Por Jorge Luiz Lopes
A
Ceagesp e a Ceasa Grande Rio são consideradas as duas maiores centrais
de abastecimento do país e vivem nos últimos dias uma discrepância em
matéria de preços dos hortifrutigranjeiros no atacado, tornando-se a
paulistana uma das mais caras. Na disputa entre as duas, a central do
Rio de Janeiro leva vantagem e mantém muitos preços bem em conta, com
até mais de 100% de diferença.
O caso do preço da batata beira o
absurdo: o quilo na Ceasa do Irajá, na capital carioca, fechou a
quinta-feira (10/11), sendo vendida a R$ 2; na Ceagesp, R$ 3,24. O
tomate está a R$ 1,82, enquanto que em Sampa, R$ 3,26. A vagem R$ 2,67
(RJ) e R$ 5,75 (SP).
A tangerina, cujo quilo custa R$ 2 na
primeira; na segunda, ele era vendido a R$ 4,30. A maçã nacional, no Rio
está por R$ 3,90; em São Paulo é cobrada a R$ 5,17. O maracujá, R$
3,93, na capital fluminense, e R$ 6.07 (SP).
Até mesmo o alho
chinês, do mais vagabundo, está custando R$ 13, no Rio, e R$ 16,45 em
São Paulo. Isso no atacado, por que no varejo em muitos lugares, como
feiras livres e sacolões este produto indispensável na cozinha beira os
R$ 20 o quilo, para o consumidor final. No caso das verduras, temos o
exemplo da alface, vendida a dúzia por R$ 5 (RJ) e R$ 9,20 (SP).
Enquanto
que a central de abastecimento paulistana, considerada a maior da
América Latina tem apenas dois produtos - milho verde e repolho -
abaixo de R$ 1, a congênere fluminense mantém sua tabela de preços no
atacado com 5 produtos abaixo de R$ 1. São eles: chuchu, laranja-pêra,
milho verde, pepino e repolho.
O Portal CeasaCompras.com fez uma
análise de preços praticados pela Ceagesp e a Ceasa Grande Rio, com base
no relatório publicado pela diretoria técnica do Programa Brasileiro de
Modernização do Mercado de Hortigranjeiros - PROHORT, que analisa os
preços dos produtos comercializados por 20 centrais de abastecimento do
país. Veja as tabelas que selecionamos para os nossos leitores, com
preços abaixo de R$ 5, praticados pelas duas centrais.
CEASA RIO
Abacaxi UN - R$ 2,70;
Abóbora - R$ 1,30;
Abobrinha - R$ 1;
Alface - R$ 5:
Banana-nanica - R$ 1,76;
Banana-prata - R$ 1,75;
Batata - R$ 2;
Batata doce - R$ 1,25;
Berinjela - R$ 1.14;
Beterraba - R$ 1,28;
Brócolis - R$ 1,50;
Cará - R$ 2,50;
cebola - R$ 2,50;
Cenoura - R$ 1,50;
Chuchu - R$ 0,91;
Coco verde - R$ 1,50;
Couve - R$ 5;
Couve-flor UN - R$ 2,50;
Goiaba - R$ 3, 67;
Inhame - R$ 2,50;
Jiló - R$ 2
Laranja-pêra - R$ 0,96;
Limão Taiti - R$ 3;
Maçã nacional - R$ 3,90;
Mamão Formosa - R$ 1,75;
Mamão Havaí - R$ 1;
Mandioca/Aipim - R$ 1,14;
Mandioquinha - R$ 5;
Manga - R$ 1,37;
Maracujá - R$ 3,83;
Melancia - R$ 1,20;
Melão amarelo - R$ 2,60;
Milho verde - R$ 0,60;
Ovos DZ - R$ 2,84;
Pepino - R$ 0,72;
Pimentão verde - R$ 1,50.
