segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ceasa do Rio vende mais em conta que SP

                         

Por Jorge Luiz Lopes

A Ceagesp e a Ceasa Grande Rio são consideradas as duas maiores centrais de abastecimento do país e vivem nos últimos dias uma discrepância em matéria de preços dos hortifrutigranjeiros no atacado, tornando-se a paulistana uma das mais caras. Na disputa entre as duas, a central do Rio de Janeiro leva vantagem e mantém muitos preços bem em conta, com até mais de  100% de diferença.

O caso do preço da batata beira o absurdo: o quilo na Ceasa do Irajá, na capital carioca, fechou a quinta-feira (10/11), sendo vendida a R$ 2; na Ceagesp, R$ 3,24. O tomate está a R$ 1,82, enquanto que em Sampa, R$ 3,26. A vagem R$ 2,67 (RJ) e R$ 5,75 (SP).

 A tangerina, cujo quilo custa R$ 2 na primeira; na segunda, ele era vendido a R$ 4,30. A maçã nacional, no Rio está por R$ 3,90; em São Paulo é cobrada a R$ 5,17.  O maracujá, R$ 3,93, na capital fluminense, e R$ 6.07 (SP).

Até mesmo o alho chinês, do mais vagabundo, está custando R$ 13, no Rio, e R$ 16,45 em São Paulo. Isso no atacado, por que no varejo em muitos lugares, como feiras livres e sacolões este produto indispensável na cozinha beira os R$ 20 o quilo, para o consumidor final. No caso das verduras, temos o exemplo da alface, vendida a dúzia por R$ 5 (RJ) e R$ 9,20 (SP).

Enquanto que a central de abastecimento paulistana, considerada a maior da América Latina tem apenas dois produtos -  milho verde e repolho - abaixo de R$ 1, a congênere fluminense mantém sua tabela de preços no atacado com 5 produtos abaixo de R$ 1. São eles: chuchu, laranja-pêra, milho verde, pepino e repolho.

O Portal CeasaCompras.com fez uma análise de preços praticados pela Ceagesp e a Ceasa Grande Rio, com base no relatório publicado pela diretoria técnica do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado de Hortigranjeiros - PROHORT, que analisa os preços dos produtos comercializados por 20 centrais de abastecimento do país. Veja as tabelas que selecionamos para os nossos leitores, com preços abaixo de R$ 5, praticados pelas duas centrais.

CEASA RIO

Abacaxi UN - R$ 2,70;
Abóbora - R$ 1,30;
Abobrinha - R$ 1;
Alface  - R$ 5:
Banana-nanica - R$ 1,76;
Banana-prata - R$ 1,75;
Batata - R$ 2;
Batata doce - R$ 1,25;
Berinjela - R$ 1.14;
Beterraba - R$ 1,28;
Brócolis - R$ 1,50;
Cará - R$ 2,50;
cebola - R$ 2,50;
Cenoura - R$ 1,50;
Chuchu - R$ 0,91;
Coco verde - R$ 1,50;
Couve - R$ 5;
Couve-flor UN - R$ 2,50;
Goiaba - R$ 3, 67;
Inhame - R$ 2,50;
Jiló - R$ 2
Laranja-pêra - R$ 0,96;
Limão Taiti - R$ 3;
Maçã nacional - R$ 3,90;
Mamão Formosa - R$ 1,75;
Mamão Havaí - R$ 1;
Mandioca/Aipim - R$ 1,14;
Mandioquinha - R$ 5;
Manga - R$ 1,37;
Maracujá - R$ 3,83;
Melancia - R$ 1,20;
Melão amarelo - R$ 2,60;
Milho verde - R$ 0,60;
Ovos DZ - R$ 2,84;
Pepino - R$ 0,72;
Pimentão verde - R$ 1,50.
Quiabo - R$ 2;
Repolho - R$ 0, 60;
Tangerina - R$ 2;
Tomate - R$ 1,62;
Uva Itália - R$ 5
Uva Niágara - R$ 4,38;
Vagem - R$ 2,67


