Estradas da Produção, projeto do governo estadual, consegue recuperar vias para levar frutas até os mercados
Produtores
de tangerina Ponkan, da localidade de Cuiabá, em Teresópolis, na Região
Serrana fluminense, estão encontrando o caminho mais livre para escoar a
safra, iniciada em junho. O trabalho de manutenção desenvolvido pela
equipe do Programa Estradas da Produção, da secretaria estadual de
Agricultura, deixou as vicinais na região em condições para o transporte
das frutas até os mercados locais e da Ceasa.
O coordenador do
programa na região, engenheiro agrícola Emerson Landgraf, explicou que
por serem vias por onde escoam produções tanto de hortaliças, quanto da
fruta, em veículos mais pesados, necessitam de estradas em boas
condições.
Maior produtor estadual de tangerina Ponkan, o
município, de acordo com dados do escritório local da Emater-Rio,
Empresa de Extensão Rural do Estado, responde pela produção de quase 10
mil toneladas anuais, com área plantada de 456 hectares e produtividade
média de 20 toneladas por hectare. A atividade é desenvolvida por 120
agricultores, concentrados principalmente, nas localidades de Cuiabá e
Brejal.
Pedro Rabelo de Lima, produtor de tangerina em Cuiabá, em
Teresópolis, ressaltou a importância do resultado da manutenção
permanente das estradas realizadas pelas máquinas do programa da
secretaria estadual de Agricultura e lembrou as dificuldades já vividas
por aqueles que utilizam as vicinais.
- Em períodos de muita
chuva já chegamos a usar o nosso trator agrícola para atravessar os
caixotes de frutas por trechos intransitáveis da estrada. O transporte
escolar também não conseguia chegar para levar as crianças à escola -
enfatizou.
A safra de tangerina Ponkan vai até setembro, sendo
junho e julho os meses de maior atividade. A estimativa é que a colheita
deste ano seja superior a de anos anteriores.
De acordo com a
presidente da Emater-Rio e coordenadora do Estradas da Produção, Stella
Romanos, o programa conta com patrulhas mecanizadas, distribuídas por
todo o estado, e desde sua criação em 2010 já realizou serviços de
recuperação e manutenção em 29 mil quilômetros de estradas vicinais,
beneficiando 241.933 mil produtores rurais e seus familiares.
Iguaria
portuguesa será servida até domingo em São Paulo. Lenda de frade pobre
inspirou receita que leva legumes e carnes, informa o G1.
Uma
rocha redonda e do tamanho de um punho fechado é um dos ingredientes
utilizados na “sopa de pedra”, iguaria que é servida até domingo (28/6)
no Festival de Sopas da Ceagesp, em São Paulo.
Segundo o
organizador do evento Leandro Camini, de 29 anos, a receita é baseada
numa lenda portuguesa de um frade pobre que tinha vergonha de pedir
comida. “Ele ia até a casa das pessoas e pedia somente uma panela com
água e um fogareiro. Ele então tirava do bornal [saco de pano] duas
pedras limpas e bem lustrosas e começava a cozinha-las.” Curiosos, os
moradores da aldeia acabavam oferecendo ingredientes para melhorar o
sabor da sopa, como sal, legumes e carnes. No fim, a pedra ficava apenas
como adorno de um caldo nutritivo e gostoso.
A versão da Ceagesp
leva bacon, paio, carne, feijão, batata, brócolis, couve-flor, tomate,
inhame, cebola, vagem, pimenta-do-reino e alho .
“Se quiser fazer uma sopa dessas, eu sugiro reunir os amigos e pedir
para que cada um leve um ingrediente. Se forem 20 pessoas, serão 20
ingredientes”, disse o chef Ivair Felix, de 49 anos. “Só não pode faltar
a pedra.”
Frequentadores do festival se surpreenderam com a
novidade. “Não sabia exatamente o que iria ter, pensei que ia encontrar
uma pedra dentro [do prato]”, disse a advogada Paula Ristun, de 32 anos.
“Parece aquelas sopas de mãe, em que pega tudo na geladeira e coloca na
panela”, disse a compradora Beatriz Godoy, de 21 anos.
