O
carnaval está aí na porta, e nós do Portal Ceasa Compras vamos tirar um
descanso por esses dias de Momo, prometendo retornar logo depois da
quarta-feira de cinzas com mais notícias e mais novidades. Mesmo porquê,
temos agora uma obrigação enorme de fazer mais e cada vez melhor, já
que o total de acessos ao portal chegou em janeiro deste ano a 22.315
acessos; e nos primeiros dias de fevereiro, já totalizaram 9.232
acessos. Um aumento de público na ordem de 50% mensais. Mas, queremos
mais, muito mais: queremos chegar a 1 milhão de acessos em apenas quatro
meses. Temos muito mais leitores do que qualquer jornal popular, neste
segmento de mercado que é tão carente de informações e análises
econômicas, registros de produção e outros assuntos pertinentes ao setor
de abastecimento de hortifrutigranjeiros e pescados. Sem contar, claro,
guia de acesso aos mercados, restaurantes bem classificados pela
Vigilância Sanitária. Esta é a nossa garantia, a de satisfazer o
consumidor em todos os sentidos: comida, bem estar e lazer.
Os
acessos, dentro do país, é uma coisa impressionante: Rio, Niterói, São
Gonçalo, Belo Horizonte, Contagem, Salvador, Porto Alegre, Goiania,
Brasília, Curitiba, sem contar outras cidades mais ao interior dos
estados.
Na relação dos países que acessam o portal temos, por
ordem, Russia, Itália, Portugal, Espanha, Malásia, Austria, Canadá,
Chile, Alemanha, Argélia, Reino Unido, Índia, Kuwait, Sri Lanka,
Luxemburgo, Peru, Philippinas e Romênia.
Nós já tínhamos
registrado aqui o nosso contentamento em relação à página do Facebook do
Ceasa Compras, que tem até um sheik como leitor. O nosso blog do Ceasa
Compras (www.ceasacompras.blogspot.com.br) também está crescendo.
O
mesmo acontece com o nosso blog Qsacada, com dicas sobre restaurantes,
bem estar, turismo (nacional e internacional), que podem ser acessados
no www.qsacada.blogspot.com.br.
Só temos a agradecer e desejar a todos um ótimo carnaval. E um detalhe: curta com moderação esses dias momescos.
Em pouco mais
de um ano os preços do tomate e do chuchu, por exemplo, aumentaram 80% e
287%, respectivamente. Os produtores tiveram que mudar o modo de
irrigação para economizar água.
Com a estiagem que afeta o
Espírito Santo nos últimos dias os preços dos produtos hortifrutícolas
nas Centrais de Abastecimento do Espírito (Ceasa/ES) tiveram alta nos
preços. O grupo das hortaliças fruto, hortaliças raiz, tubérculo e
rizona tiveram aumento de 17,69% e o subgrupo de folhas, de 10,26%.
O
subgrupo das frutas brasileiras apresentou redução nos preços de 11,24%
em comparação a janeiro de 2014 e um pequeno aumento nos preços médios
frente a dezembro do mesmo ano, influenciado pelo aumento dos preços da
banana prata, que nesta comparação subiu mais de 32%.
Segundo
dados do Setor de Estatística da Ceasa/ES o chuchu apresentou aumento de
(287%) em relação a dezembro de 2014, registrando o maior preço do
produto na série histórica do entreposto. Em dezembro teve o preço médio
cotado a R$0,31 e em janeiro subiu para R$1,20 o quilo. O tomate teve
80% de aumento. Outros produtos que registram aumento: jiló (70%), vagem
(36,97%), quiabo (29,20%), couve (42,11%), e repolho roxo (52,27%).
Com
a seca não é só o consumidor que fica no prejuízo, os produtores rurais
também sofrem, como é o caso de Joilson Simmer, de Domingos Martins,
que comercializa no mercado da Ceasa/ES diariamente. Ele produz laranja,
tangerina, pepino, repolho, quiabo e tomate entre outros, e conta que
na sua propriedade teve que mudar o modo de irrigação para economizar
água. “O tomate que precisa de muita água, eu passei a irrigar com uma
pequena quantidade e apenas uma vez ao dia. Outros produtos também
precisei economizar na água e acabei perdendo o plantio. A tangerina
ponkan que entra em safra nos próximos meses foi prejudicada pelo sol
forte e falta de chuva, com isso as frutas não estão conseguindo se
desenvolver, e a próxima colheita pode ser prejudicada”, conta Simmer.