CEAGESP - SP

Abacaxi UN - R$ 4,31;
Abóbora - R$ 1,52;
Abobrinha - R$ 1,80;
Banana-nanica - R$ 1,98;
Banana-prata - R$ 1,99;
Batsata - R$ 3,24;
Batata doce - R$ 2,06;
Berinjela - R$ 1,79;
Beterraba - R$ 1,96;
Brócolis - R$ 3,90;
Cebola - R$ 2,63;
Cenoura - R$ 1,86;
Chuchu - R$ 1,82;
Coco-verde UN - R$ 1,40;
Couve - R$ 2,84;
Couve-flor UN - R$ 4,09;
Goiaba - R$ 4,83;
Inhame - R$ 3,91;
Jiló - R$ 2,32;
Laranja-pêra - R$ 1,31;
Mamão Formosa - R$ 2,79;
Mamão Havaí - R$ 2,21;
Mandioca/aipim - R$ 1,05;
Manga - R$ 2,38;
Melancia - R$ 1,47;
Melão amarelo - R$ 2,52;
Milho verde - R$ 0,68;
Ovos - R$ 2,72;
Pepino - R$ 1,28;
Pimentão verde - R$ 2,39;
Quiabo - R$ 4,86;
Repolho - R$ 0,96;
Tangerina - R$ 4,30;
Tomate - R$ 3,26.

Vitória ganha mais uma feira de produtos orgânicos

                            

A feira que será inaugurada no Boulevard Shopping é a nona do gênero na Grande Vitória.

Os moradores da Grande Vitória, especialmente aqueles que vivem em Vila Velha, passam a contar com mais uma opção para adquirir produtos livres de agrotóxicos. E os agricultores familiares que se dedicam à produção agroecológica também ganham mais um canal de comercialização. Será inaugurada neste domingo (22/11), às 11 horas, a feira de produtos agroecológicos de Itaparica, que funcionará no Boulevard Shopping, próximo ao entroncamento das rodovias do Sol e Darly Santos. A feira funcionará todos os domingos, das 11 às 16 horas.

Vinte e cinco grupos de agricultores familiares do Estado foram cadastrados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e instituições parceiras, o que garante a qualidade dos diversos produtos que serão ofertados na feira, como frutas, verduras e legumes, além de produtos da agroindústria (geleias, bolos, pães, entre outros). Esta será a nona feira do gênero em funcionamento na Grande Vitória (Confira os endereços das demais feiras no final do texto).

Ambiente climatizado

Entre as novidades da feira agroecológica do Boulevard Shopping é que o espaço será o único que funcionará aos domingos e os consumidores poderão fazer suas compras em ambiente climatizado, com estacionamento gratuito. Os produtos que serão comercializados na feira agroecológica são produzidos sem a utilização de agrotóxicos e com base nos princípios da sustentabilidade, por meio de critérios determinados pela Seag e pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

“Precisamos ampliar a oferta desses produtos e garantir o maior abastecimento de alimentos saudáveis para a população. Esses produtos não utilizam químicos e são produzidos de forma responsável, a partir da utilização racional dos recursos naturais, garantido a qualidade de vida de quem produz e de quem consome”, ressalta o gerente de Agroecologia e Produção Vegetal da Seag, Aureliano Nogueira da Costa, frisando que os produtores familiares cadastrados atendem às exigências da produção agroecológica.

A Secretaria de Estado da Agricultura também irá disponibilizar 550 caixas plásticas aos agricultores familiares cadastrados, com o objetivo de garantir o acondicionamento e o transporte seguro das mercadorias.

Orgânico Agroecológico no Espírito Santo

Em uma feira orgânica todos os produtores já passaram pelo processo de certificação. Na feira agroecológica, eles estão em processo de certificação. No Espírito Santo, os produtos orgânicos e agroecológicos vêm ganhando o mercado e a mesa dos consumidores. Já são mais de 300 produtores certificados, que atuam em vários municípios, como Santa Maria de Jetibá, Iconha, Fundão, Muqui, Cachoeiro do Itapemirim, Nova Venécia, Pedro Canário e Laranja da Terra.

A feira que será inaugurada no Boulevard Shopping é a nona do gênero na Grande Vitória. Quem frequenta esses espaços não leva para casa apenas um produto saudável e de qualidade, mas também tem a oportunidade de interagir diretamente com as famílias que produziram aquele alimento, criando um laço de credibilidade no processo de comercialização.

