segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Salvem as abelhas imediatamente

                          

Estes pequenos seres vivos que, junto com os morcegos e outros animais, são os responsáveis pela existência de alimentos e florestas, estão aparecendo mortos em boa parte de países. Qual o motivo? Não é o motivo, são vários os motivos. E um deles, os pesticidas, é o mais letal de todos. Claro, não vamos esquecer predadores como a vespa gigantes que estão acabando com as coméias. O que fazer de imediato?

O mel está longe de ser a grande contribuição das abelhas para a humanidade. Sem elas, metade das gôndolas de alimentos dos supermercados estaria vazia. Por meio da polinização, esses insetos promovem o seu maior impacto na biodiversidade e na produção dos alimentos: 35% das lavouras e 94% das plantas silvestres dependem dessa atividade.

 A má notícia é que esse, por assim dizer, "serviço ecológico" está em risco diante de um fenômeno batizado de desordem do colapso das colônias. 

De 1940 até hoje, o número de abelhas diminuiu de forma drástica no mundo - nos Estados Unidos, o país mais afetado pelo problema, caiu pela metade (veja o quadro na pág. 86). Ainda é misteriosa a razão por trás desse sumiço, apesar de existirem fortes hipóteses.
 
Nesta segunda-feira 22/2, a ONU planeja chamar atenção para o assunto com a divulgação, em evento na Malásia, do relatório Polinizadores, Polinização e Produção de Alimentos. O documento, o primeiro fruto do órgão internacional Plataforma Intergovernamental para Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), procura identificar, entre outros pontos, os motivos que levaram à desordem que faz sumir as colônias e as possíveis soluções.

Insetos, aves e morcegos

O trabalho é resultado do esforço conjunto de 75 pesquisadores, de diversas nações. O documento combina o conhecimento acadêmico que se tem sobre as abelhas e os demais animais polinizadores (como outros insetos, aves e morcegos) e suas contribuições, traz exemplos de boas práticas para a proteção das espécies e propõe soluções para a situação adversa - como a adoção de políticas ambientalistas.

 "É um tópico de enorme importância política, visto que o desaparecimento das colônias pode afetar negativamente a economia, além da dieta de cidadãos, de um país", ressalta a bióloga Vera Lúcia Fonseca, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e diretora do IPBES, o órgão da ONU. 

"Antes de tudo, o relatório procura conscientizar a todos da importância dos polinizadores, além de promover a união de governos para protegê-los", completa Vera.

Não é por acaso que a pesquisadora faz referência aos danos econômicos potenciais da desordem. Estima-se que um mercado de 218 bilhões de dólares anuais depende do serviço de polinização prestado pelas abelhas. Os Estados Unidos, o maior exportador agrícola do mundo, perderiam 15 bilhões de dólares por ano com a intensificação do problema - no Brasil, o prejuízo seria de 12 bilhões de dólares. Isso explica por que, em junho de 2014, o presidente americano Barack Obama transformou o alarme em questão de Estado, ao anunciar a criação de uma força-tarefa, composta de cientistas e políticos, para ir atrás de respostas.

Os estudiosos ainda investigam qual seria a raiz do problema. Acredita-se que sejam dois os principais fatores: a disseminação do uso de pesticidas, que enfraquecem as colônias, e a ação de parasitas, como o varroa, ácaro que ataca o organismo do animal, e o Acarapis woodi, que afeta o sistema respiratório. Entretanto, há consenso de que não existe apenas uma razão (ou duas), e sim um somatório que acabou por construir um cenário cruel para os insetos.

Cenário de morte 

As abelhas estão perdendo seu hábitat quando florestas e jardins dão lugar a construções ou mesmo a plantações de uma única cultura - a espécie necessita de alimentação variada para sobreviver. As intensas mudanças climáticas pelas quais passa a Terra, em consequência do aumento da emissão de gases do efeito estufa pelo homem, também colaboram para o desaparecimento dos insetos. 

As estações menos definidas, além das elevações e quedas bruscas na temperatura e na umidade, acabam por bagunçar o ciclo de florescimento das flores, das quais as abelhas são dependentes.

