,90 para R$2,70. A banana nanica também ficou mais barata (-5,1%), assim como o abacate (-3,3%) e a laranja pera (-1,8%).

De acordo com o chefe da Seção de Informação de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Martins, a situação deve ficar ainda mais favorável para o consumidor nos próximos meses, em função de condições climáticas mais favoráveis. “A não ser que o inverno seja muito rigoroso, com muitas geadas”, pondera.

Apesar disso, o consumidor precisa ficar atento ao preço de alguns produtos que encareceram. A batata, por exemplo, teve redução de 24,3% na oferta, fazendo o preço subir 23,5%, chegando a R 2,21 o quilo. A variação da beterraba foi ainda maior: 26,2%. O seu preço passou de R$ 1,95 para R$ 2,46. Quiabo (5,5%) e mandioca (6,7%) são outros exemplos.

Entre as frutas, o limão teve aumento de 62,3%, influenciado pela redução de quase 22% na oferta, por causa do excesso de chuvas em São Paulo. O preço do quilo passou de R$ 1,14 para R$ 1,85. Outras frutas que encareceram foram a goiaba (1,8%), o mamão havaí (14,7%) e a manga (10,9%). Os números referem-se ao entreposto da CeasaMinas em Contagem.

Legumes caem de preço em abril, afirma Ceagesp



                     

Índice de preços publicado mensalmente pela maior central de abastecimento do país registrou  recuo de  0,75% em abril. A vagem macarrão e o tomate foram os que mais recuaram no mês passado.

O Índice de preços da CEAGESP apresentou retração de 0,75% em abril. O setor de legumes, com queda de 11,88% dos preços praticados contribuiu para a baixa de preços. No sentido oposto, o setor de diversos subiu 15,81%, influenciado principalmente pelas altas de alho e batata.  As quedas, pouco expressivas devem se intensificar no próximo trimestre. Ainda são esperadas reduções de preços mais acentuadas em razão, principalmente, do aumento da quantidade ofertada e melhora da qualidade ocasionadas pelas condições climáticas mais satisfatórias.

Em abril, o setor de frutas subiu 0,01%, ou seja, permaneceu muito próximo da estabilidade. As principais elevações foram da carambola (48,3%), limão taiti (39,8%), mamão papaya (37%), manga tommy Atkins (22,4%) e manga palmer (14,6%). As principais quedas foram do caju (-41,2%), melão amarelo (-29,5%), atemoia (-26,1%), uva niagara (-12,8%) e maracujá doce (-9,4%).

O setor de legumes registrou queda de 11,88%. As principais baixas foram da vagem macarrão (-39,4%), tomate (-22,9%), abobrinha brasileira (-21,4%), pimentão verde (-21,3%) e jiló (-21,1%). As principais altas foram do pimentão amarelo (38,1%), beterraba (26,7%), abóbora japonesa (22,7%), mandioca (10,9%) e chuchu (10,7%).  

O setor de verduras recuou 0,33%. As principais quedas foram da couve-flor (-43,4%), brócolis ninja (-27,3%), couve (-21,7%), erva doce (-18,6%) e mostarda (-15,1%). As principais altas foram da cebolinha (64,95), salsa (56,7%), alho porró (25,2%), repolho (14,7%) e almeirão (12,9%).

O setor de diversos subiu 15,81%.  Os principais aumentos foram do alho nacional (52,5%), alho estrangeiro (51,6%), batata comum (24,6%), e amendoim (8,6%). Somente os ovos brancos (-7%) e vermelhos (-4,8%) registram retração no setor.    

O setor de pescados registrou alta de 3,89%. As principais elevações foram da sardinha fresca (39,9%), salmão (39,3%), cação (9,1%) e pescada (4,2%). As principais quedas foram da lula (-33,6%), corvina (-32,9%), betarra (-25,3%), polvo (-12,4%) e tainha (-11,5%).    

O volume comercializado no entreposto de São Paulo caiu 3,31% em abril de 2016. Foram comercializadas 273.860 toneladas ante 283.233 comercializadas em abril de 2015. No acumulado do trimestre foram negociadas 1.083.066 toneladas em 2016 ante 1.129.846 em 2015. Queda de 4,14%.

Índice CEAGESP

Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Óleo de soja puxa Índice mundial de preços de alimentos da FAO

                    

Avanço dos preços de óleos vegetais superou queda de laticínios e açúcar. Cereais, por sua vez, também avançaram 1,5%.