Produção

Atualmente, são produzidas em média três mil toneladas de orgânicos por mês no Espírito Santo. A produção de outras 10 mil toneladas está em fase de transição para o modelo orgânico. Entre os produtos que se destacam estão hortaliças em geral, frutas, produtos da agroindústria caseira, como pães, biscoitos, bolos, doces e geleias. Flores, plantas medicinais e temperos também são comercializados nos mais de 50 pontos de venda do Estado, entre supermercados, feiras livres e feiras especializadas. Pelo menos 40 municípios no Estado produzem orgânicos atualmente, 21 deles com produtores certificados.

Para impulsionar e desenvolver tecnologias voltadas à modalidade orgânica, o Incaper mantém uma Unidade de Referência em Agroecologia em Domingos Martins. Denominado “Desenvolvimento Integrado de Tecnologias e Indicadores Agroambientais para a Produção de Alimentos Orgânicos”, o projeto treinou mais de 500 produtores e recebeu a visita de mais de 4 mil pessoas ao longo de 25 anos de história. Em 2014, venceu o Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional, concedido pelo Ministério da Integração Nacional.

Feira de produtos orgânicosagroecológicos na Grande Vitória

Vitória
Feira de Produtos Orgânicos de Barro Vermelho
Endereço Rua Arlindo Brás do Nascimento, atrás da Emescam
Horário de Funcionamento sábado – das 6 horas às 12 horas

Feira de Produtos Orgânicos da Praça do Papa
Endereço Estacionamento da Praça do Papa – Enseada do Suá
Horário de Funcionamento quarta-feira – das 15 horas às 20h30

Feira de Produtos Orgânicos de Jardim Camburi
Endereço Av. Isaac Lopes Rubim – próximo à Faculdade Estácio de Sá
Horário de Funcionamento sábado – das 06 horas às 12 horas

Cariacica
Feira Agroecológica de Cariacica
Endereço Praça John Kennedy (Praça do Parque Infantil) – Campo Grande
Horário de Funcionamento sábado – das 06 horas às 12 horas

Vila Velha
Feira de Produtos Orgânicos da Praia da Costa
Endereço Entre as ruas XV de Novembro e Henrique Moscoso, em baixo da Terceira Ponte
Horário de Funcionamento sábado – das 06 horas às 13 horas

Serra
Feira de Produtos Orgânicos de Serra Sede
Endereço Praça de Encontro
Horário de Funcionamento terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Valparaíso
Endereço Estacionamento do antigo Serra Bela Clube – Valparaíso (ao lado da biblioteca pública municipal)
Horário de Funcionamento terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Colina de Laranjeiras
Endereço Praça Central de Colina de Laranjeiras
Horário de Funcionamento quinta-feira – das 16 horas às 20 horas

Serviço:
Inauguração da Feira Agroecológica de Vila Velha (Boulevard Shopping)
Data 22 de novembro
Hora 11 horas

Combate aos antibióticos nas carnes

     
                          
 

Entidades de consumidores lutam por fim de antibiótico em carne de fast food. Estudo realizado em supermercados de SP detectou a presença de bactérias resistentes a antibióticos em frango congelado. O problema é maior nas redes de fast food.

A Consumers International (CI), entidade que congrega 250 congeneres representativa de consumidores de 120 países, está pedindo para que redes McDonald’s, Subway e KFC definam um plano de ação com prazos para eliminar gradualmente o uso rotineiro de antibióticos, utilizados em medicina humana, em todas as cadeias de fornecimento de carne e aves de curral.

A mobilização ocorre na Semana Mundial de Conscientização da Resistência aos Antibióticos, evento organizado pela Organização Mundial de Saúde. Já há adesão de 33 organizações-membro da CI em 29 países, entre eles Japão, Coreia do Sul, França, Namíbia e Brasil.

A Proteste Associação de Consumidores, integrante da Consumers International, comprovou a resistência a antibióticos em bactérias de peitos de frango congelado compradas em supermercados em São Paulo, no início deste ano.