Estratégia americana

Os Estados Unidos são tidos como o país que mais vem se movimentando para combater o ritmo da desordem. O comitê criado por Obama apresentou no ano passado o documento Estratégia Nacional para Promover a Saúde das Abelhas e Outros Polinizadores. Nele, estabeleceu-se como meta reduzir a baixa de abelhas durante o inverno a no máximo 15% em dez anos - hoje, a taxa é de 23%.

 Nas últimas décadas, após o inverno, as colônias não têm conseguido recuperar-se desses períodos de perda. Caso a diminuição das colônias seja menor nas estações de frio, o efeito esperado é que elas consigam se restabelecer na primavera e no verão. Também se planeja aumentar a presença de outros polinizadores, como a borboleta-monarca. 

O governo americano calcula que haja atualmente 30 milhões de exemplares dessa espécie colorida na América do Norte, diante dos 970 milhões que existiam em 1996. O que se espera é reverter a queda, alcançando ao menos o número de 225 milhões. Entre as estratégias para proteger os polinizadores está, por exemplo, a restauração de 28 000 quilômetros quadrados (o equivalente ao território do Havaí) de seus hábitats nos próximos cinco anos.

Por que o lado ocidental do Hemisfério Norte tem sido mais prejudicado que o restante do planeta? O motivo é a dependência das plantações americanas e europeias de apenas um tipo de abelha, a Apis mellifera. Importada da África e da Ásia para a polinização de plantações comerciais, a espécie ganhou a preferência de apicultores por não ser agressiva e manter colônias enormes e resistentes. Agora, porém, ela é a maior vítima da amedrontadora desordem.

Europa: perda acentuada

Na França, por exemplo, 100 000 colônias de Apis mellifera foram perdidas desde 1995, e a taxa de mortalidade das abelhas triplicou. Diante disso, Paris é uma das cidades que mais têm adotado medidas conservacionistas. Em junho do ano passado, o município assinou o protocolo Abelha: a Sentinela do Meio Ambiente. Nele, a capital francesa se comprometeu a proibir a venda de uma série de pesticidas, além de ampliar o apoio à apicultura.
 
Até 2020, planeja-se o plantio de 20 000 árvores em jardins parisienses, além de 300 000 novos metros quadrados de espaços verdes - em torno de um quinto da dimensão do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Paris ainda é o centro urbano com a maior presença de criadouros de abelhas da Europa, com um total de 600, ocupando uma área de 4,6 quilômetros quadrados - parte deles instalada em tetos de edifícios e casas.

 O que tem o Brasil?

Há indícios de que a redução no número de abelhas esteja se repetindo, em ritmo acelerado, em outros locais, incluindo países pobres. No entanto, muitas vezes os dados coletados não são suficientes para corroborar a tese. É o caso do Brasil, que não conta com um histórico do número de abelhas em território nacional, de forma que os pesquisadores não têm como comparar o número atual com os anteriores. Assim, ficam sem saber se a redução é alarmante por aqui.

 "Mas há sinais de que também sofremos do mesmo mal", afirma a bióloga Tereza Cristina Giannini, do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável. "Em pesquisas de campo, descobrimos que existem regiões nas quais as plantações apresentam déficit de polinização, refletido na baixa produção de frutas, flores e alimentos", relata Tereza.

A favor do Brasil, contudo, pesa um ponto que nos deixa em posição de vantagem ante a desordem. O país não é dependente de apenas uma espécie, como ocorre com os Estados Unidos e a Europa. Uma pesquisa da revista científica Apidologie, especializada em apicultura, estima a existência de pelo menos 250 tipos de polinizadores em todo o território brasileiro, dos quais 87% são de abelhas.

Por que, então, mundo afora, apesar da essencialidade desses insetos para o equilíbrio do meio ambiente, as campanhas de proteção a eles não recebem tanta atenção quanto as destinadas aos ursos-polares ou aos elefantes-africanos, por exemplo? Explicou a VEJA a bióloga americana Heather Mattila, do Wellesley College: "O modo de funcionar do nosso sentimento de empatia está no centro desse dilema. Sentimo-nos próximos de animais parecidos conosco, grandes mamíferos que vivem em grupos e interagem socialmente. Devíamos, porém, olhar direito para as abelhas. Elas trabalham duro para alimentar suas crias, organizam-se em colônias e até se preocupam com a higiene e a segurança de suas casas. Não devia ser tão difícil para o homem identificar-se com esses elementos". O.k., se o fator da empatia não funcionar com as abelhas, lembre-se então de quanto elas são fundamentais para garantir a existência de grande parte dos alimentos que chegam à nossa mesa. Perto disso, um zumbido chato não é nada.