O
Festival de Sopas tem cardápios diferentes a cada semana. Até domingo,
haverá, além da de pedra, a tradicional de cebola, cebola gratinada,
creme de palmito, inhame com costelinha e creme de Ervilha com ricota. O
evento acontece às quartas, quintas e domingos, das 18h à meia-noite,
e, às sextas e sábados, das 18h às 2h, na Ceagesp (Av. Dr. Gastão
Vidigal, 1.946, Vila Leopoldina). O “rodízio” custa R$ 32,90.
Depois de ser execrado pela
opinião público e governo, acusado de ser o responsável direto do
aumento da cesta básica em 17 estados, o tomate tem sua redenção
verificada pelos consumidores do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Passeando
pelos supermercados e "sacolões" cariocas verifiquei uma queda
acentuada no preço do quilo do tomate, que mesmo assim estava sendo
cotado a mais de R$ 3 em alguns locais. Fui direto verificar a listagem
de preços que analiso todos os dias e me deparei com uma coisa: alguém
está lesando alguém. A caixa de 22 kg do tomate longa vida, grande,
estava sendo vendida por R$ 35, enquanto que a do produto menor, apenas
R$ 20. É só dividir para você saber o preço real que ele está saindo,
por quilo, da Central de Abastecimento do Grande Rio, mercados do Irajá,
na Zona Norte, o maior de todos, e o do Colubandê, no município de São
Gonçalo, Região Metropolitana.
Enquanto, recebemos uma
informação importante de Minas Gerais, divulgada pela assessoria de
comunicação daquela central, informando uma queda de 48,1% no preço do
produto, já na primeira quinzena do mês. Veja a matéria na íntegra:
Preço do tomate despenca na CeasaMinas
O
preço do tomate caiu 48,1% na primeira quinzena de junho em comparação
com o mesmo período do mês de maio. O quilo no atacado caiu de R$ 2,87
para R$ 1,49. "A normalização da oferta pressionou o preço. O tomate
terminou sua entressafra em maior", afirma o chefe da Seção de
Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Martins.
O grupo de
hortigranjeiros também teve redução nos preços registrando queda de
6,2%. "É comum nessa época do ano que muitos produtos entrem em um
período mais favorável. A expectativa para os próximos meses é que a
grande maioria mantenham esses níveis de preço e até passem por algumas
reduções”, diz Ricardo.
Além do tomate, outro produto que teve
queda mais forte de preço foi a cenoura, que caiu 32,7% e saiu de R$
2,15 para R$ 1,34 o quilo no atacado. Houve redução também no preço da
abobrinha italiana, que caiu de R$ 0,94 para R$ 0,66.
Entre as
frutas, destaque para um dos produtos mais consumidos pelos brasileiros:
a laranja, que teve redução de 10,8% no preço, caindo de R$ R$ 0,93
para R$ 0,83. Outra campeã de vendas, a banana nanica também está mais
barata. O quilo caiu de R$ 0,89 para R$ 0,76 (-14,6%). A Tangerina
Ponkán e o morango também estão mais baratos. A tangerina caiu de R$
0,74 para R$ 0,60 e o morango passou de R$ 9,42 para R$ 6,93.
Altas
Alguns
produtos registram altas de preços. A cebola, por exemplo, subiu de R$
3,70 para R$ 3,91 (5,7%). O motivo foi a baixa oferta do produto
nacional. “A partir de julho é esperado o crescimento da oferta. Devem
começar a entrar de maneira mais forte produtos de Minas Gerais, São
Paulo, Bahia e Pernambuco e, provavelmente, vão acontecer recuos no
preço”, diz Ricardo.
Melancia e Mamão Haway tiveram altas mais
fortes, 22% e 67% respectivamente. A chuva em abril prejudicou a
produção de melancia na Bahia e em Goiás. No caso do mamão, as regiões
produtoras foram afetadas por temperaturas mais baixas.
A estação começou neste domingo e
deve ser menos frio graças ao El Niño. Boa parte do país terá
temperaturas acima da média, segundo Climatempo. Chuva continuará
escassa no geral, com exceção da região Sul.
