Nos próximos
dias 1 e 2 de dezembro, a Embrapa vai realizar o workshop “nichos de
mercado para o setor agroindustrial”. O evento tem apoio da Ceasa Minas e
o chefe do Departamento Técnico da Estatal, Wilson Guide, será o
responsável pela palestra sobre logística de distribuição e
comercialização do milho verde e opções de mercado no cinturão verde de
Belo Horizonte. As inscrições podem ser feitas até o dia 27/11.
Além
da questão da logística outro temas também serão debatidos. Um desses
temas é as biofábricas que podem acelerar novos negócios e de que
maneira estas indústrias poderão ser criadas/ampliadas por
empreendedores do segmento. As Biofábricas visam a disponibilização de
agente de controle biológicos de pragas, ou seja, reduzem o uso de
agrotóxicos. Outro tema a ser debatido são as oportunidades oferecidas
pelo novo Código Florestal Brasileiro para o mercado de sementes e mudas
de espécies florestais nativas.
No segundo dia, um dos assuntos
serão as oportunidades oferecidas pelo mercado de Milhos Especiais, como
milho verde (e derivados) e milho doce. Também será discutido o uso de
farinha de sorgo que não contém glúten na fabricação de produtos para
alimentação humana. Esse produto atende a uma demanda de determinados
públicos como os celíacos.
Serviço:
Evento: Workshop - Nichos de mercado para o setor agroindustrial
Data: 1 e 2/12
Inscrições: podem ser feitas até o dia 27/11 no site https://www.embrapa.br/produtos-e-mercado/eventos.
"Costela de tambaqui",
peixe originário da Amazônia e criado em cativeiro em larga escala, é
uma opção das mais saborosas para esta semana na central de
abastecimento que fica na capital paulistana. Uma boa opção para quem
mora fora de São Paulo.
O Festival do Pescado e Frutos do Mar
CEAGESP 2015 foi prorrogado até 13 de dezembro, a pedido dos
frequentadores. Assim, sobra mais tempo para quem ainda não conhece ou
pretende voltar ao evento gastronômico da CEAGESP.
Nesta semana
(de 25 a 29 de novembro), o cardápio será reforçado com Yakissoba de
Frutos do Mar, Costela de Tambaqui, Moqueca de Cação à Baiana e Bacalhau
Fresco à Portuguesa. Isso sem contar os mais de 30 pratos à base de
peixes e frutos do mar.
Pelo preço único de R$ 62,90, pode-se
comer à vontade todas as opções de receitas disponíveis no Festival.
Entre os destaques estão a Paella à Marinera, feita num tacho de mais de
1,20 m de largura, e os Camarões e o Xixo de Meca, ambos no espeto,
servidos à vontade nas mesas.
O objetivo desse festival
gastronômico é incentivar o consumo de peixes e frutos do mar e dar
destaque aos produtos do Setor de Pescados da CEAGESP, o maior
entreposto da América Latina.
O Festival funciona de quarta a
domingo. Quartas e quintas, das 18h à meia noite. Sextas e sábados, até
1h da manhã. Domingos, das 11h30 às 17h. Mais informações e o cardápio
completo da semana no www.festivaisceagesp.com.br
SERVIÇO
Quando: Até 13 de dezembro
Horário: Quarta e quinta, das 18h à 0h; sexta e sábado, das 18h à 1h; Domingo, das 11h 30 às 17h.
Preço: R$ 62,90 (por pessoa). Vinhos, sucos, refrigerantes e sobremesas são cobrados à parte.
Pagamento: Dinheiro, cartão de débito e crédito Visa, Mastercard e Elo.
Onde: No Espaço Festivais Gastronômicos CEAGESP
Entrada: Portão 4 da CEAGESP (Av. Dr. Gastão Vidigal - Vila Leopoldina).
Estacionamento: Portão 4, com preço fixo de R$ 10,00, válido para todo o período em que o frequentador estiver no evento.