O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) atingiu 151,8 pontos em abril, com alta de 0,7% ante março. O avanço "relativamente forte" dos preços dos óleos vegetais, somado a um ganho moderado nas cotações de cereais, superou a queda dos laticínios e açúcar. A alta verificada em abril é a terceira consecutiva, aponta a FAO.

O índice considera uma média ponderada dos preços internacionais de cinco grupos de commodities: cereais, óleos vegetais, laticínios, carne e açúcar.

Os óleos vegetais lideraram o movimento, registrando um avanço de 4,1% em abril na comparação com março, para 166,4 pontos. O óleo de palma foi o componente que mais se valorizou no período, atingindo a máxima dos últimos 17 meses, sustentado por temores de produção baixa em 2016 e demanda global crescente. As cotações internacionais do óleo de soja também ficaram firmes, diante de condições menos favoráveis à produção na América do Sul.
 
Os cereais, por sua vez, avançaram 1,5%, muito próximos dos 150 pontos. Os preços do milho foram os que mais avançaram, influenciados pelo dólar mais fraco e acompanhando a alta nos óleos vegetais. Ainda assim, condições climáticas favoráveis e a expectativa de grande oferta na nova safra limitaram os ganhos no trigo. A FAO apontou que os preços, apesar da alta em abril, estão 10,4% abaixo em relação ao mesmo mês do ano passado.

No segmento de laticínios, houve queda de 2,2% na mesma base de comparação, para 127,4 pontos. Os preços de todos os lácteos caíram no período, prejudicados por ampla oferta global e demanda limitada em mercados tradicionalmente importadores. Assim como no último mês, manteiga e queijo registraram uma queda mais acentuada, pressionados pelo crescimento dos estoques em países exportadores.

O índice de preços do açúcar ficou em 215 pontos, 1,7% inferior ao verificado no último mês. A queda reflete a ampla disponibilidade de açúcar para exportação no Brasil, onde se espera que a safra 2016/17 seja a segunda maior da história. Também há a expectativa de que haja uma redução do uso da cana-de-açúcar para produção de etanol. Ainda assim, a perspectiva de déficit global pelo segundo ano consecutivo limitou as perdas.

O Índice de Preços de Carnes ficou 0,8% abaixo do verificado em março, atingindo 146,6 pontos. Os níveis de preço das carnes de porco e frango ficaram praticamente estáveis, refletindo um bom equilíbrio entre oferta e demanda. A carne de carneiro avançou, enquanto a carne bovina registrou a maior alta. Fornecimento limitado e um avanço da demanda norte-americana levou os preços de exportação na Austrália ao maior nível desde outubro de 2015.
Fonte Globo Rural

Brasil tem fazenda que produz arroz sem agrotóxico


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Fazenda em Sentinela do Sul (RS) é referência em agricultura biodinâmica. Sistema trabalha em harmonia com a natureza e foi desenvolvido há quase um século.

 A fazenda gaúcha Capão Alto das Criúvas, no município de Sentinela do Sul, produz mais de mil toneladas de arroz por ano, sem usar agrotóxico nem adubo convencional.

É uma fazenda modelo em agricultura biodinâmica. Esse sistema, que trabalha em harmonia com a natureza, foi desenvolvido há quase um século e é hoje praticado no mundo todo.

A colheita é tempo de muito trabalho. A família Volkmann produz arroz na terra há mais de 30 anos.  O cultivo é feito em áreas de várzea, onde a planta cresce dentro da água. A lavoura tem 200 hectares.  Metade na fazenda e metade em áreas arrendadas ao redor.

“A média de produtividade varia muito em função das variedades. O agulhinha pode chegar a média de 7 a 7500 kg/há”, diz João Volkmann, agricultor.

A fazenda pertence a oito irmãos. João, que também é agrônomo, é quem cuida da propriedade.  Ele explica que toda a produção é beneficiada no local e é a própria família quem faz a comercialização.
Agulhinha, negro, cateto, nas versões polido, integral e misturado. São as variedades e formas de beneficiar o arroz, da fazenda Capão Alto das Criúvas, que produz por ano, algo em torno de mil toneladas de arroz.

Tudo é produzido seguindo os conceitos da biodinâmica, sistema de produção nascido na Alemanha no começo do século 20.

“Os cultivadores de alfafa tinham o costume de semear e durante 18 anos consecutivos cortar aquele mesmo pé de alfafa. Ao final dos anos 1800 e começo de 1900, as plantas já não duravam 18 anos. A perda de vigor de vitalidade nas plantas...”, explica João.
 