Fonte Veja.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Governo ensina como identificar produtos orgânicos

Na Esplanada dos Ministérios, organizadores orientaram as pessoas para não serem enganadas 


                 

      Agricultores esclarecem população sobre produção orgânica        

Esclarecer o consumidor sobre o que são, de fato, produtos orgânicos. Com esse objetivo, o Sindicato dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal (Sindiorgânicos) e o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anfa Sindical) promoveram, na quarta-feira (17), uma feira no gramado central da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com o coordenador de Agroecologia do Mapa, Rogério Dias, o consumidor tem duas formas de verificar a autenticidade dos orgânicos. Uma é observar se a embalagem tem no rótulo o selo Produto Orgânico Brasil. No caso da compra direta de agricultores familiares que vendem sem certificação, o consumidor deve sempre pedir o documento que comprove o cadastramento do produtor como orgânico.
A principal característica da produção orgânica é o não uso agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas que prejudiquem o meio ambiente, conforme material informativo distribuído pelo Sindiorgânicos e Anffa Sindical durante a feira. Para ser considerado orgânico, o processo produtivo contempla o uso responsável do solo, da água e dos outros recursos naturais, respeitando as relações sociais e culturais.
                 

Selo do Sistema Brasileiro da Conformidade Orgânica é garantia desses alimentos 

“Essa ação visa a mostrar às pessoas como elas podem reconhecer um verdadeiro produto orgânico”, reforçou Dias. Segundo ele, a produção orgânica no Brasil começou há mais de 30 anos e envolve agricultores, fiscalização agropecuária, assistência técnica e pesquisa. “Por isso, é importante garantir a qualidade da produção orgânica.”
O Mapa, acrescentou o coordenador de Agroecologia, tem uma fiscalização atuante em todo o país, que busca assegurar a qualidade do produto e, ao mesmo tempo, tirar do mercado aqueles que tentar fraudar o mercado de orgânicos. Para o presidente da Anffa Sindical, Maurício Porto, a feira é muito importante para orientar os consumidores a identificar a autenticidade dos orgânicos.
Atualmente, o Brasil tem 13,5 mil unidades de produção orgânica e cerca de 11,5 mil produtores cadastrados no Mapa. Segundo os produtores do DF, esse é um mercado em crescimento. “No segundo semestre de 2015, nossas vendas aumentaram em torno de 25%”, diz Luiz Paulo Rodrigues, da Cooperativa dos Produtores Orgânicos do DF. A entidade tem 44 associados e um faturamento mensal de RS 120 mil.

Limão tahiti e couve manteiga mais em conta esta semana

                        

Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Abacate, banana nanica, figo roxo, carambola, goiaba, manga palmer, laranja pera, laranja seleta, limão taiti, jaca, coco verde, mandioca, pepino comum, pepino caipira, abóbora moranga, abóbora japonesa, alface crespa, alface lisa, couve manteiga, milho verde, nabo, canjica e milho de pipoca.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Banana prata sp, melão, laranja lima, lima da pérsia, acerola, graviola, morango, melancia, abóbora paulista, abobrinha brasileira, pepino japonês, quiabo liso, berinjela, pimenta cambuci, pimenta americana, rúcula, alho porró, couve flor, brócolos ninja, beterraba com folha, batata escovada e batata asterix.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Mamão papaya, mamão formosa, maracujá azedo, uvas, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, batata doce rosada, chuchu, tomates, beterraba, cenoura, ervilha torta, mandioquinha, pimentões, vagem macarrão, agrião, brócolos, erva doce, rabanete, cebolinha, repolhos, coentro, alho argentino, alho nacional e ovos.

Figo é o produto da semana: veja seus benefícios

                        

O chá feito com as folhas ajudam no controle da diabetes e do índice de insulina no corpo.