Quiabo - R$ 2;
Repolho - R$ 0, 60;
Tangerina - R$ 2;
Tomate - R$ 1,62;
Uva Itália - R$ 5
Uva Niágara - R$ 4,38;
Vagem - R$ 2,67
CEAGESP - SP
Abacaxi UN - R$ 4,31;
Abóbora - R$ 1,52;
Abobrinha - R$ 1,80;
Banana-nanica - R$ 1,98;
Banana-prata - R$ 1,99;
Batsata - R$ 3,24;
Batata doce - R$ 2,06;
Berinjela - R$ 1,79;
Beterraba - R$ 1,96;
Brócolis - R$ 3,90;
Cebola - R$ 2,63;
Cenoura - R$ 1,86;
Chuchu - R$ 1,82;
Coco-verde UN - R$ 1,40;
Couve - R$ 2,84;
Couve-flor UN - R$ 4,09;
Goiaba - R$ 4,83;
Inhame - R$ 3,91;
Jiló - R$ 2,32;
Laranja-pêra - R$ 1,31;
Mamão Formosa - R$ 2,79;
Mamão Havaí - R$ 2,21;
Mandioca/aipim - R$ 1,05;
Manga - R$ 2,38;
Melancia - R$ 1,47;
Melão amarelo - R$ 2,52;
Milho verde - R$ 0,68;
Ovos - R$ 2,72;
Pepino - R$ 1,28;
Pimentão verde - R$ 2,39;
Quiabo - R$ 4,86;
Repolho - R$ 0,96;
Tangerina - R$ 4,30;
Tomate - R$ 3,26.
A feira que será inaugurada no Boulevard Shopping é a nona do gênero na Grande Vitória.
Os
moradores da Grande Vitória, especialmente aqueles que vivem em Vila
Velha, passam a contar com mais uma opção para adquirir produtos livres
de agrotóxicos. E os agricultores familiares que se dedicam à produção
agroecológica também ganham mais um canal de comercialização. Será
inaugurada neste domingo (22/11), às 11 horas, a feira de produtos
agroecológicos de Itaparica, que funcionará no Boulevard Shopping,
próximo ao entroncamento das rodovias do Sol e Darly Santos. A feira
funcionará todos os domingos, das 11 às 16 horas.
Vinte e cinco
grupos de agricultores familiares do Estado foram cadastrados pela
Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca
(Seag) e instituições parceiras, o que garante a qualidade dos diversos
produtos que serão ofertados na feira, como frutas, verduras e legumes,
além de produtos da agroindústria (geleias, bolos, pães, entre outros).
Esta será a nona feira do gênero em funcionamento na Grande Vitória
(Confira os endereços das demais feiras no final do texto).
Ambiente climatizado
Entre
as novidades da feira agroecológica do Boulevard Shopping é que o
espaço será o único que funcionará aos domingos e os consumidores
poderão fazer suas compras em ambiente climatizado, com estacionamento
gratuito. Os produtos que serão comercializados na feira agroecológica
são produzidos sem a utilização de agrotóxicos e com base nos princípios
da sustentabilidade, por meio de critérios determinados pela Seag e
pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão
Rural (Incaper).
“Precisamos ampliar a oferta desses produtos e
garantir o maior abastecimento de alimentos saudáveis para a população.
Esses produtos não utilizam químicos e são produzidos de forma
responsável, a partir da utilização racional dos recursos naturais,
garantido a qualidade de vida de quem produz e de quem consome”,
ressalta o gerente de Agroecologia e Produção Vegetal da Seag, Aureliano
Nogueira da Costa, frisando que os produtores familiares cadastrados
atendem às exigências da produção agroecológica.
A Secretaria de
Estado da Agricultura também irá disponibilizar 550 caixas plásticas aos
agricultores familiares cadastrados, com o objetivo de garantir o
acondicionamento e o transporte seguro das mercadorias.
Orgânico Agroecológico no Espírito Santo
Em
uma feira orgânica todos os produtores já passaram pelo processo de
certificação. Na feira agroecológica, eles estão em processo de
certificação. No Espírito Santo, os produtos orgânicos e agroecológicos
vêm ganhando o mercado e a mesa dos consumidores. Já são mais de 300
produtores certificados, que atuam em vários municípios, como Santa
Maria de Jetibá, Iconha, Fundão, Muqui, Cachoeiro do Itapemirim, Nova
Venécia, Pedro Canário e Laranja da Terra.
A feira que será
inaugurada no Boulevard Shopping é a nona do gênero na Grande Vitória.
Quem frequenta esses espaços não leva para casa apenas um produto
saudável e de qualidade, mas também tem a oportunidade de interagir
diretamente com as famílias que produziram aquele alimento, criando um
laço de credibilidade no processo de comercialização.