A central de abastecimento
do Rio de Janeiro está conseguindo um verdadeiro milagre, ao segurar os
preços de boa parte dos alimentos desde o dia 18 deste mês. O Portal
CeasaCompras.com destacou alguns deles ao analisar a lista divulgada
pela diretoria técnica da empresa. Até mesmo o inhame que começou a ser
importado da China, como o alho que domina boa parte das centrais
brasileiras, teve uma queda muito boa no preço da caixa com 18 kg: caiu
de R$ 60 para ser negociada a R$ 50.
No caso da batata, apesar
dos pesares devido a ocorrência de falta de chuva, ou muita chuva, nas
regiões produtoras brasileiras, os comerciantes fluminenses vem mantendo
o preço da saca com 50 kg nos patamares compreendidos entre R$ 100 e R$
120, para a batata inglesa comum especial; já para a batata de segunda,
menor, o preço é de R$ 75. A saca da batata lisa sai por R$ 140 e a do
tipo Asterix, bem maior - daquelas que você encontra nas praças de
alimentação dos shoppings - o preço contratado é de R$ 160.
Os
preços da cebola nacional, outro produto indispensável em qualquer
cozinha, também permanecem os mesmos para a saca com 20 kg: MG (R$ 50),
SP (R$ 50), SC (R$ 47), PE (R$ 50). A saca com a cebola roxa de Santa
Catarina sai por R$ 55, e a cebola importada da Holanda, R$ 60.
O alho importado da China, caixa com 10 kg, está custando R$ 125.
Antes
considerado o vilão da economia popular, o tomate vem sendo mantido com
preços acessíveis, com a caixa de 22 kg custando R$ 40, o tipo maior, e
R$ 20 o menor.
Vejamos outros preços:
Cenoura, caixa com 18 Kg (R$ 33);
Pepino, caixa com 18 kg (R$ 30);
Chuchu, caixa com 20 kg (R$ 12);
Mandioca/Aipim, caixa com 20 kg (R$ 25);
Berinjela, caixa com 10 kg (R$ 15);
Laranja-pêra, saca com 22 kg (R$ 23);
Laranja lima, caixa com 25 kg (R$ 35);
Banana-prata, caixa com 20 kg (R$ 35);
Morango, caixa com quatro bandejas (R$ 9).
Tem também os ovos:
Ovos brancos, caixa com 30 dúzias, Extra R$ 83; grande R$ 75; médio R$ 70; pequenos R$ 65;
Ovos vermelhos, caixa com 30 dúzias, Extra R$ 100; grande R$ 90; médios R$ 85; pequenos R$ 75;
Ovos de codorna, 30 dúzias, R$ 35.
Uvas estão com preços baixos, mesmo as importadas
Bentaka, caixa com 8 kg R$ 42;
Thompson R$ 80;
Red Globe Extra R$ 55;
Rosa Niágara, 5 kg a R$ 39;
Rubi, caixa com 5 kg a R$ 40.
Couve,
alface, cebolinha além de muitos outros alimentos que estavam com preços
altos, estão agora em baixa na maior central de abastecimento do país,
que é a Ceagesp.
PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Pêssego
aurora, laranja seleta, coco verde, manga tommy atkins, morango comum,
laranja pera, melão amarelo, pimentão verde, abóbora seca, berinjela,
abobrinha italiana, pepino japonês, gengibre, pepino comum, cenoura,
abóbora moranga, mandioca, nabo, cebolinha, milho verde, gengibre com
folha, couve manteiga, repolho verde, alface crespa, alface lisa e alho
porró.
PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Ameixa rubi mel, goiaba
branca, pêssego dourado, mamão papaya, banana prata sp, abacaxi pérola,
graviola, caju, atemoia, tangerina murcot, laranja lima, uva itália,
acerola, banana terra, uva rubi, tomate, pimentão amarelo, pimentão
vermelho, batata doce rosada, beterraba, pepino caipira, batata doce
amarela, jiló, acelga, espinafre, rúcula, mostarda, cenoura com folha e
ovos branco.
PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Melancia, maçã
nacional, mamão formosa, carambola, fruta do conde, maçã estrangeira,
figo, limão taiti, maracujá azedo, maracujá doce, pera estrangeira, uva
crinsson, banana maçã, uva rosada, chuchu, cará, ervilha torta,
mandioquinha, vagem macarrão, espinafre, repolho roxo, escarola, agrião,
salsa, brócolos ninja, couve-flor, coentro, rabanete, brócolos comum,
batata lavada e alho nacional.
Semanalmente a CEAGESP (Companhia
de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com
produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para
você se alimentar bem e economizar mais.
Originário da América do Sul,
o pimentão é um legume muito popular em todo o mundo: China, Turquia,
México e Romênia estão entre os principais produtores, mas o Brasil
também não fica para trás: por aqui, é possível encontrar com facilidade
as variedades vermelha, verde e amarela do fruto. No Entreposto São
Paulo da CEAGESP, por exemplo, os pimentões chegam principalmente das
cidades paulistas de Piedade e Elias Fausto, e também da mineira Pouso
Alegre.
O pimentão é uma das hortaliças mais ricas em vitamina C,
e quando maduro, também é uma excelente fonte de vitamina A. Por conta
destas características, o fruto ajuda a aumentar a imunidade e reforçar a
saúde dos ossos, peles e visão, além de combater o envelhecimento
precoce.
Ainda que estes benefícios estejam presentes em todas as
variedades, algumas delas possuem características especiais: o amarelo,
por exemplo, tem o sabor mais suave de todos e não provoca azia. Já o
vermelho possui substâncias relacionadas a uma menor incidência de
algumas formas de câncer. O pimentão verde, por sua vez, é o de sabor
mais marcante.
Uma dica para quem prefere apreciar o fruto com
menos pungência é remover as sementes, localizadas nas partes brancas
internas do fruto. Na hora das compras, recomenda-se escolher os frutos
cujos talos tenham sido cortados rentes. Conservado em temperatura
ambiente, os pimentões podem durar de dois a quatro dias. Já em
geladeira, esse prazo pode chegar a mais de uma semana, se armazenados
em sacos plásticos perfurados.
Utilizado tanto para o preparo de
temperos quanto como prato principal (cozinhando-o recheado, por
exemplo), os pimentões são legumes muito versáteis, e estão em período
de safra nesta época do ano. Além disso, os pimentões verdes e muitos
outros produtos estão com preço em baixa nesta semana.
Estudo propõe 'cortar a
carne' contra mudanças climáticas, e diz que medidas para reduzir
consumo são essenciais para conter aquecimento global; para produtores,
melhorias tecnológicas já reduzem impacto da produção.
Você sabia
que cortando o seu churrasquinho de fim de semana pode estar ajudando a
combater a seca que desatou a crise da falta d'água em São Paulo ou o
derretimento das geleiras no Ártico?
Pelo menos é o que sugere um
estudo britânico que defende que comer muita carne não só faz mal à
saúde, como também faz mal ao planeta – e propõe uma série de medidas
para reduzir o consumo do produto no mundo.
No estudo "Changing
climate, changing diets" (Mudando o clima, mudando a dieta), publicado
semanas após um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomendar um limite no consumo de carne vermelha e relacionar a
ingestão de carnes processadas a um aumento do risco de câncer
colorretal, pesquisadores do centro de estudos Chatham House (também
conhecido como Instituto Real de Assuntos Internacionais) dizem que a
adoção de uma dieta "sustentável" – com níveis moderados de consumo de
carne vermelha - poderia contribuir com um quarto da meta global de
cortes na emissão de gases causadores do efeito estufa até 2050.
A
pesquisa, divulgada nesta terça-feira, diz que o consumo global de
carne tende a aumentar 76% até meados do século e que em países
industrializados já se come, em média, duas vezes mais carne do que os
especialistas recomendam.
"O resto da população global não pode
convergir para os níveis de consumo de carne dos países desenvolvidos
sem que haja um custo social e ambiental imenso" diz. "São padrões
incompatíveis com o objetivo de evitar o aquecimento global."
