quinta-feira, 30 de julho de 2015

Preço do aipim está 1 x 1

  
Os preços de alguns produtos estão baixando na Ceasa do Rio de Janeiro. A batata lisa, saca de 50 kg, estava sendo vendida nesta quarta-feira (29/7) a R$ 75 no atacado (lembrando que muita gente pode comprar diretamente nos boxes da Ceasa do Irajá, na Zona Norte do Rio, e na do Colubandê, em São Gonçalo, a granel); o aipim, caixa com 22 kg,  está a R$ 22; enquanto que a laranja pera, caixa com 25kg, a R$ 23. Veja esses e outros preços em nossa tabela, que passamos a publicar no Blog CeasaCompras.


 
 
 
 
 
 
 
 
 





 
 

Preços de produtos "feios" com desconto de 40% em São Paulo

                                      
 
No Rio, um saco com quase 5 kg desses mesmos produtos é vendido a R$ 2, e na feira e comércio de rua, um saquinho pode custar R$ 1;

Desde o último final de semana, o jornal O Dia, do Rio de Janeiro, vem trazendo uma ampla reportagem sobre as toneladas de alimentos que são jogadas foras todos os dias, nos campos e no comércio, sem qualquer preocupação. A não ser aquela referente à estética dos produtos para serem vendidos, que tem de obedecer um padrão estabelecido principalmente pelas redes supermercadistas brasileiras.  Mas, parece que para essas redes o dinheiro jogado fora não faz a mínima diferença, pois eles, parecem, ganham muito bem mesmo com a crise estabelecida no país. O lucro é vantajoso e quase igual ao dos bancos.

Na reportagem especial, ficou apurado que no Extra, Pão de Açúcar e Assai, os produtos considerados "feios" já são doados a instituições de caridade. Eles doam os produtos, preferem não vendê-los a preços bem menores.  Somente o Carrefour, em São Paulo, faz o contrário: vende os produtos "não adequados" com 40% de desconto. Alguns "sacolões" do Rio vendem sacos, que chegam a pesar quase 5 quilos, com vários produtos "feios", a R$ 2. Nas feiras e barracas, os comerciantes chegaram a uma solução inteligente: vendem sacos a R$ 1.

Enquanto isso, nas ceasas do Rio, São Paulo e Minas, o descarte de produtos ainda é apavorante. Veja a reportagem do
Dia.

Alimentos danificados em transporte e manuseio vão parar dentro do lixo

No exterior, mercados vendem produto 'feio' mais barato. Redes no Rio começam a seguir o exemplo lá de fora

Hilka Telles

Rio - A perda de 20% a 30% da produção de legumes, frutas e verduras, por questões de estética e contaminação, não é uma conta fechada quando se fala em desperdício. A maneira como os produtos são colhidos, armazenados e transportados até os centros de distribuição compromete a qualidade e é mais um fator que contribui para o desnível da balança: de um lado, meio milhão de fluminenses passando fome e, de outro, comida virando lixo. A estimativa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias, ligada ao Ministério da Agricultura) é que haja perda de mais 30% de frutas e hortaliças após a colheita.

O repasse de técnicas de manuseio e embalagem poderia reduzir a perda, acreditam os produtores. Quem costuma comprar mamão papaia em algum momento deve ter observado marquinhas redondas na parte superior, junto ao caule? O amassado, que em poucos dias gera fungo na fruta, nada mais é do que a marca dos dois dedos (indicador e médio) usados por quem colheu o mamão do pé, de maneira errada.
No transporte perdem-se verduras, frutas e legumes devido a vários fatores. Um deles é a forma de acondicionar alimentos nos caixotes e caminhão.

O armazenamento também é um dos vilões do desperdício. “O que víamos há 15 anos é o mesmo que observamos agora: a maioria dos produtores ainda usa caixa de madeira para armazenar os produtos”, critica o engenheiro químico Antônio Gomes, doutor em Ciência de Alimentos, da Embrapa. O mau acondicionamento causa amassados e marcas de ripas nas frutas e legumes, inserindo-os na categoria dos fora do padrão para a venda. A maioria é descartada.

Estudo da Embrapa sobre o armazenamento de caquis em caixas tradicionais, do tipo caixote de madeira, concluiu que havia perda de 63% por corte, abrasão ou amassamento. Com base nessa pesquisa, engenheiros desenvolveram modelos de caixa de papelão (chamadas de caixetas) para acondicionar 3,5 quilos de caqui, por embalagem. Com elas, a perda seria reduzida para 3% apenas.

Nos últimos três anos, foram desenvolvidas caixas para acondicionamento de morango, palmito pupunha, mamão, manga e caqui. As próximas serão maçã, pera, banana, pêssego e tomate. Quatro empresas adquiriram a licença para usar as caixetas. Por essas embalagens inovadoras e sustentáveis, a Embrapa, o Instituto de Macromoléculas da UFRJ e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) receberam o prêmio alemão ‘Food Packing Award’.

“O brasileiro tem despreocupação com quantidade. Temos a cultura do desperdício”, arremata o engenheiro agrônomo Marcos Fonseca, doutor em Produção Vegetal, que aponta algumas soluções para o problema. Além do repasse de técnicas de manuseio e embalagem, principalmente para os pequenos produtores, ele aponta a transferência das tecnologias existentes e a criação de projetos para o processamento de alimentos destinados ao descarte.

Feios com valor no exterior

Portugal e França saíram na frente do mundo: arregaçaram as mangas e partiram para o combate maciço ao desperdício de alimentos que não estão dentro dos padrões estéticos para comercialização. Com campanhas publicitárias robustas sobre o tema, os dois países investem na conscientização da sociedade. Por que não consumir os produtos considerados feios, fora dos padrões estéticos exigidos tradicionalmente, se eles têm as mesmas propriedades, nutrientes e sabor?