Os agricultores decidiram pedir ajuda a um austríaco que tinha conceitos e ideias inovadoras para a educação, espiritualidade e até para a medicina: Rudolf Steiner, criador da antroposofia e da pedagogia Waldorf. Steiner fez uma série de oito palestras na Alemanha, que originaram os conceitos e práticas dessa agricultura feita em parceria com o meio ambiente.

A biodinâmica respeita os processos que naturalmente acontecem no solo, nas plantas, nos animais. Dentro desse contexto, o homem funciona como um maestro que rege, orienta e auxilia aquilo que a natureza faz com perfeição e de graça. É um sistema onde sustentabilidade não é meramente um conceito, e sim uma prática cotidiana.

Como na agricultura orgânica, a biodinâmica não usa veneno ou adubos convencionais, mas também segue outras regras que esta reportagem traz adiante. A primeira delas é tratar a propriedade como um organismo onde tudo está integrado. Para isso é preciso construir uma paisagem.

PAISAGEM

“Todos os ambientes da paisagem contribuem de alguma forma. A área de pasto vai servir para os animais, a área mais fértil para a produção dos cereais, a área mais íngreme para a produção de madeira, que é usada para a produção de energia e secagem do arroz e também para as construções, e assim a gente pode proteger a mata nativa”, explica.

A área de reserva florestal da fazenda é de 35%, 15% mais do que exige a lei. O que garante a presença de muitos animais silvestres, como os simpáticos bugios que aparecem todo dia para comer os frutos de uma imensa figueira.

Um estudo realizado pela Universidade estadual do Rio Grande do Sul encontrou uma grande variedade de animais silvestres. Só de pássaros foram 246 espécies.

AUTOSSUFICIÊNCIA COM SUSTENTABILIDADE

A riqueza ambiental nos leva à segunda regra da biodinâmica. A ideia é que fazenda seja independente e produza tudo o que é necessário para o funcionamento da propriedade. Por isso, toda fazenda biodinâmica tem que criar animais. Na fazenda se trabalha com vacas e búfalas.

“Se adapta mais à ecologia da região do que o gado europeu. A búfala dá cria em janeiro e fevereiro quando há sobra de pasto muito grande”.
Os animais têm outra função importante: produzir esterco. Depois da colheita do arroz, raízes e a palhada ficam no campo. Durante o inverno, os animais entram na área de lavoura para comer a resteva.

“E fazem o processamento da palha. Imagina se tivesse que pegar o facão, picar toda essa palha, triturar e fazer o que é um esterco?”.

O processo de compostagem do esterco com a palha acontece naturalmente na lavoura. Assim, temos outra regra da biodinâmica: construir fertilidade no solo, produzindo húmus.

HÚMUS

O húmus, a parte que tem mais matéria orgânica vai estar bem na superfície e a tendência é que vai aprofundando o solo vai ficando mais pobre até chegar na argila pura, que é o solo mais mineral.

Funciona assim: as folhas, galhos e flores que caem no chão passam por um processo de decomposição feito por minhocas, insetos, microorganismos e fungos que vivem no solo. São eles que transformam tudo em húmus. Um trabalho lento, mas que pode ser perdido rapidamente:

“Um ano você consegue diminuir em 1% a matéria orgânica. E para recuperar esse 1% de matéria orgânica você leva 10 anos”, alerta. Para auxiliar os processos naturais, Rudolph Steiner desenvolveu alguns produtos: os preparados biodinâmicos.

PREPARADOS BIODINÂMICOS

Eles são feitos com ervas medicinais, esterco, cristais e alguns órgãos animais, como explica Sebastian Calquin, genro do agricultor João. Ele é chileno, mas já fala bom português:

“Os preparados biodinâmicos têm a função de apoiar os processos biológicos que acontecem no solo, que são a base da fertilidade do solo, e também os processos que acontecem na planta, que permitem produzir um alimento vital, um alimento com vitalidade”.
Há dois tipos de preparado: os de ervas medicinais são usados para compostagem: “A gente consegue produzir um composto que é nutritivo e consegue aportar o que cada planta precisa para o seu desenvolvimento”, diz.

O outro grupo de preparados são os feitos com chifre de vaca, como o chifre esterco: “Nós colocamos em um chifre, de uma vaca que já pariu, esterco de uma vaca que também já pariu, ele fica durante um tempo enterrado na terra e nós usamos esse preparado para ajudar nos processos de decomposição na terra”, explica.