"É
claro que não estamos defendendo que todos devem se tornar
vegetarianos", explicou à BBC Brasil Antony Froggatt, que assina o
estudo junto com as pesquisadoras Laura Wellesley e Catherine Happer.
"Mas sim que são necessárias políticas que ajudem a informar melhor a
população sobre o problema e favoreçam níveis de consumo de carne mais
saudáveis e sustentáveis, reduzindo o excesso onde ele existe."
O
relatório menciona dados da FAO, braço da ONU para a agricultura e
alimentação, segundo os quais a criação de animais para o abate ou a
produção de leite e ovos responde por 15% das emissões globais de gases
do efeito estufa – o equivalente às emissões de todos os carros,
caminhões, barcos, trens e aviões que circulam mundo afora.
Muitos gases
O
problema estaria em parte ligado ao fato de que a digestão de gado
bovino libera uma grande quantidade de gás metano, um dos grandes vilões
do efeito estufa. Também haveria um efeito negativo derivado do
desmatamento para formação de pastagens e de gases emitidos com a
aplicação de adubos e fertilizantes sintéticos.
O estudo da
Chatham House faz um levantamento exclusivo sobre as atitudes de pessoas
de 12 países – entre eles o Brasil – sobre o consumo de carne, a
relação entre a criação de animais e as mudanças climáticas e possíveis
políticas públicas para lidar com a questão. O objetivo, segundo seus
autores, seria entender "como o ciclo de inércia pode ser quebrado e uma
dinâmica positiva de ação do governo e da sociedade pode ser criado."
Entre
as medidas propostas estão políticas para expandir a oferta de
alimentos que sejam uma alternativa à carne, mudanças nos cardápios nas
escolas e outras instituições públicas, o estabelecimento de diretrizes
internacionais sobre o que seria uma dieta "sustentável e saudável" e o
fim dos subsídios aos produtores de carne onde eles existem.
Cálculos
Não
é de hoje que os cientistas tem tentado entender o impacto ambiental da
produção pecuária e medir a emissão de gases poluentes nessa atividade.
Em
2009, um grupo de pesquisadores brasileiros ligados ao Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluiu que a pecuária poderia
ser responsável por quase 50% das emissões totais de gases de efeito
estufa no país.
No mesmo ano, durante a Conferência da ONU sobre
Mudanças Climáticas em Copenhague (COP 15), o Brasil se comprometeu a
cortar suas emissões entre 36,1% e 38,9% até 2020. E, como o país tem um
dos maiores rebanhos bovinos comerciais do planeta, há certo consenso
de que, para fazer isso, precisa reduzir as emissões do setor pecuário.
A
resposta a esse problema, porém, divide pesquisadores, ativistas e
associações de produtores em uma guerra de argumentos e números.
Para
alguns, a solução passa por uma redução do consumo "excessivo", como
defendem especialistas da Chatham House – que mencionam recomendações
como as do Fundo Mundial para Pesquisas de Câncer, de que a ingestão de
carne vermelha deve ser limitada a uma média de 70 gr por dia (cerca de
500 gr por semana).
Escolas municipais de cidades como São Paulo e
Curitiba, por exemplo, há alguns anos vêm aderindo à campanha
Segunda-feira sem Carne, que se propõe a "conscientizar as pessoas sobre
os impactos que o uso de produtos de origem animal para alimentação tem
sobre os animais, a sociedade, a saúde humana e o planeta". A campanha,
apoiada no Brasil pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) existe em
35 países e no Reino Unido, é apadrinhada pelo ex-beatle Paul
McCartney.
Para outros especialistas e associações setoriais,
porém, a chave para resolver a questão é melhorar a produtividade da
pecuária e incorporar ao setor tecnologias capazes de reduzir suas
emissões de poluentes.
Péricles Salazar, presidente Associação
Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), por exemplo, considera as
propostas de redução do consumo "absurdas" e "sem base científica
sólida".
Rodrigo Justos de Brito, Presidente da Comissão de Meio
Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),
considera razoável que haja uma conscientização sobre o consumo
excessivo na esfera individual – "porque, afinal, tudo que é feito em
excesso pode fazer mal".