Sob o slogan ‘Gente bonita come fruta feita’, a campanha lusa abraçou também a missão de elevar a autoestima dos legumes e das verduras junto ao consumidor. Resultado: em um ano e meio da criação da Cooperativa da Fruta Feia, somente em Lisboa 16 toneladas dos três tipos de alimentos deixaram de ir para a lata de lixo. O primeiro mercadinho destinado à venda dos feiosos deu mudas e hoje já existem mais dois pontos de distribuição. Os alimentos são recolhidos diretamente dos produtores.

Na França, o tema da campanha foi ‘Frutas e vegetais inglórios’, alavancada pelo Supermercado Intermaché, que passou a comercializar alimentos antes rejeitados pelo público, ou porque nasceu com defeito ou porque sofreu alguns danos durante o processo entre a colheita e a distribuição. Foi um sucesso. Vendidos a 30% do valor dos bonitões, os inglórios viraram estrelas e sumiram rapidamente das gôndolas.

Em maio deste ano, o Congresso francês aprovou por unanimidade a lei que prevê multa e até prisão para casos de supermercados que descartarem alimentos não vendidos.

No Brasil, a nova onda pode ganhar volume. O grupo Carrefour criou um programa próprio, semelhante ao português, e dá desconto de até 40% no preço. Mas, por enquanto, a novidade se restringe a São Paulo.

O Grupo GPA, responsável pelas bandeiras Extra, Pão de Açúcar e Assaí, também aderiu ao projeto de doações de alimentos e, apenas em 2014, repassou 3 toneladas de frutas e legumes a 300 instituições em todo o país. O DIA também procurou outros supermercados e pelo menos uma rede que comercializa produtos do gênero, mas nenhum deles quis falar.

Rio, paraíso da especulação de preços ao consumidor

                              
 
A especulação de preços de determinados produtos hortifrutigranjeiros continua um absurdo no Rio de Janeiro, principalmente em alguns locais da capital carioca, como feiras, supermercados e os chamados "sacolões". Um dos exemplos que assustou foi o preço cobrado pelo quilo do limão em um "sacolão" da Ilha do Governador, na Zona Norte carioca, que chegava a quase R$ 5, justamente numa época em que a fruta, tão apreciada na cozinha, tem os seus preços em baixa em várias centrais de abastecimento do país. Na capital fluminense, o preço no atacado - de acordo com dados fornecidos pela Ceagesp (SP) -  o quilo estava saindo por apenas R$1,60 ( a caixa com 25 kg fora negociada nesta terça-feira a R$ 40, preço médio).

Veja outros exemplos do preço do limão tahity em outras centrais de abastecimento do país (preço por quilo) : na Bahia (0,70); Espírito Santo (R$ 1,34); Minas Gerais (R$ 1): São Paulo (R$ 1,90).

A justificativa para o aumento aqui no Rio é sempre a mesma: a situação econômica por que passa o país. Mas, para nós, o que acontece é apenas uma coisa: especulação pura.  Nosso papel é esse: ajudar você na sua compra. Então, acompanhe os produtos que estão em baixa, em alta ou com os preços estáveis nesta semana, segundo a Ceagesp:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Melancia, morango comum, maracujá azedo, tangerina cravo, tangerina poncam, coco verde, laranja lima, limão taiti, laranja pera, carambola, melão amarelo, goiaba branca e vermelha, banana nanica, abobrinha italiana, abóbora moranga, tomate rasteiro, berinjela, chuchu, batata doce rosada, cara, mandioca, couve manteiga, espinafre, repolho roxo, coentro, brócolos ninja, salsa, repolho, escarola, alface crespa, alface lisa, acelga, nabo, milho verde, alho porró e batata lavada.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Mamão formosa, fruta do conde, caju, tangerina murcot, laranja seleta, maçã gala, uva itália, maracujá doce, acerola, manga tommy, abacaxi havai, banana terra, uva rubi, cara, tomate carmem, gengibre, pepino comum, batata doce amarela, pimentão verde, jiló, abóbora seca, rabanete, agrião, couve-flor, cenoura c/ folha, rúcula, batata asterix, e ovos branco.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Mamão papaya, pera estrangeira, jabuticaba, banana maçã, manga hadem, abacaxi pérola, uva rosada, maçã importada, pimentão amarelo, pimentão vermelho, pepino japonês, pepino caipira, beterraba, abóbora japonesa, ervilha torta, mandioquinha, vagem macarrão, tomate pizzad'oro, brócolos comum, alho argentino, cebola nacional e cebola estrangeira.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Quilo do frango aumentou 16,6% no atacado

                         
 
Apregoado como o salvador da pátria em relação aos preços altos cobrados pela carne bovina, o frango nosso de cada dia poderá aumentar mais por conta dos reajustes de preços no farelo de soja.

O poder de compra do criador de frangos paulista recuou 10% na parcial de julho, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). De acordo com a análise, a alta dos preços do farelo de soja, usado como ração, superou a valorização da ave e reduziu o lucro do produtor.

Segundo o Cepea, o farelo de soja foi sustentado pelas altas nos valores da oleaginosa em grão, por conta do período de entressafra no Brasil. Em julho, o preço do frango vivo foi sustentado pelo aumento da demanda, que fez o valor médio do animal atingir, na primeira quinzena do mês, o nível mais alto para o período em São Paulo, considerando a série histórica do Cepea iniciada em 2004. O produto foi cotado a R$ 2,53 o quilo na quinzena, 16,6% a mais ante igual intervalo de julho de 2014.