Produção
Atualmente,
são produzidas em média três mil toneladas de orgânicos por mês no
Espírito Santo. A produção de outras 10 mil toneladas está em fase de
transição para o modelo orgânico. Entre os produtos que se destacam
estão hortaliças em geral, frutas, produtos da agroindústria caseira,
como pães, biscoitos, bolos, doces e geleias. Flores, plantas medicinais
e temperos também são comercializados nos mais de 50 pontos de venda do
Estado, entre supermercados, feiras livres e feiras especializadas.
Pelo menos 40 municípios no Estado produzem orgânicos atualmente, 21
deles com produtores certificados.
Para impulsionar e desenvolver
tecnologias voltadas à modalidade orgânica, o Incaper mantém uma
Unidade de Referência em Agroecologia em Domingos Martins. Denominado
“Desenvolvimento Integrado de Tecnologias e Indicadores Agroambientais
para a Produção de Alimentos Orgânicos”, o projeto treinou mais de 500
produtores e recebeu a visita de mais de 4 mil pessoas ao longo de 25
anos de história. Em 2014, venceu o Prêmio Celso Furtado de
Desenvolvimento Regional, concedido pelo Ministério da Integração
Nacional.
Feira de produtos orgânicosagroecológicos na Grande Vitória
Vitória
Feira de Produtos Orgânicos de Barro Vermelho
Endereço Rua Arlindo Brás do Nascimento, atrás da Emescam
Horário de Funcionamento sábado – das 6 horas às 12 horas
Feira de Produtos Orgânicos da Praça do Papa
Endereço Estacionamento da Praça do Papa – Enseada do Suá
Horário de Funcionamento quarta-feira – das 15 horas às 20h30
Feira de Produtos Orgânicos de Jardim Camburi
Endereço Av. Isaac Lopes Rubim – próximo à Faculdade Estácio de Sá
Horário de Funcionamento sábado – das 06 horas às 12 horas
Cariacica
Feira Agroecológica de Cariacica
Endereço Praça John Kennedy (Praça do Parque Infantil) – Campo Grande
Horário de Funcionamento sábado – das 06 horas às 12 horas
Vila Velha
Feira de Produtos Orgânicos da Praia da Costa
Endereço Entre as ruas XV de Novembro e Henrique Moscoso, em baixo da Terceira Ponte
Horário de Funcionamento sábado – das 06 horas às 13 horas
Serra
Feira de Produtos Orgânicos de Serra Sede
Endereço Praça de Encontro
Horário de Funcionamento terça-feira – das 15 horas às 21 horas
Feira de Produtos Orgânicos de Valparaíso
Endereço Estacionamento do antigo Serra Bela Clube – Valparaíso (ao lado da biblioteca pública municipal)
Horário de Funcionamento terça-feira – das 15 horas às 21 horas
Feira de Produtos Orgânicos de Colina de Laranjeiras
Endereço Praça Central de Colina de Laranjeiras
Horário de Funcionamento quinta-feira – das 16 horas às 20 horas
Serviço:
Inauguração da Feira Agroecológica de Vila Velha (Boulevard Shopping)
Data 22 de novembro
Hora 11 horas
Entidades de consumidores
lutam por fim de antibiótico em carne de fast food. Estudo realizado em
supermercados de SP detectou a presença de bactérias resistentes a
antibióticos em frango congelado. O problema é maior nas redes de fast
food.
A Consumers International (CI), entidade que congrega 250
congeneres representativa de consumidores de 120 países, está pedindo
para que redes McDonald’s, Subway e KFC definam um plano de ação com
prazos para eliminar gradualmente o uso rotineiro de antibióticos,
utilizados em medicina humana, em todas as cadeias de fornecimento de
carne e aves de curral.
A mobilização ocorre na Semana Mundial de
Conscientização da Resistência aos Antibióticos, evento organizado pela
Organização Mundial de Saúde. Já há adesão de 33 organizações-membro da
CI em 29 países, entre eles Japão, Coreia do Sul, França, Namíbia e
Brasil.
A Proteste Associação de Consumidores, integrante da
Consumers International, comprovou a resistência a antibióticos em
bactérias de peitos de frango congelado compradas em supermercados em
São Paulo, no início deste ano.