O
produtor de Santa Maria de Jetibá Lucimar Holz, município que é
responsável pela maior contribuição no entreposto central, também teve
perda em suas lavouras. “Eu cultivo hortaliças e tive que moderar a
minha produção. Deixei de plantar novas mudas pois elas precisam de
bastante água para o seu desenvolvimento e devido a isso, na próxima
colheita não irei ofertar uma boa quantidade. Com isso tive que aumentar
os preços das hortaliças que consegui salvar com a seca para ter um
lucro razoável.”, ressalta o produtor.
De acordo com o gerente
técnico das Unidades Regionais, Marcos Antonio Cossetti Magnago, o
abastecimento capixaba nos próximos meses não irá ter diminuição. “Como
alguns produtores não puderam plantar novas mudas por causa da estiagem,
os municípios do Espírito Santo podem ofertar menos nos próximos meses.
Mas a Ceasa/ES vai buscar uma estratégia para que a oferta não seja
prejudicada, como ocorreu nos meses de janeiro e fevereiro de 2014,
quando as fortes chuvas afetaram muitos municípios produtores. Naquele
período a contribuição do Estado teve uma grande queda e outros estados
entraram com uma maior oferta”.
Caso ocorra uma diminuição de
oferta por parte dos produtores capixabas, novamente, os estados do Sul
do país que não estão sendo prejudicados pela seca irão ajudar no
abastecimento capixaba. “O importante é sabermos que o mercado de
hortaliças é dinâmico. As plantas demoram poucos dias para se
desenvolver e com a previsão de chuva para os próximos dias esse setor
de hortaliças folhas tende a se normalizar”, explica o gerente.
Confira a lista dos produtos a disposição na Ceagesp (SP):
PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Limão
Taiti, Uva Isabel, Mamão Formosa, Laranja pera, Carambola, Manga
palmer, Morango, Goiaba branca e vermelha, Banana nanica, Abóbora
moranga , Jiló redondo, Pepino caipira, Beterraba, Batata doce rosada,
Cara, Mandioca, Pimentão verde ,Pimenta cambuci, Nabo, Milho verde,
Beterraba c/ folha, Cebolinha, Alho porró, Repolho lisa, Alho chinês.
PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Mamão
papaya, Maracujá azedo, Pêssego nacional, Manga tommy, Ameixa rubi mel ,
Laranja seleta, Abacaxi havai, Banana terra, Uva rubi ,Maxixe, Pimentão
amarelo,Pepino comum, Abóbora Japonesa, Alface americana, Alface
crespa, Espinafre, Cenoura c/ folha , Couve, Alho nacional , Batata
lavada.
PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Abacate geada, Banana
maçã, Tangerina murcot, Laranja lima, Romã, Acerola, Abacaxi pérola,
Caju, Uva rosada, Maçã nacional e Importada, Gengibre, Inhame, Ervilha
torta, Mandioquinha, Vagem macarrão,Chuchu, Escarola, Brócolos,
Rabanete, Agrião , Coentro, Cebola nacional e Ovos.
Produtor que adota práticas do programa Rio Rural, do governo do estado, tem efeitos da estiagem minimizados, afirmam técnicos.
Produtores
rurais do Rio de Janeiro vem dando exemplos de que a prevenção pode ser
parte da solução no enfrentamento da estiagem que atinge o Estado.
Práticas sustentáveis incentivadas pelo Programa Rio Rural, da
secretaria estadual de Agricultura, estão fazendo a diferença para
muitos deles, garantindo a produção agropecuária e diminuindo os
impactos da falta de chuvas.
Nilton de Souza Fernandes, pequeno
produtor de leite na microbacia Valão Carqueja, em Italva, no Noroeste
fluminense, é um deles. Desde 2007, com orientação dos técnicos do Rio
Rural, implantou sistema de pastoreio rotacionado com irrigação, que
permite remanejar o gado, evitando a compactação e degradação das
pastagens. Como os animais mudam de local diariamente, a forrageira
ganha tempo para se recuperar antes do próximo pastejo e, ao mesmo
tempo, mantém o gado afastado das áreas de cultivo e de preservação
(rios, nascentes e florestas).