Ele não acredita, porém, que essa seja uma resposta para a questão do impacto ambiental do setor.
"Só
com as melhorias no sistema produtivo da pecuária calculamos que
podemos reduzir suas emissões (de gases de efeito estufa) para um terço,
o que significa que conseguiríamos criar três vezes mais animais sem
que houvesse um aumento do impacto ambiental nesse sentido", diz Brito.
Entre
essas melhorias técnicas estariam a recuperação das pastagens (que
aumenta o carbono "capturado" pela vegetação e permite uma produção
maior em uma área menor), a redução do tempo necessário para o abate dos
animais e a adoção de uma nutrição mais adequada, para reduzir a
emissão de gás metano.
"Para entender o impacto potencial de
melhorias como essas, basta lembrar que se estivéssemos criando boi com
as mesmas técnicas e produtividade de 50 anos atrás, a Amazônia
provavelmente não existiria mais", afirma Brito.
Para o
engenheiro agrônomo Sérgio De Zen, da USP, também é necessário aprimorar
os sistemas de medição para que se possa entender como a emissão de
gases do efeito de estufa pode variar de acordo com especificidades de
diferentes sistemas de produção pecuária.
"O próprio estudo da
FAO (que mostra as emissões do setor como equivalentes às dos veículos),
por exemplo, não considera o efeito positivo da captura de gás
carbônico pela vegetação, no caso de gado criado no pasto", diz ele.
Para
Zen, mesmo que o consumo seja de fato reduzido nos países desenvolvidos
em resposta a campanhas e estudos como o da Chatham House, existe um
número grande de pessoas na Ásia e outras regiões que hoje comem menos
carne que o recomendado – e devem passar a ter acesso ao produto,
conforme seus países cresçam e se desenvolvam.
"É razoável
esperar que o consumo do continue a crescer em função disso, por isso
acho que a chave para reduzir as emissões do setor está mesmo na
produção", opina.
Fonte BBC/G1.
Excursão com
agricultores de Itaocara, município do Noroeste fluminense, mostra na
prática que plantio diversificado de frutas é opção mais rentável
Oito
produtores rurais de Itaocara participaram na última semana de uma
excursão promovida pelo Programa Rio Rural, da secretaria estadual de
Agricultura, e pela Emater-Rio, com o objetivo de divulgar novas
técnicas de plantio e incentivar a diversificação de culturas. Os locais
visitados foram o Sítio Providência, da microbacia Córrego Liberdade,
em Carabuçu, e a Fazenda Califórnia, da microbacia Córrego de Santo
Eduardo, em Mutum de Cima, ambos distritos de Bom Jesus do Itabapoana,
também no Noroeste do estado.
- Todos esses produtores são
olericultores, plantam hortaliças como quiabo, tomate e jiló e estão
tendo a oportunidade de ver de perto plantações de frutas como goiaba e
uva. Eles, que já recebem incentivos do Rio Rural, têm agora o apoio
necessário para essa diversificação de plantio. A fruticultura irrigada é
incomum em Itaocara, mas já está sendo incorporada pelos agricultores
e, por meio do programa, alguns já plantam coco, graviola e banana -
informou o extensionista da Emater-Rio e técnico executor do Rio Rural,
Evanildo Rangel Junior, que participou da excursão.
A demanda por
frutas é crescente no mercado e a fruticultura irrigada é a atividade
agrícola que mais vem se expandindo nos últimos anos. Por utilizar uma
irrigação de baixa pressão, o sistema proporciona economia de água, gera
aumento na produção e oferece frutos de melhor qualidade. A inovação,
segundo Evanildo, fica por conta da fertirrigação, uma técnica de
adubação que utiliza a água para levar nutrientes ao solo cultivado.
-
Dependendo do tipo de plantação é feita a escolha do sistema de
irrigação mais conveniente, podendo-se utilizar técnicas como
microirrigação (por gotejamento) ou por microaspersão (com intervalo de
irrigação), diminuindo também a mão de obra - destacou.