Foram encontradas bactérias
resistentes em 100% das 50 amostras de frango avaliadas. Esse quadro é
preocupante, podendo fazer com que, no futuro, não consigamos mais
combater infecções.
Diante desses resultados foram cobrado dos
Ministérios da Agricultura e Saúde maior fiscalização sobre a prescrição
e aplicação dos antibióticos utilizados para controle de doenças na
avicultura, de forma a garantir o uso correto. Foi pedido ainda a
instalação de sistemas de monitoramento nacional e internacional para
reduzir o impacto das resistências aos antibióticos.
Semanalmente,
a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo)
prepara uma lista de produtos com os preços em baixa, estáveis ou em
alta no atacado, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a
lista dos produtos:
PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Ameixa
nacional FLA, pêssego aurora, laranja seleta, coco verde, manga tommy
atkins, morango comum, laranja pera, melão amarelo, abóbora seca,
berinjela, abobrinha italiana, pepino japonês, gengibre, pepino comum,
cenoura, abóbora moranga, mandioca, cebolinha, milho verde, gengibre com
folha, couve manteiga, repolho verde, alface crespa, alface lisa e alho
porró.
PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Pêssego dourado, mamão
papaya, melancia, banana prata SP, abacaxi pérola, graviola, caju,
atemóia, tangerina murcot, laranja lima, uva utália, acerola, banana
terra, uva rubi, pimentão verde, batata doce rosada, beterraba, pepino
caipira, batata doce amarela, jiló, repolho roxo, espinafre, rúcula,
nabo, mostarda, cenoura com folha e ovos branco.
PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Mamão
formosa, carambola, goiaba branca, fruta do conde, maçã estrangeira,
figo, limão taiti, maracujá azedo, maracujá doce, pera estrangeira, uva
crinsson, banana maçã, uva rosada, chuchu, cara, pimentão vermelho,
pimentão amarelo, tomate, ervilha torta, mandioquinha, vagem macarrão,
escarola, agrião, salsa, brócolos ninja, acelga, couve-flor, coentro,
rabanete, brócolos comum, batata lavada e alho nacional.
Docinhas e
suculentas, as ameixas estão sempre presentes nas ceias e festas de
final de ano. Aproveite que nesta semana, a ameixa nacional está com
preço em baixa, e saiba mais sobre as propriedades nutricionais desta
fruta saborosa, que possui bastante oferta nesta época do ano.
Cultivada
pela humanidade há mais de 2 mil anos, as ameixas contém uma série de
componentes benéficos para o nosso corpo, como potássio, fibras,
Vitaminas A e C e muitos outros. Por conta desta riqueza nutricional,
esta frutinha promove uma série de melhorias na saúde. Confira:
1- Melhora o funcionamento do sistema digestivo, através da absorção de fibras.
2 - Atua como antioxidante natural, por conta do alto teor de Vitamina C.
3- Também através da Vitamina C, fortalece o sistema imunológico contra infecções.
4- Ajuda o corpo a metabolizar os carboidratos
5 - Possui componentes que ajudam a proteger a retina dos raios solares.
Na
hora de escolher qual ameixa levar, o ideal é buscar frutas com a casca
íntegra e coloração uniforme. Por ser bastante macia, as ameixas devem
ser conservadas em geladeira para que não amadureçam demais. Também é
possível partir os frutos ao meio, remover os caroços e congelá-los por
até um ano, mas atenção: com o descongelamento, a polpa fica mais mole,
tendo uma consistência mais adequada para o preparo de sucos ou doces.
Enquanto isso a
inflação prevista para o final de 2015 é de 11%. O quilo da cebola nas
centrais de abastecimento foi o recordista nos reajustas assombrosos
para o consumidor.
Por Jorge Lopes
O consumidor
que vai ao supermercado, aos chamados Varejões ou "sacolões" já tem
notado com espanto uma alta sem precedentes nos preços dos legumes,
frutas, ovos e, geralmente, atribuindo isso aos chamados aumentos dos
tributos, energia elétrica e até mesmo o décimo terceiro salário de
funcionários. Mas, se prepare, por que esses aumentos não irão parar até
o final do ano. Pelo menos é que o que dizem produtores rurais e
comerciantes que trabalham nas principais centrais de abastecimento do
país. Os reajustes de preços nos últimos quinze dias, por exemplo, para
alguns desses alimentos já chegaram a 100%, muito acima da inflação
projetada para o ano inteiro.