- A tecnologia garante a qualidade
de 1,4 hectares de pasto durante todo o ano. Mesmo com a falta de
chuvas, até o momento, não registrei queda na produção do meu rebanho de
28 animais, que produz 130 litros de leite/dia - revelou ele, que
também cultiva feijão e milho.
Com recursos do programa, no valor
de R$ 4,8 mil também implantou área de recarga, trecho com árvores no
topo de um morro que ajuda a reter a água da chuva por mais tempo no
solo.
- O resultado dessas ações está fazendo a diferença neste
momento em que muitos produtores estão tendo prejuízos na atividade por
conta da estiagem - afirmou Nilton, que é presidente da Associação de
Lavradores da Fazenda Experimental de Italva, membro do Comitê Gestor de
Microbacias - Cogem, e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Sustentável.
Sob a orientação dos técnicos do Rio Rural, o
produtor está preservando a mata ciliar, em sua propriedade, protegendo a
cabeceira e o curso dos rios, além do volume de água.
Para o
secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, Nilton representa
uma grande parcela dos produtores que já perceberam que é possível
produzir alimentos em harmonia com a preservação do meio ambiente.
-
O Rio Rural está transformando o perfil da agricultura familiar no
estado e contribuindo para diminuir a vulnerabilidade dos produtores aos
efeitos das mudanças climáticas - declarou o secretário.
A meta do programa é promover o desenvolvimento rural sustentável em 366 microbacias hidrográficas em todo o estado.
A
motivação do produtor Nilton em preservar os recursos naturais e seus
bons resultados alcançados com as práticas sustentáveis do Rio Rural
levaram a Emater-Rio e Pesagro-Rio, empresas de extensão rural e
pesquisa agropecuária do governo do estado, a instalar em sua
propriedade uma Unidade de Pesquisa Participativa - UPP, com sistema
silvipastoril.
A iniciativa, que combina o plantio de árvores,
pastagem e criação de gado numa mesma área, manejados de forma
integrada, visando aumentar a produtividade por unidade de área, será
uma vitrine para produtores vizinhos conhecerem a prática sustentável.
-
A assistência técnica fica por conta dos executores do Rio Rural e
pesquisadores da Pesagro-Rio. A vantagem para o produtor está na
melhoria do solo, maior conforto para o gado e na mudança de paisagem -
explicou o supervisor do escritório local da Emater-Rio em Italva,
Carlos Marconi.
Essa matéria do
jornal Extra mostra o que já havíamos dito no Ceasa Compras, alertando a
população sobre o aumento. É só você ver na nossa página do facebook,
no blog e no portal ceasacompras.com.br. E vai aumentar mais, aguardem.
Optar
por ovos de galinha para fugir dos preços altos das carnes de boi e de
frango não tem sido tão bom negócio neste verão. O forte calor tem
prejudicado a produção em granjas de vários estados do país. No Rio,
eles subiram até 25% no atacado. Nos supermercados, os consumidores
sentem a alta, pois as dúzias passam dos R$ 4 e as caixas com dez ovos
caipiras ultrapassam os R$ 8 (confira abaixo).
Segundo o site
Avicultura Industrial, o preço da caixa com 30 dúzias de ovos brancos no
atacado custava R$ 49,28, no dia 23 de janeiro, no Rio. Ontem, o
produto estava cotado a R$ 60,77 — um aumento de 23,3%. A caixa de ovos
vermelhos custava R$ 57,09 também há duas semanas. Agora, está à venda
por R$ 71,46 — alta de 25,17%.
Paulo Sérgio Rosa, pesquisador da
Embrapa Suínos e Aves, explica que as galinhas têm muita dificuldade de
dissipar calor, por causa das penas. A alta temperatura reduz o apetite
delas. Com alimentação reduzida, produzem menos ovos e até morrem:
—
Quando a temperatura se eleva acima de 32 graus, a ave já começa a
sentir muito calor. O que ocorre com a postura comercial brasileira é
que poucos instrumentos para a climatização do ambiente de criação são
usados. Normalmente, os produtores não tomam os cuidados para promover
um ambiente adequado à produção, entre 24 e 26 graus.