Não se deixe enganar: apesar de pequeno, o figo traz benefícios imensos para a saúde! É fonte de fibra dietética solúvel, vitaminas, minerais e antioxidantes. Cada 100 gramas do fruto fresco possui apenas 74 calorias (um figo médio possui cerca de 60 gramas). Por esse motivo, é indicado para quem está fazendo dieta de restrição calórica. Já em sua versão desidratada, esse valor sobe para 249 calorias.

Frescos ou secos, os figos merecem cuidado na hora da compra. Quanto mais escuro estiver, maior será o fornecimento de nutrientes. Os figos trazem em sua composição vitaminas E, B, B2 e B6, além de possuírem os minerais: potássio, cálcio, ferro e magnésio em sua composição. Possuem ainda altos níveis de polifenóis, luteína, ácido clorogênico, carotenos, taninos e flavonoides.

Na hora de comprar, evite escolher aqueles que apresentam fungos em sua superfície, machucados ou que estão verdes e imaturos. O figo tem sabor mais acentuado quando fresco e em temperatura ambiente, mas deve ser conservado na geladeira e consumido em, no máximo, três dias. Já os secos podem ser armazenados por até oito meses.

Originário da Turquia, o figo é consumido desde a Antiguidade. É indicado para tratar várias doenças, entre elas anemias, bronquite, prisão de ventre, fadigas, doenças degenerativas, dores de estômago e infecções gerais. Além disso, ajuda a combater o esgotamento físico, o estresse e o mau humor, e ainda fortalece os ossos e combate a hipertensão.

Os diabéticos também podem incluir o figo na sua versão natural, pois o potássio contido no figo ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. Além de consumir o fruto, o chá das folhas de figueira ajuda a reduzir a quantidade de insulina necessária para os pacientes com diabetes que fazem uso de insulina.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Aproveite os peixes de época

Tanto na Ceagesp como na Ceasa do Rio de Janeiro, esses peixes costumam ser mais baratos, o que facilita ao bolso do consumidor.
 
                    

Você sabia que o Pátio do Pescado da CEAGESP detém a segunda maior feira atacadista de pescados na América Latina? Nesta feira, mais de 200 toneladas de peixes de 90 espécies diferentes - a maioria de água salgada - são comercializadas diariamente. Conheça agora quais são as espécies de alta sazonalidade deste mês e suas características.




Abrótea (Urophycis brasiliensis)

O peixe de água salgada que chega a medir 75cm e pesar 2,5Kg, é bastante encontrado desde a costa do Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro. A espécie se alimenta de pequenos peixes e outros invertebrados. As espécies Urophycis brasiliensis e Urophycis cirrata são as mais comercializadas no Brasil.


Foto: Cláudio Dias Timm/www.flickr.com


Manjuba (Anchoviella lepidentostole)

A manjubinha, como é popularmente conhecida, é tradicionalmente consumida como petisco, temperada com limão e sal. A espécie vive em cardumes e habita a costa sul da Bahia ao Rio Grande do Sul. Alimenta-se basicamente de pequenos crustáceos e algas planctônicas.





Pintado (Pseudoplatystoma corruscans)
O pintado, ou ainda surubim-caparari, brutelo, ou moleque, como é conhecido pelo Brasil, é de água doce. A espécie é carnívora e se alimenta de peixes de porte pequeno. Este peixe realiza migrações para desova, mas há laboratórios que fazem sua reprodução por meio da piscicultura, um método de criação de peixes em tanques ou espaços reservados com água tratada para os peixes viverem.




A cambeva, o carapau, a espada, o olho de boi, a oveva, a pitangola, o robalo, a truta e o xareu também fazem parte dos peixes de alta sazonalidade neste mês, além do crustáceo siri.

Todas estas opções são encontradas no atacado vendidos pelos comerciantes que atuam no Pátio do Pescado - administrado pelo Frigorífico de São Paulo (FRISP)- da CEAGESP, que funciona de terça a sábado das 2h às 6h. A entrada fica pelo portão 15 da companhia na Rua Xavier Krauss(próxima à estação de trem CEASA). Na Ceasa Grande Rio, situada no bairro do Irajá, as vendas no mercado de peixe começam às 16 horas.

Que tal um robalo no almoço?