O inverno começou
neste domingo (21/6), às 13h38, horário de Brasília, e deve ser marcado
mais uma vez pela influência do fenômeno El Niño, segundo análise da
Climatempo. Isso significa que não teremos uma estação com frio
rigoroso, mas com temperaturas acima da média em grande parte do país.
De
acordo com a Climatempo, a chuva continuará escassa no geral, o que é
normal ou pouco abaixo do usual para a época do ano. Somente a região
Sul deve ter precipitações acima da média graças ao El Niño.
Batizado
em homenagem ao Menino Jesus (em espanhol, "El Niño"), o fenômeno
aquece a água do Oceano Pacífico e provoca alterações na atmosfera, como
variações na distribuição de chuvas em regiões tropicais e de latitudes
médias e altas, além de inconstância nas temperaturas.
Segundo
os cientistas, a anomalia na costa pacífica da América do Sul deixa o
mar ao menos 0,5 ºC mais quente e enfraquece os ventos alísios (que
sopram de leste para oeste) na região equatorial. Isso provoca uma
mudança no padrão de transporte de umidade pelo globo, variações na
distribuição de chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias e
altas, além de inconstância nas temperaturas.
A meteorologista da
Somar, Cátia Valente, fala das chuvas no Sul do país durante o inverno.
"Vamos ter volumes de chuva acima da média e as temperaturas oscilando
bastante. Teremos frio com a entrada das massas de ar polar, porém serão
períodos de curta duração e alternados com períodos de temperaturas
mais elevadas".
O inverno deste ano termina no dia 23 de setembro, às 5h20.
Iniciativa da rede do
Grupo Pão de Açúcar vai promover aulas de aproveitamento de alimentos em
oficina sobre rodas. Food Truck do Extra foi montado em parceria com a
organização Banco de Alimentos. Evento estará no bairro do Irajá, no
Rio, no dia 8 de julho.
A rede de hipermercados Extra, do Grupo
Pão de Açúcar, lançou o Food Truck Sustentável. Em parceria com a
organização Banco de Alimentos, a empresa vai levar aulas de
aproveitamento de alimentos para clientes e colaboradores.
As
lojas selecionadas para receber o Food truck sustentável já participam
do Projeto do GPA “Parceria contra o desperdício”, que realiza doações
para instituições e ONGs, de alimentos esteticamente feios para
comercialização, mas que estão aptos para consumo. O objetivo do
caminhão itinerante é potencializar as ações de redução do desperdício,
conscientizando e estimulando as pessoas a aproveitar melhor os
alimentos.
O Food truck passou por nove lojas do Extra em São
Paulo, começando pelo Extra Hiper Ricardo Jafet, nos dias 16 e 17 de
junho, seguindo para o Extra Hiper Guaianases nos dias 19 e 20 e
passando ainda por Itaquera, Mooca e Jaguaré. A partir do dia 8 de
julho, o caminhão chega ao Rio de Janeiro na loja Extra Super Irajá e
depois seguirá para Olaria e Tijuca. Serão 6 sessões diárias para 25
pessoas a partir das 11h.
Greenpeace
analisou frutas provenientes de 12 países europeus e relatório apontou
que pesticidas mais encontrados foram o fungicida boscalida e o DDT.
Coquetéis
de pesticidas continuam sendo utilizados pelos produtores de maçãs de
vários países europeus, em especial pelos agricultores que abastecem os
grandes mercados atacadistas - afirmou nesta terça-feira (16) o
Greenpeace em relatório.
A ONG analisou 85 amostras - 36 de água,
49 do solo - recolhidas nos pomares de 12 países europeus entre os
maiores produtores de maçã, tendo como alvo aqueles que abastecem o
varejo. Em média, 75% das amostras (78% para o solo, 72% para a água)
"continha resíduos de pelo menos um" dos 53 pesticidas identificados.
"Pelo
menos 70% dos pesticidas identificados apresentam uma toxicidade global
aumentada para a saúde humana e a fauna selvagem", afirma o Greenpeace,
denunciando um "peso tóxico" imposto pela "produção em escala
industrial".