A microempresária Valéria Peters, de 22 anos, se surpreendeu com o preço da dúzia:
—
Fiquei assustada com o preço (R$ 4,49) da dúzia. É muito caro. Eu sou
de Blumenau (SC). Costumo comprar a dúzia por duas, três pilas (R$ 2 a
R$ 3). Não deixo de consumir. Não tem como. Só conseguiria economizar se
criasse galinhas em casa — disse ela.
De acordo com o
especialista, grande parte dos ovos consumidos no Rio vem dos outros
estados do Sudeste, onde o calor também tem inflacionado os preços. Em
Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, os brancos ficaram 12,9%,
8,43% e 12,3% mais caros, respectivamente, nas duas últimas semanas. Os
vermelhos subiram 12,4%, 8,75% e 14,9%.
Aylton Fornari,
presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio (Asserj),
diz que os varejistas devem repassar o aumento:
— Como regra geral, acaba sendo o mesmo (percentual de) repasse.
Jeline Rocha e Pamela Araujo
Objetivo
é a construção conjunta de um plano de ações para o desenvolvimento da
maricultura na região em 2015, que tem participação do Sebrae. Estado
cria selo para certificar pescados com auxílio de organismo
internacional.
Em busca de definir novas ações de incentivo a
maricultores fluminenses, equipes da Fundação Instituto de Pesca do
Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) e do Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro (Sebrae/RJ) percorreram,
na última sexta-feira, 30, fazendas marinhas da Baía da Ilha Grande,
pioneiras no estado no cultivo de vieiras. Também chamada de coquille
Saint Jacques, a espécie de molusco bivalve (com duas conchas, como a
ostra) é muito apreciada na gastronomia francesa e encontra em regiões
da Costa Verde condições altamente favoráveis para a produção, como
águas profundas e isentas de poluição.
Formadas por estruturas
flutuantes ou submersas, as fazendas marinhas da Baía da
Ilha Grande são
uma alternativa ao extrativismo. Há quase 20 anos, elas têm
acompanhamento técnico da Fiperj e da Secretaria de Pesca e Aquicultura
de Angra dos Reis, também presente na visita que contou ainda com
representantes da Associação Comercial do município. Juntos, eles
identificaram as principais dificuldades dos produtores da região que
servirão de base para a construção coletiva de um plano de ações a ser
desenvolvido ao longo de 2015.
- Foi muito bom rever com outro
olhar o trabalho dos maricultores da Baía da Ilha Grande, que conheci
como vice-prefeito e morador de
Angra. Identificamos as necessidades
para que juntos, Fiperj, Sebrae, prefeitura e demais órgãos, possamos
promover ações que beneficiem esses profissionais e proporcionem o
fomento do setor - destaca o presidente da Fiperj, Essiomar Gomes, que
assumiu há menos de um mês e tem como uma de suas principais metas
interagir constantemente com os profissionais do segmento.
Os
produtores de Angra (14, sendo dez na Ilha Grande, dois na Ilha da
Gipóia e dois no continente) apontaram como principais gargalos a
morosidade da União na cessão de águas para fins de aquicultura; a
obtenção de selo de inspeção dos produtos; o alto preço dos insumos
(alguns importados); e a ausência de gestão financeira por parte dos
aquicultores do seu próprio negócio.
Segundo o coordenador
regional do Sebrae/RJ na Costa Verde, José Leôncio de Andrade Neto, a
iniciativa faz parte do projeto de Aquicultura do Sebrae no estado do
Rio, que visa a organização do setor produtivo e a capacitação dos
produtores.
- As vantagens naturais tornam a região propícia para
a produção de vieiras e vemos boas oportunidades de mercado para o
produto. Mas tanto pescadores quanto aquicultores precisam de apoio
técnico, tecnológico e organizacional para que esta cadeia produtiva se
fortaleça e se desenvolva como uma atividade sustentável e efetivamente
profissional - afirma José Leôncio.
Para o maricultor Carlos
Kazuo, presidente da Associação de Maricultores da Baía da Ilha Grande
(Ambig), a visita traz a expectativa de mais incentivos à atividade na
região. O grupo está otimista com o andamento das ações voltadas à
maricultura, como a criação de uma identidade geográfica com o produto, a
IG, a exemplo da cachaça em Paraty.
- O Sebrae ajuda na gestão
financeira dos empreendimentos aquícolas e já se comprometeu a trabalhar
nossa marca, auxiliando a propaganda das vieiras. A ideia é pesquisar o
histórico da atividade, de onde veio e como surgiu, para agregarmos
mais valor ao produto. Já a Fiperj vem nos auxiliando na adequação da
atividade para obtenção do selo de certificação do pescado sustentável -
diz Kazuo.