Foram encontradas bactérias resistentes em 100% das 50 amostras de frango avaliadas. Esse quadro é preocupante, podendo fazer com que, no futuro, não consigamos mais combater infecções.

Diante desses resultados foram cobrado dos Ministérios da Agricultura e Saúde maior fiscalização sobre a prescrição e aplicação dos antibióticos utilizados para controle de doenças na avicultura, de forma a garantir o uso correto. Foi pedido ainda a instalação de sistemas de monitoramento nacional e internacional para reduzir o impacto das resistências aos antibióticos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ameixa e morangos mais em conta em SP

 

Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista de produtos com os preços em baixa, estáveis ou em alta no atacado, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Ameixa nacional FLA, pêssego aurora, laranja seleta, coco verde, manga tommy atkins, morango comum, laranja pera, melão amarelo, abóbora seca, berinjela, abobrinha italiana, pepino japonês, gengibre, pepino comum, cenoura, abóbora moranga, mandioca, cebolinha, milho verde, gengibre com folha, couve manteiga, repolho verde, alface crespa, alface lisa e alho porró.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Pêssego dourado, mamão papaya, melancia, banana prata SP, abacaxi pérola, graviola, caju, atemóia, tangerina murcot, laranja lima, uva utália, acerola, banana terra, uva rubi, pimentão verde, batata doce rosada, beterraba, pepino caipira, batata doce amarela, jiló, repolho roxo, espinafre, rúcula, nabo, mostarda, cenoura com folha e ovos branco.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Mamão formosa, carambola, goiaba branca, fruta do conde, maçã estrangeira, figo, limão taiti, maracujá azedo, maracujá doce, pera estrangeira, uva crinsson,  banana maçã, uva rosada, chuchu, cara, pimentão vermelho, pimentão amarelo, tomate, ervilha torta, mandioquinha, vagem macarrão, escarola, agrião, salsa, brócolos ninja, acelga, couve-flor, coentro, rabanete, brócolos comum, batata lavada e alho nacional.

Conheça cinco benefícios da ameixa para sua saúde

                         

Docinhas e suculentas, as ameixas estão sempre presentes nas ceias e festas de final de ano. Aproveite que nesta semana, a ameixa nacional está com preço em baixa, e saiba mais sobre as propriedades nutricionais desta fruta saborosa, que possui bastante oferta nesta época do ano.

Cultivada pela humanidade há mais de 2 mil anos, as ameixas contém uma série de componentes benéficos para o nosso corpo, como potássio, fibras, Vitaminas A e C e muitos outros. Por conta desta riqueza nutricional, esta frutinha promove uma série de melhorias na saúde. Confira:

    1- Melhora o funcionamento do sistema digestivo, através da absorção de fibras.
    2 - Atua como antioxidante natural, por conta do alto teor de Vitamina C.
    3- Também através da Vitamina C, fortalece o sistema imunológico contra infecções.
    4- Ajuda o corpo a metabolizar os carboidratos
    5 - Possui componentes que ajudam a proteger a retina dos raios solares.


Na hora de escolher qual ameixa levar, o ideal é buscar frutas com a casca íntegra e coloração uniforme. Por ser bastante macia, as ameixas devem ser conservadas em geladeira para que não amadureçam demais. Também é possível partir os frutos ao meio, remover os caroços e congelá-los por até um ano, mas atenção: com o descongelamento, a polpa fica mais mole, tendo uma consistência mais adequada para o preparo de sucos ou doces.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Preço dos alimentos em 15 dias: alta de 100%

                          

Enquanto isso a inflação prevista para o final de 2015 é de 11%. O quilo da cebola nas centrais de abastecimento foi o recordista nos reajustas assombrosos para o consumidor.

Por Jorge Lopes

O consumidor que vai ao supermercado, aos chamados Varejões ou "sacolões" já tem notado com espanto uma alta sem precedentes nos preços dos legumes, frutas, ovos e, geralmente, atribuindo isso aos chamados aumentos dos tributos, energia elétrica e até mesmo o décimo terceiro salário de funcionários. Mas, se prepare, por que esses aumentos não irão parar até o final do ano. Pelo menos é que o que dizem produtores rurais e comerciantes que trabalham nas principais centrais de abastecimento do país. Os reajustes de preços nos últimos quinze dias, por exemplo, para alguns desses alimentos já chegaram a 100%, muito acima da inflação projetada para o ano inteiro.