O número de pesticidas mais alto foi detectado nos
solos de Itália, Bélgica e França. Na água, os países mais comprometidos
foram Polônia, Eslováquia e Itália, segundo o relatório.
Os
pesticidas encontrados com maior frequência no solo são o boscalida, "um
fungicida presente em 38% das amostras", e o DDT (26% das amostras).
Em
relação à amostra de água, os pesticidas mais frequentemente
identificadas são boscalida (em 40% das amostras) e clorantraniliprol,
inseticida também encontrado em 40% das amostras.
Fim ao uso
O
relatório denuncia o "coquetel de pesticidas" e "mostra a realidade do
uso extensivo, sistemático e 'multipropósito' de pesticidas na produção
agrícola convencional", declarou à AFP Anaïs Fourest, encarregada do
setor de agricultura no Greenpeace.
O Greenpeace pede aos
estados-membro da União Europeia que "ponham progressivamente fim ao uso
dos pesticidas químicos de síntese na agricultura" e sustentem
"alternativas não-químicas para lutar contra os parasitas, em particular
práticas agrícolas ecológicas".
A publicação deste relatório
visa "interpelar os mercados atacadistas", como a campanha "pesticida
zero" recentemente lançada pela ONG na França para tentar convencer as
seis principais redes de distribuição francesas (Auchan, Carrefour,
Casino, Leclerc, Intermarché, Magasins U) a apoiar os agricultores que
se comprometem a produzir sem pesticidas.
Resíduos de pesticidas
estão presentes em quase metade dos alimentos consumidos na Europa, mas a
maioria dentro dos limites legais e provavelmente sem nenhum efeito
sobre a saúde, garantiu em março a Autoridade Europeia para a Segurança
dos Alimentos. As maçãs estão entre as frutas com maior presença de
resíduos.

Município vai perder boa parte do tráfego com rodovia e implementação de ferrovia, o que irá afetar o setor de serviços. Antes que isso ocorra, a administração municipal e governo buscam saída sustentável e rápida. Outras cidades deveriam fazer o mesmo.
Raul Marques
Iconha está no olho do furacão. Nem todo mundo percebe, mas a cidade precisa descobrir sua vocação. Com um Produto Interno Bruto (PUB) praticamente gerado pelo comércio e serviços, o contorno da BR 101 e a anunciada construção de uma ferrovia que vai passar pelo Vale do Orobó e pelo município, a maior fonte de recursos da cidade deve mudar de ramo. A agricultura surge como opção óbvia segundo os números da última pesquisa realizada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Em Iconha, o setor de comércio e serviços representava, em 2012, 67,93% do PIB ante 21,5% da agropecuária. Como a rodovia deve contornar a cidade, o percentual de participação dos postos de combustíveis e de serviços deve cair. E a entrada da ferrovia tirará, ainda mais, os caminhões da cidade.
Diante de tais fatos, a agropecuária parece ser o caminho, atesta o chefe do escritório do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Fábio Lopes Dalbom. “A cidade tem que passar a buscar a agropecuária como fonte de riqueza e de geração de receita”, disse. Fábio Dalbom, inclusive, lembra que a agricultura, tanto a familiar como a de pequeno porte deve passar por melhorias para que possa aproveitar as duas oportunidades: a de deixar de ser escrava da rodovia e aproveitar a nova forma de escoamento da produção, a ferrovia que também faz ligação com os portos que serão postos em operação – Itaoca e Porto de Açu, na região de Campos dos Goytacazes, além do Rio de Janeiro.
“Os produtores terão que passar a inovar na qualidade inicial do produto, com a adoção de medidas para certificação”, disse. Dalbom referia-se a garantir a agricultura de produtos orgânicos, com a adequação de diferentes pontos. “Isso é muito importante para gerar valores agregados aos produtos. Ganhar competitividade”, disse.