Como resultado do trabalho conjunto da Fiperj com a
prefeitura e a própria Ambig, os maricultores esperam o início das
atividades do laboratório de reprodução de peixes e a chegada da balsa o
começo do processo de mecanização do processo da malacocultura (cultivo
de moluscos), conquistada pelo programa Somando Forças com a
intervenção da Fundação.
Participaram também da visita a analista
do Sebrae, Andriéle Maia; o diretor de Pesquisa e Produção da Fiperj,
biólogo marinho Augusto Pereira, e o analista de recursos pesqueiros do
Escritório Regional da Costa Verde da Fiperj (com sede em Angra),
biólogo André Luiz de Araujo; o diretor da Associação Comercial e
Empresarial de Angra dos Reis (Acear), Jader Carlos da Lapa; e o técnico
da Secretaria Municipal de Pesca e Aquicultura de Angra dos Reis,
Marcelo Lacerda.
Selo – Com vistas aos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos de 2016, a Fiperj fechou parceria com a Marine Stewardship
Council (MSC, programa de certificação) e a Aquaculture Stewardship
Council, a ASC, um dos selos mais conhecidos do mundo e que certificou o
pescado nas Olimpíadas de Londres. Para tanto, técnicos da Fundação
trabalham em comunidades pesqueiras de todo o estado, apresentando o
conceito de certificação e estimulando pescadores e aquicultores a
adotarem novas práticas.
Município fluminense é especializado no cultivo de frutas, olerícolas, cereais e grãos
Em
Trajano de Moraes, doze famílias de agricultores familiares da
microbacia Alto Macabu são as mais novas produtoras orgânicas da Região
Serrana. A entrega dos certificados de conformidade orgânica, emitidos
pela Abio (Associação dos Produtores Biológicos do Estado do Rio de
Janeiro).
Os produtores, das localidades Ponte de Zinco e Tirol,
passam a formar o grupo Rio Macabu da Abio, instituição cadastrada pelo
Ministério da Agricultura para avaliar a conformidade orgânica através
dos Sistema Participativo de Garantia (SPG). A formação do grupo foi
incentivada pela Rede de Pesquisa, Inovação, Tecnologias e Serviços
Sustentáveis em Microbacias Hidrográficas, fórum articulado pelo
Programa Rio Rural que reúne instituições parceiras do setor
agropecuário. Através de várias oficinas, encontros, seminários e
excursões promovidas pela rede, os agricultores receberam, durante quase
dois anos, capacitação continuada em agroecologia. A partir de agora,
os membros estão qualificados a vender produtos orgânicos diretamente ao
consumidor nas feiras livres, na merenda escolar - através do Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) - ou à CONAB - por meio do
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Carlos Augusto Azevedo
vive na localidade do Tirol e é um dos representantes do grupo junto à
Abio. Segundo ele, o certificado representa a consolidação de uma
filosofia de vida.
- Quando se tem várias pessoas interessadas, o
resultado é alcançado. Todos nós acreditamos desde o início na mudança
e, por isso, participamos dos cursos. Esse certificado representa nossa
preocupação com a terra e com o futuro dos nossos filhos - disse.
O
extensionista rural da Emater-Rio, Jorge Gil, foi quem identificou o
grupo de interesse na microbacia. Ele ressalta que os agricultores
adquiriram conhecimentos teóricos e práticos suficientes para apostar na
agricultura orgânica.
- Não foi um processo rápido e nem fácil.
Todos passaram por uma etapa de transição em suas rotinas. Agora as
famílias precisarão de empenho para continuar no processo e crescer cada
vez mais - afirmou.
Atualmente, a legislação brasileira prevê
três diferentes maneiras de garantir a qualidade orgânica. Uma delas é o
SPG, caracterizado pelo controle social e pela responsabilidade
solidária entre os participantes. Para formar um SPG, é necessário que
os interessados organizem uma estrutura básica de funcionamento. O
agricultor também possui a opção de tornar-se membro de um SPG já
existente. Mais informações sobre esse processo nos escritórios da
Emater-Rio ou nos centros de pesquisa da Pesagro-Rio.