De acordo com analistas financeiros e economistas, a inflação brasileira já atingiu 2 dígitos, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE chegando a registrar 9,93%, o maior desde novembro de 2004, quando o indicador atingiu 11,02% em doze meses.  E em cinco das 13 regiões analisadas pelo IBGE, a inflação passou dos 10%.  Analistas já prevêm taxas de 11% para a inflação no apagar das luzes de 2015.

Nos alimentos, ela já chegou até mesmo multiplicada por 10: o preço da cebola, por exemplo, já passou dos 100% na principal central de abastecimento da América Latina, a Ceagesp (SP), administrada pelo governo federal.  Nela, o quilo da cebola estava custando, nesta segunda-feira (16/11), R$ 3,17. No dia 31 de outubro esta mesma cebola custava, no atacado, R4 1,49, e fechou a semana passada em R$ 2,86.

Na Ceasa do Rio de Janeiro a cebola está custando R$ 2,75, com a saca de 20 kg sendo vendida entre R$ 50 e R$ 60.  Na Ceasa ES, o quilo está por R$ 2, 25 e na Ceasa Minas Gerais, a R$ 2.

Nas principais regiões produtoras de cebola do país, como RS, SC e PR, estados castigados pelas chuvas, os preços do quilo da cebola estão se mantendo nestes patamares: R$ 2,75, R$ 2,46 e R$ 2,25. Houve uma grande perda na produção do estado de Santa Catarina e isso está começando a se refletir nos preços atuais.

Segundo um dirigente de associação no âmbito das Ceasas do Sudeste, no caso da cebola a situação poderia ser bem pior se os comerciantes, principalmente do sudeste do país, não comprassem cebolas importadas da Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Argentina que, mesmo tendo problemas devido ao transporte feito por longa distância, que diminuía a qualidade do produto quando era desembarcado nas centrais. "Se não fosse isso, pode ter certeza que a saca estaria custando R$ 200", enfatiza.

Mais preços altos

O portal CeasaCompras.com preparou uma lista com sete principais ingredientes que não podem faltar na cozinha do brasileiro, de jeito nenhum, além do feijão com arroz, claro.  Os itens dessa cesta são a alface, que também está com o preço absurdo nos últimos dias, o alho, cebola, batata, limão, tomate e ovos. Vejamos:

Ceagesp (preços por quilo)

Alface R$ 8,39; alho R$ 16,17;  batata R$ 3,37; cebola R$ 3,17; limão R$ 6,61; ovos R$ 2,67 (dúzia) e tomate R$ 4,13.

Ceasa Grande Rio (preços por quilo)

Alface R$ 5 (dúzia); alho R$ 12; batata R$ 1,80; cebola R$ 2;75; limão R$ 4,40; ovos R$ 2,60 (dúzia) e tomate R$ 1,87.

Ceasa Minas Gerais

Alface R$ 10 (dúzia); alho R$ 13; batata R# 2,40; limão R$ 3,50; ovos R$ 2,67 (dúzia) e tomate R$ 2,76.

Ceasa Espírito Santo

Alface R$ 6; alho R$ 13,75; batata R$ 2,80; cebola R$ 2,25; limão R$ 4,50; ovos R$ 2,52 (dúzia); tomate R$ 1,61.

Preços na região sul afetada pelas chuvas intensas

Nas Ceasas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, nós preparamos uma cesta com 12 tipos de alimentos e os seus respectivos preços por quilo e dúzia.

Ceasa RS

Alface R$ 10 (dúzia); alho (R$ 15), batata R$ 3; batata doce R$ 2; brócolis R$ 4,19; cebola R$ 2,75; chuchu R$ 1,25; couve R$ 2,50; couve-flor R$ 3,33; jiló R$ 6,50; limão R$ 5; mandioca/aipim R$ 1.

Ceasa SC

Alface R$ 9,60; alho R$ 15; batata R$ 2,40; batata doce 1,36; brócolis R$ 3,20; cebola R$ 2,46; couve R$ 2,80; couve-flor R$ 4; chuchu R$ 0,68. jiló R$ 3,13; limão R$ 5; mandioca/aipim R$ 1,09.