Motivação
Com
os incentivos do Rio Rural, os agricultores se sentem motivados a
melhorar suas atividades, aumentando seus ganhos e fortalecendo as
cadeias produtivas. Foi pensando assim que o produtor Luciano Figueira
Faria, da microbacia Valão do Barro Preto, de Itaocara, resolveu
expandir seus negócios.
- Estou participando dessa excursão para
aprender mais sobre as práticas do cultivo de frutas e os tipos de
irrigação. Além das hortaliças, já estou com uma lavoura de graviola e,
com o incentivo do Rio Rural, venho melhorando a irrigação do meu pomar.
Estou agora vendo outras culturas para investir mais. Pretendo cultivar
também banana prata - disse.
Quem já expandiu suas atividades,
de olho no mercado consumidor, dá o exemplo. É o caso dos produtores
Paulo Couto de Almeida, proprietário do Sítio Providência, da microbacia
Córrego Liberdade, um dos lugares visitados pela excursão, e Sandro
José de Souza Abreu, seu sócio.
- Trabalhamos com goiabas
cortibel e paluma e também na agroindústria, com a fabricação de
goiabada e outros doces. Por meio do Frutificar e do Rio Rural estamos
implantando novas tecnologias; inclusive já temos uma bomba melhor para
irrigação do pomar - explicou Paulo Almeida.
Nas plantações de
goiaba de Bom Jesus do Itabapoana, os produtores de Itaocara puderam
observar os cuidados e as práticas adotadas para um cultivo rentável. O
produtor José Alberto Muniz Monteiro, da microbacia Valão do Pati, em
Itaocara, foi um dos mais interessados.
- Já estou produzindo
goiaba e limão e com os recursos do Rio Rural vou adquirir novas mudas.
Também quero plantar coco e investir na apicultura - frisou.
O
amigo dele, Gerson Fagundes Moreira, da microbacia Valão do Papagaio,
trabalha com hortaliças, mas quer começar a diversificar com o plantio
de frutas.
- Acho muito importante os incentivos que temos do
programa para investir em nossas lavouras. Quero adquirir uma bomba para
irrigação e estou aqui hoje para ver e depois poder aplicar essas
técnicas de plantio na minha propriedade - contou o produtor.
Na
Fazenda Califórnia, da microbacia Córrego de Santo Eduardo, em Mutum de
Cima, os agricultores visitaram plantações de uvas Niagara Vermelha e
Isabel. Lá puderam verificar novas técnicas de plantio que vêm dando
ótimos resultados.
O produtor rural Jari Alexandre de Souza, da
microbacia Valão do Pati, que cultiva apenas tomates, pensa também em
diversificar sua lavoura.
- Quero investir em outro tipo de
plantio, como o de frutas. Com os incentivos, pretendo adquirir uma
bomba para irrigação. Essa ajuda é essencial - acrescentou.
O mesmo relatou o produtor Cristiano de Barcelos Silva, da microbacia Valão do Pati.
- Com o Rio Rural vou adquirir uma boa roçadeira para minha propriedade - mencionou.
A
visita a Bom Jesus do Itabapoana teve a participação de produtores de
três microbacias de Itaocara: Valão do Pati; Valão do Barro Preto e
Valão do Papagaio.
Sustentabilidade dos sistemas produtivos
O
Rio Rural investe na orientação técnica e oferece incentivos
financeiros para a melhoria da qualidade da produção, integrando
práticas de preservação ambiental nas propriedades. Extensionista da
Emater-Rio, Evaldo Gonçalves Júnior diz que todos os agricultores
recebem recursos do Rio Rural para projetos como conservação do solo,
preservação de áreas de recarga e proteção de nascentes. Ele explica que
os investimentos são complementados por atividades como excursões,
reuniões técnicas, demonstração de métodos e fomento à aquisição de
plantas de melhor qualidade.
- No processo de diversificação de
culturas e introdução de novas tecnologias, boas práticas ambientais
fazem toda a diferença. Oferecer aos produtores noções agroecológicas
desperta neles um maior interesse em investir no campo - concluiu.