De igual opinião compartilha do engenheiro agrônomo da Prefeitura Municipal de Iconha, Fábio Polastreli Guedes. “Para aproveitar a chegada de uma ferrovia, é necessário profissionalizar mais a produção agrícola na região, com a tecnificação”, referindo-se às práticas mais específicas que envolvem desde o plantio até o uso de defensivos e agrotóxicos.
Polastreli citou como exemplo fatos antigos que já aconteceram no Brasil por exportar produtos com padrões fora dos especificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Isso é muito importante para não se queimar uma oportunidade como esta”, disse.
Algumas outras amostras de ideias inovadoras para exportar foram citadas por Fábio Dalbom e por Fábio Polastreli. Uma destas é a da Coopervidas, que fica no Vale do Orobó. A Cooperativa de Valorização, Incentivo e de Desenvolvimento Agropecuário Sustentável do Vale do Orobó tem um projeto de exportação de acerola, que vem sendo tocado com muito empenho pelos participantes. No caso, a acerola é cultivada em pequenas áreas dos municípios de Piúma e Iconha, na região Sul do Estado. No caso, indiretamente, os pólos de frutos do Estado seriam um bom exemplo para quem desejar aproveitar a expansão da agricultura que pode acontecer em Iconha e arredores.
Outro exemplo citado por Dalbom é a intenção de exportar abacates do produtor Dalton Gotardo Petralonga, mais um produtor que está inserido nos programas de plantação orgânica da região.
União faz a força
Ambos os profissionais da área agrícola entendem que os pequenos produtores da região de Iconha e adjacências devem se unir em cooperativas para aumentar seu poder de fogo na horta de aproveitar as oportunidades. “A entrada da ferrovia, a mudança no traçado das estradas da região, associados a vários fatores podem baratear o custo para a produção no longo prazo. Isso vai ficar mais visível quando os agricultores se unirem”, disse Dalbom.
Uma outra forma de enfrentar as mudanças econômicas que estão por vir é valorizar os produtos regionais, com os chamados diferenciais. “O queijo da Serra da Canastra é um bom exemplo disso. Tem um sabor característico que pode se tornar um marco diferencial na hora de comercializar”, disse Polastreli.
Questionados sobre esta diferenciação, Polastreli e Dalbom entendem que este retorno à agropecuária como vocação da região pode abrir um leque de oportunidades de trabalho para muita gente que não quis seguir os passos da família por entender que trabalhar nas pequenas cidades não geraria renda. “Pode ser melhor ainda com a instalação de um armazém, de um porto seco, de um local que servisse de distribuidor para os produtores. Quanto mais se eliminarem os custos, melhor”, disse.
Sobre esta questão da mão de obra na agricultura, o engenheiro agrônomo Fábio Polastreli Guedes disse algo bem curioso. “A sucessão do trabalho rural é um desafio a ser enfrentado. Precisamos amenizar a saída dos jovens do campo. É uma questão de autonomia”, explicou.
Futuro
Se a agricultura parece ser o destino da rota de economia iconhense, Fábio Dalbom, do Incaper, alerta que isso só irá acontecer a médio e longo prazo. E não esconde sua posição favorável ao desvio da BR 101 do Centro de Iconha. “Qualquer impacto econômico que a saída da estrada do centro da cidade irá ter, ele é menor do que a qualidade de vida que isso vai proporcionar”, referindo-se ao fato de que, talvez, com o fim da dependência minada à estrada Iconha poderá encontrar-se novamente a sua vocação, no caso, a agropecuária.
Fábio Polastreli, da Secretaria de Agricultura, entende que todos os fatos que estão por vir serão fatores decisivos para o desenho de uma nova cidade, de uma nova economia. “Tudo isso fortalecerá a agricultura e a pecuária e deve enfraquecer outros setores”, disse, reforçando que é necessário trabalhar melhor e de forma mais racional para aumentar a produção.
Ambos lembraram, ainda, que apesar de ser responsável por menos de 20% do PIB municipal é da agropecuária que vem o dinheiro que abastece o setor de comércio e de serviços, seja pelo transporte, seja pelo consumo. “Quando houve a crise na colheita da banana há alguns anos, o comércio foi o primeiro a acusar isso. Ninguém vendia nada”, disseram.