Ceasa PR

Alface R$ 4,67; alho R$ 10; batata R$ 1,60; batata doce R$ 1,14; brócolis R$ 1,25; cebola R$ 2,25; couve R# 2; couve-flor R$ 2,08;  chuchu R$ 0,68; jiló R$ 3,12; limão R$ 2,80; mandioca/aipim R$ 3,63.
.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Tragédia em Mariana: Poluição levará 10 anos para dissipar 50%

                            
       
Especialistas estimam tempo para a natureza se regenerar após rompimento da barreira. Na Região Serrana do Rio, a tragédia mudou o mapa da localidade. Veja esse alerta publicado no Dia.

Como uma grande ferida aberta, a natureza em Mariana (MG) e na Região Serrana do Rio levará anos para cicatrizar e voltar a ser como antes. Assim como os moradores que vão demorar para superar a tragédia que devastou o distrito de Bento Rodrigues, os municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, até hoje, quatro anos depois, ainda não se recuperaram das chuvas que devastaram a região, provocando a morte de mais de 900 pessoas.

Para o geógrafo do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Uerj, Hugo Portocarrero, será necessário pelo menos uma década para a natureza se regenerar parcialmente. A recuperação plena é difícil prever, uma vez que o desastre ambiental, nas duas regiões, mudou o curso de rios, destruiu plantações e provocou mortandade de espécies. “Um desastre dessa proporção altera o relevo. Sozinha, a natureza levará muito tempo. Será preciso que o homem intervenha e faça o reflorestamento das áreas atingidas”, afirma. O que, diz ele, não foi feito na Serra. “Desassorearam os rios e fizeram contenção de encostas. Mas não foi feito reflorestamento.”

O especialista espera que as duas tragédias sirvam de alerta. “Obras gigantescas como as que vêm sendo feitas implicam riscos da mesma magnitude. Infelizmente, não havia nenhum plano de contingência”, destaca o especialista, lembrando que, enquanto na Serra o acidente foi um fenômeno geológico, em Minas foi geotécnico. “A cada 50 anos, ocorrem acidentes ambientais que levam ao surgimento de morros e encostas. Em Mariana, foi diferente. Houve ruptura de barragem por negligência governamental”, diz Portocarrero. Ele explica que a tendência é que, com o tempo, o solo aproveite o material que veio com a lama, como o ferro.

Para o biólogo Leonardo Freitas, da Mosaico Ambiental, especializado em gestão de desastres, a reocupação das áreas vai depender do poder público e da empresa Samarco, que teve R$ 300 milhões bloqueados pela Justiça para pagamento de indenizações às vítimas e foi multada em R$ 250 milhões por danos ambientais — punição esta divulgada pela própria presidenta Dilma Rousseff. “Nunca mais vai voltar a ser o que era. A tragédia foi muito grande. Os rios foram assoreados. A natureza não vai se recuperar 100%. Com o tempo, a correnteza vai levando os sedimentos e o homem vai voltar a ocupar o espaço. Mas parte desses detritos nunca será retirada”, avalia.

Na Serra, mortes seriam evitadas

Mapeamento feito logo após a catástrofe na Região Serrana pela empresa Mosaico Ambiental, comparando imagens de satélite, mostrou que 70% das edificações destruídas pela enxurrada no Vale do Cuiabá, em Petrópolis, estavam em áreas de preservação permanente e que, portanto, não deveriam estar ali. “Se a legislação da época de ordenamento territorial tivesse sido respeitada, mais da metade das mortes poderiam ter sido evitadas”, constata o biólogo Leonardo Freitas. Na avaliação dele, os mais vulneráveis são as populações de baixa renda que ocupam encostas e as margens de rios, onde ocorrem deslizamentos e inundações.

Segundo o ecologista Sérgio Ricardo, em Minas Gerais existem atualmente cerca de 600 barragens de rejeitos e resíduos industriais e minerários classificadas como de alto risco ambiental. “Esta grave situação de risco tem sido literalmente ‘empurrada com a barriga’ há décadas”, denuncia.