Tem também o chifre sílica, feito da mesma forma, só que com cristais moídos.
Antes de ir para o campo, os preparados têm que ser dinamizados. Processo em que uma pequena quantidade do produto é colocada na água e agitada por uma hora. Assim, se transfere para a calda todas as energias que a sílica e o esterco absorveram da natureza durante o período em que ficaram enterrados. 

“Ele vai trazer tudo aquilo que ficou esquecido. Qualidade, aroma, sabor, cor, durabilidade na prateleira”, explica João.

O uso dos preparados mudou a paisagem da fazenda. Ela pertence à família Volkmann há mais de meio século, mas passou anos arrendada para o cultivo convencional de arroz e soja.

“As áreas íngremes que estavam muito dilaceradas, com muito problema de erosão. Então tratamos de ter pecuária na parte de cima, com roçadas e aplicação de preparados e regenerando, regenerando lentamente”, conta.

Hoje a fazenda é um modelo de agricultura biodinâmica. Recebe gente do Brasil e do mundo todo para aprender sobre o sistema.

Esse é o assunto da segunda parte da reportagem, onde você também conhece a nova geração da família Volkmann, que já trabalha para ampliar e diversificar a produção.

Fonte Globo Rural

Cebola e batata, os alimentos que mais subiram de preços

Em uma década os alimentos subiram 129% em dez anos; cebola (438,99%) e batata (393,76%)) fora os que mais dispararam. Problemas climáticos e aumento da demanda podem explicar a alta dos preços.


Cebola, a recordista

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Em dez anos, alimentos e bebidas aumentaram 129%, segundo IBGE. Para quem costuma ir à feira e ao supermercado, não é novidade: os alimentos e bebidas subiram bem acima da inflação nos últimos anos. Desde 2007, a alta média de preços desse grupo bateu em 129% – enquanto isso, a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 77,4%, segundo Eulina Nunes, coordenadora de índice de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE).

Para alguns alimentos, no entanto, a alta foi ainda mais forte. Itens que frequentam bastante a mesa do brasileiro chegaram a subir mais de 300%.

É o caso da cebola, que ficou 438,99% mais cara desde janeiro de 2007. Já o preço da batata inglesa subiu 393,76%, enquanto o da tangerina, 390,95%. (veja a lista dos itens que mais e menos subiram no período no final desta reportagem – ou clique aqui para ver a lista completa)

“[A alta de alimentos ocorreu] principalmente por problemas climáticos, não só no país, como no mundo todo. E isso aliado também porque, e hoje está vendo contenção da demanda, a demanda cresceu muito, principalmente com os países emergentes, como Índia, China. E a renda do país [Brasil] que aumentou nesse período. Então, houve uma demanda muito mais forte sobre os alimentos”, explicou Eulina.

Por outro lado, para quem gosta de peixes a notícia é boa: o peroá, o pintado e o linguado ficaram mais baratos nos últimos dez anos. As quedas de preços foram de 23,15%, 8,48% e 0,64%, respectivamente – boas ideias para quem quer economizar no cardápio de casa.

Alta em abril
Em abril deste ano, apesar de terem subido menos de um mês para o outro (de 1,24% para 1,09%), os alimentos exerceram uma das principais influências, porque têm um peso muito grande no bolso do consumidor. A alimentação fora de casa também subiu em uma velocidade menor, de 0,68% em março para 0,50% em abril. Os números de abril foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (6).

"Alimentação, embora tenha ficado um pouco abaixo [do mês anterior, quando ficou 1,24%], continua apresentando preços elevados, taxa relativamente alta com 1,09%. E é um grupo que responde por um quarto das despesas das famílias”, afirmou.

Veja os itens com maior alta de preços de janeiro/07 a abril/16
Cebola: 438,99%
Batata-inglesa: 393,76%
Tangerina: 390,95%
Mandioca (aipim): 372,87%
Abóbora: 337,02%
Cenoura: 336,36%
Repolho: 290,14%
Pimentão: 275,90%
Polpa de açaí: 270,33%
Mamão: 266,64%

Veja os itens que menos subiram de preços entre janeiro/07 e abril/16
Peixe - peroá: -23,15%
Peixe - pintado: -8,48%
Peixe - linguado: -0,64%
Cogumelo em conserva: -0,57%
Bacalhau: -0,53%
Abacate: 3,83%
Leite com sabor: 7,15%
Peixe - badejo: 14,20%
Leite fermentado: 14,53%
Feijoada em conserva: 21,07%