De acordo com analistas
financeiros e economistas, a inflação brasileira já atingiu 2 dígitos,
com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE chegando a
registrar 9,93%, o maior desde novembro de 2004, quando o indicador
atingiu 11,02% em doze meses. E em cinco das 13 regiões analisadas pelo
IBGE, a inflação passou dos 10%. Analistas já prevêm taxas de 11% para
a inflação no apagar das luzes de 2015.
Nos alimentos, ela já
chegou até mesmo multiplicada por 10: o preço da cebola, por exemplo, já
passou dos 100% na principal central de abastecimento da América
Latina, a Ceagesp (SP), administrada pelo governo federal. Nela, o
quilo da cebola estava custando, nesta segunda-feira (16/11), R$ 3,17.
No dia 31 de outubro esta mesma cebola custava, no atacado, R4 1,49, e
fechou a semana passada em R$ 2,86.
Na Ceasa do Rio de Janeiro a
cebola está custando R$ 2,75, com a saca de 20 kg sendo vendida entre
R$ 50 e R$ 60. Na Ceasa ES, o quilo está por R$ 2, 25 e na Ceasa Minas
Gerais, a R$ 2.
Nas principais regiões produtoras de cebola do
país, como RS, SC e PR, estados castigados pelas chuvas, os preços do
quilo da cebola estão se mantendo nestes patamares: R$ 2,75, R$ 2,46 e
R$ 2,25. Houve uma grande perda na produção do estado de Santa Catarina e
isso está começando a se refletir nos preços atuais.
Segundo um
dirigente de associação no âmbito das Ceasas do Sudeste, no caso da
cebola a situação poderia ser bem pior se os comerciantes,
principalmente do sudeste do país, não comprassem cebolas importadas da
Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Argentina que, mesmo tendo problemas
devido ao transporte feito por longa distância, que diminuía a qualidade
do produto quando era desembarcado nas centrais. "Se não fosse isso,
pode ter certeza que a saca estaria custando R$ 200", enfatiza.
Mais preços altos
O
portal CeasaCompras.com preparou uma lista com sete principais
ingredientes que não podem faltar na cozinha do brasileiro, de jeito
nenhum, além do feijão com arroz, claro. Os itens dessa cesta são a
alface, que também está com o preço absurdo nos últimos dias, o alho,
cebola, batata, limão, tomate e ovos. Vejamos:
Ceagesp (preços por quilo)
Alface R$ 8,39; alho R$ 16,17; batata R$ 3,37; cebola R$ 3,17; limão R$ 6,61; ovos R$ 2,67 (dúzia) e tomate R$ 4,13.
Ceasa Grande Rio (preços por quilo)
Alface R$ 5 (dúzia); alho R$ 12; batata R$ 1,80; cebola R$ 2;75; limão R$ 4,40; ovos R$ 2,60 (dúzia) e tomate R$ 1,87.
Ceasa Minas Gerais
Alface R$ 10 (dúzia); alho R$ 13; batata R# 2,40; limão R$ 3,50; ovos R$ 2,67 (dúzia) e tomate R$ 2,76.
Ceasa Espírito Santo
Alface R$ 6; alho R$ 13,75; batata R$ 2,80; cebola R$ 2,25; limão R$ 4,50; ovos R$ 2,52 (dúzia); tomate R$ 1,61.
Preços na região sul afetada pelas chuvas intensas
Nas
Ceasas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, nós preparamos
uma cesta com 12 tipos de alimentos e os seus respectivos preços por
quilo e dúzia.
Ceasa RS
Alface R$ 10 (dúzia); alho (R$
15), batata R$ 3; batata doce R$ 2; brócolis R$ 4,19; cebola R$ 2,75;
chuchu R$ 1,25; couve R$ 2,50; couve-flor R$ 3,33; jiló R$ 6,50; limão
R$ 5; mandioca/aipim R$ 1.