De carne branca e macia, rica em ômega 3, proteínas, ferro e sais minerais, o robalo pode ser apreciado grelhado, assado ou ao molho. Considerado por muitos como o rei dos peixes, com uma boa receita na mão e vontade de cozinhar, ele é uma opção saudável e saborosa.

 
O peixe de água salgada faz parte da família Centropomidae, que reúne mais de dez espécies de robalo. As mais comercializadas no Brasil são o robalo peva e o flecha, sendo este o de maior porte da espécie, chegando a 25 kg e pouco mais de um metro de comprimento.

O robalo vive e se reproduz nas costas Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do país. A espécie se adapta bem às águas marítimas calmas, com pedras e sombreadas, e também habita mangues e rios que desaguam no mar. Sua alimentação se divide entre pequenos peixes e crustáceos, como camarões de pequeno porte.


O robalo, assim como outros peixes, é um alimento leve, de fácil digestão e fornece muitos benefícios à saúde. Sua carne é fonte de proteínas, minerais (cálcio, iodo e fósforo) e vitaminas, principalmente do complexo B. Ainda reforça o sistema imunológico e também melhora a memória, o raciocínio e a capacidade de concentração.

Índice CEAGESP: preços dos alimentos continuam a subir

                         

Excesso de chuvas e altas temperaturas impulsionaram os preços de legumes e verduras. Nos últimos 12 meses, elevação foi de 14,37%.

O Índice CEAGESP de Preços iniciou o ano em alta de 2,86%. Ao que tudo indica, os preços elevados deverão permanecer durante todo o verão, mesmo com o consumo retraído.

Historicamente, janeiro e fevereiro registram majorações de valores em razão, principalmente, das adversidades climáticas da época. Este início de 2016, entretanto, reflete também as chuvas que vieram precocemente e em grandes volumes desde outubro de 2015. Ou seja, agravaram-se as perdas em volume ofertado e a qualidade no período, provocando a elevação de preços.

O volume comercializado no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) apontou retração de 11,94% em janeiro de 2016 ante o mesmo período do ano passado. A queda, em volume físico, foi de 34.880 toneladas. 
Além dos problemas climáticos destacados, o aumento do dólar inibindo as importações, a elevação dos custos de produção (adubos e defensivos) e a incerteza causada pela crise econômica contribuíram para essa queda significativa.

No que se refere aos preços, houve queda no setor de frutas de 3,49% em janeiro. Esse recuo é absolutamente normal, pois em dezembro o segmento registra preços mais elevados em razão das festas de final de ano.

Principais quedas foram do abacate geada (- 78,5%), limão taiti (- 41,1%), goiaba (- 24,6%), manga palmer (- 22,6%) e mamão formosa (- 18,3%). As principais altas ficaram por conta do coco verde (43,3%), morango (38,7%), maracujá azedo (23,5%), uva rubi (18,3%) e pera danjou (12,7%).

Legumes teve alta de 24,90%. As principais elevações ocorreram na vagem (67,6%), cenoura (63,5%), jiló (55%), berinjela (51,7%) e abobrinha brasileira (50,6%). As principais quedas foram do cogumelo (- 21,1%), pimentão amarelo (- 15,5%) e pimentão vermelho (- 11,5%).   

O setor de verduras subiu 13,38%. As principais elevações foram do coentro (68,4%), alho porró (51,9%), espinafre (47,2%), alface crespa (31,2%) e alface lisa (28,2%). As principais quedas foram da salsa (- 21,2%) e couve-flor (- 8,7%).   

O segmento de diversos caiu 0,97%. Os principais recuos ficaram a cargo da batata comum (- 7,3%), canjica (- 3,7%) e ovos brancos (- 2,7%). As principais altas foram do milho de pipoca (17,4%) e coco seco (14,3%).   

Pescados subiu 2,67%. As principais elevações foram do namorado (30,4%), pescada (22,2%%), polvo (15,6%) e salmão (8,8%). As principais quedas foram do camarão ferro (- 18,3%), betarra (- 5,1%), e tilápia (- 4%). 

Índice CEAGESP de Preços

Primeiro balizador de valores de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP de Preços é um indicador de variação de preços no atacado de frutas, legumes, verduras, pescado e diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.