Ceasa SC
Alface R$ 9,60; alho
R$ 15; batata R$ 2,40; batata doce 1,36; brócolis R$ 3,20; cebola R$
2,46; couve R$ 2,80; couve-flor R$ 4; chuchu R$ 0,68. jiló R$ 3,13;
limão R$ 5; mandioca/aipim R$ 1,09.
Ceasa PR
Alface R$
4,67; alho R$ 10; batata R$ 1,60; batata doce R$ 1,14; brócolis R$ 1,25;
cebola R$ 2,25; couve R# 2; couve-flor R$ 2,08; chuchu R$ 0,68; jiló
R$ 3,12; limão R$ 2,80; mandioca/aipim R$ 3,63.
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Especialistas
estimam tempo para a natureza se regenerar após rompimento da barreira.
Na Região Serrana do Rio, a tragédia mudou o mapa da localidade. Veja
esse alerta publicado no Dia.
Como uma grande ferida aberta, a
natureza em Mariana (MG) e na Região Serrana do Rio levará anos para
cicatrizar e voltar a ser como antes. Assim como os moradores que vão
demorar para superar a tragédia que devastou o distrito de Bento
Rodrigues, os municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, até
hoje, quatro anos depois, ainda não se recuperaram das chuvas que
devastaram a região, provocando a morte de mais de 900 pessoas.
Para
o geógrafo do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Uerj, Hugo
Portocarrero, será necessário pelo menos uma década para a natureza se
regenerar parcialmente. A recuperação plena é difícil prever, uma vez
que o desastre ambiental, nas duas regiões, mudou o curso de rios,
destruiu plantações e provocou mortandade de espécies. “Um desastre
dessa proporção altera o relevo. Sozinha, a natureza levará muito tempo.
Será preciso que o homem intervenha e faça o reflorestamento das áreas
atingidas”, afirma. O que, diz ele, não foi feito na Serra.
“Desassorearam os rios e fizeram contenção de encostas. Mas não foi
feito reflorestamento.”
O especialista espera que as duas
tragédias sirvam de alerta. “Obras gigantescas como as que vêm sendo
feitas implicam riscos da mesma magnitude. Infelizmente, não havia
nenhum plano de contingência”, destaca o especialista, lembrando que,
enquanto na Serra o acidente foi um fenômeno geológico, em Minas foi
geotécnico. “A cada 50 anos, ocorrem acidentes ambientais que levam ao
surgimento de morros e encostas. Em Mariana, foi diferente. Houve
ruptura de barragem por negligência governamental”, diz Portocarrero.
Ele explica que a tendência é que, com o tempo, o solo aproveite o
material que veio com a lama, como o ferro.
Para o biólogo
Leonardo Freitas, da Mosaico Ambiental, especializado em gestão de
desastres, a reocupação das áreas vai depender do poder público e da
empresa Samarco, que teve R$ 300 milhões bloqueados pela Justiça para
pagamento de indenizações às vítimas e foi multada em R$ 250 milhões por
danos ambientais — punição esta divulgada pela própria presidenta Dilma
Rousseff. “Nunca mais vai voltar a ser o que era. A tragédia foi muito
grande. Os rios foram assoreados. A natureza não vai se recuperar 100%.
Com o tempo, a correnteza vai levando os sedimentos e o homem vai voltar
a ocupar o espaço. Mas parte desses detritos nunca será retirada”,
avalia.
Na Serra, mortes seriam evitadas
Mapeamento feito
logo após a catástrofe na Região Serrana pela empresa Mosaico Ambiental,
comparando imagens de satélite, mostrou que 70% das edificações
destruídas pela enxurrada no Vale do Cuiabá, em Petrópolis, estavam em
áreas de preservação permanente e que, portanto, não deveriam estar ali.
“Se a legislação da época de ordenamento territorial tivesse sido
respeitada, mais da metade das mortes poderiam ter sido evitadas”,
constata o biólogo Leonardo Freitas. Na avaliação dele, os mais
vulneráveis são as populações de baixa renda que ocupam encostas e as
margens de rios, onde ocorrem deslizamentos e inundações.
Segundo
o ecologista Sérgio Ricardo, em Minas Gerais existem atualmente cerca
de 600 barragens de rejeitos e resíduos industriais e minerários
classificadas como de alto risco ambiental. “Esta grave situação de
risco tem sido literalmente ‘empurrada com a barriga’ há décadas”,
denuncia.